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Estas cabeças estiveram a prémio em 2022

É tempo de virar os holofotes para as equipas, conhecer as cabeças por detrás das melhores ideias de 2022 e colocar na mira os rostos de quem dá o corpo às balas pelas agências e produtoras que mais se destacaram nas áreas da criatividade, design, meios, comunicação e produção. Tempo também de dar a palavra aos profissionais do setor, que partilham desejos e expectativas para 2023, os conselhos que deixariam às marcas e os principais desafios que antecipam para o novo ano

Pedro Durães
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Estas cabeças estiveram a prémio em 2022

É tempo de virar os holofotes para as equipas, conhecer as cabeças por detrás das melhores ideias de 2022 e colocar na mira os rostos de quem dá o corpo às balas pelas agências e produtoras que mais se destacaram nas áreas da criatividade, design, meios, comunicação e produção. Tempo também de dar a palavra aos profissionais do setor, que partilham desejos e expectativas para 2023, os conselhos que deixariam às marcas e os principais desafios que antecipam para o novo ano

Pedro Durães
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Após dois anos desafiantes, 2022 esteve longe de ser um ano sem obstáculos para superar. Mas é nestes momentos que fica (ainda mais) evidente o poder das grandes ideias. Isso ficou claro num ano com vários projetos que permitiram à criatividade nacional, não só brilhar nos principais festivais em Portugal, mas também regressar aos grandes palcos internacionais, com destaque para uma das melhores performances de sempre em Cannes. Motivos de sobra para conhecer as cabeças por detrás das melhores ideias. Como já vem sendo tradição no M&P, é tempo de virar os holofotes para as equipas e colocar na mira os rostos de quem dá o corpo às balas pelas agências e produtoras que mais se destacaram nas áreas da criatividade, design, meios, comunicação e produção. Tempo também de dar a palavra aos profissionais do setor, que partilham desejos e expectativas para 2023, os conselhos que deixariam às marcas e os principais desafios que antecipam para o próximo ano.

Criatividade
BAR Ogilvy
A agência liderada por Miguel Ralha e José Bomtempo venceu o principal troféu nos Prémios Criatividade M&P. O Grande Prémio foi alcançado graças a Breaking Sirens, campanha desenvolvida pela BAR Ogilvy para a Amnistia Internacional em parceria com o Meo, num trabalho que se afirmou como um dos projetos nacionais que mais se destacaram nos principais festivais de criatividade em 2022, não só em Portugal mas também a nível internacional, tendo chegado a leão de ouro no festival Cannes Lions.
“Começo por dizer que quando a essência do nosso trabalho é a criatividade, é bom que o nosso principal objetivo seja garantir que essa criatividade está sempre ao mais alto nível. Por isso, 2023 começa com o desafio de não baixarmos o resultado alcançado em 2022 pela criatividade portuguesa. Foi sem dúvida o nosso melhor ano de sempre, que, no mínimo, é para manter.
2023 vai ser também um ano desafiante para as marcas, onde se esperam tempos difíceis, com a ressaca da covid-19, com a guerra na Ucrânia, que não tem um fim à vista, e com toda a contração da economia, fruto do aumento galopante da inflação, das taxas de juro e da mais do que evidente redução do poder de compra. As marcas vão precisar de estar ao lado dos seus consumidores, com soluções e propostas de valor que acompanhem as suas necessidades. Para todos nós, que diariamente trabalhamos neste mercado, desejo que 2023 seja um ano cheio de criatividade e que consigamos, com essa criatividade, alcançar os nossos objetivos”, Miguel Ralha, CEO da BAR Ogilvy

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FCB Lisboa
Pela primeira vez na história do festival Cannes Lions, uma agência portuguesa ganhou o prémio máximo numa categoria. O primeiro grand prix em Cannes, feito alcançado pela FCB Lisboa na categoria de Design, seria o pontapé de saída para um palmarés internacional que não parou de aumentar até chegarmos ao final de 2022. O grande prémio foi repetido nos festivais Mad Stars, El Ojo e Eurobest, confirmando a FCB Lisboa como a agência nacional que mais se destacou nos palcos internacionais ao longo deste ano. Em causa está o projeto Reconstituição Portuguesa, desenvolvido para a Penguin Random House Portugal, que somou ainda ouro nos Epica Awards, além de um bronze nos LIA. No El Ojo, festival ibero-americano onde a FCB Lisboa se tornou igualmente a primeira agência portuguesa a vencer um Gran Ojo, o desempenho alcançado com este trabalho garantiu ainda à equipa liderada por Edson Athayde os principais prémios na categoria El Ojo Local, com as distinções de Melhor Agência no mercado português, Melhor Ideia e Melhor Criativo, para Viton Araújo e Diego Tórgo, com contributo decisivo para o prémio de Melhor Anunciante de Portugal, atribuído à Penguin Random House.
“No começo de 2022, respondendo a uma questão parecida com a de agora (o que esperar do novo ano), afirmei que era a hora do ‘Re’. Do ‘refazer’, ‘repensar’, ‘redescobrir’, enfim, de uma série de verbos bons para conjugar num mundo ávido para recomeçar. Tentámos colocar essa ideia em prática na nossa empresa. O que, como todos sabem, nunca é fácil. Rever coisas e processos dá trabalho. Redefinir o seu foco, a sua posição de mercado, os seus objetivos, gera stress, consome energias, obriga a sair da sua zona de conforto. Foi o que fizemos. É o que estamos a fazer. Estamos a preparar a FCB Lisboa de 2023, mas também a de 2033. Isto faz o ‘Re’ continuar a ser importante enquanto filosofia de vida. Essa visão acaba por ser muito parecida com o slogan mundial da FCB: #NeverFinished. ‘Nunca Acabar’, no caso, não quer dizer deixar por fazer. Ao contrário, significa não dormir à sombra da bananeira. Indica desejo de encontrar novas maneiras, novos jeitos de fazer as coisas. Ou de fazer outras coisas, usar outros saberes. Ou como diria o meu Tio Olavo: ‘Nada é permanente, a não ser a mudança’”, Edson Athayde, CEO e COO da FCB Lisboa

O Escritório
Pelo terceiro ano consecutivo, a agência fundada por Nuno Jerónimo e Tiago Canas Mendes saiu dos Prémios Eficácia com o título de Agência Criativa do Ano.
“Nada como uma edição especial sobre as agências mais premiadas para recordar que para uma agência os prémios não são o mais importante. Pelo menos para esta. Para O Escritório, o mais importante é termos boas pessoas, bons clientes e boas ideias. A nossa expectativa para 2023 é simplesmente continuarmos a ter ideias capazes de entusiasmar as nossas pessoas e os nossos clientes. Não somos de dar conselhos a ninguém, mas o desejo de ano novo que deixamos – não apenas às marcas mas a todos os protagonistas do mercado – é que, apesar dos algoritmos, do ritmos das redes sociais e da vontade de ter opinião sobre tudo, não subestimem aquele que é o bem mais valioso e escasso para a indústria criativa, mas também para a humanidade: o tempo para pensar”, Nuno Jerónimo e Tiago Canas Mendes, fundadores de O Escritório

Partners
A Partners conquistou, pelo terceiro ano consecutivo, o título de Agência Criativa do Ano nos Prémios Marketing M&P. Com o projeto The Unwanted Shapes – Covid Edition, a agência agora detida pelo grupo Dentsu fez o pleno nesta edição e conquistou também o Grande Prémio.
“2003 a 2022! 20 anos, duas décadas, uma Partners. Não temos espaço neste artigo para agradecer a todos os que aqui trabalham e trabalharam. Não temos espaço para dedicar muitas palavras a todos os nossos clientes com quem fizemos acontecer muita coisa boa. Nem para todos aqueles que foram e são nossos parceiros nesta fascinante indústria e que nunca tiveram medo de mudar, de nos mudar, de mudar o setor; que acreditaram e confiaram, uma e outra vez, no ‘fora da caixa’, no ‘unfollow’ e no ‘trust risk’. Não temos espaço para contar histórias, ideias, prémios, alegrias, tristezas, ansiedades, gritos, risos… Mas temos espaço de sobra para deixar uma palavra que significa tudo aquilo que, como fundadores, sentimos e queremos escrever nas várias línguas de todos os países por onde deixámos, e queremos continuar a deixar, a marca criativa da Partners: Obrigado, gracias, merci, thank you, danke, spacibo, xiéxie… arigatô”, Tomás Froes, CEO da Partners

Stream and Tough Guy
Três anos após ter sido fundada, a agência de João Ribeiro e Miguel Durão teve em 2022 o seu ano de afirmação no mercado ao somar dois títulos de Agência do Ano, um no festival do Clube de Criativos de Portugal e outro nos Prémios Criatividade M&P. Com vários trabalhos premiados, acabaria por ser o projeto CO2AT, desenvolvido em parceria com a This is Pacifica, a assumir maior protagonismo como um dos cases nacionais com melhores resultados a nível nacional e internacional ao somar dois Grandes Prémios, um nos Eficácia e outro nos APPM Marketing Awards, além de um ouro no festival Cannes Lions.
“A guerra, a inflação, a diminuição do poder de compra e a consequente angústia da incerteza que embrulha 2023 fazem com que se antecipe que o próximo ano venha a ser pior do que os anteriores. Mas não é assim todos os anos? Não nos recordamos de vez alguma termos lido ou ouvido projeções em que se previsse com convicção, mais do que por ténue esperança ou otimismo descabido, que os tempos que se avizinhavam fossem períodos de ostentação, folgas orçamentais ou margem para arriscar. As estratégias de marketing assentes em tendências tendem, passe a redundância, a ser demasiado conservadoras. Diz-nos a experiência que, algures no último trimestre, se tenta aproveitar o budget que (afinal) sobrou para uma iniciativa extra plano.
O desejo da Stream and Tough Guy para 2023 é que se siga mais o instinto, porque os relatórios de intelligence, pese embora sejam um conhecimento privilegiado, só o são até certo ponto, pois toda a indústria tem acesso aos mesmos dados, de uma forma ou de outra. Quanto ao instinto, ele não é copiável nem previsível. A melhor vantagem competitiva para os responsáveis de marca é a de fazerem algo que não se está à espera enquanto todos os outros estão na expectativa de uma certeza que nunca chegará em tempo útil de fazer a diferença. Por tudo isto, fazemos votos para que 2023 seja o ano dos e das Irresponsáveis de Marketing”, João Ribeiro, managing partner da Stream and Tough Guy

The Walt Disney Company Portugal
Após projetos como Estreia-te e Intervalo, a campanha Fox The Scroll valeu à equipa criativa in-house da The Walt Disney Company Portugal, pelo terceiro ano consecutivo, a distinção máxima nos Prémios M&P Criatividade em Autopromoções. Este ano, além do Grande Prémio, o trabalho desenvolvido pela equipa liderada por Hellington Vieira em diversos projetos, como Relicário e Cowboy Fashion Week, os únicos trabalhos nacionais distinguidos internacionalmente nos Promax Awards, levou a The Walt Disney Company a ser eleita Empresa de Media do Ano nos Prémios M&P Criatividade em Autopromoções & Inovação em Media.
“Temos apenas uma grande previsão para o próximo ano: 2023 será imprevisível. Algumas das mais bem reputadas previsões dos anos anteriores tiveram em comum o facto de que estavam erradas. Nada prevê que em 2023 isto seja diferente. Então, não será melhor aprendermos a lidar com a imprevisibilidade? Em vez de confiar em cenários rígidos, as marcas devem estar preparadas para a fluidez”, Hellington Vieira, creative director da The Walt Disney Company Portugal

Uzina
Tens-me na Mão, projeto criado pela Uzina para a Samsung, esteve na origem de um déjà vu para agência e anunciante no festival do Clube de Criativos de Portugal. Após terem conquistado no último ano o Grande Prémio com O Ídolo, voltaram a subir ao palco para receber o troféu para o melhor trabalho em competição na edição deste ano. A Uzina acabaria por ser eleita Agência do Ano nas categorias de Publicidade, Digital e Integração e Inovação, nesta última ex aequo com a Stream and Tough Guy, títulos a que somou ainda o de Agência Criativa do Ano na primeira edição dos APPM Marketing Awards.
“Guerra na Europa, alterações climáticas, ODS, inflação, quebra do poder de compra, quebras de investimento, fragmentação dos media, global versus local, estratégico versus tático, ROI, propósito de marca, greenwashing, teletrabalho versus presencial, saúde mental, inteligência artificial, metaverso e NFTs, criptomoedas e Web 3.0, TikTok, o fim das redes sociais, branded content, content creators, influencers, performance, métricas, fuga de talentos e tanto mais. Como navegar por este mapa sem perder o Norte? Deixo aqui um desejo pessoal, que também pode ser útil para marcas e organizações. Que em 2023 nos consigamos adaptar à mudança, mas sem querer ser o que não somos. Como supostamente disse Oscar Wilde: “Seja você mesmo, porque todos os outros já existem.” E sermos uma boa versão de nós próprios já dá bastante trabalho”, Susana Albuquerque, partner e diretora criativa executiva da Uzina

Design
Deadinbeirute
Com o projeto Cadáver Esquisito, a agência esteve em destaque nos Prémios Design M&P ao conquistar o Grande Prémio. Pelo Clube de Criativos, a Deadinbeirute foi também eleita Agência do Ano na categoria de Design.
“As marcas mais valiosas arriscam. Não têm medo de seguir um caminho menos convencional. Não são iguais às outras. Distinguem-se pela sua vitalidade. Pela sua capacidade de se exporem nos contextos certos. Nos contextos onde podem exprimir o seu verdadeiro caráter. Onde a sua honestidade é plena. Onde são capazes de inspirar. Tornando-se importantes e ligadas às pessoas que as amam. Esta atitude não está, na maioria das vezes, ligada àquilo que a sociedade declara como conveniente, como exemplar ou até como expectável. Num mundo toldado pelo medo e pelo cancelamento, sabemos que é mais fácil ceder às tendências, à alegoria, à falácia do ‘fazer o bem’, deixando de lado a essência, a poesia e o caráter. Ter um impacto positivo na sociedade e no mundo não está limitado a códigos mais ou menos estipulados e previstos. Está antes circunscrito ao risco. Ao assumir a verdade, ou a busca pela mesma, com o fim de criar um valor intemporal. É aqui que reside o valor das marcas. É aqui que queremos estar em 2023. A assumir riscos e a criar marcas e produtos cujo valor resista ao tempo e que o seu impacto seja relevante, honesto e verdadeiro de acordo com o seu contexto”, Marko Rosalline, fundador e diretor criativo executivo da Deadinbeirute

This is Pacifica
CO2AT, projeto desenvolvido em parceria com a Stream and Tough Guy para a marca Azgard9, valeu à agência de design do Porto dois Grandes Prémios, um nos Eficácia e outro nos APPM Marketing Awards, além de um Pencil Award no D&AD, um ouro no The One Show e três leões, um deles igualmente ouro, no festival Cannes Lions.
“2022 foi um ano vintage e, tal como acontece no vinho do Porto, a definição vintage acontece num ano considerado monumental, de exceção, e para ser preservado para consumo nos próximos anos. 2022 trouxe-nos três leões no Cannes Lions International Festival of Creativity, trouxe o nosso primeiro Pencil Awards no D&AD e também o primeiro prémio no The One Show com um ouro. Trouxe também Grand Prix nos Prémios Eficácia e nos prémios da APPM (Associação Portuguesa de Profissionais de Marketing) e, mais do que isso, consolidou e projetou o trabalho da This is Pacifica internacionalmente.
Mas, por muito que celebremos o ano que passa, estamos com uma enorme vontade de entrar no ano que aí vem. E já sabemos muito sobre 2023, porque já estamos a trabalhar há vários meses nele. Em 2023 vamos iniciar projetos que ficaram já adjudicados em 2022, alguns que, acreditamos, podem fazer deste um ano também de exceção. Em 2023 vamos apresentar projetos que ficaram prontos em 2022 (incluindo um com impacto europeu) e que só podemos mostrar no decorrer do ano. Em 2023 vamos começar projetos em que vamos poder transformar marcas, serviços e produtos ajustando-os às necessidades e exigências de desafios como o da sustentabilidade (em que estamos empenhados em marcar a diferença e investir em formação e implementação de eco-design). Em 2023 vamos fazer projetos da This is Pacifica que já não cabem dentro da This is Pacifica. Estamos a lançar um novo projeto chamado Prática of Pacifica, workshops desenhados para crianças com início em janeiro de 2023. Em 2023 queremos juntar equipas capazes de mudar o mundo, clientes, marcas, produtos e ideias de transformação, de ativismo, de causas, emoções e narrativas com nervo e coração”, Filipe Mesquita, fundador e diretor criativo da This is Pacifica

VMLY&R Branding
A unidade de design da VMLY&R Portugal foi eleita Agência do Ano nos Prémios Design M&P.
“Nos últimos anos, muito se tem falado de transformação digital e, para 2023, esse pensamento continuará na ordem do dia. Contudo, acreditamos que a palavra ‘digital’ deveria ser abolida do léxico da comunicação. Hoje em dia, a forma como se pensa, cria e desenvolve uma marca tem que passar por uma atitude transversal e consistente, independentemente de ‘onde’ se comunica. Sobretudo considerando que a comunicação está cada vez mais fragmentada entre meios tradicionais, digitais, virtuais, macro ou micro targets… Para 2023, e numa altura em que grande parte das marcas vive momentos de incerteza potenciados pela inflação, crise, guerra, o sistema de identidade das marcas, sustentado num posicionamento sólido e, sobretudo, verdadeiro, assume um papel preponderante no mundo multicanal em que vivemos. É a base que garante que todos os que respiram a marca, dos colaboradores aos parceiros, têm as ferramentas necessárias para comunicar de forma integrada, seja em que momento/meio for. Manterem-se fiéis ao compromisso do que cada marca representa e ao seu posicionamento permitirá aos decisores mais facilmente definir como se apresentam nos diferentes canais e em quais faz sentido estar. Venha 2023”, Rodrigo Freixo, CEO da VMLY&R

Meios
Havas Media
Para a agência de meios do grupo Havas, 2022 começou como 2021. E como 2020. Pelo terceiro ano consecutivo, a agência liderada por Rita Amzalak repetiu o titulo de Agência de Meios do Ano nos Prémios Marketing M&P.
“Estamos todos convocados! Entramos em 2023 conscientes e alinhados com o que se espera de nós. Temos todos de fazer mais e melhor, porque a sustentabilidade é hoje um pilar central na estratégia das marcas e um indicador de progresso, mas uma escolha menos óbvia para os consumidores quando entram em jogo crescentes restrições financeiras. Estudos recentes dizem-nos que as pessoas esperam mais das marcas, nesta transformação, do que aquilo que esperam do seu próprio governo. Efetivamente, e de acordo com dados MB, 83 por cento dos consumidores acreditam que as marcas devem estar ativamente envolvidas na resolução de problemas sociais e ambientais. As marcas estão a acelerar o seu contributo e a comunicação tem o seu papel no envolvimento das comunidades. É aqui que os desafios na área do talento e da data transitam para o novo ano com uma importância crescente. As marcas têm hoje uma pool de data diversificada que deveria permitir a extração de insights, gerando conhecimento. Porém, tornar esta data acionável continua a ser um grande desafio, mas também um caminho para tornar a comunicação mais relevante, permitindo conectar pessoas com comportamentos e padrões de consumo mais sustentáveis. Esta evolução exige também novos perfis e competências nas equipas, o que torna a requalificação e integração de novos talentos uma condição”, Rita Amzalak, managing partner da Havas Media

Initiative
A agência do grupo IPG/Mediabrands fez o bis este ano. Ao título de Agência de Meios do Ano na primeira edição dos APPM Marketing Awards, somou no último mês a mesma distinção nos Prémios Eficácia, onde foi considerada a agência de meios mais eficaz no mercado nacional.
“2023 vai ser um ano de oportunidades para as marcas que decidirem manter a sua estratégia de investimentos e crescimento de negócio. Para as restantes, nomeadamente as que desinvestirem, vão acabar por ver a sua posição de mercado ‘ameaçada’. Teremos um ano muito condicionado pelo contexto macroeconómico, nomeadamente em função do nível de inflação e dos seus efeitos no consumo. Prevemos um crescimento global de três por cento vs 2022, proveniente do reforço de atividade de alguns setores tais como o retalho, alimentação, bebidas, higiene pessoal (para contrariar contenção consumo e trade down de marcas fabricante para marcas distribuidor), imobiliário, entretenimento, turismo, eletrónica de consumo/telco (para contrariar adiamento compras bens e serviços não essenciais e incentivar consumo fora de casa) e, por fim, banca/crédito/seguros (para responder à crescente competição entre os players). A tendência de investimento dos últimos anos deverá manter-se com a TV a captar a maior fatia dos budgets, o digital a continuar a ser o principal motor de crescimento. Nos meios offline, o exterior alavancado pela sua digitalização, e a rádio vão registar um crescimento moderado. Por fim, a imprensa a manter uma trajetória de decréscimo. Será um ano para as marcas serem ainda mais eficazes e mais inteligentes na forma como investem e medem o respetivo retorno, este tem sido o grande foco da Initiative nos últimos anos, premiado recentemente com a agência do ano nos Prémios Eficácia. 2023 será um ano onde ter parceiros que priorizem a eficácia vai fazer toda a diferença. Citando Churchil, “o pessimista vê dificuldade em cada oportunidade, o otimista vê oportunidade em cada dificuldade”, Rui Freire, managing director da Initiative

Comunicação
Adagietto
A agência liderada por Miguel Moreira Rato foi eleita Agência de Comunicação do Ano na primeira edição dos APPM Marketing Awards.
“Deixemo-nos de m****s. É este o mote da Adagietto para 2023. Num 2023 que traz uma grande dose de incerteza e uma pequena dose de novas tendências, a receita é simplificar. Não vale a pena reinventar a roda, procurar novos conceitos, redistribuir focos ou repensar visões. Deixemo-nos disso. Deixemo-nos de tentar encurtar ciclos por acharmos que o que aí vem vai ser transformacional. Deixemo-nos de m****s. Em 2023 queremos continuar a olhar para projetos de comunicação com uma visão holística, sem rótulos e sem preconceitos. Queremos continuar a ser ágeis e enxutos. Os clientes não querem, nem podem, esperar semanas por ideias que chegam formatadas a um canal específico. Nem podem continuar a falar com várias pessoas/agências para uma campanha só. Não há tempo para quem não for ágil, nem tempo para quem não for enxuto. Num mundo sem rótulos, que já se vive neste momento apesar de tantos não perceberem, qual a vantagem de uma marca lançar uma campanha e distribuir o seu briefing por várias agências dependendo da expertise que pensam que essas agências têm? Qual a vantagem, tanto para a marca como para o consumidor? Nenhuma, certo? Qual a vantagem para quem trabalha nas agências e tem a oportunidade de se tornar verdadeiramente completo? Todas, certo? Acreditamos muito nisto. E é por isso temos vindo a crescer. Sem rótulos. Enxutos e ágeis. Venha daí 2023”, Miguel Moreira Rato, CEO da Adagietto

Corpcom
O título de Agência do Ano nos Prémios Comunicação M&P voltou a ficar nas mãos da agência liderada por José Franco.
“2023 será o primeiro de alguns anos em que haverá uma crise económica transversal a todas as indústrias. Vai haver retração de consumo, mais custos e incerteza, pelo que será natural que as marcas comecem a redefinir os orçamentos, bem como a reorganizar e reestruturar equipas. Já começamos a ver os maiores empregadores do mundo a fazer cortes. Porém, no caso da comunicação, acredito que o exemplo dos dois anos anteriores, marcados por uma forte pandemia, permitiu que os decisores empresariais e gestores de marcas reconhecessem o poder da comunicação e das relações públicas, com todos os seus diferentes públicos, incluindo internos. Em épocas de crise, a comunicação é a ferramenta mais poderosa das empresas, não reagindo em modo de comunicação de crise, mas agindo e antecipando os problemas que possam vir a surgir, comunicando de forma estruturada e ágil com os diferentes stakeholders. Vai ser crítica essa antecipação e preparação. A nível de tendências, não será muito diferente, com a comunicação digital a ganhar mais força e o ESG a ter mais evidência em algumas empresas, provavelmente com o tema social mais em evidência pois a atual conjuntura não é, de todo, positiva: aumento do custo do dinheiro, inflação alta, aumento de custos para as empresas, desemprego e instabilidade nos mercados internacionais. Continuo a defender que, tal como na nossa vida, é nos momentos mais desafiantes que as marcas se podem evidenciar ao mostrar o seu valor e propósito. Sem comunicação e autenticidade na mesma, tal não será possível. É para isso que cá estamos, e é por isso que acho que será positivo para a indústria das relações públicas”, José Franco, managing partner da Corpcom

Produção
78
Pelo segundo ano consecutivo, a produtora, que tem como sócios João Marques e Nuno Alberto, saiu do festival do Clube de Criativos de Portugal com o título de Produtora de Imagem do Ano. Só que ao contrário do último ano, em que dividiu a distinção com a Krypton, desta vez ficou com todo o protagonismo e viria mesmo a repeti-lo na edição deste ano dos Prémios Criatividade M&P, onde foi igualmente eleita Produtora do Ano.
“2023 avizinha-se mais um ano incerto na produção de publicidade em Portugal. Mas que ano até agora não foi incerto? Já é típico no nosso meio chegarmos próximos do final do ano e depararmo-nos com essa questão, mas a verdade é que arranjamos sempre formas de adaptação ao mercado, seja ele com pouco ou muito trabalho. Tudo está mais caro e mais difícil, será sem dúvida mais um ano desafiante onde já estamos de mangas arregaçadas. Mais uma vez esperamos que as marcas não tenham medo de arriscar em termos de criatividade e que proporcionem espaço para ideias arrojadas e criativas às agências. Podemos ser um país de excelentes ideias e produções, temos bons criativos e boas produtoras, muito talento mesmo. Esperamos que as agências se divirtam a fazer filmes e estejam motivadas a filmar com um sorriso no rosto. Adoramos pessoas e desejamos a todos um ano incrível de 2023. Sejam arrojados e curtam a vida.
Queremos agradecer a todos os que têm feito da 78 uma produtora feliz. A toda a nossa equipa um grande abraço apertado muito sentido porque têm sido inesquecíveis”, João Marques e Nuno Alberto, sócios da 78

Núcleo
E vão quatro. A Núcleo, de Fred Pinto, conquistou pelo quarto ano consecutivo o título de Produtora de Som do Ano no festival do Clube de Criativos de Portugal.
“Para 2023 desejo que todas as marcas continuem a comunicar como têm feito e todas as agências, produtoras e as suas equipas possam trabalhar bem. Pessoalmente, será um ano de investimento para a nossa empresa, com criação de novos postos de trabalho e investimento em novo material, para dessa forma podermos continuar também a fazer o nosso melhor trabalho e prosseguir o desenvolvimento da empresa. Em nome da Núcleo, resta-me agradecer a todos pelas oportunidades de fazermos o que mais gostamos”, Fred Pinto, fundador da Núcleo

Sobre o autorPedro Durães

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Desinteresse dos utilizadores de redes sociais está a afetar marketing de influência

Por ano, as empresas europeias gastam cada uma, em média, €3,4 milhões em marketing de influência e planeiam aumentar este orçamento em 2025, embora com critérios mais rigorosos para as colaborações, aponta o relatório da Kolsquare, baseado em entrevistas a 385 executivos de marketing europeus

Prevê-se que o marketing de influência venha a valer 24 mil milhões de dólares (€21,7 mil milhões) até ao final de 2024, mas esta é uma estimativa em rápida mudança, à medida que os utilizadores alteram os comportamentos nas redes sociais e se cansam da saturação de conteúdos patrocinados, revela a WARC, tendo por base um relatório sobre tendências no marketing de influência, elaborado pela Kolsquare, plataforma de marketing de influenciadores.

Os anunciantes, no entanto, não estão a desistir. Por ano, as empresas europeias gastam cada uma, em média, €3,4 milhões em marketing de influência e planeiam aumentar este orçamento em 2025, embora com critérios mais rigorosos para as colaborações, aponta o relatório da Kolsquare, baseado em entrevistas a 385 executivos de marketing europeus, durante junho e julho de 2024, em parceria com a empresa de investigação e pesquisa de ‘B2B’ Newton X.

De acordo com o relatório, a autenticidade continua a ser uma ‘arma’ no relacionamento com os consumidores, mas nem sempre é fácil alcançar este objetivo com sucesso. 17% dos inquiridos afirmam que as mudanças de audiência são “um obstáculo crucial”, devido à desilusão com as plataformas de redes sociais e a demasiados conteúdos e anúncios, o que conduz a uma tendência de rejeição da cultura do influenciador e a um “núcleo de subconsumo”.

Uma das principais observações do relatório é o facto de 89% dos profissionais de marketing preferirem utilizar o Instagram para promoverem as suas campanhas, porque oferece mais estabilidade. 64% utilizam o TikTok sobretudo para campanhas orgânicas, de ofertas ou de sensibilização.

A análise salienta ainda a importância contínua das métricas de desempenho, tendo 50% classificado a medição do retorno sobre o investimento (ROI) e do retorno sobre os gastos em publicidade (ROAS) como a maior preocupação, seguida do equilíbrio entre a liberdade dos criadores e o controlo da marca (41%), e das alterações nos algoritmos (31%).

A responsabilidade ética também é importante para os entrevistados, com 43% dos profissionais de marketing europeus a consideram que a conduta ética e a transparência são critérios-chave para selecionar um influenciador, sendo provável que essa importância aumente, à medida que o setor introduz normas e certificações mais abrangentes.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

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Criativos a ver cavalos (e também surfistas desdentados)

‘Surfer’, da AMV BBDO/Londres para a cerveja Guinness (na foto), é a campanha que José Bomtempo gostaria de ter feito. O anúncio que mais gostou de fazer foi ‘Your Name Will Always Be On My Heart’, para os Young Lions de Cannes, que lhe valeu uma medalha de ouro, em 1998

Catarina Nunes

Qual é a campanha que gostaria de ter feito?

‘Surfer’, assinada pela Guinness e criada pela AMV BBDO, de Londres, em 1999, com realização do grande Jonathan Glazer, que fez este filme inspirando-se na pintura de Walter Crane, de 1893, ‘Cavalos de Neptuno’. É, sem dúvida, a campanha que reflete a obra-prima da publicidade, que adoraria ter pensado e escrito.

Porquê?

Não me canso de ver milhares de vezes esta obra, que tem uma execução brilhante, do tempo em que a internet ainda era tosca e a inteligência artificial (IA) era apenas ficção científica. Não é por acaso que foi eleita o Anúncio do Século pela Advertising Age e por mim, como se comprova.

Mas mais do que tudo, reza a história que o cliente confiou na agência, quando não estava a ver bem qual seria o resultado dessa execução, quando perguntou por que razão apareciam cavalos. A resposta foi simples: porque os criativos estavam a ver cavalos (e também surfistas desdentados, ao segundo 01:18:00). Isto, sim, era autenticidade.

Sobre o ‘Surfer’ da Guinness, José Bomtempo, sócio e diretor criativo executivo da Bar Ogilvy, diz que numa era de pressa incessante, que rouba a profundidade e a contemplação, “nunca fez tanto sentido recuperar a maior obra de arte da publicidade”

Quais são as razões desta escolha?

Vivemos numa era de pressa incessante. Redes sociais e notificações constantes ditam o ritmo das nossas vidas, empurrando-nos para escolhas rápidas e descartáveis. Relações medem-se em ‘likes’, amizades são efémeras e produtos são feitos para durar apenas o menos possível.

Esta sobrecarga de informação alimenta a urgência, fazendo-nos sentir que estamos sempre a perder algo, o dito FOMO [sigla anglo-saxónica da expressão ‘medo de ficar de fora’], rouba-nos a profundidade e a contemplação e, por isso, nunca fez tanto sentido para mim recuperar a maior obra de arte da publicidade. Afinal, as melhores coisas vêm para aqueles que sabem esperar.

O que é que lhe chamou mais a atenção, o texto, a imagem, o protagonista ou outro aspeto da campanha? Porquê?

Tudo. Conceito e execução, onde a música é brilhante também. A música é um transe hipnotizante. Até hoje seria muito ‘desconfortável’ aceitá-la num filme onde a grandeza era o objetivo.

O lógico seria apostar em algo que viesse encorpar a imagem, como uma ‘Carmina Burana’ de Carl Orff. Seria trivial com croquetes. Mas não foi o óbvio o que fizeram, mas o impensável, que tanto me fascina e é por isso que amo cada ‘frame’ deste filme.

Esta campanha inspirou-o a nível criativo? Em quê e de que formas?

Foi criada em 1999 e vejo-a vezes sem conta. É como se, de cada vez que quisesse pintar um quadro, começasse por ir ver a ‘Mona Lisa’.

Qual é a campanha que fez que mais o concretizou profissionalmente? Porquê?

De qual filho mais gosto? Boa pergunta. Até os enteados foram importantes… Mas recordo o primeiro anúncio vencedor de medalha de ouro no Young Lions, em 1998. Tínhamos o objetivo de angariar donativos para uma instituição que realizava cirurgias ao coração de crianças em países muito pobres.

A imagem apresentava uma criança que sorria e no peito tinha uma cicatriz com suturas de assinaturas dos doadores. O ‘headline’ dizia, ‘Your name will always be on my heart’.

Como é que chegou a esta ideia e avançou para a execução?

Foi a pressão de o ter de realizar em 24 horas, com uma pressão desgraçada.

O que é que faz quando não tem ideias?

Vou dar uma corridinha.

Ficha técnica
–––

Campanha: Surfer
Cliente: Guiness
Agência: AMV BBDO/Londres
Diretor criativo: David Abbott
Redator: Tom Carty
Diretor de arte: Walter Campbell
Diretores de fotografia: Ivan Bird e Don King (aquática) e Lee Allison (aérea)
Realizador: Jonathan Glazer
Som: Johnie Burn
Música: ‘Phat Planet’ de Leftfield
País: Reino Unido
Ano: 1999

 

Ficha técnica
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Campanha: Your Name Will Always Be On My Heart
Cliente: Lifeline/Variety Club’s International
Diretor de arte: José Bomtempo
Redator: Diogo Anahory
Ano: 1998

 

 

Sobre o autorCatarina Nunes

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Comunicação

Joana Branquinho da Fonseca dirige nova agência de comunicação do Grupo Gate

A profissional de comunicação (na foto), que transita da direção executiva da Wisdom, refere que as expectativas para a agência que passa a liderar são “aprender, ajudar os outros a crescer e transformar o negócio com a minha experiência acumulada”

Catarina Nunes

Joana Branquinho da Fonseca é a sócia-gerente da PR Gate, nova agência de comunicação e relações públicas que está a ser lançada dentro do Grupo Gate, soube o M&P em primeira mão. Além da PR Gate, a estrutura do grupo agrega a agência de meios Media Gate, bem como outras agências na área digital, criativa, eventos e desporto, e conhecimento.

A profissional, que transita da direção executiva da Wisdom Consulting, refere que as expectativas para a agência que passa a liderar são “aprender, ajudar os outros a crescer e transformar o negócio, com a experiência acumulada ao longo dos últimos anos”. Na nova função, Joana Branquinho da Fonseca pretende potenciar o crescimento do grupo, integrando as especialidades das diferentes empresas, para disponibilizar aos clientes uma abordagem 360º.

O grupo conta já com empresas reconhecidas no mercado da comunicação, entre as quais se destaca a Media Gate – cuja fundação há 18 anos marca o início do Grupo Gate -, de par com a Digital Gate, a Creative Gate, a Events & Sports Gate e a Knowledge Gate. Com a criação da PR Gate, o grupo fortalece a oferta e passa a integrar todos os serviços de comunicação.

“Hoje, a comunicação exige que as ideias fluam por múltiplas plataformas, desde o digital, ativação de marca, ‘branded content’, até ao trabalho com influenciadores. Com essa flexibilidade, os clientes podem explorar as soluções que melhor se alinham com suas prioridades”, acrescenta a nova sócia-gerente da PR Gate.

Joana Branquinho da Fonseca tem cerca de 20 anos de experiência em consultoria estratégica, com especialização em comunicação, relações com media, gestão de reputação e gestão de crise. Na direção executiva da Wisdom, desde 2018 até agora, lidera equipas e projetos nos setores da saúde, imobiliário, turismo, energia, automóvel e associações setoriais, com enfoque no desenvolvimento de negócios e gestão estratégica da agência. Inicia a carreira na área de ‘branding’ e design, trabalhando no desenvolvimento e implementação de estratégias de marca e identidade visual, após concluir os estudos em comunicação empresarial.

Pedro Loureiro, sócio fundador do Grupo Gate e CEO da Media Gate, refere que “a Joana junta-se ao universo do Grupo Gate num momento crucial, de grandes oportunidades e desafios. Com o seu vasto conhecimento do mercado de comunicação e relações públicas, será uma peça chave no nosso objetivo de oferecer soluções integradas e personalizadas aos nossos clientes”. O Grupo Gate tem uma estrutura independente e 100% portuguesa, com ligações internacionais e está presente em Espanha, desde 2009.

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O que pode ler na edição 966 do M&P

A queda das marcas que designam categorias de produto, como Tupperware e Kispo, e as razões da saída de Manuel Maltez do grupo WPP são alguns dos temas. Pedro Filipe-Santos (Snack Content Portugal) e Marco Pacheco (BBDO) são dois dos colunistas

Na edição 966 do M&P, um dos temas é a falência da Tupperware, a propósito de marcas que ganharam notoriedade por darem o nome a categorias de produtos, mas que perderam relevância por não terem conseguido fazer face à concorrência e à evolução das tendências de consumo. Google, ChatGPT e Uber são algumas das novas marcas-categoria.

Em entrevista em exclusivo ao M&P, Manuel Maltez aponta as razões da saída da liderança do grupo WPP em Portugal. O legado que deixa e o desafio da IA, que entrega ao sucessor, Francisco Teixeira, também CEO do GroupM, são outros dos temas abordados.

Na rubrica Como é Que Não Me Lembrei Disto?, dedicada à criatividade, João Silva, estratega criativo da White Way, aponta a campanha de sensibilização para os doentes de alzheimer, da Tiempo BBDO/Madrid, como aquela que gostaria de ter feito.

Na coluna Silicon Valley, Pedro Filipe-Santos, codiretor executivo e sócio da Snack Content Portugal, argumenta que os vídeos na vertical, que proliferam nas redes sociais e nos múpis, não são apenas uma questão de formato. São uma mudança na forma como vemos o mundo digital.

O marketing de influência em Portugal está a moldar-se às mudanças no panorama digital e nas expectativas dos consumidores. O impacto de megainfluenciadores, como Cristiano Ronaldo, e o crescimento dos micro e nano influenciadores são outros dos desafios.

Na rubrica O Que é Nacional, dedicada a marcas portuguesas, a Gallo revela a mais recente aposta no segmento de conservas em azeite e a estratégia de marketing nos mercados internacionais.

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Filmes publicitários longos e explicativos agradam mais

De acordo com um estudo do Interactive Advertising Bureau, desenvolvido em parceria com a Alter Agents, apesar de os anunciantes globais estarem a investir em formatos mais curtos, os formatos com 45 segundos são os mais valorizados pelos consumidores

Os filmes publicitários longos e explicativos agradam mais aos consumidores do que os formatos de vídeo mais curtos. A informação é avançada num estudo do Interactive Advertising Bureau (IAB), desenvolvido em parceria com a Alter Agents, que tem por base um inquérito a 1.320 pessoas, incluindo 300 profissionais de marketing.

Segundo os resultados, os anúncios explicativos com 45 segundos são os mais valorizados pelos consumidores, sendo os preferidos de 67%, apesar de só representarem 22% dos filmes publicitários exibidos.

Em segundo lugar, surgem os de 30 segundos, apontados por 65%, apesar de só corresponderem a 36% dos anúncios divulgados. Na terceira posição, os filmes com 60 segundos foram mencionados por 57%, ainda que só representem 22% dos produzidos.

Os formatos de 15 segundos são os prediletos de 41%, apesar de atualmente representarem 31% dos ‘spots’. Os que têm tempos de duração inferiores agradam a 31% dos inquiridos, embora representem 48% dos que integram os planos de meios das empresas, o que revela que as marcas e os consumidores não estão em sintonia.

A análise revela ainda que é em casa, nos momentos de descontração, que 70% dos inquiridos estão mais predispostos a ver anúncios. Em segundo lugar, surgem os fins de semana, apontados por 36%. Para 20%, a hora de almoço é a preferida para ficarem a par das novidades das marcas.

De acordo com o estudo, 71% dos inquiridos assumem que a publicidade os aborrece e incomoda, independentemente de ser exibida em televisão, sites e plataformas digitais e redes sociais. A maioria dos consumidores queixa-se das repetições e da falta de criatividade dos anúncios.

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Leitores de jornais tencionam continuar a ler em papel

Estudo Bareme Imprensa da Marktest indica que os portugueses atribuem uma nota média de 7,6 à relevância da imprensa em papel, numa escala de zero a dez. A maioria (78,6%) costuma ler jornais e revistas em papel em casa. Cafés, restaurantes, cabeleireiros ou clínicas (35%) são a segunda opção

Em uma escala de zero (nada relevante) a dez (muitíssimo relevante), os portugueses atribuem uma nota média de 7,6 à relevância da imprensa em papel, de acordo com os dados da edição deste ano do Bareme Imprensa da Marktest, que analisa as audiências de imprensa em Portugal Continental. A análise, elaborada com base em dez mil entrevistas a cidadãos com mais de 15 anos e residentes no território continental, revela que o valor médio é ligeiramente mais alto nos jornais (7,8) do que nas revistas (7,6) e alcança o pico de relevância nos jornais diários e semanários de informação generalista (8).

Face à relevância que os leitores de jornais atribuem às edições impressas, não é surpreendente que, quando questionados sobre a intenção de continuarem a ler edições em papel no futuro próximo, os inquiridos tenham colocado essa intenção num patamar de 4,2 numa escala de zero a cinco.

O estudo procurou também perceber quais os locais onde os portugueses habitualmente leem as edições impressas dos jornais, tendo confirmado que a casa dos inquiridos (com uma média de 78,6%, no total de jornais e revistas) continua a liderar de forma destacada. Nas posições seguintes, os locais mais referidos são espaços públicos como cafés, restaurantes, cabeleireiros ou clínicas (35%) e o local de trabalho (11,7%).

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Talents Agency funde empresas e reforça equipa

A Talents passa a agregar a agência de gestão de carreiras e marketing de influência Talents Agency e a agência de marketing digital Digital Right, avança ao M&P Miguel Raposo, sócio-gerente e CEO. Leonor Matos, a nova contratação da empresa, assegura a gestão operacional entre marcas e agenciados

Miguel Raposo fundiu a agência de gestão de carreiras e marketing de influência Talents Agency e a agência de marketing digital Digital Right, dando origem à Talents, agência que passa a englobar as três áreas de negócio do empresário.

“Decidi unificar todas as áreas e empresas do grupo numa única entidade para que todos os colaboradores possam trabalhar transversalmente em todas as áreas de negócio, o que nos permite atrair talentos para trabalhar connosco de forma mais eficaz”, explica ao M&P Miguel Raposo, sócio-gerente e CEO da agência.

A intenção é tirar partido das sinergias que se criam para aumentar a criatividade das estratégias de marketing que a Talents, que faturou €1 milhão nos primeiros oito meses do ano, desenvolve e implementa.

“Temos uma função inovadora na agência, um colaborador que escreve os ‘briefings’ para os videógrafos, elabora os ‘scripts’ e acompanha as produções para as redes sociais, que gerimos para os nossos clientes. Esse mesmo colaborador recebe os ‘briefings’ das marcas destinados aos nossos criadores de conteúdo, trabalha com eles na elaboração dos guiões e acompanha também a produção dos conteúdos. É alguém que está presente nos dois lados, marcas e criadores de conteúdo, sempre a potenciar a criatividade nas redes sociais”, esclarece o responsável.

A unificação das duas agências é acompanhada pelo reforço da equipa, que passa a integrar Leonor Matos na nova função de gestora operacional de projetos. A antiga colaboradora da Media Capital e da LPM Comunicação, que na agência foi gestora de comunicação de insígnias como a McDonald’s e a Super Bock, assegura a ligação entre marcas e agenciados.

“Até ao final do ano, vão ainda entrar mais dois novos colaboradores, para tarefas nada comuns em Portugal, de forma a entregar o melhor resultado aos nossos agenciados”, revela Miguel Raposo, sem adiantar mais pormenores.

A intenção é chegar a 2025 com uma carteira com 18 agenciados, mais três do que o número atual, ultrapassando os 500 projetos realizados. Aumentar as iniciativas de marketing digital de empresas é outro dos planos a curto prazo. “É uma área da Talents em grande crescimento e com muito sucesso”, afirma o diretor e fundador da Talents.

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SIBS entrega à MOP publicidade no Multibanco e ATM Express

A MOP prepara ainda o lançamento de uma nova plataforma de gestão de conteúdos, que permitirá a utilização dos terminais de forma individual ou agrupada, proporcionando uma adaptação aos objetivos de cada marca, em qualquer ponto do país. O acordo de concessão publicitária abrange a totalidade dos equipamentos das duas redes

A SIBS entregou a concessão publicitária das redes Multibanco e ATM Express (na foto) à MOP, ao abrigo do contrato assinado pelas duas empresas, com efeito a partir de 1 de outubro. A parceria inicia-se numa altura em que as plataformas de levantamento de dinheiro, depósitos, operações financeiras, pagamentos e transações digitais estão a evoluir para um design mais moderno e inovador, com ecrãs maiores.

A MOP prepara ainda o lançamento de uma nova plataforma de gestão de conteúdos, que permitirá a utilização dos terminais de forma individual ou agrupada, “o que irá proporcionar uma adaptação total aos objetivos de cada marca, em qualquer ponto do país”, avança a SIBS em comunicado de imprensa. O acordo abrange a totalidade dos equipamentos das duas redes.

“A rede Multibanco, com presença nos 22 distritos, em 307 concelhos, é a maior rede de ecrãs do país, com um potencial extraordinário. Esta relação começa num momento único em que grande parte dos ATM apresentam significativos desenvolvimentos tecnológicos, efetuados pela SIBS, que permitem adaptar este canal à realidade e aos desafios do meio digital”, refere Vasco Perestrelo, CEO da MOP, citado no comunicado de imprensa.

As melhorias introduzidas facilitam a adaptação das campanhas. “A parceria com a MOP permite que os equipamentos sejam percecionados como um canal de comunicação estratégico para marcas e empresas, até porque garantem não só um alcance de milhares de pessoas mensalmente, mas também um potencial de crescimento muito elevado”, afirma Luís Gonçalves, diretor de segmentação e gestão de mercados da SIBS.

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Pepsi está a ficar para trás, mas desafia Coca-Cola

Em 2023, a Pepsi teve um desempenho inferior ao da Coca-Cola e da Dr Pepper. Para inverter a situação, aposta no segmento secundário, como as versões com sabores, concentrando-se menos no sabor tradicional e mais na versão sem açúcar, que tem apresentado um maior crescimento

A Pepsi está a perder cada vez mais terreno em relação à Coca-Cola e a sentir o crescimento da Dr Pepper, no que diz respeito à quota de mercado dos refrigerantes nos Estados Unidos, noticia a Ad Age. A marca de refrigerantes está a adotar uma mentalidade desafiadora, segundo os executivos da marca, citados na Ad Age, mas este conceito não é novo para a Pepsi, que tem procurado desempenhar um papel de disruptor na indústria.

Os resultados financeiros da empresa em 2023 mostram que a Pepsi teve um desempenho inferior ao das concorrentes, Coca-Cola e Dr Pepper. O portefólio de refrigerantes gaseificados da PepsiCo, que inclui as famílias Pepsi, Mountain Dew e Sierra Mist, não ganha quota de mercado nos Estados Unidos desde o segundo trimestre de 2021, de acordo com dados da Beverage Digest.

Em 2023, o volume de vendas do sabor principal da Pepsi caiu 4,7%, permitindo que a Dr Pepper, que teve um decréscimo de apenas 0,2% em volume, terminasse o ano com uma ligeira vantagem de quota de mercado em relação à Pepsi (8,34% contra 8,31% da Pepsi; a Coca-Cola foi a primeira com 19,2% de quota).

Durante o primeiro semestre deste ano, o sabor tradicional da Pepsi registou ainda uma diminuição de 5,8% do volume de vendas e de 1,5% das receitas de faturação. A empresa está, no entanto, a apostar no seu segmento secundário, concentrando-se menos no sabor tradicional e mais na versão sem açúcar, que tem apresentado um crescimento superior.

Outra das apostas da marca é o novo sabor Pepsi Wild Cherry e na sua versão sem açúcar. Esta estratégia pretende satisfazer as exigências dos consumidores em termos de bem-estar e de sabores, que estão a suportar o crescimento no cenário regressivo das bebidas gaseificadas. A Pepsi está também a intensificar os esforços para se associar à alimentação.

As variedades com sabor Pepsi Wild Cherry e Pepsi Wild Cherry Zero Açúcar são duas das apostas para crescer

Embora tenha tido um começo tardio face à concorrência, a Pepsi Zero Açúcar está agora a crescer mais rapidamente. Até ao primeiro semestre deste ano, a Pepsi Zero Açúcar aumentou o volume de vendas em 12% e controla agora 1,2% da quota de mercado dos refrigerantes gaseificados, segundo dados da Beverage Digest, relativos ao mercado norte-americano. A Pepsi Zero Açúcar evoluiu a partir da Pepsi Max e foi reformulada no início de 2023. A Coca-Cola Zero Açúcar, por seu lado, cresceu 4,6% no mesmo período e agora detém uma quota em volume de 4,3%, mais de metade da Pepsi tradicional.

“Somos absolutamente uma marca desafiadora e penso que estamos no nosso melhor quando enfrentamos um desafio”, enfatiza Jenny Danzi, diretora sénior da Pepsi, em entrevista à Ad Age. “Penso que temos um respeito saudável pela concorrência e estamos concentrados na forma como podemos ganhar quota de mercado neste setor incrivelmente competitivo”, acrescenta.

Jenny Danzi argumenta que o caminho a seguir pela Pepsi é “concentrar-se nas oportunidades positivas”. A marca reforçou a equipa criativa, ao escolher novamente a BBDO para criar o novo anúncio ‘Chase Cars’, integrado na campanha ‘Better with Pepsi’. A BBDO, que foi a agência de publicidade da Pepsi durante 48 anos, junta-se à VaynerMedia, TracyLocke, Motive, Alma, OMD e Acceleration Community of Companies na lista de agências da Pepsi.

No anúncio, a Pepsi segue entregadores de pizas até às casas dos clientes para os oferecer uma caixa de Pepsi, tudo isto sem a permissão dos estafetas, deixando-os enfurecidos e a proferir palavrões. Quando questionada sobre o tom do anúncio, Jenny Danzi explica que Ram Krishnan, CEO de bebidas da PepsiCo na América do Norte, desafiou os marketers da PepsiCo a “darem o passo em frente” e a adotarem uma mentalidade desafiadora, fornecendo simultaneamente diversão e energia à marca. “Diria que estamos muito empenhados em apostar mais neste tipo de conteúdos. Os refrigerantes devem ser divertidos”, sustenta.

“Termos esta clareza de visão e estarmos realmente concentrados na forma como atacamos o lado positivo do negócio está a desencadear uma criatividade incrível”, refere Jenny Danzi. “Temos uma lista fantástica de parceiros criativos. Temos uma equipa interna fantástica. E o facto de nos podermos concentrar na alimentação e no Zero está a permitir-nos ser ainda mais criativos e dar estes grandes passos”, acrescenta a diretora sénior da Pepsi.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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Digital

KFC é a marca com mais interações no TikTok em Portugal

A marca nacional Missus ocupa a segunda posição do ranking da Snack Content Portugal (na foto), elaborado em exclusivo para o M&P. Apesar de a marca de biquinis ter poucos seguidores no TikTok (11,4 mil), recorre a celebridades como Rita Pereira, Francisca Cerqueira Gomes e Margarida Corceiro, que alavancam o ‘engagement’

Catarina Nunes

A marca da cadeia norte-americana de restauração rápida KFC é a líder destacada no TikTok, no que diz respeito aos resultados de ‘engagement’, com os conteúdos que publica na sua conta para o mercado nacional. Entre 1 de janeiro e 6 de setembro, a marca de frango frito tem uma média de 32,3 mil interações (gostos, comentários e partilhas) por publicação na rede social onde tem 883,7 mil seguidores.

De acordo com o ranking da Snack Content Portugal, elaborado em exclusivo para o M&P, a aposta da KFC no TikTok (www.tiktok.com/@kfc_pt) incide, maioritariamente, em conteúdos de humor. “A marca brinca com os elementos principais da sua identidade visual, especialmente com a imagem do coronel Harland David Sanders, fundador da rede de restaurantes, utilizando muitas vezes inteligência artificial, filtros e edição de imagem para criar conteúdo único e original”, explica Inês Ramada Curto, codiretora-executiva e sócia da Snack Content Portugal.

A KFC recorre à imagem do coronel Harland David Sanders, fundador da cadeia de restaurantes

A análise da empresa especialista em conteúdos em vídeo para marcas nas redes sociais, que avalia o ‘engagement’ das publicações de marcas em Portugal no TikTok, coloca uma marca portuguesa na segunda posição. Com cerca de metade das interações da KFC, a marca de roupa e de fatos de banho Missus soma uma média de 16,4 mil interações por publicação no TikTok.

Os conteúdos da Missus (www.tiktok.com/@missusswimsuits) espelham o conceito e o estilo de vida desta marca 100% portuguesa. “Não só tem vídeos de meninas bonitas com os biquínis da marca, a passearem ou na praia, como tem vídeos de ‘making of’ de catálogo ou só dos biquínis. Sempre com o ‘mood’ jovem da marca, com praias bonitas, natureza tropical, paisagens exóticas e pôr do sol, um estilo de vida leve e livre, de quem não tem muitas responsabilidades”, analisa Inês Ramada Curto.

Kika Cerqueira Gomes é uma das celebridades que alavanca a Missus

Embora tenha poucos seguidores no TikTok (11,4 mil), a Missus recorre a celebridades e criadoras digitais com elevado alcance. “Usa a Rita Pereira, que tem 610 mil seguidores, a Magui Corceiro, que tem 706 mil, e a Kika Cerqueira Gomes, que tem 608,5 mil, como influenciadoras no TikTok da própria marca, o que naturalmente alavanca o ‘engagement'”, salienta a codiretora-executiva e sócia da Snack Content Portugal, em declarações ao M&P.

A cadeia de retalho dinamarquesa Normal (www.tiktok.com/@normal_portugal) – que está em Portugal desde 2022, onde totaliza 31 lojas e tem previstas novas aberturas até ao final de 2024 – ocupa a terceira posição, com 10,8 mil interações por publicação, de acordo com os dados obtidos através da plataforma de inteligência de dados Snack Community Builder Intelligence/Tubular Labs. com base nas publicações de marcas em Portugal, no TikTok.

Artigos de cosmética e de higiene pessoal são a maioria dos conteúdos da Normal

Com 131,4 mil seguidores na rede social da ByteDance, a marca que se posiciona por vender produtos normais a preços anormais, está presente nesta rede social com vídeos que apresentam centenas de produtos de várias marcas conhecidas, a preços bastante inferiores à média em outros pontos de venda. Artigos de cosmética e de higiene pessoal, a par com ‘snacks’ e ‘gadgets’, integram a maioria dos conteúdos.

Descendo para números de interação com menos um dígito, o serviço de ‘streaming’ DAZN Portugal (www.tiktok.com/@daznportugal) aparece em quarto lugar da tabela das 10 marcas com mais ‘engagement’ no TikTok. Com 940,8 mil seguidores, acima da líder do ranking (a KFC, com 883,7 mil seguidores), a plataforma de ‘streaming’ de desporto soma apenas 8,6 mil interações por publicação, face às 32,3 mil interações da KFC, que tem menos seguidores. Com conteúdos muito centrados no futebol, dominam os cortes de jogos e as entrevistas a jogadores.

A Nos (www.tiktok.com/@nosportugal) segue um caminho diferente, apostando em anúncios publicitários, passatempos e conteúdos dos festivais de música que patrocina, como o Nos Alive, bem como informações sobre produtos. Ocupa a quinta posição da lista das 10 marcas com mais interações no TikTok, com 5,44 mil interações, face aos seus 19,2 mil seguidores. Com mais interações (4 milhões) destaca-se o anúncio ao 5G da Nos, com José Figueiras, por exemplo.

Logo a seguir, em sexto lugar e com uma diferença mínima em relação à Nos, a rádio Cidade FM (www.tiktok.com/@cidade.fm) tem 5,43 mil interações por publicação no TikTok. Com 241,5 mil seguidores nesta rede social, a estação da Bauer Media Audio Portugal partilha vídeos dos bastidores da emissão, excertos de entrevistas e reportagens de exteriores. Na posição abaixo, encontra-se outra rádio.

A RFM (www.tiktok.com/@rfmportugal) é a sétima do ranking, com 4,9 mil interações por publicação, em média. Com um caminho semelhante ao da Cidade FM, em termos de conteúdos no TikTok, a estação, que foi eleita uma Superbrand de Portugal, tem 203,7 mil seguidores e foca-se em conteúdos com excertos de entrevistas, gravações feitas nos bastidores e cobertura de eventos.

A oitava posição da tabela é ocupada pela McDonald’s (tiktok.com/@mcdonalds.pt), que, apesar de ser uma das marcas com mais notoriedade a nível mundial, fica-se pelos 97,5 mil seguidores no TikTok. Em termos de ‘engagement’ por publicação nesta rede social, a marca de restauração rápida totaliza 4,7 mil interações. Campanhas publicitárias, divulgação de novos produtos e de ações promocionais, como as coleções de copos, bem como vídeos de humor e ‘memes’, são alguns dos conteúdos mais publicados.

Um canal de televisão e uma água com gás ocupam as duas últimas posições do top 10. A TVI (tiktok.com/@tvioficial) surge em nono lugar, com 4,56 mil interações em média por publicação. Destacam-se, com mais de 500 mil interações, os excertos de uma entrevista de Pinto da Costa, presidente do FC Porto, à jornalista Sandra Felgueiras e um vídeo com os atores Margarida Corceiro e Lucas Dutra, por exemplo.

Com 463,2 mil seguidores, a TVI aposta também na partilha de cortes de conteúdos da sua programação, como ‘reality shows’, formatos de entretenimento e novelas, a par com reportagens em eventos do canal de televisão. De salientar que metade do top 10 de marcas com mais interações no Tik Tok inclui empresas no espetro dos media, duas delas entre as cinco primeiras posições (DAZN e Nos), às quais se somam as rádios Cidade FM e RFM e o canal de televisão TVI, na segunda metade da tabela.

A fechar o ranking, e a pouca distância da TVI, a Frize (www.tiktok.com/@frize_pt) ocupa a décima posição, com 4,52 mil interações por publicação. Totaliza 26,7 mil seguidores no TikTok, plataforma digital onde a marca de água com gás apresenta a versão em vídeo do podcast Agita As Águas, com entrevistas conduzidas pela humorista Joana Gama. Além das campanhas publicitárias da marca, partilha ainda “conteúdos realizados nas ruas, que abordam temas como sexo, bem-estar e relacionamentos, de uma forma leve e com humor”, refere Inês Ramada Curto.

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