APMEDIO reage a acusações da CCPJ
“Uma interpretação equivocada motivou o ataque público injustificado, que repudiamos”, diz a Associação Portuguesa dos Media Digitais Online, que condena as declarações da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista em relação à nomeação de diretores de jornais sem carteira profissional, que a associação alegadamente promove

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A Associação Portuguesa dos Media Digitais Online (APMEDIO) recusa as acusações da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ), que repudia o incentivo à criação de setores informativos sem jornalistas, que a APMEDIO alegadamente promove, considerando-as “infundadas e desproporcionadas”. Em causa está o comunicado do CCPJ a visar a associação, noticiado no site do M&P a 27 de janeiro.
“Lamentamos profundamente a interpretação errada da CCPJ relativamente à nota interna de acesso restrito divulgada no site da APMEDIO. Esclarecemos que é exclusivamente destinada a profissionais que fazem do jornalismo a sua principal função. Trata-se de uma comunicação interna com caráter meramente informativo, sem qualquer intenção de ser transformada em comunicado ou divulgada para o exterior, como acabou por acontecer. Esta interpretação equivocada motivou o ataque público injustificado que repudiamos veementemente”, alega a APMEDIO em comunicado de imprensa.
A APMEDIO reage às posições da CCPJ que visam a associação. Em comunicado publicado no site da CCPJ, a entidade que atribui os títulos profissionais de jornalista revela que “o secretariado da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ) deparou-se com um documento emitido pela APMEDIO intitulado ‘Como Criar Setor de Informação e Nomear Diretor de Informação’, onde é referido que se “pretende ajudar todos os que não tendo possibilidades financeiras de contratar um jornalista com carteira profissional pretendam ter um setor de informação e um diretor de informação”, acrescentado que “repudia vivamente toda e qualquer forma de incentivo à criação de publicações e/ou órgãos de comunicação social que detenham setores informativos de natureza jornalística sem jornalistas”.
“É incompreensível que a CCPJ, ao mesmo tempo que emite este tipo de declarações, permita práticas que contradizem claramente os princípios defendidos no próprio estatuto. Um exemplo evidente são os casos da NiT e da New in, plataformas mediáticas onde jornalistas detentores de carteira profissional produzem conteúdos comerciais e promocionais”, condena a APMEDIO, constituída por representantes de 22 títulos digitais.
“A APMEDIO sabe que várias queixas foram apresentadas à entidade responsável pela emissão de títulos, mas, até à data, nada foi feito. Esses profissionais continuam a atuar de forma contrária ao que a CCPJ define como sendo o dever ético e legal do jornalismo”, lamenta a organização, que também levanta dúvidas quanto à mudança de nomenclatura em cartões de outras associações em situações que identificou.
“Em tempos, foi reportado à CCPJ que certas associações usavam, nos seus sites, a designação Cartão Press para identificar os seus associados. Após o alerta da APMEDIO, essa designação foi alterada para Cartão de Associado, o que demonstra que a nossa associação está atenta e procura garantir as boas práticas. No entanto, questionamos a inércia da CCPJ perante esta e outras questões, sem nunca prestar esclarecimentos objetivos sobre os seus critérios de avaliação”, salienta a APMEDIO, que exige uma retratação à CCPJ.
“Não admitiremos ataques públicos infundados que coloquem em causa a integridade da nossa associação ou dos profissionais que representamos. Exigimos uma reavaliação por parte da CCPJ sobre as suas declarações e práticas, com base na imparcialidade e na isenção que deve nortear a sua atuação”, refere o comunicado da APMEDIO.