Nuno Artur Silva
Realizadores consideram que saída de Nuno Artur Silva atira RTP para “um passado sem futuro”
“A RTP pode vir a regressar aos tempos em que era mais uma televisão, igual às outras”, considera a Associação de Realizadores de Cinema e de Audiovisual (ARCA), que vê a saída de Nuno Artur Silva da estação pública “com apreensão”.
Pedro Durães
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“A RTP pode vir a regressar aos tempos em que era mais uma televisão, igual às outras”, considera a Associação de Realizadores de Cinema e de Audiovisual (ARCA), que vê a saída de Nuno Artur Silva da estação pública “com apreensão”. “Não havendo pessoas insubstituíveis, a verdade é que, durante décadas e até à nomeação de Nuno Artur Silva, não houve ninguém que tivesse conseguido aproximar a estação pública dos objectivos a que os espectadores têm direito e que o contrato de concessão estabelece”, afirma a associação em comunicado, defendendo que “afastá-lo agora, a meio do percurso que já distingue a RTP das outras televisões, equivale a regressar ao passado sem futuro”.
Em causa está a decisão do Conselho Geral Independente (CGI) da RTP, que reconduziu na presidência do Conselho de Administração Gonçalo Reis enquanto Nuno Artur Silva e Cristina Vaz Tomé, os dois restantes membros, terminam funções. “Os realizadores da ARCA veem com apreensão a intenção do Conselho Geral Independente de afastar quem nos últimos três anos protagonizou a reestruturação da RTP, com os resultados que conhecemos e que, de facto, a distinguem das operadoras privadas pela positiva”, reforça a associação no mesmo comunicado.
Na última semana, o afastamento de Nuno Artur Silva foi justificado pelo órgão que supervisiona a administração da estação público sustentando que a sua continuidade é “incompatível com a irresolução do conflito de interesses entre a sua posição na empresa e os seus interesses patrimoniais privados, cuja manutenção não é aceitável”. Isto apesar de ressalvar, “no âmbito das suas funções de supervisão e fiscalização, não ter verificado que isso tenha sido lesivo da empresa, no decurso do seu mandato”.