Anúncios estão excluídos das notas de verificação nas redes sociais da Meta
A informação é avançada numa altura em que a empresa está a testar a introdução de publicidade no Threads, com a Louis Vuitton a figurar na lista dos primeiros anunciantes. O The Wall Street Journal revela ainda a intenção da Meta despedir 5% dos funcionários, a 10 de fevereiro
Luis Batista Gonçalves
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A troca de verificadores de factos por notas da comunidade nas redes sociais da Meta não abrange os anúncios. Segundo o The Wall Street Journal, a empresa de Mark Zuckerberg já informou os anunciantes que as anotações coletivas que os utilizadores do Facebook, do Instagram e do Threads vão poder fazer nas publicações que acreditam serem falsas ou que precisam de contexto excluem a publicidade.
A intenção é evitar que os anunciantes e os criadores de conteúdo partilhem menos anúncios e conteúdos orgânicos “por recearem opiniões críticas”, justifica Lia Haberman, professora de marketing de redes sociais na Universidade da Califórnia, citada no jornal norte-americano.
A informação é avançada numa altura em que a empresa está a testar a introdução de publicidade no Threads, com a Louis Vuitton a figurar na lista dos primeiros anunciantes. O formato inaugural privilegia anúncios em imagem, apresentados entre publicações no ‘feed’, visíveis apenas “para uma pequena percentagem de utilizadores nos Estados Unidos e no Japão”, esclarece a empresa num comunicado interno, a que a Ad Age teve acesso.
A experiência ocorre numa semana em que várias marcas testam abordagens nas redes sociais, para apresentar na semana do Super Bowl, agendado para 9 de fevereiro, com a Meta a tentar que já incluam o Threads nas estratégias de anúncios que estão a desenvolver para a ocasião.
O grande evento desportivo e publicitário norte-americano acontece na véspera do despedimento de 5% dos funcionários da Meta, a 10 de fevereiro, noticiada pelo The Wall Street Journal. “Decidi elevar o nível da gestão de desempenho e prescindir dos colaboradores com baixo desempenho”, anuncia Mark Zuckerberg num memorando interno, divulgado pelo jornal.
Para melhorar a performance da empresa, a Meta também aposta numa campanha agressiva, oferecendo até cinco mil dólares (cerca de €4.770) aos criadores de conteúdos para publicarem Reels no Facebook e no Instagram ao longo dos próximos três meses, nos Estados Unidos. A empresa procura obter taxas de visualização análogas às da rede social da ByteDance, procurando capitalizar com o futuro incerto do TikTok no país.