Diretor de publicidade deixa TikTok, face à proibição iminente nos EUA
O TikTok vai devolver aos anunciantes os montantes pagos pelas campanhas publicitárias na rede social, caso a proibição entre em vigor a 19 de janeiro, mas está a “pressionar os anunciantes a comprometerem-se a gastar muito” em 2025, segundo o The Information
Daniel Monteiro Rahman
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Sameer Singh, diretor de vendas publicitárias do TikTok na América do Norte, está a abandonar o cargo, de acordo com um documento interno partilhado com a Ad Age. Isto abre uma vaga determinante na equipa que gere a publicidade na rede social, que aguarda a suspensão nos Estados Unidos a 19 de Janeiro, caso a ByteDance não venda a participação no TikTok.
No documento, Blake Chandlee, presidente de soluções empresariais globais do TikTok, escreve que Sameer Singh “regressará à Índia no final de janeiro e permanecerá disponível para apoiar a equipa da América do Norte até ao final de fev<ereiro”. “Iniciaremos imediatamente a procura de um novo líder para supervisionar a atividade na América do Norte. A partir de 1 de fevereiro, todos os elementos da equipa de Sameer deverão reportar diretamente a mim, que fico responsável por informar sobre as próximas etapas, à medida que forem finalizadas”, refere Blake Chandlee.
Segundo o The Information, que cita um email enviado aos anunciantes, o TikTok está a empenhar-se nos esforços para mitigar os danos causados pela proibição da rede social nos Estados Unidos. A rede social informou ainda os anunciantes de que vai devolver os montantes pagos pelas campanhas publicitárias na rede social, caso a proibição entre em vigor.
De acordo com a notícia, os representantes de vendas de anúncios do TikTok estão a “pressionar os anunciantes a comprometerem-se a gastar muito” em 2025, com um executivo a declarar que a aplicação instou a sua empresa a aumentar em 40% os gastos com publicidade.
O destino da rede social, que está a ser acompanhado de perto por anunciantes, marcas e criadores de conteúdos, que têm vindo a investir na construção de uma presença na plataforma, está nas mãos do Supremo Tribunal dos Estados Unidos, que vai ouvir os argumentos do TikTok a favor da anulação da lei em nome da liberdade de expressão, numa audiência a 10 de Janeiro, dez dias antes da tomada de posse de Donald Trump.
Donald Trump, que quer “salvar o TikTok”, está a pedir ao tribunal que suspenda o prazo de liquidação da rede social e que considere uma “resolução negociada”, dado que, enquanto presidente, será responsável pela segurança nacional. O Departamento de Justiça, por seu lado, já solicitou ao Supremo Tribunal que rejeite o pedido de Donald Trump, alegando que “ninguém está a contestar o facto de a China procurar comprometer os interesses dos Estados Unidos, através da recolha de dados sensíveis sobre os americanos e da participação em operações de influência secretas e maliciosas”.