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Nuno Simões deixa grupo GCI para iniciar projecto próprio

A New Creativity é o novo projecto de Nuno Simões, que acumulava desde o último ano a direcção-geral da GCI e da WMK, apresentando-se ao mercado como agência de comunicação 360 focada na criatividade.

Pedro Durães
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Nuno Simões deixa grupo GCI para iniciar projecto próprio

A New Creativity é o novo projecto de Nuno Simões, que acumulava desde o último ano a direcção-geral da GCI e da WMK, apresentando-se ao mercado como agência de comunicação 360 focada na criatividade.

Pedro Durães
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A New Creativity é o novo projecto de Nuno Simões, que acumulava desde o último ano a direcção-geral da GCI e da WMK, apresentando-se ao mercado como agência de comunicação 360 focada na criatividade. “É uma evolução natural no meu percurso profissional, depois de vários anos a liderar com sucesso equipas na WMK e na GCI, e de ter contribuído para a integração das duas marcas”, explica o profissional sobre a criação da nova agência, onde se pretende que “paixão, entrega e diversão” sejam os pilares fundamentais.

“Acredito genuinamente na comunicação criativa, feita com paixão, entrega e diversão, e no propósito e valor das marcas, onde a transparência e a proximidade devem ser uma constante”, aponta Nuno Simões, argumentando que “o caminho para se superar qualquer crise passa por investir, persistir e marcar a diferença”. “O risco é meu, mas a responsabilidade e premiação na New Creativity é de todos”, conclui o CEO da nova agência.

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Sobre o posicionamento da agência, que assentará numa equipa constituída por “profissionais seniores, experientes e técnicos/especialistas em cada área de actuação”, Nuno Simões antecipa que “a criatividade e a paixão são dois ingredientes que têm de estar em todos os projectos da New Creativity, sejam estes de consultoria estratégica de comunicação, relações públicas, digital ou eventos”, salientando que a “criatividade que será necessária e fundamental para muitas marcas e empresas saírem da crise e se afirmarem no mercado onde actuam”.

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TikTok pede adiamento da proibição nos Estados Unidos

A suspensão da lei dará à nova administração de Donald Trump a oportunidade de intervir. O novo presidente, que tomará posse a 20 de janeiro, prometeu ‘salvar’ a rede social de uma proibição nos Estados Unidos

Daniel Monteiro Rahman

O TikTok apresentou uma petição de emergência para pausar a lei da proibição da rede social nos Estados Unidos, que entra vigor a 19 de janeiro, enquanto se aguarda a revisão do Supremo Tribunal.

A ação surge na sequência de um tribunal federal de recurso dos Estados Unidos rejeitar o apelo de última instância da ByteDance, a 6 de dezembro, mantendo a lei que exige que a rede social seja vendida nos Estados Unidos para que não seja proibida no país.

No novo processo, o TikTok alega que é “uma das plataformas de expressão mais populares da nação” e argumenta que, “apesar da decisão do juiz, a lei constitui uma violação da primeira emenda e ameaça danos irreparáveis aos 170 milhões de utilizadores e empresas do TikTok nos Estados Unidos”.

O TikTok argumenta que a suspensão da lei dará à nova administração de Donald Trump a oportunidade de intervir. O novo presidente, que tomará posse a 20 de janeiro de 2025, prometeu ‘salvar’ a rede social de uma proibição nos Estados Unidos, apesar de ter defendido anteriormente uma proibição. O TikTok sustenta que a administração de Donald Trump “poderá anular tanto os danos iminentes como a necessidade de uma revisão pelo Supremo Tribunal”.

O processo também sublinha as contribuições económicas dos anunciantes e comerciantes orgânicos da plataforma, que terão contribuído com mais de 24 mil milhões de dólares (€22,5 mil milhões) para o PIB dos Estados Unidos, apenas em 2023.

A empresa indica que uma proibição vai prejudicar a economia dos Estados Unidos e fará com que as pequenas empresas percam mais de 1 milhão de dólares (€952 mil) em receitas, para além de reduzir os ganhos dos criadores de conteúdo na ordem dos 300 milhões de dólares (€285,6 milhões) em apenas um mês.

Na sequência da notícia publicada no M&P, sobre a decisão de 6 de dezembro, a assessoria de comunicação do TikTok fez chegar ao M&P uma declaração de um porta-voz do TikTok que avança que “infelizmente, a proibição do TikTok foi baseada em informações imprecisas, especulativas e sem fundamento, conduzindo a uma censura direta aos cidadãos americanos” e que “caso não seja travada, a proibição silenciará as vozes de mais de 170 milhões de utilizadores nos Estados Unidos e em todo o mundo a partir de 19 de janeiro de 2025”.

O porta-voz da rede social expressa ainda que “o Supremo Tribunal tem um histórico consolidado na proteção do direito à liberdade de expressão nos Estados Unidos, e acreditamos que continuará a fazê-lo perante esta questão constitucional tão relevante”.

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Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos

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Now alerta para ameaças à liberdade de imprensa em campanha da FCB

Sob o mote ‘bom jornalismo não se intimida com más caras’, a campanha apresenta três anúncios com os rostos de Donald Trump (na foto), Vladimir Putin e Nicolás Maduro, para assinalar o Dia Mundial dos Direitos Humanos, a 10 de dezembro

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Para assinalar o Dia Mundial dos Direitos Humanos, que se celebra a 10 de dezembro, o canal Now tem no ar uma campanha, que destaca os rostos dos líderes internacionais Donald Trump, Vladimir Putin e Nicolás Maduro, e cujo objetivo é sensibilizar para a importância da liberdade de imprensa.

A campanha, desenvolvida pela FCB Lisboa, tem como mote ‘bom jornalismo não se intimida com más caras’ e é composta por três anúncios que apresentam os rostos dos três líderes internacionais.

Vladimir Putin, presidente da Rússia

“Nenhum destes líderes é conhecido pelo seu amor à liberdade de imprensa, muito pelo contrário”, lê-se no comunicado de imprensa da FCB Lisboa. A campanha, que sublinha que a liberdade de imprensa é essencial para garantir os direitos fundamentais de todos, está presente nos meios de comunicação e redes sociais da Medialivre.

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela

“A liberdade de imprensa continua sob ataque um pouco por todo o mundo. O Now tem uma palavra a dizer sobre o tema e escolheu o Dia Mundial dos Direitos Humanos para marcar a sua posição, nós só ajudámos”, enfatiza Edson Athayde, CEO da FCB Lisboa.

Nos cartazes da campanha, lê-se a frase “seria cómico, se não fosse trágico”, juntamente com uma descrição que alerta para o facto de a liberdade de imprensa estar sobre ‘grave ameaça’ a nível mundial.

Na descrição são apresentados dados do Reporters Without Borders que aponta que apenas um quarto dos 180 países avaliados apresenta condições “satisfatórias” para o jornalismo e que “as pressões políticas afetam imenso o trabalho dos jornalistas”.

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Cockburn’s revela nova identidade em campanha da Legendary Iberia

“Num tom próximo, criativo e descontraído, a campanha (na foto) traz o vinho do Porto para o centro da mesa e das conversas”, explica a Legendary Iberia. A nova identidade visual é da responsabilidade da agência internacional Stranger & Stranger

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A Cockburn’s está a apresentar o novo ‘rebranding’ da marca. Depois de ter entregue a criação da nova identidade visual dos rótulos e do ‘packaging’ de vinho do Porto à agência internacional Stranger & Stranger, o Benchmark Wine Group, que detém a marca centenária, contratou a Legendary Iberia para desenvolver ‘Why Wait?’, a campanha publicitária multimeios que a promove.

Para além do site da Cockburn’s, a campanha está a ser divulgada nas redes sociais e em revistas especializadas, procurando renovar os públicos da marca e atrair as novas gerações para o universo do vinho do Porto, com recurso a uma abordagem moderna e urbana.

“Num tom próximo, criativo e descontraído, a campanha traz o vinho do Porto para o centro da mesa e das conversas. As novas garrafas Cockburn’s ganham destaque em cenários do dia a dia, como uma noite de cinema em casa, um jantar de aniversário ou um almoço de domingo em família”, explica a Legendary Iberia, que assina a criatividade e produção da campanha, em comunicado de imprensa.

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Conheça as palavras mais pesquisadas no Google em Portugal

Entre novembro de 2023 e novembro de 2024, o número de pesquisas no Google (na foto) recuou 0,36%, em Portugal, com uma quota de mercado média de 93,87%. Euro 2024, ‘Secret Story’, José Castelo Branco, Kate Middleton e ‘detetor de IA’ são algumas das palavras mais procuradas

A Google acaba de divulgar as listas de palavras mais pesquisadas no motor de busca da empresa em 2024. Em termos de programas nacionais de televisão, séries e filmes, o ‘reality show’ da TVI ‘Secret Story’ é o que suscita maior interesse, à frente de ‘Big Brother’, ‘reality show’ do mesmo canal.

A terceira posição é ocupada por ‘Divertida-Mente 2’, o filme mais visto e com maior receita de bilheteira em Portugal em duas décadas, desde que há estatísticas regulares da exibição comercial. Os filmes ‘Dune’ e ‘Isto Acaba Aqui’ fecham o top 5.

Na listagem de personalidades nacionais, a lista é liderada pelo ‘socialite’ José Castelo Branco, seguido do treinador de futebol Ruben Amorim, do artista musical Miguel Bravo, do político Pedro Nuno Santos e do nadador Diogo Ribeiro.

A lista das personalidades internacionais mais procuradas em 2024 é liderada pela princesa britânica Kate Middleton, seguida da ‘socialite’ norte-americana Betty Grafstein, do político e empresário norte-americano Donald Trump, da lutadora de boxe argelina Imane Khelif e do futebolista espanhol Lamine Yamal.

Entre os jogadores de futebol, Diogo Costa é o mais pesquisado, seguido de Lamine Yamal, João Neves, Nico Williams e Francisco Conceição. Na música, ‘Taylor Swift Portugal’, ‘Ana Moura Globos de Ouro 2024’, Scorpions, Travis Scott e Sónia Tavares são os mais procurados.

Entre os artistas que morreram em 2024, Liam Payne foi o que despertou maior curiosidade, pelas circunstâncias misteriosas que envolvem a queda que vitimou o cantor britânico. Em segundo lugar, surge Marco Paulo, à frente de Ana Afonso, Silvio Santos e Artur Jorge.

‘Euro 2024’, ‘Ginástica Artística Olímpicos’, ‘Como votar nas eleições em Portugal?’, ‘O que é mórmon?’, ‘PSD esquerda ou direita’, ‘Baba de camelo’, ‘O que fazer com crianças no Porto?’ e ‘Como fazer um cravo?’ são outras das palavras e perguntas que lideram categorias de pesquisas no Google.

A inteligência artificial (IA) é outra das temáticas procuradas, com a expressão ‘detetor de IA’ a liderar as pesquisas, à frente de ‘inteligência artificial online’, ‘humanizador de IA’, ‘inteligência artificial gratuito’ e ‘gerador de imagem IA’.

Segundo os registos do StatCounter, no último ano, o Google perdeu 0,36% de quota de mercado em Portugal, mantendo todavia a liderança do mercado de pesquisas digitais em território nacional, com uma média mensal de 93,87% entre novembro de 2023 e novembro de 2024, apurou o M&P. Fevereiro foi o mês com mais buscas, atingindo os 94,62%.

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Amazon é o maior anunciante mundial

A L’Oréal mantém-se em segundo lugar na classificação da Ad Age, seguida pela Procter & Gamble, que sobe um lugar para a terceira posição, e pela Alibaba, em quarto lugar. LVMH, PDD Holdings, Unilever, Samsung, Alphabet e Comcast completam o top 10

A Amazon lidera o investimento em publicidade a nível mundial, de acordo com o relatório ‘World’s Largest Advertisers 2024’ da Ad Age. A empresa liderada por Andy Jassy terá gasto 20,3 mil milhões de dólares (€19,1 mil milhões) em publicidade em 2023, uma queda de 1,5%, face a 2022.

O top 10 da classificação da Ad Age (com base nas despesas publicitárias em 2023) inclui os mesmos dez anunciantes que a classificação do ano anterior (com base nas despesas de 2022), mas a ordem é alterada. A L’Oréal mantém-se no segundo lugar da tabela, seguida pela Procter & Gamble, que sobe um lugar para a terceira posição, e pela Alibaba, em quarto lugar.

A empresa de comércio eletrónico PDD Holdings, que opera as plataformas Temu e Pinduoduo, é a que mais sobe no top 10, passando da décima para a sexta posição, com um aumento de 45,3% dos gastos mundiais em publicidade, para 10,8 mil milhões de dólares (€10,2 mil milhões). Entre os restantes dez maiores anunciantes, a Louis Vuitton Moët Hennessy (LVMH) e a Unilever sobem uma posição. Samsung, Alphabet (empresa-mãe da Google) e Comcast são os anunciantes que perdem posições no top 10.

De acordo com o relatório, os cem maiores anunciantes do mundo aumentaram as despesas em publicidade e marketing em 4,9%, atingindo um valor recorde de 365 mil milhões de dólares (€344,7 mil milhões), com 68 dos cem principais anunciantes a aumentarem as despesas em 2023.

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Catarina Duarte reforça equipa de ‘corporate affairs’ da LLYC

“A chegada da Catarina Duarte (na foto) à equipa representa um importante reforço na nossa capacidade de entregar soluções estratégicas e inovadoras aos nossos clientes”, considera Nuno Cunha, gestor de assuntos corporativos da LLYC

Catarina Duarte é a nova consultora sénior de ‘corporate affairs’ da LLYC. Licenciada em comunicação social e cultural pela Universidade Católica Portuguesa, e mestranda em economia e políticas públicas no ISCTE, a antiga jornalista também conta no currículo com um curso executivo de gestão e liderança, na AESE Business School.

“A chegada da Catarina Duarte à equipa representa um importante reforço na nossa capacidade de entregar soluções estratégicas e inovadoras aos nossos clientes. A sua vasta experiência será um ativo valioso”, considera Nuno Cunha, gestor de assuntos corporativos da LLYC, citado em comunicado de imprensa.

A experiência em comunicação estratégica, adquirida em cargos no setor público e corporativo, levou a agência a contratar a antiga editora de economia e política do Diário Económico, que também foi assessora de comunicação dos ministérios do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Infraestruturas e Habitação, e das Finanças.

No setor corporativo, a consultora foi responsável pela comunicação e relações com a imprensa de uma empresa pública na área da mobilidade. “É com grande satisfação que me junto à LLYC, uma empresa reconhecida pela excelência em comunicação corporativa. Estou empenhada em contribuir para fortalecer a reputação dos nossos clientes”, diz Catarina Duarte, citada no documento.

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Sonae Arauco apela à reutilização da madeira em campanha da Bastarda (com vídeo)

O anúncio transforma uma secretária (na foto) na protagonista da narrativa. “Queremos que, através da sensibilização para a reciclabilidade deste material natural, as pessoas conheçam o valor da madeira”, explica Joana Martins, diretora de comunicação corporativa da Sonae Arauco

A Sonae Arauco chama a atenção para a importância da reciclagem e da reutilização da madeira, através de uma campanha de comunicação omnicanal, com planeamento de meios da Right Zero. Idealizado pela Bastarda, o filme publicitário transforma um objeto do quotidiano, uma secretária, na protagonista de uma narrativa.

Produzido pela HDMidia, o ‘spot’ mostra o que acontece às peças de mobiliário quando chegam ao fim da vida útil. A intenção é demonstrar que os produtos de madeira devem ser reciclados e as partículas obtidas através de processos de reciclagem industrial reintegradas em novos produtos, prolongando o ciclo de vida da madeira e evitando o abate de novas árvores.

“Este vídeo conta a história de uma secretária usada, mas é muito mais do que isso. É sobre como a madeira, um recurso natural que usamos diariamente, pode ser reciclada e reutilizada para continuar a reter CO₂, contribuindo para um futuro mais sustentável”, explica Joana Martins, diretora de comunicação corporativa da Sonae Arauco, citada em comunicado de imprensa.

Os elementos visuais do filme, a peça central de uma campanha com uma forte componente digital, pretendem apresentar um tema complexo de uma forma acessível, mostrando o que acontece nos aterros e nas instalações industriais da Ecociclo, subsidiária da Sonae Arauco que detém os centros de reciclagem da empresa em Portugal.

Para além do Google Ads, do YouTube, do LinkedIn e das redes sociais da Meta em Portugal, o anúncio também está a ser divulgado em Espanha e na Alemanha.

“A campanha pretende passar esta mensagem através do uso do ‘storytelling’, numa abordagem emocional, que vai além do produto, e que quer mostrar como cada um de nós, individualmente, pode impulsionar mudanças positivas na sociedade”, esclarece Joana Martins.

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As múltiplas faces do ‘outdoor’

O M&P foi saber as posições dos líderes das empresas protagonistas das mais recentes movimentações no OOH, em relação aos temas que afetam o setor

Catarina Nunes

2024 poderá ser o ano em que o mercado de comunicação ‘out-of-home’ (OOH) passa por uma das transformações mais estruturais, com o advento da digitalização dos suportes e da publicidade programática, e os movimentos de consolidação, com a compra da Cemark pela DreamMedia e da Unimidia pela Spreading Advertising.

Em paralelo, a JC Decaux e a MOP enfrentam a providência cautelar do Automóvel Clube de Portugal (ACP), que as força a desligar alguns dos seus painéis luminosos de grandes dimensões, em Lisboa. O estudo de audiências de ‘outdoor’ e os painéis ilegais que ainda proliferam pelo país, por seu lado, são temas recorrentes.

O mercado de ‘outdoor’ é cada vez mais apetecível e disputado, com os estudos internacionais a apontá-lo como o meio com mais potencial de crescimento, capitalizado pela digitalização dos suportes e a venda em plataformas programáticas. Sem disponibilizar dados por operador, a Marktest estima que o ‘outdoor’ em Portugal, entre janeiro e junho deste ano (dados mais recentes), represente cerca de €215 milhões em compra de espaço a preço de tabela.

A Markest ressalva que “os indicadores de 2024 são ainda preliminares e assentes em dados declarativos, fornecidos pelos próprios operadores”, acrescentando que “os dados só serão consolidados no final do ano, pelo que a comparação direta com 2023 não deverá ser feita sem estas ressalvas”. Entre janeiro e junho de 2023, os investimentos em compra de espaço a preços de tabela em ‘outdoor’ totalizam €185 milhões.

Apontar o operador líder deste mercado não é tarefa fácil, tendo em conta que não existem dados independentes sobre o número de faces e/ou de equipamentos, quotas de mercado e faturação de cada operador.

O M&P recolheu a informação possível, junto dos quatro operadores que protagonizam as mais recentes movimentações no OOH. Os números reproduzidos refletem as respostas de cada um deles.

A DreamMedia apresenta-se com um maior número total de faces do que a JC Decaux, mas ambas reclamam a liderança. A MOP apresenta dados que superam ambas, nomeadamente na sequência da concessão da rede Multibanco, que soma aos transportes públicos, entre outros suportes.

Painéis desligados na JC Decaux e MOP

Um dos temas de ‘outdoor’ que ganhou mais visibilidade mediática é a providência cautelar do ACP, que obriga a JC Decaux e a MOP a desligarem determinados painéis em Lisboa.

No operador mais visado, a JC Decaux, Phillipe Infante, CEO da empresa, refere que a medida diz respeito apenas aos 99 equipamentos relativos ao Lote 2, do contrato com a Câmara Municipal de Lisboa, nomeadamente os de 37m2 e de 100m2. “O ACP apenas pediu que fossem desligados cinco dos maiores painéis da zona de Lisboa” e o “tribunal pediu que estes equipamentos fossem desligados provisoriamente, para ter tempo de ouvir todas as partes e posteriormente tomar a sua decisão”, salienta o diretor-geral da JC Decaux.

Phillipe Infante nota que existem equipamentos digitais de grande formato nas principais capitais mundiais, onde também são tidas em conta as mesmas regras e preocupações de segurança.

“Por este motivo, estamos convencidos de que vamos conseguir voltar a ligar os equipamentos num curto espaço de tempo”, antevê. Até lá, “as campanhas em curso continuarão a decorrer nos outros equipamentos e estamos a trabalhar para resolver esta situação com a maior brevidade possível”, revela.

O diretor-geral da JC Decaux Portugal sustenta que “existem ecrãs digitais em todo o país, e, até à data, não foram identificados quaisquer incidentes de segurança rodoviária. Todos os estudos de que temos conhecimento apontam o excesso de velocidade, o álcool e a utilização de telemóvel como causas principais dos acidentes. Não a publicidade exterior”.

Sobre os painéis luminosos da MOP abrangidos na providência cautelar, Vasco Perestrelo, CEO da MOP, salienta que “essa decisão apenas visa os chamados grandes formatos digitais de Lisboa, dos quais a MOP terá sete formatos duplos. Como ainda estamos em fase de colocação, a consequência desta ação foi só desligar um suporte, que já estava a funcionar”.

Apesar de o painel ter sido desligado, e como a MOP é visada na providência cautelar, “pensamos que o seu enquadramento é demasiado genérico, com vários argumentos indevidos, e tem de ser contestada”. Vasco Perestrelo argumenta que “o surgimento de suportes digitais de grande formato é uma realidade em todas as grandes cidades de países desenvolvidos e Lisboa apenas seguiu essa tendência. É sempre possível fazer ajustamentos. Em todo o lado, quando uma nova concessão põe estes formatos num período de tempo concentrado, é normal que existam comentários e ajustes a fazer”.

Em termos das campanhas que foram suspensas na sequência da providência cautelar, o CEO da MOP revela que “esse único suporte que tínhamos a funcionar já tinha clientes e vendas formalizadas. O impacto foi obrigar-nos a falar com esses clientes, no sentido de tentar encontrar novas soluções. Mas, obviamente, cada dia que passa com o painel desligado, representa menos receita para a MOP”.

Provedoria faz levantamento de ‘outdoors’ ilegais

Sobre os painéis ilegais que proliferam no país, Phillipe Infante não tem dúvidas que, em primeiro lugar, “representam uma enorme poluição visual”. Em segundo lugar, “anualmente, os contribuintes perdem uma significativa receita fiscal, dado que a ilegalidade impede o pagamento das taxas devidas, valores que seriam destinados ao financiamento de serviços para as comunidades”.

A isto soma ainda o impacto negativo a nível da “ética comercial para os anunciantes” e “a concorrência desleal para os operadores de publicidade exterior”, uma vez que “as marcas e anunciantes de boa-fé sofrem, ao verem as suas campanhas associadas a suportes ilegais, o que contraria os compromissos de responsabilidade social e de ética comercial de qualquer empresa”, argumenta Phillipe Infante, escusando-se a referir eventuais situações de painéis ilegais da JC Decaux.

O diretor-geral da JC Decaux revela que “a Provedoria de Justiça está a realizar um levantamento abrangente, em mais de 30 autarquias em todo o país, e prevê-se que, com base nestes dados, possa emitir recomendações e sugestões para enfrentar este problema de âmbito nacional”. Phillipe Infante diz que na JC Decaux “encorajamos, após fiscalização, a remoção de todos os painéis ilegais e isto aplica-se a todo o país, não apenas às grandes cidades”.

Phillipe Infante argumenta ainda que “as empresas que atuam de forma legal e transparente enfrentam uma concorrência desleal por parte dos operadores que exploram painéis ilegais. Estes, ao escapar aos custos legais, oferecem preços publicitários não competitivos recorrendo a este rendimento ilegal, podem ainda propor valores irreais em concursos públicos de concessão, baseados unicamente no critério financeiro”.

Do lado da MOP, Vasco Perestrelo reconhece que “já tivemos situações muito pontuais de painéis que, por temas administrativos como uma legislação alterada ou um proprietário que não pagou a licença, não tinham tudo correto num período curto de tempo, mas logo que tal é identificado é corrigido e desmontado”.

Quanto à questão dos painéis ilegais, Ricardo Bastos, CEO do grupo DreamMedia, diz que “não é nossa política responder a perguntas sobre outras empresas do setor, especialmente de concorrentes. A atuação de alguns concorrentes, com múltiplos processos judiciais e queixas, tem sido prejudicial para o setor, criando um ambiente de incerteza e desconfiança”.

Sobre a eventual exploração de painéis ilegais na empresa que lidera, Ricardo Bastos afirma que “a DreamMedia está totalmente comprometida com a legalidade, sendo o operador que, em 2024, pagou mais milhões de euros em taxas anuais, e continua a lutar contra a ilegalidade que afeta a indústria, comprometendo tanto a segurança pública quanto a reputação das marcas. A DreamMedia mantém o seu foco na inovação e na legalidade. A nossa posição no mercado tem sido fortalecida pelo nosso compromisso com a transparência e com o crescimento sustentável”.

DreamMedia x JC Decaux

Conferir quotas de mercado por operador de OOH em Portugal é difícil, na medida em que não existe uma regulação efetiva desta atividade.
“A Marktest publica mensalmente os dados de investimento publicitário dos diferentes meios, mas estes apenas incluem os operadores que são auditados por esta entidade. No caso do OOH, estão representadas a JC Decaux, MOP, Cemark, Brand Digital, Liftmedia e APSmedia, entre outras. A DreamMedia não é auditada”, justifica Phillipe Infante.

Tendo em conta o número de ativos instalados e o número de faces comercializadas (15.930 faces convencionais e mais de 1.200 ecrãs digitais, segundo o CEO da JC Decaux), e apesar de não divulgar a faturação em Portugal, Phillipe Infante considera que “a JC Decaux será naturalmente a empresa número um a nível nacional, mantendo a sua histórica liderança no mercado de OOH, com uma cobertura nacional do mobiliário urbano, transportes e grande formato. Temos assistido, recentemente, a vários operadores a autoproclamarem-se líderes do mercado OOH em Portugal, mas apenas um o pode ser de facto”.

Os números fornecidos pela DreamMedia dão outra indicação. “Com a aquisição da Cemark, terá mais de 20 mil faces a partir de 2025, o que a torna claramente líder de mercado em inventário de OOH e DOOH, e com 100% de capital português”, refere Ricardo Bastos, CEO da empresa, acrescentando que “a DreamMedia investiu fortemente e conquistou muitas novas concessões, pelo que terá um grande crescimento no investimento das agências em 2025, o que solidifica ainda mais a sua posição de liderança”.

As eternas audiências de ‘outdoor’

Outro dos temas ‘quentes’, na ordem do dia há vários anos, é o estudo de audiências de ‘outdoor’. Nomeadamente a exclusão da DreamMedia, que em entrevista ao M&P a 18 de outubro, Ricardo Bastos justificava com a oposição da JC Decaux e da MOP à entrada da empresa que lidera, no estudo da PSE.

Phillipe Infante responde agora à acusação, argumentando que “qualquer empresa pode, unilateralmente, fazer parte do estudo. Terá, no entanto, que concordar com as regras de autorregulação previstas e cumprir com um conjunto de pressupostos alinhados com os que existem em muitos JIC [Joint Industry Committees] por todo o mundo. Entre estes pressupostos, está a legalidade dos ativos instalados”.

O diretor-geral da JC Decaux salienta que o estudo em causa “audita mais de 55 mil faces de ‘outdoor’ e, do ponto de vista metodológico, é uma referência internacional em termos de qualidade e robustez, contribuindo, para a credibilidade da publicidade exterior nacional. É, obviamente, desejável que este estudo de audiências seja representativo do mercado, pelo que está aberto a todos os operadores”.

Ricardo Bastos, por seu lado, diz que “a Cemark, empresa do grupo DreamMedia, é o único operador com contrato assinado no estudo de análise de audiências. Todos os restantes operadores, incluindo a DreamMedia, continuam a fazer parte do estudo e a liquidar os custos, mas sem ter ainda o contrato assinado”.

O CEO do grupo DreamMedia explica que “isso acontece porque nenhum operador concordou integralmente com os termos dos contratos”. Em relação à análise de investimentos, “sendo convidada anualmente para integrar o estudo da Marktest, optou-se até ao momento por não entrar na análise dos dados de investimentos em ‘outdoor’, uma vez que até 2023 não era um operador de redes, mas sim de formatos unitários. Neste momento, detendo a maior cobertura de redes de múpis e digitais do país, não descartamos a possibilidade de entrar no estudo num futuro próximo”.

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Canais da The Walt Disney Company chegam ao Playce

“Temos disponível uma oferta que inclui o ‘streaming’, com o Disney+, canais lineares, eventos e projetos especiais, que permite aos nossos anunciantes chegarem de forma criativa e eficaz aos seus públicos”, explica Jorge Padinha, diretor de vendas de publicidade da TWDC

Os canais da The Walt Disney Company Portugal (TWDC) estão disponíveis no Playce (na foto), a partir de 9 de dezembro. A parceria estabelecida com a plataforma publicitária abrange os canais Star Channel, Star Life, Star Comedy, Star Crime, Star Movies, National Geographic, National Geographic Wild, 24Kitchen, Disney Channel e Disney Junior.

Através deste acordo, a equipa comercial da TWDC em Portugal fica responsável pela comercialização exclusiva dos dez canais, que emitem algumas das séries internacionais mais vistas em Portugal, uma ampla oferta de cinema, documentários premiados e algumas das marcas infantis mais reconhecidas.

“Vamos arrancar 2025 com um leque de opções único para os nossos anunciantes e parceiros. Temos disponível uma oferta que inclui o ‘streaming’, com o Disney+, canais lineares, eventos e projetos especiais, que permite aos nossos anunciantes chegarem de forma criativa e eficaz aos seus públicos. Desde outubro que estamos a trabalhar em pleno no plano com anúncios no Disney+ e juntamos agora ao Playce o nosso portefólio de canais lineares”, explica Jorge Padinha, diretor de vendas de publicidade da TWDC, citado em comunicado de imprensa.

Usado por cerca de 400 anunciantes, o Playce, que agora integra a Disney Advertising, permite comunicar na televisão de forma segmentada, combinando a eficácia do meio televisivo com a capacidade de dirigir as campanhas ao público-alvo pretendido.

“Temos todos os recursos para criar campanhas integradas através do ‘streaming’, canais lineares e formatos personalizados que endereçam os desafios das marcas, contribuindo para que alcancem os seus objetivos”, acrescenta Jorge Padinha.

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Dentsu Creative conquista Prata nos Eurobest Awards 2024

Das 20 inscrições nacionais, apenas a campanha ‘Drawn To Equality’ (na foto), desenvolvida para a Visa, foi premiada. A campanha ‘Filhos do Euro’ da Meo, da Bar Ogilvy, ficou na ‘shortlist’. Os troféus são entregues a 11 de dezembro, numa cerimónia transmitida online

A Dentsu Creative conquistou um Silver Eurobest na categoria Entertainment, na subcategoria Diversity & Inclusion In Sport, com a campanha ‘Drawn To Equality’, criada para a Visa, que já é reconhecida internacionalmente, com duas Pratas, nos Clio Sports Awards 2024. Divulgada no jornal A Bola, a iniciativa é marcada pela inclusão de uma personagem feminina na tira de banda desenhada Barba e Cabelo, que a publicação desportiva apresenta diariamente.

Portugal também estava na corrida a estes prémios, com a Bar Ogilvy, na categoria Direct, na subcategoria Use Of Humor. A campanha ‘Filhos do Euro’ da Meo, que divulga uma oferta comercial da operadora, era a única finalista da categoria, mas não passou da ‘shortlist’.

Das 20 inscrições nacionais no festival europeu de criatividade e comunicação publicitária, apenas duas foram selecionadas para a fase final da competição. A organização da edição de 2024 dos Eurobest Awards 2024 recebeu mais de 2.500 candidaturas de 21 países. A cerimónia de entrega dos prémios, transmitida online no site do Eurobest, acontece quarta-feira, 11 de dezembro, a partir das 14h.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

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