AFP está “no vermelho” e tem plano de despedimento de 125 pessoas
A necessidade de reduzir custos poderá levar à eliminação de 125 postos de trabalho na agência noticiosa France-Presse (AFP), cujos “indicadores estão no vermelho” segundo Fabrice Fries.
Pedro Durães
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A necessidade de reduzir custos poderá levar à eliminação de 125 postos de trabalho na agência noticiosa France-Presse (AFP), cujos “indicadores estão no vermelho” segundo Fabrice Fries. O presidente da AFP falava numa audiência na comissão parlamentar dos Assuntos Culturais, onde justificou, de acordo com a Lusa, que “o plano proposto com duas vertentes, a dos segmentos de crescimento e a das reduções de custos, visa quebrar o efeito de corte que pesa sobre as finanças da agência desde há seis anos”. Fabrice Fries, que diz querer dar à AFP “os meios para garantir a sua missão”, admite que o plano está “aberto à discussão” com os sindicatos, que entretanto convocaram uma greve para esta quinta-feira.
“Penso que a reunião do comité de empresa, na quinta-feira, vai ser decerto objecto de muitas questões. Vamos colocar um plano na mesa que vai ser sujeito a discussão. Não vai ser pegar ou largar”, afirmou o presidente da AFP sobre o plano que prevê a eliminação de 125 postos de trabalho ao longo dos próximos cinco anos com o objectivo de reequilibrar as contas até 2021. Embora admita discutir o plano com os sindicatos, Fabrice Fries sublinhou que “o objectivo intocável é conseguir poupanças”. “Se há outros métodos, como dizem os sindicatos, para as conseguir, sem ser com as 125 eliminações de postos de trabalho, a porta está aberta para discussão”, concluiu. A AFP conta actualmente com cerca de 2200 funcionários.