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10 campanhas para perceber o que foi 2020

A publicidade ajuda a descrever o ano que agora termina. Esta viagem começa com Ruth Marlene e termina com uma separação.

Rui Oliveira Marques
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10 campanhas para perceber o que foi 2020

A publicidade ajuda a descrever o ano que agora termina. Esta viagem começa com Ruth Marlene e termina com uma separação.

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A publicidade ajuda a descrever o ano que agora termina. Esta viagem começa com Ruth Marlene e termina com uma separação.

O Pisca Pisca de Ruth Marlene
No mesmo dia em que era conhecido o primeiro caso de covid-19 em Portugal, arrancava a campanha de lançamento do stand online PiscaPisca.pt, da responsabilidade do Credibom e da APDCA. Protagonizada por Ruth Marlene, que dava voz a uma nova versão da célebre música Pisca Pisca, a campanha rapidamente se popularizou. Semanas depois, com os portugueses em confinamento, filmes como o do PiscaPisca, com pessoas a cantar e a dançar, seriam já despropositados ao tempo que se estava a viver. O vídeo de lançamento do PiscaPisca.pt foi produzido pela Grumpy Panda, com realização de JP Moreira. A McCann Lisbon foi a agência responsável pela criatividade. Esta foi a campanha de publicidade com mais visualizações no site do M&P ao longo de 2020.

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A lavagem de mãos
O vídeo mais popular no YouTube Portugal em 2020 é da autoria da Direcção-Geral da Saúde e explica como se deve lavar as mãos, uma das medidas mais importantes para prevenir o contágio da covid-19. “Técnica de lavagem das mãos – covid-19/DGS” é protagonizado pelo jornalista Luís Castro e contabiliza mais de 1,4 milhões de visualizações. A fechar o vídeo, a assinatura mais ouvida ao longo de 2020: “Seja um agente de saúde pública.” De acordo com o Google, este foi o vídeo que despertou mais interesse na plataforma, obtendo a maior interacção dos utilizadores (número de visualizações, gostos e comentários).

Marcas a dizer para ficar em casa
Entre Março e Abril muitas marcas desapareceram, deixando de comunicar com os seus consumidores. Não foi o caso do Continente, uma das primeiras marcas a avançar com uma campanha institucional a propósito do primeiro estado de emergência, que contemplava o confinamento obrigatório e restrições à circulação na via pública. Partindo do conceito de que cada português tinha de fazer a sua parte, a marca relembrava a meio de Março que era momento de “ficar em casa”, “cuidar de si”, “cuidar dos outros” “ou garantir que não falta nada”. Com criatividade da Fuel, o filme foi realizado e editado por Tiago Soares, recorrendo a imagens de Frederico Oliveira, Nuno Portimão, Alexandre Montenegro e Bruno Ferreira, que trabalham para diferentes produtoras. Estávamos na fase em que os filmes publicitários tinham de ser produzidos em regime de teletrabalho.

As ruas vazias
Vários anúncios destacaram o papel dos trabalhadores da chamada “linha da frente”, como é o caso dos médicos, enfermeiros, cuidadores de idosos, forças de segurança, bombeiros, trabalhadores dos serviços de higiene urbana, funcionários de supermercados, padeiros ou agricultores. A meio de Abril, o Lidl seguiu um caminho diferente, ao mostrar o país com as ruas vazias em geografias tão distintas como Braga, Porto, Lisboa ou Alentejo. O silêncio era só interrompido pela passagem de um camião da cadeia de supermercados. Não se vê ninguém, nem existe voz off. A campanha teve assinatura de O Escritório, com produção da Blanche Filmes, de Pedro Varela. [O realizador foi também responsável pelo vídeo da música Andrà Tutto Bene, do artista açoriano Cristóvam, que se tornou viral em vários países]

anuncio ardinas FCB (1)Os heróis dos jornais e revistas
“Se os nossos jornais e revistas falassem estariam a dizer: ‘Muito obrigado, soldados do papel’”. Esta era a mensagem de várias editoras e da distribuidora VASP aos seus “soldados”: os vendedores de jornais e revistas que levavam a informação em papel aos portugueses. Sessenta e três publicações de diferentes editoras associaram-se a esta iniciativa. A campanha da FCB Lisboa arrancou no fim de Março. A partir do primeiro estado de emergência, muitos postos de venda de imprensa fecharam. Provavelmente, se tivesse sido veiculada um mês depois, já teria de incluir uma homenagem aos profissionais das várias empresas de media que, entretanto, entraram em lay-off. As quebras na circulação impressa paga foram significativas e a generalidade das publicações não conseguiu voltar aos valores pré-covid, impactando as receitas dos vendedores de jornais e revistas.

A grande campanha de posicionamento
Num ano em que praticamente não houve rebrandings, reposicionamentos ou grandes transformações nas linhas de comunicação das marcas, uma das poucas excepções veio da Meo. Estávamos em Junho e a marca arrancava com uma campanha de posicionamento com o claim “Liga-te de novo. Liga-te à vida”. Uma produção de grande dimensão que, à época, rompia a cautela que mostravam muitos anunciantes. Uma campanha à antiga, com seis dias de filmagens e 120 pessoas envolvidas, incluindo embaixadores da marca, como Carolina Deslandes, Cristiano Ronaldo, Frederico Morais, João Sousa ou Miguel Oliveira. A criatividade é da Partners e a realização de João Marques e Nuno Alberto. A produção foi da 78. A Meo também começou a trabalhar a sua identidade de forma multissensorial, com uma identidade sonora binaural em 8D (efeito 360 e esférico). As lojas passaram a contar com uma fragrância criada por Lourenço Lucena, e uma identidade gustativa através dos rebuçados do chef Chakall e do café da Simpli Coffee.

A redescoberta da N2
A pandemia condicionou os planos para as férias, levando milhares de pessoas a descobrir o interior do país. A Nacional 2, estrada que une há 75 anos Chaves a Faro, foi percorrida por milhares de portugueses, mas também recebeu, ao longo do Verão, iniciativas de marcas e programas de televisão e de rádio. A estrada mais extensa de Portugal e a terceira mais longa do mundo esteve no centro da campanha da Samsung Portugal Por Dentro, que resultou de uma parceria entre a marca e o Turismo de Portugal, com o apoio da Associação de Municípios da Rota Estrada Nacional 2. O fotógrafo João Bernardino e o surfista João Kopke mostraram o interior do país através da fotografia pela lente do Samsung Galaxy S20 Ultra 5G. A criatividade e design foram da Lift, enquanto o filme e produção estiveram a cargo da True Stories. O projecto foi premiado este mês com um European Excellence Award 2020, na categoria Technology & Consumer Electronics.

O ano do Tik Tok
Só no período de confinamento, o TikTok passou a contar com 500 mil novos utilizadores em Portugal. A rede social popularizou-se (apesar dos repetidos alertas de Donald Trump) e várias marcas avançaram com iniciativas. Talvez a mais notada tenha sido a campanha do Minipreço que junta tiktokers nacionais e “maiores”, ao som da batida de Savage Love, de Jason Derulo. O primeiro filme contou com a participação de Bruno Almeida, o único tiktoker português com mais de um milhão de seguidores. A campanha (e a música) não deixaram ninguém indiferente, com os “maiores” lá em casa a pedirem às gerações mais novas para explicarem o anúncio. Criatividade da Nossa, com produção da El-Hey e realização de Miguel Coimbra. Já em Dezembro soube-se que, em 2020 e a nível mundial, houve mais downloads da app do TikTok do que do Facebook.

O Natal mais diferente das nossas vidas
Foi uma das primeiras campanhas de Natal a arrancar. A 12 de Novembro a Bertrand avisava: “Este Natal vai ser diferente para que volte a ser igual.” Num filme de dois minutos e meio, a marca conta a história de uma menina que faz tudo para que no dia 24 de Dezembro consiga abraçar o pai — um médico que está fora de casa a tratar de doentes com covid-19. “Não é preciso falar português para perceber a emoção deste anúncio”, escreveu o jornal The New Zealand Herald, que colocou a campanha desenvolvida pela produtora Ideias com Pernas na lista dos melhores anúncios de Natal de 2020, ao lado da Coca-Cola e do McDonald’s.

O mais emotivo
Emocionou e ultrapassou fronteiras. A AdAge avisou que o anúncio de Natal da NOS podia gerar “um verdadeiro mar de lágrimas, com uma história doce sobre uma menina separada do avô durante o Natal”. Para a publicação norte-americana, “embora não haja nenhuma referência directa à pandemia”, o anúncio não passa ao lado das circunstâncias do Natal de 2020 já que, “provavelmente, milhões de avós não verão os seus netos”. A criatividade é da Havas, com realização de João Nuno Pinto e produção a cargo da Garage. Com a assinatura “Neste Natal, nada nos pode separar”, este foi o spot de maior duração exibido na televisão portuguesa em Novembro (dois minutos). Entretanto, o urso que é o centro da campanha ficou à venda por 5,99 euros. As receitas revertem a favor da associação Coração Amarelo, que ajuda a combater a solidão de pessoas idosas.

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Brand 22 gere redes sociais do ISPA e reforça clientes em Lisboa

A agência de marketing digital de Vila Real assume a gestão dos perfis do Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida no Instagram, no Facebook, no TikTok e no LinkedIn, além do YouTube

Luis Batista Gonçalves

O Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida (ISPA), sediado em Lisboa, entrega a gestão das redes sociais à Brand 22. A agência de marketing digital de Vila Real assume a gestão dos perfis da universidade, fundada em 1962, no Instagram, Facebook, TikTok, LinkedIn e YouTube.

“O objetivo é criar uma comunicação de proximidade, através de narrativas que demonstrem o universo do ISPA e que captem o ADN de uma instituição com uma história tão longa, para atrair novos públicos. Vamos fazê-lo através de conteúdos audiovisuais, procurando rejuvenescer a linha gráfica das redes sociais da universidade”, explica ao M&P Rui Manuel Ferreira, fundador e CEO da Brand 22, que também assume a gestão de tráfego dos perfis.

“A Brand 22 mostrou disponibilidade para trabalhar lado a lado connosco, sem receio de arriscar ou de entrar neste universo desafiante, feito de várias linguagens e públicos muito distintos”, salienta Miguel Roque Dias, gestor de comunicação do ISPA.

Brand 22 reforça número de clientes em Lisboa 

O início da parceria entre a agência de marketing vila-realense e o estabelecimento de ensino universitário acontece numa altura em que a Brand 22 aumenta o número de clientes na capital. “Além do ISPA, vamos abraçar um projeto de promoção territorial que será divulgado em breve, entre outros projetos que vão ser apresentados, principalmente em Lisboa, e que ainda não podemos divulgar”, refere Rui Manuel Ferreira.

Com uma média de 40 clientes fixos, a Brand 22, que conta com 12 colaboradores, é responsável pela criação de conteúdos gráficos para a Randstad Portugal e pela criação da marca Discover Douro, portal turístico que agrega informação dos 19 municípios que integram a Comunidade Intermunicipal do Douro (CIM Douro), tendo também colaborado na campanha promocional que a instituição apresentou na edição de 2025 da BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market.

“Em 2024, faturámos €500 mil e, em 2023, perto de €525 mil. O crescimento tem sido gradual ano após ano, contudo 2024 foi o ano de maiores investimentos, principalmente na contratação de recursos humanos. Acredito que o sucesso das empresas se deve à aposta contínua e à valorização dos colaboradores, porque sem investimento não há crescimento”, defende Rui Manuel Ferreira.

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Futuro da Trust in News decide-se a 6 de maio

A assembleia de credores discute, nessa data, o plano de insolvência da TiN, que prevê um investimento máximo de €1,5 milhões, a venda de títulos e a criação de uma ‘task force’ para renegociar contratos e baixar custos

Os credores da Trust in News (TiN) pronunciam-se a 6 de maio sobre o plano de insolvência da empresa. O documento, apresentado por Luís Delgado, prevê um investimento faseado no montante máximo de €1,5 milhões, o encerramento da delegação no Porto, a redução de colaboradores, a criação de uma ‘task force’ para renegociar contratos e baixar custos operacionais e o pagamento faseado das dívidas à Autoridade Tributária e Segurança Social, em 150 prestações.

“Estamos a funcionar com as dificuldades normais de uma situação destas, enquanto aguardamos pela decisão dos credores. Temos conseguido resolver a maior parte dos problemas, apesar de termos questões pendentes”, explica ao M&P André Correia Pais, administrador de insolvência da empresa.

Ao contrário dos ordenados, que foram regularizados, há valores em dívida que ainda não foram liquidados. “Os salários estão em dia, falta apenas pagar aos trabalhadores o subsídio de alimentação referente ao mês de março. Estamos a falar de cerca de €15 mil, um valor que vamos conseguir pagar entre o final desta semana e o início da próxima”, revela André Correia Pais.

Por regularizar está também o pagamento de impostos. “Ainda não consegui pagar o mês de dezembro de 2024, que devia ter sido regularizado em janeiro. Essa situação já era conhecida antes da assembleia de credores de 29 de janeiro. O valor será regularizado em breve, até porque os impostos referentes a janeiro e fevereiro foram pagos e os de março podem ser liquidados até 20 de abril, que é a data limite”, esclarece o administrador de insolvência da TiN.

Fundada pelo empresário Luís Delgado em 2017, a TiN detém órgãos de comunicação social como a Visão, a Exame, a Caras, a TV Mais, a Telenovelas, a Activa, o Holofote e a Prima. Declarada insolvente pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste, a 4 de dezembro de 2024, na sequência da reprovação do PER [Processo Especial de Revitalização], que havia sido apresentado em maio, está dependente da assembleia de credores de 6 de maio.

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Companhia das Soluções reorganiza estrutura operacional

Luísa Marques (na foto, à esq.) acumula a comunicação digital e a gestão do marketing de influência, enquanto que Mariana Cottim (à dir.) assume as relações com os media e a coordenação das equipas de assessoria

A Companhia das Soluções acaba de reorganizar a estrutura operacional da agência de comunicação. Luísa Marques passa a acumular a comunicação digital com a gestão do marketing de influência, enquanto que Mariana Cottim assume as relações com os media e a coordenação das equipas de assessoria de imprensa.

“A experiência e visão da Mariana Cottim e da Luísa Marques, enquanto pilares da organização há vários anos, são fundamentais para liderar talentos, adaptar tendências e capacitar a equipa, garantindo um serviço de excelência e ampliando o impacto das nossas conquistas”, explica ao M&P Sónia Pereira, CEO da Companhia das Soluções.

Luísa Marques, que já geria o marketing de influência, vê no novo desafio a oportunidade de reforçar o posicionamento digital da agência. “Os canais digitais não são apenas ferramentas de divulgação, são plataformas para fortalecer a nossa marca pessoal e expandir o reconhecimento da Companhia das Soluções. Com uma abordagem estratégica e criativa, vamos dar mais visibilidade aos serviços que oferecemos e, ao mesmo tempo, destacar novas áreas de atuação, como a criação de conteúdos originais e relevantes”, explica Luísa Marques.

Para além de continuar a assegurar a relação com a imprensa, Mariana Cottim tem agora a missão de coordenar as equipas que prestam assessoria aos media e às marcas, numa altura em que a agência anuncia a conquista de novos clientes.

“O foco em media já me aproximava transversalmente da equipa, mas, ao integrar esta visão na estratégia da agência, é possível não só fortalecer o compromisso com as marcas, mas também orientar decisões, criando uma comunicação mais coesa e estratégica”, salienta Mariana Cottim.

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Meta cria novo modelo de recomendação de anúncios baseado em IA

O Generative Ads Recommendation Modeler garante um aumento de 5% nas conversões de anúncios nas aplicações da Meta, segundo Matt Steiner, vice-presidente de inteligência artificial da tecnológica

A Meta anuncia um avanço na forma como recomenda anúncios aos utilizadores com a criação do Generative Ads Recommendation Modeler (GEM), um novo modelo de inteligência artificial (IA) que possibilita uma segmentação de anúncios mais eficaz, noticia a Ad Age.

Segundo Matt Steiner, vice-presidente de inteligência artificial da Meta, este novo modelo representa um passo decisivo na formação de modelos de IA para a recomendação de anúncios.

“Somos agora duas vezes mais eficientes a melhorar o desempenho quando fornecemos dados a um sistema de treino de modelos”, revela Matt Steiner, acrescentando que com este novo modelo, as aplicações da Meta verificaram um aumento de 5% nas conversões de anúncios.

A Meta também está a alargar as medidas de segurança para os adolescentes no Instagram, ao impedir os menores de 16 anos de utilizar a funcionalidade Live, a menos que tenham autorização dos pais. Adicionalmente, os jovens vão ter de obter autorização dos pais para desativar uma funcionalidade que desfoca as imagens com suspeitas de nudez nas mensagens diretas.

Estas atualizações vão estar disponíveis “nos próximos meses”, segundo avança a Meta, em comunicado de imprensa. A empresa acrescenta que existem pelo menos 54 milhões de utilizadores adolescentes no Instagram e que mais de 90% dos jovens entre os 13 e os 15 anos mantêm as definições de privacidade predefinidas.

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47% das marcas com vendas omnicanal não fazem campanhas de conversão

Worten, Ikea e Decathlon são as empresas que lideram em Portugal as vendas em múltiplos canais, mas a personalização e a experiência de cliente são oportunidades que não têm sido aproveitadas

Só 53% das marcas com estratégias de venda omnicanal é que fazem campanhas de conversão com recurso a ‘lead ads’ e ‘product ads’ em Portugal, embora 82% invistam regularmente em campanhas digitais para aumentarem a notoriedade, avança a primeira edição do Omnichannel Index Portugal 2025, da Impact Commerce, consultora de comércio eletrónico escandinava.

“As marcas de retalho omnicanal têm uma forte presença digital, mas falta-lhes estratégia”, refere o relatório, que revela que 75% utilizam anúncios de ‘display’ e que 90% das empresas publicam regularmente nas redes sociais, ainda que só 57% estejam ativas em plataformas emergentes, como o TikTok.

José Balça, sócio e diretor executivo da Impact Commerce em Portugal, evidencia que os consumidores se mostram dispostos a gastar 2,2 vezes mais numa empresa que aposta em vários pontos de venda do que aquelas que se apresentam num único canal.

“Portugal está numa fase de grande transformação, as empresas estão em fases diferentes, mas têm apresentado um forte desempenho em áreas que se mostram importantes para os consumidores, como a entrega no próprio dia, opções de pagamento ou a privacidade dos dados”, explica José Balça, citado em comunicado de imprensa.

A consultora prevê que o negócio omnicanal venha a gerar um volume de negócios de €5 mil milhões este ano e que continue a crescer até aos €7 mil milhões até 2029. O estudo, que identifica a Worten, a Ikea e a Decathlon como as três empresas que lideram o retalho omnicanal em Portugal, aponta todavia falhas na velocidade e na acessibilidade digital, com 39% das empresas a possuírem plataformas lentas.

“Só 61% é que carregam o ‘site mobile’ em menos de 2,5 segundos, um fator crítico para a retenção de utilizadores, sendo que apenas 8% atingem um ‘accessibility score’ de 90/100, revelando lacunas na experiência digital inclusiva”, adverte a Impact Commerce.

Segundo a consultora, só 16% das empresas é que registaram um crescimento nas pesquisas das marcas superiores a 10% nos últimos 12 meses, com 61% das empresas a aumentarem o tráfego orgânico em, pelo menos, 10% no último ano.

Só 10% das empresas incentivam a fidelização

Para a Impact Commerce, a personalização e a experiência de cliente são “oportunidades que não têm sido aproveitadas” em Portugal, porque 98% das empresas que operam no mercado nacional cumprem as regras de consentimento de ‘cookies’, através da exibição de ‘banners’ explicativos, mas apenas 10% incentivam ativamente a adesão a programas de fidelização através do site.

“Apenas 20% das marcas mostram recomendações personalizadas na ‘homepage’, sendo que só 49% promovem o ‘upselling’ e o ‘cross-selling’ na página do produto”, refere a análise, que revela que 98% das empresas asseguram a entrega no próprio dia em grandes cidades e que 88% disponibilizam um serviço de ‘click & collect’, mas só 24% garantem recolha em menos de quatro horas”.

Em Portugal, ainda de acordo com a análise, 86% das lojas permitem que os funcionários façam uma encomenda online para envio ao cliente, “mas apenas 2% aceitam pagamentos móveis sem terem de se deslocar à caixa”.

O índice da Impact Commerce analisa 70 pontos de contacto em 50 empresas, é elaborado em parceria com a Adyen, a Algolia, o Shopify e o Storyblok, de forma a abordar a realidade comercial omicanal nos Países Baixos, na Bélgica, na Finlândia e em Portugal, uma estreia em 2025.

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Publicações de executivos no LinkedIn crescem 23%

Além do ‘engagement’ quatro vezes superior, os executivos fazem aumentar 39% o número de utilizadores. Jon Gray (na foto), presidente e COO da Blackstone, é um dos mais ativos e a tendência tem a ver com o desinteresse no X

As publicações de executivos séniores no LinkedIn cresceram 23% em 2024, face a 2023, revela a Ad Age. De acordo com um estudo da rede social profissional, divulgado pela publicação norte-americana, além de terem um ‘engagement’ quatro vezes superior, as publicações desses profissionais tendem a aumentar o número utilizadores em 39%.

Uma das razões apontadas para o crescimento de publicações de executivos séniores no LinkedIn prende-se com o desinteresse crescente no X. As polémicas que envolvem a rede social de Elon Musk têm levado muitos dirigentes a transferir para o LinkedIn as publicações que anteriormente faziam no antigo Twitter.

Um exemplo disso é Jon Gray, presidente e diretor de operações da empresa financeira Blackstone, que, à semelhança dos influenciadores digitais profissionais, partilha vídeos dos locais que visita, das corridas que faz, dos eventos familiares em que participa e até das intervenções públicas que vai tendo. Com 200 mil seguidores, integra o grupo de personalidades do LinkedIn Top Voice, que reúne especialistas, executivos, agentes de mudança e figuras públicas globais.

Partilha de vídeos curtos aumenta 34%

Segundo a Ad Age, ao manter um algoritmo que privilegia as conexões e que centra a atividade na divulgação de notícias, o LinkedIn, que é consultado diariamente por 134 milhões de utilizadores, posiciona-se como uma plataforma reputada e credível para marcas, líderes e criadores de conteúdo que precisam de um suporte fiável para construir uma presença digital que lhes traga vantagens competitivas.

A aposta do LinkedIn nos vídeos curtos foi reforçada em 2024, sendo este o formato que mais cresce na plataforma, registando uma progressão de 34% face a 2023. No último trimestre do ano, os utilizadores interagiram com 1,5 milhões de publicações, com os executivos séniores a tirarem partido dos vídeos curtos, das transmissões ao vivo, dos inquéritos e dos artigos que promovem marcas e ideias.

Apesar da ameaça de aplicações como a Bluesky, a RedNote e a Substack, que também têm vindo a abrir espaço para as partilhas sociais, a rede social profissional, que numa primeira fase estava mais direcionada para a divulgação e procura de oportunidades de trabalho, ganha espaço como local confiável para a transmissão de mensagens publicitárias e de discursos com propósitos comerciais.

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Anúncio falso da KFC criado com IA gera polémica nos EUA

Com cerca de 45 segundos de duração, o ‘spot’ tem um custo de produção de 400 dólares (€365) e contém dezenas de imagens fotorealistas, incluindo cenas de pessoas a comer frango frito e representações exatas da marca KFC

Um anúncio falso da KFC, gerado por inteligência artificial (IA) e publicado no LinkedIn, está a suscitar reações da comunidade criativa nas redes sociais, incluindo acusações de plágio e um novo debate sobre o papel da IA na criação de publicidade.
O anúncio, que tem um custo de produção de 400 dólares (€365), é criado por uma produtora para demonstrar os limites do que é possível quando se utiliza a IA para criar publicidade, noticia a Adage.

Com cerca de 45 segundos de duração, o anúncio intitulado ‘KFC AI Food + Beverage Tests – Pt. II – Ready 2 Roll’, contém dezenas de imagens fotorrealistas, incluindo cenas de pessoas a comer frango frito e representações exatas da marca KFC.
David Blagojevic, realizador e cofundador da empresa cinematográfica Davinci Productions, com sede na Sérvia, tem vindo a ganhar seguidores nas redes sociais por criar este tipo de projetos.

O projeto, descrito por David Blagojevic como um teste para explorar o potencial das ferramentas de IA, foi arrasado pelos especialistas em publicidade e marketing.

Uma das críticas mais contundentes foi a do realizador Joris Noordenbos, responsável por campanhas oficiais do KFC, que denuncia semelhanças com ‘spots’ publicitários que ele próprio terá filmado. “Foi como ver uma máquina Xerox com IA”, disse ao Ad Age. E para o provar, publica no Instagram um ‘reel’ dos dois anúncios lado a lado, e as imagens revelam-se praticamente idênticas.

No rescaldo dessa revelação, David Blagojevic reafirma tratar-se um projeto não comercial, que começa com uns rascunhos feitos à mão, com a única intenção de testar como IA pode replicar a estética e o estilo das campanhas do KFC.

 

O caso marca a mais recente polémica sobre o uso da IA na criação publicitária, na sequência de controvérsias em torno da Coca-Cola e da Under Armour. Enquanto alguns profissionais olham para a tecnologia como forma de impulsionar a criatividade e abrir novas possibilidades narrativas, há quem critique a falta de originalidade em trabalhos que apenas reproduzem o que já foi feito.

Isso explica o que leva alguns criativos a atrasar a introdução de ferramentas de IA em tarefas relacionadas com a produção, com receio de que essa automatização possa eventualmente substituir os humanos. Já os proponentes da tecnologia preferem olhar para a eficiência e crescente capacidade de produção criativa da IA.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

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A jornalista foi moderadora na conferência Infrastructure Investor Network America Forum, em dezembro de 2024
Media

“Há uma maior necessidade de medir as palavras e de agir de forma controlada”

Muda-se para Nova Iorque em 2019, para fazer um mestrado em jornalismo. Atualmente, Catarina Lamelas Moura (na foto) escreve sobre investimentos em infraestruturas numa publicação para investidores e profissionais do setor

Catarina Nunes

As empresas de media em Nova Iorque recompensam bem, mas também exigem mais, revela Catarina Lamelas Moura, repórter sénior da Infrastructure Investor Deals, que considera que “em Portugal há um à vontade maior no relacionamento com colegas e mesmo com chefias”.

A publicação online onde trabalha inclui uma revista em papel e integra o grupo PEI, que além de deter vários títulos especializados e bases de dados na área de investimentos em infraestruturas, organiza anualmente a conferência de referência no setor, a Infrastructure Investor Global Summit, em Berlim, entre outros eventos.

Um deles é o Infrastructure Investor Network America Forum, em Nova Iorque, que na última edição, em dezembro de 2024, conta com Catarina Lamelas Moura como moderadora de dois painéis.

Atualmente, escreve sobre investimentos e transações individuais em infraestrutura a nível global, mas começa por estagiar na secção de crime do New York Daily News, em 2020, que funciona como “uma formação sobre Nova Iorque, que me abre os olhos para a escala real desta cidade”, recorda a jornalista que inicia o percurso profissional em Lisboa, como estagiária na revista Fora de Série, suplemento que na época integra o extinto Diário Económico.
Na rubrica de Portugal Para o Mundo, dedicada a profissionais expatriados, partilha a experiência do ‘sonho americano’.

Catarina Lamelas Moura vive em Nova Iorque desde 2019 e o maior obstáculo tem sido manter o visto

Trabalhar fora de Portugal era uma ambição ou qual é a circunstância que determina a saída?

Tenho desde sempre o sonho de viver em Nova Iorque e já tinha vivido nos Estados Unidos, quando no 12º ano faço um programa de intercâmbio numa escola em Lakeland, na Flórida.

Depois de terminar a faculdade em Portugal decido que, em vez de seguir para um mestrado, iria trabalhar durante uns anos para ganhar experiência e voltar depois para os Estados Unidos, para fazer o tal mestrado, mas desta vez em Nova Iorque.

Os anos vão passando e, na verdade, estava bastante feliz e confortável com a vida em Lisboa, mas em 2019 decido finalmente lançar-me para fora.

Qual é o percurso que faz?

Mudo-me para Nova Iorque em agosto de 2019 e inicio o mestrado em jornalismo na New York University, em setembro de 2019. No verão de 2020, entre o segundo e o último semestre, faço um estágio no jornal New York Daily News e convidam-me a ficar mais uns meses até ao final de 2020, que é quando terminava curso.

No início de 2021 começo a trabalhar na Patch, uma publicação de jornalismo local. Em 2022, mudo de área jornalística e passo a escrever sobre criptomoedas para a startup The Block. Escrevo também sobre crédito privado para a Reorg, agora denominada Octus, entre 2023 e 2024.

No final do ano passado começo a trabalhar para a Infrastructure Investor, publicação dedicada a investimentos em infraestruturas.

Onde é que trabalhava e em quê, antes de mudar de país?

Trabalhava no jornal Público, na Ímpar, durante cerca de dois anos e meio, entre 2017 e 2019, e continuo a considerar o Público uma espécie de ‘casa’ no jornalismo. Antes disso passo quase um ano na revista Sábado, em 2016, depois de um estágio na Fora de Série – que na altura é um suplemento do Diário Económico – a seguir à conclusão da licenciatura em jornalismo, na Escola Superior de Comunicação Social, em 2014.

Em termos profissionais, quais são as diferenças entre trabalhar como jornalista em Lisboa e em Nova Iorque?

Em geral, a maior diferença é a competitividade. As empresas recompensam bem, mas também exigem mais. Isso obriga a estar em constante evolução. As próprias empresas têm de se manter competitivas e, se for necessário, um dia duplicam a equipa e seis meses depois fazem cortes. Isto não é visto de forma tão dramática, até porque o mercado de trabalho é muito mais forte e dinâmico.

Qual é o projeto mais recente que tem entre mãos e no que consiste?

Até ao ano passado estava na área de crédito privado, quando mudo para outra publicação de imprensa especializada, onde escrevo sobre investimentos na área de infraestrutura. A publicação é a Infrastructure Investor, que faz parte do PEI Group, grupo de media especializado em publicações para profissionais, que fornecem inteligência de negócios, através de notícias e análises para o setor financeiro. O grupo PEI tem várias publicações e organiza também eventos e conferências, como a Infrastructure Investor Network Global Summit, que é considerada a conferência do setor.

Faço parte da Infrastructure Investor, que é online e tem uma revista em papel e uma base de dados, mas mais especificamente integro a equipa da Infrastructure Investor Deals, que é uma nova publicação focada em investimentos e transações individuais em infraestruturas a nível global, lançada no final de janeiro.

A participação na cerimónia de abertura da New York Stock Exchange é um dos momentos que destaca

O valor da herança cultural portuguesa

Quais são as mais-valias e os obstáculos que o ser portuguesa tem no seu trabalho nos Estados Unidos?

Tenho um orgulho enorme (quase vaidade) em ser portuguesa e isso dá-me confiança em tudo o que faço. Levo comigo uma herança cultural que se manifesta em todas as minhas relações profissionais e pessoais. Sinto que é importante sobretudo numa cidade como Nova Iorque, onde a diversidade, não só cultural mas também na forma de pensar, tem tanto destaque.

O maior obstáculo tem sido manter o visto. Tem sido uma luta constante e qualquer pessoa que esteja nos Estados Unidos com um visto compreende este sentimento.

Até ao ano passado mantive-me com um visto de estudante com autorização de trabalho. É uma grande vitória ter conseguido passar para um visto mais permanente, que me dá mais estabilidade. É a superação de uma candidatura bastante exigente, que acabo por conseguir recorrendo à contratação de advogados.

Quais são as particularidades do jornalismo nos EUA ou em Nova Iorque, em termos de desafios e oportunidades em relação ao mercado português?

O mercado é muito maior e, mesmo dentro da área do jornalismo, existem muitas oportunidades, seja em publicações de media tradicional, startups ou títulos de imprensa especializada. Tendo trabalhado nestes três tipos de publicações desde que me mudei para Nova Iorque, sinto que há várias opções.

Em Portugal na área de jornalismo, infelizmente, as escolhas são muito mais limitadas.

Qual é o momento que o mercado norte-americano atravessa em termos de consumo de media, jornalismo e publicações para profissionais?

Na área de mercados privados, que é onde estou desde 2023, há uma procura enorme e empresas de media competitivas, porque a informação que publicam, incluindo ‘furos’ e informação privilegiada, é extremamente valiosa para investidores e outros profissionais.

Conhecer NY através do jornalismo de crime

Qual é a experiência profissional mais marcante, negativa e positiva, que teve nos EUA ou em Nova Iorque?

Durante o mestrado faço um estágio no New York Daily News, que é prolongado por mais uns meses, onde escrevo principalmente sobre crime e sou enviada todos os dias para diferentes cantos da cidade para entrevistar pessoas.
Representa não só um enorme desafio, mas também uma forma de ficar a conhecer a cidade mais profundamente, de conversar com pessoas e conhecer diferentes bairros. É quase uma formação sobre Nova Iorque, que me abre os olhos para a escala real desta cidade.

O mais negativo, ou mais difícil, tem sido a pressão de trabalhar num mercado tão competitivo, mas não me lembro de um episódio concreto.

Há algum momento profissional que destaque?

No The Block, a escrever sobre bolsa, sou convidada para a cerimónia de abertura da New York Stock Exchange, por uma empresa sobre a qual tinha escrito. Mas hoje em dia acompanho exclusivamente os mercados privados.

Em termos profissionais, do que é que tem mais saudades em relação a Portugal?

Em Portugal há um à vontade maior no relacionamento com colegas e mesmo com chefias. Aqui há uma maior necessidade de medir as minhas palavras e de agir de forma controlada em qualquer situação laboral.

Pensa regressar a Portugal e porquê?

Para já, não tenho planos para regressar. Mas também não tenho planos para ficar para sempre. Às vezes esqueço-me disso, mas na verdade antes de me mudar para Nova Iorque não imaginava que iria ficar cá a trabalhar depois de terminar o mestrado. Não sabia sequer que seria possível, sobretudo enquanto jornalista, sem ser a trabalhar para uma empresa multinacional.

Hoje tenho um sentimento de saudades de casa quando não estou em Lisboa, mas também quando não estou em Nova Iorque.

Sobre o autorCatarina Nunes

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67% dos ‘marketers’ estão a rever estratégias nas redes sociais

Menor eficácia das campanhas, devido às mudanças constantes de algoritmos, subida dos preços da publicidade e dificuldades de segmentação com o aumento das restrições de privacidade são alguns dos problemas

A maioria dos ‘marketers’ (67%) está a rever as estratégias para as redes sociais. De acordo com o estudo ‘The Pulse of Performance Advertising: Diminishing Returns’, realizado pela Qualtrics, em parceria com a Taboola, 69% dos profissionais estão a testar novos formatos para fazer face à diminuição de interações com as publicações, às mudanças de algoritmos e ao aumento dos preços das campanhas em redes sociais como o Instagram, o TikTok, o Facebook e o X.

“Promover marcas, empresas, produtos e serviços nestas plataformas é cada vez mais desafiante. À medida que os orçamentos para campanhas digitais aumentam, 75% dos anunciantes afirmam que o acréscimo de gastos não se traduz em melhores resultados”, refere o estudo, elaborado a partir de um inquérito a 307 ‘marketers’.

Na opinião de 66% dos profissionais do marketing, a redução de interações dos consumidores nas redes sociais prende-se com a saturação das audiências, com 58% dos inquiridos a apontar o cansaço que os utilizadores sentem das plataformas.

Entre as causas apontadas para a menor eficácia das campanhas estão também as mudanças regulares de algoritmos e a subida dos preços dos espaços publicitários nas redes sociais, apontados por 47%, sendo que 36% dos inquiridos também mencionam as dificuldades de segmentação que as restrições de privacidade têm vindo a causar.

“Os profissionais de marketing de desempenho estão a rever as estratégias, indo além das redes sociais, com mais de 50% dos ‘marketers’ a expandir-se para canais adicionais. Muitos também procuram soluções através da diversificação e da experimentação, com 67% a redefinir as estratégias de segmentação de audiências”, salienta o estudo, que revela que 55% estão a virar-se para novas plataformas sociais.

“Embora as redes sociais continuem a absorver uma parte significativa dos orçamentos de publicidade das marcas, a sua eficácia começa a apresentar sinais de desgaste. Num contexto que exige uma grande agilidade, a diversificação para outros canais pode ajudar a reduzir a dependência de um único canal e gerar novas oportunidades de crescimento”, recomenda o estudo.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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O que pode ler no M&P 978

No Lado B, a rubrica Fatal, Banal, Genial apresenta o Insteroid, carro elétrico da Hyundai que é inspirado na estética dos videojogos. O chocolate do Dubai e o impacto das tarifas nos investimentos publicitários são outros dos temas na última página do jornal

Na edição 978, o M&P revela como é que as agências de comunicação, marketing, publicidade e design, fora de Lisboa e do Porto, trabalham grandes clientes, faturam milhões e conquistam prémios. Joaquim Henriques, CEO da Oonify, na Nazaré, por exemplo, revela ter faturado €1 milhão em 2024, a crescer 38%.

Estar longe dos centros de decisão aumenta a criatividade, porém, tem desvantagens.

Em entrevista Pedro Castro, CEO da Multilem, empresa que começa em 1986 a fazer ‘stands’ para feiras e que hoje dedica-se a experiências de marca, revela que no início vislumbra a possibilidade de crescer, mas nunca imagina uma multinacional nos quatro continentes.

Na rubrica De Portugal Para O Mundo, Bernardo Caupers, diretor de marketing de ‘sweet baked goods and snacks’ da Bimbo Canadá, partilha a experiência de viver e trabalhar em Ontário.

Na Opinião, Miguel Moreira Rato, diretor-geral da Adagietto, argumenta que o chocolate do Dubai existe desde 2021, mas é a aposta de outras marcas em replicar a receita e investir em marketing de influência que gera esta ‘corrida ao ouro’.

José Bomtempo, sócio e diretor criativo executivo da Bar Ogilvy, sugere que, assim como reconhecemos as campanhas disto e daquilo, o civismo merece igual reconhecimento no imaginário coletivo português.

Na coluna Silicon Wood, Pedro Filipe-Santos, codiretor executivo e sócio da Snack Content Portugal, escreve sobre a geração (os Zillenials) que conhece a frustração de esperar que um vídeo carregue no YouTube em 240p, mas agora fica impaciente se um TikTok demora mais de cinco segundos a começar.

O dossier especial é dedicado às apostas online, que estão entre a expansão digital e os desafios regulatórios, com os operadores a defenderem uma comunicação responsável.

No Lado B, última página do jornal, a rubrica Fatal, Banal, Genial apresenta o Hyundai Insteroid, o novo protótipo elétrico da Hyundai que é inspirado na estética dos videojogos e em tudo idêntico aos carros dos jogos de corrida, para cativar a geração Z. Revelado a 1 de abril, pode até parecer mentira, mas está a ser apresentado até 13 de abril, no Salão da Mobilidade de Seul.

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