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“Se os criadores digitais se tornam marcas, por que não tornar as marcas criadoras de conteúdos?”

Em entrevista exclusiva ao M&P, Inês Ramada Curto e Pedro Filipe-Santos, sócios em Portugal da brasileira Snack Content, partilham sobre como as marcas devem capitalizar o vídeo social, a abordagem a este formato e o percurso que os traz até à empresa, que está a investir €500 mil no mercado nacional

Catarina Nunes
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“Se os criadores digitais se tornam marcas, por que não tornar as marcas criadoras de conteúdos?”

Em entrevista exclusiva ao M&P, Inês Ramada Curto e Pedro Filipe-Santos, sócios em Portugal da brasileira Snack Content, partilham sobre como as marcas devem capitalizar o vídeo social, a abordagem a este formato e o percurso que os traz até à empresa, que está a investir €500 mil no mercado nacional

Catarina Nunes
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Um ano e meio depois de trazerem do Brasil o estúdio de marketing digital Snack Content, Inês Ramada Curto e Pedro Filipe-Santos, codiretores executivos da Snack Portugal, falam sobre a empresa que quer transformar marcas em criadores de conteúdos digitais, focando-se na criação de linhas editoriais para marcas nas redes sociais e respetiva materialização em formatos de vídeo social.

Nesta abordagem, a estratégia e a execução são baseadas na Snack CBI (Community Building Intelligence), uma metodologia construída e testada no Brasil desde há 13 anos, que indica não só os temas para conteúdos que mais ressoam nas redes sociais como as melhores opções de criadores, trazendo-os para dentro dos canais das marcas. Isto em vez de se canalizar os investimentos para as plataformas dos influenciadores, permitindo às marcas o aumento das audiências nos seus canais e a construção de comunidades digitais próprias.

O podcast do Prémio Cinco Estrelas e da Betway, e a criação de conteúdos de vídeo ‘always on’ para a Haier são os projetos que a Snack Portugal já tem no ar. Em entrevista exclusiva ao M&P, Inês Ramada Curto e Pedro Filipe-Santos partilham as suas visões sobre como as marcas devem capitalizar o vídeo social, a abordagem da Snack Content a este formato em ascensão e o percurso que os traz até à empresa, que está a investir €500 mil no mercado nacional.

Meios & Publicidade (M&P): Como é que a Snack Content vem do Brasil para Portugal, com vocês como sócios?

Pedro Filipe Santos (PFS): Existia há 10 anos quando foi comprada, há três anos, pela B&Partners, e começou a expansão quando Bazinho Ferraz, fundador e presidente da B&Partners, percebeu que o modelo da Snack podia ser replicado.

O José Maria Abecassis, que nós conhecemos, e o sócio dele estão a ajudar a formatar o negócio da Snack e a levantar capital, para que seja exportável para outros países, como Itália e Estados Unidos, onde já estamos em Milão e Los Angeles. O José Maria disse-lhes que tinha os sócios perfeitos em Portugal, eu e a Inês. (ver caixa com perfis)

M&P: Qual é a atividade do B&Partners e qual é a área da Snack Content?

PFS: É um grupo que trabalha várias áreas de comunicação, ativação de marca, produção de eventos e, desde há três anos, ‘social video’, que é o que a Snack faz. Criamos e produzimos conteúdos de vídeo para redes sociais. Se nos pedirem também fazemos fotos, mas não é o nosso ‘core’.

M&P: Quem são os acionistas da Snack em Portugal?

PFS: Nós os dois, cada um com 15%, e a Snack Brasil com 70%, através do Vítor [Knijnik] e do Nelson [Botega], que são os fundadores que venderam a Snack à B&Partners, mas continuam na empresa.

M&P: Quanto é que vocês investiram?

Inês Ramada Curto (IRC): Estamos a investir com trabalho, não há um investimento financeiro.

M&P: Qual é investimento que a Snack Brasil está a fazer em Portugal?

PFS: Começámos em novembro de 2022, estamos a fazer um ano e meio. Até chegarmos ao break-even, daqui a dois ou três anos, não será difícil estarmos a falar de um investimento de €500 mil.

M&P: No que é que se destaca a proposta de valor da Snack?

IRC: A Snack CBI (Community Builder Intelligence), que já vem formatada do Brasil, e consiste na criação de comunidades digitais através de uma metodologia data driven. Somos uma empresa que não dá um passo sem consultar dados, com softwares que fazem a leitura de todos os canais em todas as redes sociais.

Percebemos quais são as melhores trends, o thumbnail que funciona melhor, o melhor texto, as palavras mais usadas, o vídeo que tem um envolvimento maior e o criador com melhor desempenho, entre outros indicadores.

M&P: Quais são as mais valias desses dados?

IRC: Estes dados dão-nos vários insights, com os quais a nossa equipa de inteligência – tanto de conteúdos como de casting de criadores digitais – já consegue apresentar ao cliente uma proposta que, à partida, será vencedora porque tem os melhores insights dos últimos 30 dias, sete dias ou três anos.

PFS: Temos ferramentas que nos permitem perguntar, por exemplo, quantos vídeos foram publicados em Portugal em todas as redes sociais – ele responde 3 milhões. Se perguntarmos só no Instagram, ele responde 1,5 milhões. Se perguntar quantos destes 1,5 milhões falam em comida, ele responde que são 100 mil.

Se destes 100 mil pedir os 50 mais vistos, ele mostra a lista dos vídeos mais vistos. Se, entre estes mais vistos, perguntar quais são os que falam em pasta italiana, ele apresenta-me 15. Destes 15, pergunto quais é que foram vistos por pessoas entre os 15 e os 25 anos e por aí fora. Conseguimos filtrar completamente tudo.

M&P: É um software exclusivo da Snack?

IRC: Usamos dois ou três programas de dados de Silicon Valley, que é preciso pagar para ter acesso como se tem à GfK ou à Marktest. O programa é um produto básico. O que faz parte da metodologia CBI é a maneira como se usa e interpreta o programa, e se retira dele insights onde assenta a estratégia. O Excel pode ser usado de mil e uma formas, é um canivete suíço, e o CBI é parecido.

PFS: Por exemplo, alguém gosta de vídeos de música e de praia. O que é que uma coisa tem a ver com a outra? É aqui que entramos e conseguimos relacionar uma coisa com a outra, fazendo camadas de interesses sobrepostos, para definir uma comunidade com gostos similares.

Se estamos a trabalhar iogurtes ou pensos higiénicos, a nossa metodologia permite tratar cada marca com a mesma formatação, embora sejam targets e produtos diferentes. A jusante e a montante, nós conseguimos prever o que pode acontecer e medir os resultados. Na Snack. só produzimos o que sabemos que vai funcionar e mexer o algoritmo.

M&P: Como é que conseguem ter essa certeza?

PFS: Somos Google Partner e TikTok Partner e temos acesso a informação privilegiada, que nos permite perceber o que muda a cada mês porque os algoritmos mudam todos os meses.

M&P: As trends também mudam?

PFS: As trends não têm a ver com o algoritmo, são formatos em que os criadores de conteúdos decidem começar a fazer determinada coisa, como os vídeos com desafios. O algoritmo depois pega e vê que há uma coisa nova que está a gerar buzz e dá-lhe um push. O algoritmo não trabalha sozinho, precisa que um criador de conteúdos tenha uma coisa pertinente, original e fresca, como alguns desafios.

M&P: Nos conteúdos de vídeo, há muitas empresas especializadas ou o que há mais é departamentos dentro de agências?

IRC: O pão com manteiga são agências de publicidade. Há agências a fazer conteúdos, mas duvido que sejam baseados em dados. Uma coisa é trabalhar com dados à posteriori, como todas trabalham. Com dados a montante, para traçar uma estratégia em cima disso, não conheço nenhuma empresa em Portugal que o faça.

PFS: O que há é na base do ‘achómetro’, em que o conteúdos falam sobre aquilo que já sabemos, mostram uma série de lugares comuns e o guião é escrito com base nisso. Não fazemos isto. Criamos o diálogo que as pessoas já estão à procura nas redes sociais, a narrativa que as pessoas querem consumir e que temos dados que a comprovam.

Quando um destino fica na moda, não é só porque uma agência de viagens baixou o preço. É porque as pessoas começaram a falar nisso, os criadores de conteúdos foram lá e mostraram o destino. Isto cria o interesse em consumir conteúdos desse destino e as pessoas começam a seguir esses criadores porque todas as semanas têm conteúdos sobre as coisas mais giras, por exemplo nas praias na Tailândia, em Bali ou em Ibiza.

IRC: Com os nossos softwares, conseguimos ajustar facilmente o conteúdo, que está sempre a mudar. Quando se faz uma campanha em media tradicional, já não se consegue mudar.

PFS: O melhor exemplo que posso dar é a diferença entre o petroleiro e o semi-rígido, que somos nós. O petroleiro, que é um canal de televisão, lança uma novela e se estiver a correr mal, só começa a ser corrigida depois de terem gravado 90 episódios. O petroleiro demora várias milhas até conseguir mudar o rumo, nós não.

M&P: Qual foi a primeira marca que trabalharam?

IRC: A Wells com o podcast da enfermeira Carmen, mas ainda não existia a Snack Portugal nem participámos no projeto. A Snack Brasil subcontratou uma produtora em Portugal. Connosco, o primeiro projeto foi o podcast do Prémio Cinco Estrelas, que fazemos ainda hoje, com o À Descoberta das Cinco Estrelas.

Criámos também o canal de YouTube deles porque, à semelhança de qualquer outro prémio, só são falados quando há prémios, uma vez por ano. Com o ‘always on’ de comunicação com um podcast por semana, 52 episódios por ano, conseguimos falar da marca o ano inteiro.

PFS: Organicamente, em um ano, conseguimos 25 mil subscritores no canal do YouTube do Cinco Estrelas e queremos chegar aos 100 mil até o final do ano, também organicamente.

M&P: Qual é o formato?

IRC: Há uma apresentadora, a Sofia de Castro Fernandes, que entrevista diretores de marketing das marcas premiadas, sobre temas que os nossos dados mostraram que são tendência e que podem ser relevantes. Não é um programa de autoelogio, com a marca a dizer que ganhou o prémio porque é a melhor.

Pode falar, por exemplo, sobre retenção de talento nas empresas ou sobre a segurança que devemos ter com os meios digitais de pagamento. Fazemos tudo: a estratégia, a ideia, o formato, os guiões, os cenários, a imagem, os cortes de edição e, quando existem media pagos, também fazemos plano de meios na parte digital.

M&P: O vosso software também dá para fazer plano de meios?

PFS: Como somos parceiros da Google e do TikTok, os nossos dados permitem-nos perceber onde é que deve ser promovido e reforçado o algoritmo, para atingir determinado target e objetivo. Nem tudo passa por deitar um balde de dinheiro, passa muito pelos hashtags que se usam, pelos metadados, pela hora a que é feita a publicação e pelo corte que se escolhe.

IRC: Não se investe em 40 minutos de podcast, investe-se num corte que tem 30 segundos e vai-se investindo aos poucos.

PFS: Cria-se uma comunidade com os cortes, não é com o episódio principal inteiro. Os algoritmos favorecem a permanência em cada conteúdo. Se um vídeo durar 15 segundos e for visto durante 14 segundos, a seguir o algoritmo vai dar outro exatamente parecido e assim sucessivamente.

M&P: Que outros clientes ou projetos têm?

PFS: Fazemos o podcast patrocinado pela Betway, o Um Para Um com o Pedro Pinto, que é publicist de desportistas e faz entrevistas a atletas portugueses que trabalham fora e que se distinguem nas suas áreas.

Estamos a fazer consultoria para uma marca multinacional, que não podemos referir ainda porque o contrato não está assinado, que já produz conteúdos. Estamos a fazer-lhe um plano estratégico para otimizar a maneira como os conteúdos são produzidos.

M&P: Além destes podcasts, têm mais algum numa base regular?

PFS: Neste momento não. Estamos a fazer a produção de conteúdos para a Haier, com pequenos episódios sobre arrumação de frigoríficos, um ‘always on’ de seis meses.

M&P: O ‘always on’, na prática, significa o que é?

PFS: Diria que é as marcas terem um canal temático próprio, com os conteúdos que querem transmitir, mas de uma maneira que seja conteúdo de entretenimento e não publicidade.

IRC: O que as marcas fazem muitas vezes é ter o que chamamos de Depósitube, DepósiTok e DepósiGram, que são formas de depositar campanhas em redes sociais. Mas esses conteúdos não são nativos dessas redes sociais.

PFS: A conta de YouTube do Meo, por exemplo, tem o discurso do presidente da Meo, a campanha de Natal, o making-of do Meo Sudoeste, a campanha do Regresso às Aulas e uma ativação de marca.

Depois, estão dois meses sem publicar e, de repente, publicam três dias seguidos. Além de isto não ser o que o algoritmo quer e precisa, também não é aquilo que as pessoas que seguem as redes sociais querem. As pessoas querem fidelizar-se, querem consumir conteúdos.

M&P: Quais são os valores de faturação da Snack e quanto é que cobram aos clientes?

IRC: A Snack global, que está presente em São Paulo, Lisboa, Milão e Los Angeles, faturou €15 milhões em 2023, e cobra em média cerca de €50 mil por marca, por 12 meses de um ‘always on’ de vídeos, com estratégia, inteligência de dados, criatividade e produção. Temos empresas em que, para um ano de ligação com a Snack, cobramos mais de €100 mil como temos outras que cobramos €20 mil.

Depende se querem chave na mão de vídeos para o ano inteiro, com criatividade, estratégia, produção, gravação, inteligência de dados e de casting, análise de dados e acompanhamento estratégico, ou se querem uma parcela do menu da Snack.

M&P: Trabalham clientes que a Snack tem no Brasil ou em outras geografias?

IRC: Ainda não estamos a fazer essa ponte. No Brasil, por exemplo, trabalhamos a Boticário, que já comunica como um criador de conteúdos digitais, em linha com a nossa máxima ‘se os criadores viram marcas, porque é que a marca não pode virar criadora e começar a comunicar exatamente como eles?’.

A expressão ‘always on’ vem da ideia de comunicar com uma grelha de conteúdos, como faz um canal de televisão, habituando a comunidade a esses conteúdos.

M&P: Qual é a estratégia que seguem no casting de criadores?

IRC: Quando fechamos um ‘always-on’ de conteúdos para uma marca, é preciso fazer o casting para não se apostar numa influenciadora com um perfil como o da Madalena Abecassis, e fazer crescer a comunidade dela, mas ir buscar criadores pequenos, médios ou grandes, para os trazer para a marca. É como construir o elenco dos Morangos com Açúcar, em que o ‘squad’ serve a comunicação da marca.

PFS: Os Morangos com Açúcar tiveram sete temporadas e sete castings diferentes. Ou seja, o que é mais importante é a marca, o conceito e a linha editorial. O que propomos é criar uma linha editorial para as marcas, com base em dados, com várias temporadas.

Não interessa qual é o casting, o que é certo é que a marca mantém-se, mesmo que no primeiro ano seja o Pedro Teixeira e a Rita Pereira, e no ano a seguir sejam outros quaisquer.

M&P: Quais são os critérios de escolha nesse casting?

IRC: A nossa inteligência de dados vai buscar a pessoa certa para fazer o conteúdo para a marca. Isto é feito no Brasil, onde temos 30 pessoas só a trabalhar inteligência de dados.

M&P: Não há espaço para um criador que não entrega os melhores resultados, mas que tenha uma dimensão pessoal que justifique a escolha e que os brasileiros desconhecem?

PFS: Isso é cair no erro do ‘achómetro’.

IRC: É o que fazíamos antes, sem dados. É achar que determinada pessoa comunica bem um conteúdo. No entanto, quando é preciso alguém que fale sobre ténis, vai-se buscar alguém que é ex-jogador, árbitro de ténis ou treinador.

PFS: Há um filme em que o Brad Pitt é treinador de uma equipa de beisebol e vai buscar só jogadores de segunda e terceira linha, porque os dados estatísticos diziam que em 20 jogos, a probabilidade de ele marcar com esses jogadores era superior à média, mesmo que os adversários tivessem o Cristiano Ronaldo.

Se não queremos ou não temos dinheiro para ter uma Madalena Abecassis, vamos encontrar as ‘rising stars’ que possam ser uma Madalena Abecassis e que os dados nos apresentaram. Depois, trabalhamos com o cliente e, aí sim, podemos ponderar uma pessoa com uma personalidade que se encaixa melhor com a marca, mas os dados já nos mostraram cinco pessoas.

M&P: Na Haier vão trabalhar com que criador?

IRC: Com a Rita Carvalho de Matos, que é a nossa Marie Kondo, porque a Haier quis fazer conteúdos sobre organização de frigoríficos. Podíamos ter ido buscar a Cristina Ferreira ou a Rita Pereira, mas nenhuma delas tem a ver com organização nem com frigoríficos. A Rita Carvalho de Matos tem a ver com organização e nunca fez conteúdos para frigoríficos nem cozinhas.

PFS: Em Portugal, aliás, estamos a inovar. Nunca ninguém mostrou como é que se arruma uma cozinha, ao contrário da arrumação de closet, que é um tema que toda a gente faz.

M&P: A Rita Carvalho de Matos não é conhecida?

IRC: Há muitas pessoas que estão fora do radar das marcas, como estão fora do conhecimento geral, mas os nossos softwares apanham essas pessoas. Em Portugal, há cerca de 63,5 mil criadores e, dentro deste painel, os nossos softwares pesquisam e dão-nos os criadores para comunicar frigoríficos e organização, por exemplo, e podem aparecer 10, 50, 300.

O que o programa dá, e daí ser indiferente estar no Brasil ou em Singapura, é as melhores pessoas que comunicam todos os temas e áreas, com os filtros que quisermos, como abaixo de X anos ou abaixo de 100 mil subscritores, etc.

PFS: É encontrar territórios com comunidades de conversa, por exemplo sobre beleza, que nem a L’Oréal nem a Garnier ocupam e que descobrimos todos os dias. Ou criamos comunidades possíveis, que as marcas não estão a ocupar, esta é a beleza dos dados.

M&P: Esses criadores têm de trabalhar em exclusivo para essas marcas?

PFS: Não, desde que não seja no mesmo território. Um Bruno Nogueira, por exemplo, pode estar a apresentar um programa num canal e a fazer shows de stand-up. Mas não pode fazer um programa semelhante num canal da concorrência.

M&P: Qual é a razão da denominação Snack Content?

PFS: Antigamente, estávamos três horas a ver um programa de televisão, como o Festival da Canção ou os Jogos Sem Fronteiras. Consumíamos conteúdos como se fosse um cozido à portuguesa. Neste momento, as pessoas consomem conteúdos curtos, em snacks. Quando estamos à espera do Uber, temos cinco minutos e vemos três vídeos no TikTok.

Ou estamos à espera para uma consulta e vemos dois vídeos no Instagram. Consumimos os conteúdos à nossa medida, em qualquer lugar, como e onde queremos. Nas últimas eleições legislativas, houve 300 horas de comentários sobre debates e entrevistas de 20 minutos…

IRC: E o ‘short’ ganhou.

PFS: Depois, tivemos o short do short, que são os cortes dos comentários sobre o debate, no YouTube. O ‘always on’ é ter um canal que me vai alimentando com estes snacks de conteúdos. Isto em todas as áreas, porque ninguém vai a uma banca de jornais e quer uma revista sobre desporto. Quer uma revista sobre ténis, surf, motociclismo, etc.

IRC: O negócio digital aproxima-se muito do negócio das bancas, da imprensa especializada, como o M&P.

PFS: Trabalhamos as marcas como uma grelha horizontal, com o conteúdo principal e conteúdos ‘hub’, ‘hero’ e ‘help’.

M&P: Quais são as diferenças entre esses conteúdos?

IRC: Os ‘hero’ têm uma produção mais elevada e podem ser uma série ou um documentário, que têm robustez e são mais pontuais. Os ‘hub’ e ‘help’ são os que fazem o colchão do canal, como dicas, listas, tutoriais, pergunta e resposta, que são formatos digitais típicos.

M&P: Qual é o foco principal da Snack Content?

PFS: Criar comunidades para as marcas, aumentando a sua própria audiência em vez de a marca estar a pôr um balde de dinheiro na Madalena Abecassis, na Tripeirinha, n’A Pipoca Mais Doce ou em outros quaisquer. Em vez de gastar dinheiro a aumentar a comunidade desses influenciadores, o investimento é feito no próprio canal das marcas.

M&P: Como é que a Snack aparece no Brasil?

PFS: Antes da Snack, o Vítor e o Nelson tinham a Rede Snack, um agregador de canais no YouTube de criadores que tinham comunidades que geravam dinheiro com as marcas que se queriam associar a esses canais. Eles decidiram virar o jogo para serem as marcas a terem os seus próprios canais e falaram com os criadores para eles manterem os canais, mas passarem a ser a cara de marcas e venderem esse serviço.

Antes disto, o Vítor era vice-presidente de criação da Young&Rubicam, agora VML, e o Nelson era diretor de criação e começaram a perceber que o conteúdo era rei. A publicidade, agora, aliás, está cada vez mais virada para o conteúdo e o que ganha Ouro em Cannes são casos de responsabilidade social, com três minutos.

M&P: A preferência por esse tipo de campanhas tem a ver com os próprios consumidores, as pessoas, estarem à procura de emoções?

PFS: Sim, a procura de narrativas. Agora não se vendem carros, vendem-se como marcas que ajudam as pessoas a serem mais felizes.

IRC: Uma das tendências da publicidade é exatamente impactar emoções e inspirar, para se tornar ligeiramente conteúdo.

PFS: É uma coisa das novas gerações, que entendem que as marcas têm de devolver à sociedade aquilo que ganham. É uma maneira de combater a imagem capitalista que as marcas têm. Os millennials são muito de esquerda e socialmente ativos, e as marcas perceberam que não podem só estar a vender. Têm de mostrar que partilham as dores e têm empatia com os seus problemas e ansiedades.

M&P: Para quem comunica, faz publicidade e trabalha marcas, isso torna o trabalho mais difícil ou mais fácil?

IRC: Mais fácil.

PFS: O nosso trabalho na Snack ficou mais fácil. O Marcelo Lourenço, diretor criativo da Coming Soon, escreveu uma crónica sobre ter estado num júri de prémios de criatividade, em que apareceu uma campanha que ele achou brilhante e estava toda a gente a votar nela. De repente, alguém disse “epá, não vamos votar nessa que isso é apenas publicidade”.

E ele disse, “onde é que chegámos? Já tenho saudades das campanhas em que queremos vender o produto e não uma ONG”. Estamos no campeonato da publicidade, não estamos no campeonato da responsabilidade social, nem as agências são ONG.

IRC: Às vezes, os conteúdos tornam-se publicidade por causa desse viés. Se não lhe for dada a dimensão emocional, informativa e intuitiva, que estimule os sentidos, fica só como publicidade.

PFS: Outro aspeto é que o YouTube, ou outra rede social, não distingue se é um criador a fazer os conteúdos ou se é uma marca. Para o algoritmo, ,é indiferente se é uma marca ou uma pessoa quem cria, o que lhe interessa é o conteúdo.

M&P: O utilizador faz essa distinção?

IRC: Distingue. Quer bons conteúdos, independentemente de serem de uma marca ou de um criador.

PFS: Por isso, a importância da nossa metodologia de dados, que nos diz o que o espetador quer ver.

M&P: Em termos da vossa estrutura física, os estúdios e os equipamentos audiovisuais, como é que chegaram a estas instalações [os antigos estúdios da Valentim de Carvalho, na Cruz Quebrada]?

PFS: Desde a pandemia, em 2020, já estava aqui com a Briskman, que se mantém.

IRC: Trabalhei há 15 anos na Valentim de Carvalho, no piso 6. Este edifício não era um cowork. Tinha a Valentim de Carvalho e a LMK Vídeo.

M&P: Quais são as características deste espaço que encaixam nas vossas necessidades?

IRC: Uma empresa como a Snack, que está em crescimento, precisa de espaço. Em Lisboa, é difícil, o espaço é muito limitado e é difícil encontrar um sítio onde se consiga expandir para mais 100 ou 200 metros quadrados de área.

PFS: Aqui, se tivermos um projeto especial, conseguimos arranjar uma sala em que podemos pôr seis pessoas, dois guionistas, dois editores e dois gestores de redes sociais, durante três meses a trabalhar. Começámos com 50 metros quadrados e agora já ocupamos 300 metros quadrados, isto no espaço de um ano.

IRC: Tivemos mais clientes e trabalhos, aos quais precisámos de dar resposta.

PFS: No filme Campo de Sonhos, o personagem do Kevin Costner é um cultivador de milho que ouve uma voz a dizer-lhe para construir um campo de beisebol. A voz diz-lhe: ‘if you build it, he will come’. Se ele construísse um campo de beisebol, o Mickey Mantle, uma das vedetas do beisebol, iria aparecer.

Ele constrói, e toda a gente na terra chama-lhe maluco, mas há um dia em que os fantasmas dos melhores jogadores de beisebol aparecem e jogam, e ele e a família são os únicos espetadores do jogo. Na minha vida, usei sempre essa frase e nunca me dei mal. Se construir o campo, os jogadores aparecem. Se estiver preparado para ter trabalho, o trabalho aparece.

 

O criativo publicitário e a produtora de TV
–––

Meios & Publicidade (M&P): Qual foi o vosso percurso e como é que chegam à Snack Content?

Pedro Filipe Santos (PFS): Comecei em 1992 na Publicis, como visualizador, diretor de arte, onde estive quatro anos até sair para montar a minha agência, a Sumo, que vendi em 2001 para ir para Amesterdão, durante um ano, para trabalhar como freelancer. Foi quando conheci o branded entertainment, que estava a dar os primeiros passos.

Trabalhei com a agência 180 Amsterdam, que tinha a conta mundial da Adidas, que fazia uns formatos baseados nos filmes de 30 segundos ou vídeos longos, muito para televisão e product placement. Quando voltei para Portugal, criei uma produtora que fosse um híbrido entre o que sei sobre publicidade e o que a minha sócia, que é a minha mulher, sabe sobre televisão.

Eu e a Ana [Antunes] montámos a produtora Briskman, que começou com conteúdos exclusivamente para marcas. Primeiro, pensávamos no segmento da marca e, depois, víamos qual era o conteúdo que servia melhor, em vez de criar um formato de televisão e, depois, arranjar patrocinadores. Fui produtor e realizador na MTV Portugal e ainda continuo como produtor executivo da Briskman, mas é a Ana, a minha mulher, quem está à frente da produtora.

Inês Ramada Curto (IRC): Trabalhei com o Pedro na TVI, onde na altura era produtora. Fizemos juntos alguns formatos, como o Querido, Mudei a Casa e o Querido, Comprei Uma Casa, para a Remax. Fiz produção televisiva até 2022, em produtoras que faziam conteúdos para a SIC, TVI e RTP, e, em estação de televisão, na TVI e no canal Q, em formatos como novelas, séries e concursos.

M&P: Já tinham pensado transitar para o vídeo social?

IRC: Depois da pandemia, senti que o mundo mudou e que eu mudei com o mundo. Percebi que a televisão estava sustentada na publicidade, que investia cada vez menos em televisão, e que parte desses investimentos estavam assentes em conteúdos. Pensei que queria estar do lado do conteúdo, onde estão as pessoas, aquilo que consomem e o que as faz aproximarem-se de um produto, serviço ou ideia.

A televisão já tinha o conceito de ‘branded content’, mas nunca foi uma aposta, porque as fichas na televisão são todas postas em ‘broadcast’, que é o ‘core’, a galinha dos ovos de ouro. Inclinei-me muito mais para o lado dos conteúdos e tive a sorte de o Vítor e o Nelson quererem expandir o negócio para Portugal.

Eu e o Pedro já tínhamos a paixão pelos conteúdos, a Snack já trabalhava no conceito ‘always on’ e nós os dois já estávamos a pensar em projetos juntos.

PFS: Foi uma feliz coincidência, porque estava a estudar como é que conseguia transformar a Briskman numa fábrica de conteúdos. O mercado de televisão, tal como existe em Portugal, é uma fórmula que está muito fechada a novidades. Uma produtora independente como a Briskman, ou se alguém quiser montar uma produtora do zero, tem duas hipóteses: não faz nada e passa fome ou então representa um formato internacional que foi um sucesso em 42 países.

O que acontece, normalmente, é que as grandes multinacionais em Portugal, como a Shine Iberia, a Freemantle e a SP Televisão, já têm esses formatos todos reservados e ninguém consegue entrar no mercado. Quando se vai a Cannes ao MIPCOM tentar comprar formatos, já está tudo reservado e os canais não arriscam em ideias novas porque a pressão é muito alta.

Compra-se e faz-se o Big Brother durante 20 anos porque funciona. Não se compra uma ideia minha ou sua porque não se sabe se funciona.

M&P: Quais são os vossos cargos e funções?

IRC: Somos os dois codiretores executivos da Snack Portugal e as nossas responsabilidades e funções definiram-se organicamente. Conhecemo-nos há 20 anos e nunca nos sentámos a dizer ‘eu faço isto, tu fazes aquilo’.

O Pedro é totalmente criativo e faz a parte criativa e técnica, de criação de equipas e realização, enquanto eu sou mais de números, estratégia, pagamentos, atendimento e gestão de clientes.

Temos equipas subcontratadas, que fazem captação e edição de imagem, maquilhagem e guarda-roupa, por exemplo. O gabinete jurídico está em Portugal, a parte estratégica está em Itália, a inteligência de dados e o casting de criadores está no Brasil.

 

Unidos na reinvenção no digital
–––

Meios & Publicidade (M&P): Do que é que vocês estavam à procura?

Pedro Filipe-Santos (PFS): Eu e Inês, quando nos encontrávamos, estávamos sempre a ver qual seria o próximo passo. Tentava perceber como é que podia transformar as marcas e os formatos que fizemos na Briskman em algo 100% digital.

Por coincidência, surgiu a Snack com o conceito ‘always on’, que é o que sempre fizemos, mas como uma lógica de produção sustentada por dados e apenas para o digital, sem levar os camiões de equipamentos e de luzes como na publicidade, sem ter as fichas técnicas com 150 pessoas como é em televisão, com estruturas quase de guerrilha, pequenas e leves, que consigam ser absolutamente rentáveis e exequíveis porque esmagam o preço na fonte, na produção, mas conseguem o objetivo que é ter conteúdos diários, semanalmente.

M&P: Já estavam alinhados para fazer isso?

Inês Ramada Curto (IRC): Estávamos alinhados para fazer ‘branded content’, mas a Snack deu-nos uma visão de negócio em que era possível crescer e escalar muito mais rápido, porque já tinha uma estrutura pensada, trabalhada e sólida, no Brasil.

Concluímos que fazia todo o sentido explorarmos o que queríamos fazer através da Snack, que tinha ainda o lado data driven que não tínhamos pensado inicialmente.

PFS: Não tínhamos uma estrutura montada, estávamos a definir o que é que podíamos entregar que fosse diferente do que toda a gente faz.

Não íamos acrescentar nada se fossemos montar mais uma agência de comunicação 360 ou de marketing. Somos muito criativos e temos muita experiência, mas há 100 mil pessoas que são criativas e têm experiência.

Sobre o autorCatarina Nunes

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O Publicis Groupe assinou um acordo para adquirir a Influential, empresa que desenvolveu uma plataforma de marketing, alimentada por inteligência artificial (IA), que permite o desenvolvimento, a implantação e a otimização de campanhas digitais.

A ferramenta garante o acesso a 3,5 milhões de criadores e fornece dados sobre 90% dos influenciadores globais com mais de um milhão de seguidores nas redes sociais e sobre as mais de 300 marcas com que trabalham, uma vantagem competitiva que o grupo pretende explorar.

“O marketing de influência está a revolucionar a indústria da publicidade, dando às marcas uma oportunidade única para aprofundarem relações com os clientes. Até 2025, espera-se que os gastos com as redes sociais €171,3 mil milhões, ultrapassando pela primeira vez os gastos globais com publicidade linear na televisão, sendo o marketing de influência o segmento de crescimento mais rápido”, justifica o Publicis Groupe, que detém a Epsilon, dona da plataforma de marketing Epsilon PeopleCloud, em comunicado de imprensa.

A concretização do negócio está dependente da aprovação dos reguladores e permite a criação de uma rede de produtores de conteúdos premium, com abordagens de planeamento diferenciadoras para maximizar resultados. “Pretendemos aliar as nossas capacidades a tecnologias complementares para propormos influenciadores, criação de conteúdo, amplificação e medição, para definirmos juntos a próxima era do marketing de influenciadores”, refere o fundador e CEO Ryan Detert da Influential, que se mantém à frente da empresa.

O negócio deverá estar concluído até ao fim de agosto. “Esta aquisição não significa apenas que vamos assumir a liderança do marketing de influência. Também nos reposiciona no centro do novo ecossistema de media global. Ao combinar e analisar os dados da Epsilon, que nos permitem monitorizar 2,3 mil milhões de pessoas em todo o mundo, conseguimos que os nossos clientes percebam melhor os seus consumidores e implementem estratégias que os aproximem mais deles”, afirma Arthur Sadoun, CEO do Publicis Groupe.

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O que pode ler na edição 962 do M&P

Na opinião, Diana Carvalhido, sócia e diretora criativa da Ivity, é a nova colunista, numa edição que estreia também uma nova rubrica, O que é nacional, dedicada a marcas portuguesas, com um artigo sobre a estratégia da Bordallo Pinheiro

Os montantes envolvidos nos patrocínios dos Jogos Olímpicos de Paris e as respetivas campanhas publicitárias e ativações na capital francesa são o tema de destaque na edição 962 do M&P.

Em entrevista, Leonel Vieira, realizador, guionista, produtor e sócio da Volf Entertainment, fala sobre os novos projetos que tem em mãos, para cinema e televisão, e analisa a mudança de paradigma gerada com as plataformas de ‘streaming’.

Na opinião, Diana Carvalhido, sócia e diretora criativa da Ivity, é a nova colunista, numa edição que estreia também uma nova rubrica, O que é nacional, dedicada a marcas portuguesas, com um artigo sobre a estratégia da Bordallo Pinheiro.

O poder do design na identidade das marcas dá o mote ao especial sobre design de comunicação.

 

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OpenAI lança motor de busca para competir com Google e Microsoft

O protótipo do SearchGPT, em fase de testes, tira partido das ferramentas de inteligência artificial da empresa e pretende fornecer aos utilizadores informação mais relevante em menos tempo. As melhores funcionalidades serão incorporadas no ChatGPT

A OpenAI vai lançar um motor de busca para competir diretamente com o Google e o Bing da Microsoft. O protótipo do SearchGPT, que está a ser testado por um pequeno grupo de profissionais selecionados, tira partido das ferramentas de inteligência artificial (IA) da empresa tecnológica com a ambição de disponibilizar aos utilizadores informação mais relevante em menos tempo. Os interessados em testar o novo motor de busca ainda se podem inscrever online.

As melhores funcionalidades serão posteriormente incorporadas no ChatGPT. “Obter respostas na internet pode exigir muito esforço, obrigando muitas vezes a várias tentativas para conseguir resultados relevantes. Acreditamos que, ao aprimorar os recursos de conversação de nossos modelos com informações em tempo real, esse processo pode ser acelerado e facilitado”, explica a OpenAI no site do projeto.

A empresa está também a desenvolver “uma forma de os editores gerirem a forma como aparecem no SearchGPT, para que tenham mais opções”, com a intenção de valorizar o novo motor de busca. O anúncio da OpenAI surge numa altura em que o Bing e o Google reforçam a tecnologia de IA nos mecanismos de pesquisa e a Amazon investe, em parceria com a empresa tecnológica Nvidia, no Perplexity, um ‘chatbot’ que também recorre à IA para melhorar as buscas.

Lançado em 1998 pela dupla de empreendedores Sergey Brin e Larry Page, o Google é o motor de busca mais utilizado em todo o mundo. Diariamente, são efetuadas 8,5 mil milhões de pesquisas, uma média de 99 mil por segundo. Em junho, de acordo com um estudo da StatCounter, empresa especializada em análise de tráfego digital, a plataforma dominava 91,1% do mercado global, uma hegemonia que a Microsoft, a OpenAI, a Amazon e a Nvidia pretendem agora desafiar.

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Comunicação

Fora do Escritório com Roberto Esteves, CEO da Quiosque

“Mesmo estando fora e em modo de descanso, a mente de um consultor de comunicação está treinada para avaliar suportes de comunicação e ações de ponto de venda, que possam ser interessantes “, refere

Catarina Nunes
A ilha das Flores, nos Açores (na foto), é um destino de férias que Roberto Esteves, CEO e sócio da agência de comunicação e relações públicas Quiosque, repete todos os  anos, desde os 14 anos, por considerar o local perfeito para desligar e regressar revigorado.

O que é que não faz durante as férias, que faça quando está a trabalhar?

Essencialmente, acordar às 6h da manhã. Quando estou a trabalhar gosto de acordar cedo, para passar os olhos pela imprensa e dar uma revisão nos pontos todos que tenho em agenda para esse dia. Em modo férias acordo às 8h, com mais tempo e uma rotina mais lenta e fluida.

Férias significa desligar ou inspirar-se para novas ideias a aplicar no trabalho?

Trabalhando na área da comunicação, é muito complexo desligar totalmente nas férias. Isto porque mesmo estando fora e em modo de descanso, a mente de um marketeer ou consultor de comunicação está treinada para avaliar suportes de comunicação e ações de ponto de venda, que possam ser interessantes.

Tudo ao nosso redor pode servir como fonte de inspiração. Por um exemplo, em todas as minhas viagens, visito sempre farmácias, perfumarias e espaços comerciais. Vejo posicionamentos de marcas, suportes de comunicação, exploro ações de comunicação, fotografo, registo em vídeo e tenho inclusive uma pasta partilhada com a equipa da Quiosque, onde registo todos os bons exemplos que podem ser usados para o início de uma discussão. Por isso diria que estar de férias é sempre uma fonte enorme de inspiração.

Quais são os jornais, programas, podcasts, sites, plataformas digitais ou outros meios de comunicação que segue durante as férias? 

Diria que quase todos. O Meios & Publicidade, sempre, e tenho assinaturas digitais de todos os meios portugueses e alguns internacionais. Mesmo nas férias tenho o hábito, e faço-o com mais calma, de ler jornais diários – Público, DN, Correio da Manhã (porque sou a favor da pluralidade), e revistas e jornais semanais, como a Visão, Sábado e Expresso.

Vejo com regularidade os meios online mais de ‘lifestyle’, como o site da Máxima, MAGG, NIT, Saber Viver, Activa e LuxWoman. Nesta seleção, nada escapa, nem as revistas cor-de-rosa, como a Caras, TV Mais e Lux.

Consumo muita imprensa internacional, GQ Espanha e Alemanha, Marie Claire, Vogue portuguesa, francesa e inglesa. Gosto imenso de ler e valorizo a pluralidade de informação. No aeroporto, agarro o maior número de revistas e jornais que conseguir e levo-os comigo em viagem.

Há sempre uma história ou algo interessante dentro de uma revista ou de um jornal e, às vezes, nem são as notícias, mas sim as páginas de publicidade, que com a sua criatividade e inovação, fazem sonhar e despertar alguns dos nossos sentidos.

Ver páginas de publicidade em media é sinónimo de um país e de uma sociedade evoluída, com uma economia que se desenvolve e cresce. Quando o contrário acontece, é sinal de que estamos todos a ficar mais pobres, seja por falta de leitores, seja por falta de investimento.

Como estou mais desligado do telefone, não tenho o hábito de ouvir podcasts em modo de férias. No que diz respeito a programas televisivos, apenas acompanho a informação, normalmente fora de horas, em canais como a SIC Notícias, CNN e NOW, e vou fazendo zapping entre estes três.

Quais são as marcas que o acompanham nas férias?

São muitas. Tenho a mesma mala de viagem há anos (Samsonite), que foi um presente de Natal da Ana Garcia Martins [A Pipoca Mais Doce]. Dentro desta mala levo sempre uma série de looks de roupa, que normalmente coordeno por dia e por ocasião.

Há marcas de roupa que me acompanham regularmente, umas mais ‘mainstream’, como Ralph Lauren (com t-shirts e calções básicos) ou a The Dudes, uma marca alemã de roupa mais descontraída e de ‘streetwear’. Não dispenso sandálias UGG (mesmo no verão) e, nestas férias, estão também comigo umas sandálias da marca japonesa Suicoke, numa parceria com a Missoni.

Mochila North Face e garrafas e ‘tumbler’ da Stanley (um pouco influenciado pela tendência de ‘social media’), saco de praia em rede Longchamp, prático e diferente, e um cobertor portátil da marca Rains – super útil nos Açores, por exemplo, quando queremos parar e dormir uma sesta no meio da natureza.

Para além disso, ao longo dos anos a trabalhar na área da comunicação, tenho tido a sorte de experimentar muitos produtos em férias. É nessa altura que, por norma, faço um ‘test drive a todos os lançamentos que fiz até à data.

Nestas férias levo o Glow da Cantabria Labs, um protetor solar com SPF 50 com efeito de brilho e bronze, que junta o melhor dos dois mundos, protetor solar em stick da Lierac, cuidados de rosto Drunk Elephant e ‘after-sun’ de rosto e corpo da Lierac.

Levo pipocas Popz para microondas – porque estarei nos Açores com amigos, onde é frequente fazermos sessões de cinema ao ar livre; levo um dos meus perfumes favoritos – Bad Boy da Carolina Herrera em tamanho de 50 ml e Bois de Orange de 30 ml, da Roger Gallet, creme de pés Akileine e um spray para pernas cansadas da Akileine, bruma hidratante de rosto da NovExpert, uma marca exclusiva da Perfumes & Companhia.

Este ano em específico, levo uma série de produtos capilares e de rosto, que apenas serão lançados em setembro e outubro, que vou aproveitar para testar, e anotar os seus pontos fortes e menos bons (caso existam), para estar completamente preparado para os lançamentos. Por esta altura, testo sempre todos os produtos que apresento à imprensa e influenciadores, um ou dois meses antes dos lançamentos.

Qual é a primeira coisa que faz quando regressa ao escritório?

Normalmente, faço uma reunião de equipa para me inteirar dos temas ‘on going’ e para partilhar com a equipa as lembranças que normalmente trago das minhas viagens. Regresso sempre em modo ‘slow motion’ e vou recuperando o ritmo com um passo equilibrado.

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O que é o marketing de conteúdos em 2024?

O marketing de conteúdo não visa diretamente a venda do produto ou serviço.

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Mantém, como base do marketing, atrair clientes, mesmo não fazendo promoção direta à marca. Ou seja, o marketing de conteúdos é um método que cria conteúdo relevante, em textos, blogs, vídeos e publicações nas redes sociais, sem apelar à compra/venda direta.

Vejamos como exemplo os casinos novos Portugal. Uma forma de atrair novos clientes e elevar a notoriedade da marca é conseguida através de parceiros afiliados e de gestores de redes, que geram conteúdos. O foco não está diretamente associado à angariação de novos clientes, mas, em primeiro lugar, a captação de potenciais clientes, por via de conteúdos interessantes, que chamam a atenção.

O que é o marketing de conteúdo?

Para responder à questão o que é marketing de conteúdo, comecemos por verificar quais os principais objetivos deste tipo de marketing:

  1. Gerar mais tráfego
  2. Gerar mais leads
  3. Aumentar a notoriedade da marca
  4. Baixar o custo de aquisição

Portanto, ao contrário da publicidade, que visa, em última análise, a venda do produto, o marketing de conteúdo visa os potenciais clientes. É uma ferramenta usada para gerar mais tráfego no site/redes e, por conseguinte, levar à criação de uma base de potenciais clientes.

O conteúdo do site – ou das redes – se construído de acordo com uma série de premissas irá aumentar a notoriedade da marca. Tudo isto, com um custo menor, se comparado com outros tipos de marketing ou com a publicidade direta.

Joe Pulizzi, fundador do Content Marketing Institute, define o marketing de conteúdo como «uma abordagem estratégica de marketing focada em criar e distribuir conteúdo valioso, relevante e consistente para atrair e reter um público-alvo claramente definido — e em última análise, conduzi-los a ações rentáveis como consumidores.»

Como marketing de conteúdo exemplos podemos listar alguns tipos, como:

  • Blogues
  • Redes Sociais
  • Email Marketing
  • Sites
  • Vídeos
  • Podcasts
  • Aplicações

Ou seja, as diferentes formas de produção de conteúdos relevantes, que impactam positivamente o público alvo, através de conteúdos educacionais, tutorias, de entretenimento ou outros.

A evolução do marketing – breve abordagem

O marketing começou por ter como pilares essenciais quatro elementos base, num conceito criado por Philip Kotler, que defendia que um marketing bem sucedido devia ter em conta:

  1. Price (Preço)
  2. Place (Mercado)
  3. Product (Produto)
  4. Promotion (Promoção)

Considerado um dos grandes teóricos da evolução do marketing nos séculos XX e XXI, Philip Kotler tem uma afirmação interessante sobre a sua visão de marketing. Nas suas palavras «Marketing autêntico não é a arte de vender o que você faz, mas saber o que fazer. É a arte de identificar e compreender as necessidades dos consumidores e criar soluções que tragam satisfação aos consumidores, lucros aos produtores e benefícios aos acionistas.»

Passamos dos 4Ps do Marketing, para os 7P e falamos atualmente nos 8P do marketing:

  1. Produto: o que se vende;
  2. Preço: por quanto se vende;
  3. Praça: onde se vende;
  4. Promoção: como se promove a venda;
  5. Pessoas: quem produz e quem compra;
  6. Processos: como se produz;
  7. Posicionamento: percepção que se tem da empresa;
  8. Performance: resultado final do que se faz.

A definição de marketing tem evoluído, em função dos meios tecnológicos, da sociedade e das marcas. Note-se como muitas marcas reconhecidas no mercado há décadas, estudam e acompanham estas tendências, com campanhas de marketing cada vez mais evoluídas e adaptadas aos novos públicos.

Marketing de conteúdo – os intervenientes

Longe vão os dias em que criar uma campanha de marketing passava por uma equipa (ou uma pessoa) responsável por promover um produto ou serviço, com campanhas agressivas, para gerar lucro imediato, com vendas elevadas.

Não se trata apenas de aumentar as vendas ou gerar picos de receita. O marketing de conteúdo tem como função fidelizar os clientes e potenciais clientes, fazer com que o público se identifique com a marca e, ainda, que se torne um embaixador da marca.

Uma boa estratégia de marketing de conteúdo tem que contar com um conjunto de profissionais, especializados nas mais diversas áreas. As profissões associadas ao marketing de conteúdo são:

  • escritor ou produtor de conteúdo
  • responsável criativo
  • gestor de redes sociais
  • especialista em SEO
  • designer

Entre outras figuras, como embaixadores da marca e influencers, que acabam tendo um papel fundamental sobre a divulgação do produto e/ou serviço junto do público.

É interessante notar que as empresas estão cada vez mais sensíveis à necessidade de apresentar um marketing de conteúdo envolvente, eficaz e profissional. Por isso, o número de cursos e formações especializados em marketing continuam a aumentar e as saídas profissionais são cada vez mais abrangentes e alargadas.

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Sara Sampaio produz e realiza nova campanha da Phunk

A manequim portuense também desenvolveu o conceito criativo e escolheu as equipas que desenvolveram os anúncios publicitários que promovem a novidade de verão da marca de águas gaseificadas com álcool, um balde que as mantém frescas

Sara Sampaio estreia-se como realizadora na nova campanha multimeios da Phunk, que divulga a novidade da marca de bebidas para este verão, o balde Phunk, com capacidade para seis latas. A modelo, atriz e empresária, que é diretora de inovação da insígnia desde 2022, também idealizou o produto e a criatividade da comunicação promocional, incluindo o guião e a escolha das equipas que cocriaram os materiais publicitários.

A campanha, que tem como inspiração a paixão da manequim pela praia, conta a história de um verão de amigos na praia, com o tom divertido que caraceriza a Phunk. “Foi um vídeo feito com amigos sem muita produção, ‘effortless’ e bastante fácil, como pretendia”, afirma Sara Sampaio, que é uma das investidoras da primeira marca portuguesa de águas aromáticas gaseificadas com álcool, disponíveis em sete versões.

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Garnier fornece proteção solar nas praias em parceria com a Meo

Os dispensadores, acionáveis através de um pedal, estão posicionados em 23 praias nacionais, de forma a assegurar acesso fácil e seguro ao protetor, porque a exposição solar, ao contrário das Bolas de Berlim, se faz sempre “Com creme”

A Meo e a Garnier voltam a juntar-se para a quinta edição da campanha que promove a proteção solar durante o verão, que é sinónimo de sol, praia e Bolas de Berlim. A marca de telecomunicações e a de cuidados solares uniram-se para relembrar que a exposição solar, ao contrário das Bolas de Berlim, se faz sempre “Com creme”.

A partir de 27 de julho, 23 praias de norte a sul do país e nas ilhas vão ter dispensadores de protetor solar Leite de Textura Leve Sensitive Advanced FPS 50+, da Garnier. O creme hipoalergénico permite uma proteção com maior resistência e a aplicabilidade em vários tipos de pele, além de estar comprometido com o respeito pelos oceanos, incentivando um menor consumo de embalagens de plástico descartáveis para os visitantes das praias..

Para a Garnier, “esta é uma ação de sensibilização importante. Ambre Solaire é uma marca especialista em proteção solar e tem como missão educar as famílias portuguesas em relação aos perigos da exposição solar. Com este tipo de parceria é possível chegarmos a mais pessoas, na hora certa e no lugar certo, tornando acessível a proteção solar para todos. Esta iniciativa em conjunto com o MEO é essencial nesta altura do ano”, refere a marca em comunicado de imprensa.

Os dispensadores, acionáveis através de um pedal, estão posicionados de forma a assegurar que todos têm acesso fácil e seguro ao produto, para garantir uma proteção acessível. Carolina Deslandes, embaixadora de causas da Meo, tem sido a voz e o rosto desta iniciativa desde o início, inspirando e sensibilizando os portugueses para a importância da proteção solar.

“Proteção é a nossa praia”, sublinha Luíza Galindo, diretora de marca e comunicação da Meo, acrescentando que a marca “faz questão de estar ao lado dos portugueses nos momentos mais importantes das suas vidas. As férias de verão são, sem dúvida, um desses momentos. E, no que toca aos riscos da exposição solar, a Meo quer posicionar-se além da campanha de sensibilização e ter uma atitude proativa disponibilizando proteção de forma gratuita e defendendo, com isso, a saúde e o bem-estar de todos”.

Nesta ação estão em causa os riscos de uma exposição solar desprotegida e os impactos ambientais tanto da proliferação de embalagens de plástico de uso individual como do desperdício de creme. O objetivo, além de sensibilizar os portugueses para a necessidade de manter uma relação saudável com o sol, é transformar um bem de consumo individual num serviço acessível a todos.

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Fora do Escritório com Mariana Lorena, diretora da Hearts & Science

Como trabalha na área, mantém contacto com os diferentes meios de comunicação, adaptado aos horários e rotinas das férias. Se a viagem for de avião, presta atenção à publicidade nos aeroportos e aos formatos de alto impacto no OOH das cidades que visita

Catarina Nunes

Nas ilhas Baleares, Formentera (na foto) é um destino especial para Mariana Lorena, diretora da Hearts & Science. “Já tenho visitado várias vezes em diferentes fases da minha vida e em diferentes estilos de viagens: em família, com amigos, com filhos ou só com a minha mãe, para descansar. Fora do meses com mais confusão (julho e agosto), é um sitio paradisíaco muito próximo e com ótimas praias, restaurantes e lojas”, justifica a diretora da agência de meios do Omnicom Media Group.

O que é que não faz durante as férias, que faça habitualmente quando está a trabalhar?

Ir ao ginásio. Férias são férias!

Estar de férias significa desligar ou inspirar-se para novas ideias a aplicar no trabalho?

Depende das alturas, mas geralmente significa as duas coisas. Para quem gosta verdadeiramente daquilo que faz é impossível desligar completamente.

Quais são os jornais, programas de televisão, podcasts, sites, plataformas digitais ou outros meios de comunicação que segue durante as férias?

Talvez por trabalhar na área, mesmo de férias, o contacto com os diferentes meios mantém-se. Em horários e com rotinas diferentes, isso é o mais certo, mas todos se mantêm próximos e presentes. Há que continuar a acompanhar as principias noticias quer em televisão (mesmo que em diferido) quer no digital. A rádio e outras plataformas de áudio acompanham as deslocações de carro. Já se as viagens forem de avião há algo a que presto sempre muita atenção: a publicidade presente nos diferentes aeroportos e os formatos de alto impacto no OOH das cidades que visito. E nada melhor que levar muita leitura para a praia. Aí entram os jornais e revistas. Férias são também sinónimo de pôr em dia o visionamento de séries e filmes nos canais por cabo, em plataformas de ‘streaming’ ou então no cinema.

Quais são as marcas que a acompanham nas férias?

Podia referir várias, mas destaco as de protetores solares e de equipamento/material de surf, que prefiro não referir para não ferir suscetibilidades.

Qual é a primeira coisa que faz quando regressa ao escritório?

Pôr a caixa de emails em ordem. É a melhor forma de garantir que volto a estar 100% por dentro de todos os temas.

 

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Marketing

Havaianas patrocina Comité Olímpico Brasileiro e calça atletas em Paris

A marca de chinelos faz parte do uniforme oficial da delegação brasileira, calça os funcionários da Casa Brasil em Paris e desenvolve ações de marketing, no Parc La Villette

A Havaianas acaba de anunciar que é o patrocinador oficial do Comité Olímpico Brasileiro e da equipa brasileira que vai competir nos Jogos Olímpicos. Como parte do patrocínio, a equipa vai usar os icónicos chinelos da Havaianas na cerimónia de abertura, que acontece a 26 de julho.

Enquanto um dos patrocinadores do Comité Olímpico do Brasil, a Havaianas estará presente no espaço Casa Brasil, em Paris, além de fazer parte do uniforme oficial da delegação brasileira, de fornecer o calçado dos funcionários da Casa Brasil e de desenvolver ações de marketing no principal ponto de encontro dos espetadores.

“A Casa Brasil é uma representação vibrante do nosso país em Paris durante os Jogos Olímpicos. Esta presença reforça o nosso compromisso em celebrar os nossos atletas e oferecer experiências incríveis que refletem o melhor do nosso Brasil”, afirma Maria Fernanda Albuquerque, vice-presidente global de marketing da Havaianas, citada em comunicado de imprensa.

A Havaianas vai estar presente na Casa Brasil de 26 de julho a 11 de agosto, no Parc La Villette, no norte de Paris. Esta iniciativa faz parte da campanha integrada de Havaianas para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, uma das maiores ações de marketing da marca este ano.

 

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