Empresas usam microfones dos dispositivos eletrónicos para difundir anúncios direcionados
Um novo estudo do Cox Media Group (CMG) acusa as maiores empresas globais de recorrerem aos microfones que os dispositivos eletrónicos integram para difundir anúncios direcionados aos proprietários. Além dos […]
Luis Batista Gonçalves
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Um novo estudo do Cox Media Group (CMG) acusa as maiores empresas globais de recorrerem aos microfones que os dispositivos eletrónicos integram para difundir anúncios direcionados aos proprietários. Além dos telemóveis, dos tablets e dos smartwatches, tiram também partido da informação que captam através dos televisores de última geração para implementar ações de active listening em tempo real, garante o grupo empresarial no relatório “How voice data works and how you can use it in your business”.
Apesar do documento sublinhar as vantagens e o potencial comercial desta prática, que tem vindo a crescer nos últimos anos, também reconhece as questões éticas e deontológicas que o active listening levanta. “Isto implica que os dispositivos inteligentes estão ao alcance da voz durante as conversas sobre planos ou preferências pessoais, permitindo aos anunciantes adaptar as suas estratégias em conformidade”, refere o relatório, que confirma uma suspeita que muitos utilizadores globais têm.
Segundo o estudo, muitas das insígnias que utilizam este método já recorrem à inteligência artificial (IA) para identificar as conversas que a tecnologia identifica como mais relevantes nos vários dispositivos eletrónicos. “Uma vez identificado o público-alvo dos produtos e serviços que pretendem promover, as marcas procuram posteriormente exibir os anúncios publicitários direcionados através dos serviços de streaming de televisão e YouTube e em motores de busca como Google e o Bing, explica a análise do CMG.
“Embora esta prática suscite preocupações significativas com a privacidade, é legal, uma vez que os utilizadores normalmente fornecem o seu consentimento através da aceitação de termos e condições durante as atualizações de software ou os downloads de aplicações”, esclarece a organização. “No entanto, o relatório intensificará, provavelmente, o escrutínio sobre questões de privacidade e poderá levar a discussões jurídicas sobre a ética e a legalidade de tais práticas de recolha de dados”, adverte, contudo.