António Marques Vidal, presidente da direção da APECATE
APECATE posiciona-se contra proibição de eventos e pede revisão de medidas que trazem “clima de incerteza”
“O clima de incerteza trazido pela resolução do Conselho de Ministros trouxe uma instabilidade tal que a primeira reacção foi o cancelamento em cadeia de muitos dos eventos empresariais previstos até ao final do ano”, alerta a APECATE.
Pedro Durães
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“O clima de incerteza trazido pela resolução do Conselho de Ministros trouxe uma instabilidade tal que a primeira reacção foi o cancelamento em cadeia de muitos dos eventos empresariais previstos até ao final do ano”, alerta a APECATE. A associação que representa as empresas de organização de eventos, congressos e programas de animação turística chama a atenção para o facto de que “os eventos não se organizam de um dia para o outro, têm semanas de preparação, precisam de alguma estabilidade de condições para que possam mobilizar os parceiros necessários para a sua correta realização”, deixando criticas à forma como o sector “foi tratado”, “não existindo a capacidade de olhar para a sua especificidade, não existindo até ao momento orientações gerais e claras por parte da DGS para o sector, estando a sua análise sujeita a avaliações casuísticas”.
“Compreendemos que sejam necessárias medidas musculadas para conter a propagação da pandemia, porém essas medidas não podem ser tomadas sob a forma de proibições arbitrárias e sujeita a pressões de grupos, privilegiando determinados sectores de actividade em detrimento de outros, apesar de, do ponto de vista de condições físicas, de distanciamento e de oportunidade cumprirem exactamente os mesmos rácios”, defende a associação, em comunicado emitido esta quinta-feira, argumentando que “não se pode proibir por proibir, quando o espaço é o mesmo, a metodologia de entrada e as regras são as mesmas e apenas mudam os intervenientes”.
Motivo por que, no comunicado assinado pela direcção, a APECATE “manifesta a sua oposição às medidas tomadas que proíbem a realização de eventos e programas de animação turística, acima de cinco pessoas”, pedindo a “revisão de medidas que entrarão em vigor a partir de 19 de Novembro” e solicitando ao Governo que “seja claro na distinção da tipologia de eventos, compreenda a necessidade de planificação e que, para estes sectores, estabeleça medidas e princípios com um período temporal de pelo menos um mês”. “Só com uma actuação responsável se poderá combater a pandemia e os organizadores de congressos, eventos e animação turística, já deram provas que são agentes de prevenção e cidadania, não devendo por isso mesmo ser penalizados com um tratamento indiscriminado e proibicionista”, sustenta a associação.
“Mais do que proibir seria fundamental actuar sobre a formação dos diversos públicos (organizadores, parceiros, participantes, autoridades públicas), incutindo práticas de convivência no quadro de uma situação de calamidade”, defende ainda a APECATE, acrescentando que “mais do que proibir é fundamental agir sobre o que correu mal em situações pontuais e que generalizaram algo que não é verdade”. “Os eventos são seguros e é possível serem organizados dentro de regras e planos de contingência que com tempo, regras, planificação, não representam um problema para a saúde pública”, assegura a associação, reforçando que “a planificação requer tempo e estabilidade, que semanalmente nos é retirada”.