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Web 3.quê?

Há muito que se ouve, entre o registo cauteloso e o entusiasmado, a chegada da internet inteligente, a famigerada Web 3.0. É quase um mito urbano e parece que ainda ninguém sabe ao certo de que se trata ou quando chegará. Por enquanto, é só ficção científica com vontade de alcançar a realidade

Pedro Durães
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Web 3.quê?

Há muito que se ouve, entre o registo cauteloso e o entusiasmado, a chegada da internet inteligente, a famigerada Web 3.0. É quase um mito urbano e parece que ainda ninguém sabe ao certo de que se trata ou quando chegará. Por enquanto, é só ficção científica com vontade de alcançar a realidade

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Há muito que se ouve, entre o registo cauteloso e o entusiasmado, a chegada da internet inteligente, a famigerada Web 3.0. É quase um mito urbano e parece que ainda ninguém sabe ao certo de que se trata ou quando chegará. Por enquanto, é só ficção científica com vontade de alcançar a realidade.

Um utilizador, uma pergunta, um resultado. É algo deste tipo que o conceito de Web 3.0 promete aos utilizadores, sendo que a pergunta pode ser mais complexa do que aquilo que hoje se consegue com os motores de busca, cujo motor de funcionamento são as palavras-chave e que devolvem uma imensidão de resultados. A resposta será então muito mais personalizada e estreita, com resultados distintos consoante o perfil do utilizador. Os especialistas acreditam que a próxima geração de internet tornará as pesquisas muito mais fáceis, rápidas e intuitivas já que uma espécie de web inteligente se encarregará de descodificar e analisar perguntas complexas e organizar resultados possíveis de acordo com as preferências do utilizador, descartando à partida resultados sem interesse para o internauta. Muitos acreditam até numa web a funcionar quase como um assistente pessoal, no qual nos apoiaremos para tomar as nossas decisões, um assistente que regista os nossos interesses à medida que navegamos e “serve” informação, fazendo sugestões de acordo com aquilo que sabe, pelo histórico, que gostamos ou não gostamos.

Mas tudo isto não passará de ficção científica e de um rol de desejos dos engenheiros informáticos que há muito teorizam e desenvolvem o conceito? O que se sabe afinal, e em concreto, sobre o que pode vir a ser a Web 3.0? “Ainda não se sabe. É um termo polémico, muito pouco consensual e com diferentes interpretações”, sintetiza Rodrigo Gralheiro. Na opinião do director-executivo da Proximity Digital, tratar-se-à mais de “uma declaração de intenções que tem como objectivo criar uma web mais inteligente e, por consequência, mais fácil de utilizar”. “Vejo-a como uma evolução tecnológica natural e, por isso, considero abusivos os termos 3.0 ou nova geração da web”, afirma. Na mesma linha de pensamento, David Reis, managing partner da Massive, agência digital integrada no WYgroup, considera que “ainda não existe uma definição concreta, mas é algo que nos aproxima do futuro, sendo um conceito relacionado com a capacidade dos sistemas agregarem e tratarem a informação disponibilizada na internet”. “À semelhança do que aconteceu com a Web 2.0, este é um conceito que pode demorar o seu tempo a amadurecer”, subscreve também João Fernandes. “Existem várias definições”, aponta o COO da View Isobar, enumerando “a Web Inteligente (Artificial), a virtualização da web (Cloud) e a Web Semântica”. “Na View Isobar temos trabalhado essencialmente nesta última dimensão, dotando os projectos de uma sensibilidade semântica que pode seguramente resultar numa experiência optimizada e com menos esforço para o utilizador”, explica.

É também nesta última definição que se detém David Reis. “A Web Semântica, como também é chamada, é uma extensão da actual internet onde os sistemas, com base nas informações disponibilizadas por todos nós, pelos nossos amigos e por outras fontes, conseguem interpretar e filtrar o que realmente é relevante e assim dar uma resposta mais eficaz e precisa às perguntas que fazemos”. “Basicamente, é dar significado à informação permitindo que computadores e pessoas colaborem melhor”, resume o managing partner da Massive. Também Erik Lassche, que considera o conceito de Web 3.0 “um buzzword inevitável após a invenção de Web 2.0”, foca esta vertente. “Quando falo sobre Web 3.0 refiro-me a algo chamado Web Semântica”, em que “todas as nossas interacções digitais criam informação e dados”, esclarece o CEO da Grand Union Portugal, explicando que se trata da “visão sobre o que acontece quando conseguimos ligar e linkar estes dados”. “É uma visão muito ‘data-driven’ que tem por base avanços tecnológicos e que, no resultado final para os utilizadores, é quase invisível”, refere, sublinhando que “o mobile é muito importante nesta visão, uma vez que nos permite estar sempre ligados”. “Nesta visão tecnológica os computadores até vão visivelmente desaparecer. A tecnologia está lá, só que não é visível, está no background, entraremos numa fase de ‘ubiquitous computing’”, acredita o profissional.

“Em resumo, fazendo uma comparação entre a Web 2.0 e a 3.0, se no primeiro caso quando fazemos uma pesquisa somos encaminhados para várias (ou demasiadas) opções, com a Web 3.0 vamos obter exactamente o que pretendemos, sendo a resposta concreta e personalizada”, esclarece David Reis. “A Web 3.0, também conhecida por Web Semântica, permite assim que diferentes agentes de software sejam capazes de ler e identificar os sentidos das palavras, de modo a relacionarem a informação entre si, mas também com os interesses das pessoas”, completa Aníbal Nogueira. De acordo com o CEO da Up Digital, do grupo Lift, “sustenta-se no software que vai aprendendo com o conteúdo que encontra na internet, que analisa com base em inúmeras variáveis e a partir do qual consegue extrair conclusões que são segmentadas de forma a poderem enquadrar-se com perfis que são construídos, diariamente, através das informações, hábitos e atitudes que são fornecidos pelos utilizadores, de forma consciente ou inconsciente”. “Em vez de sermos nós a refinar os termos da pesquisa, a Web 3.0 é capaz de o fazer sozinha, aproximando-se do mundo da inteligência artificial”, resume.

Para o responsável da Massive, David Reis, embora este seja ainda um conceito que remete para um futuro próximo, “também podemos considerar que algumas das novas realidades do meio digital integram o conceito de Web 3.0, como é o caso do ‘lifestream’, a personalização de algumas ferramentas como é o exemplo do iGoogle, a publicidade relacionada com o perfil e comportamento dos consumidores, a centralização da comunicação no indivíduo, todo o universo de aplicações e widgets, entre outras evoluções tecnológicas”.

Levar o marketing digital para outro nível

Para lá das possibilidades oferecidas aos utilizadores da internet, a evolução da web para este paradigma representará também inúmeras oportunidades para as marcas, do ponto de vista da comunicação e do marketing. Mas será que este é um conceito que, de facto, trará algo de novo ao relacionamento das marcas com os consumidores ou é algo que está sobrevalorizado? “Sem dúvida que o novo paradigma traz valor acrescentado para a comunicação, na medida em que existe a possibilidade de orientar os resultados das pesquisas para os interesses de cada utilizador”, afiança Aníbal Nogueira. O responsável acredita ser também “expectável que as redes sociais possam evoluir para uma forma de relacionamento mais inteligente, através do qual será possível apresentar pessoas, locais e interesses de uma maneira que nunca teríamos capacidade de fazer”. “Para isso teremos, no entanto, de abdicar da privacidade e não nos coibirmos de partilhar informação sobre nós. Só desta forma permitiremos que o software possa analisar, gerar e relacionar perfis”, sublinha, considerando que, “do ponto de vista do marketing, a Web 3.0 pode ser considerada como uma evolução do marketing emocional para um marketing mais colaborativo, cultural e espiritual”. Trata-se de “um estádio em que as empresas e marcas têm de prestar cada vez mais atenção ao consumidor, que, por sua vez, é cada vez mais esclarecido e preocupado, esperando que as marcas comuniquem de forma genuína e responsável”, conclui.

Do mesmo lado da barricada está Erik Lassche, considerando que “quem diz que o online é sobrevalorizado pensa em online apenas como um canal de comunicação, e não consegue ver a digitalização do mundo que está a acontecer”. “Penso que a grande mudança para as marcas é deixar de ver online apenas como um canal e ver como é estar presente num mundo digitalizado. Isso é o desafio da Web 3.0, uma web que é cada vez mais fluída”, aponta. Assim sendo, “esta evolução do mundo digital oferece grandes oportunidades para quem as consegue agarrar”, garante o profissional, referindo que o “fundamental aqui é ser muito data-driven como empresa e usar estes dados para determinar o que mostramos/fazemos a quem e em que contexto”. “No Web 3.0 comunicação não é apenas ‘histórias’ e ‘mensagens’ mas cada vez mais ‘data’ e ‘targetting’”, concretiza, lamentando o facto de que “há poucas empresas em Portugal a pensar desta forma na sua comunicação” e “há também poucas agências de comunicação a pensar desta forma”. Também Pedro Patrício, partner da Wiz Interactive, afirma que “não nos parece que seja sobrevalorizado, porque os números mostram que os acessos são cada vez mais feitos através de mobile devices. O social sharing é cada vez mais importante e existe todo um conjunto de negócios com base nesta premissa”, refere. Além disso, diz, “as pessoas querem ter acesso a informação on-the-go e on-the-spot e estão dispostas a avaliá-la e difundi-la junto da sua rede de pertença e influência. Isto tem um impacto crescente na forma como se faz comunicação e como se faz negócio, o meio é mesmo a mensagem”, garante. “O desafio actual para quem produz conteúdos é fazer com que estes cheguem a quem se destinam e que sejam relevantes para o utilizador, gerando não só apropriação como disseminação”, considera, antecipando que “a evolução lógica da web é facilitar este relacionamento”.

David Reis, por seu turno, embora acredite que “o conceito é bastante inovador”, frisa que este “não será implementado de um dia para o outro”. “É algo que vai ganhando forma e relevância, à medida que os sistemas informáticos se tornam mais sofisticados e disponíveis para o público em geral”. Mas o responsável não tem dúvidas de que “vai tornar a comunicação mais eficaz, mais próxima e relevante”. “Temos ainda de ter em atenção que actualmente toda a comunicação está centrada no consumidor, que passou a ser o meio de transmissão da mensagem, o que reforça ainda mais a importância da utilização de sistemas inteligentes que disponibilizam informação personalizada”, acrescenta, sublinhando que, por esse motivo, “é importante não ficar para trás e as marcas sabem disso”. “No futuro, quando o consumidor fizer uma pesquisa num motor de busca, já não vai encontrar centenas de resultados mas apenas um e, como é natural, as marcas querem ser esse resultado”, reforça. Também Filipa Caldeira, CEO Ibéria da Fullsix, enaltece o facto de que “enquanto hoje duas pessoas diferentes, ao realizarem a mesma pesquisa na web, obtêm o mesmo resultado, no futuro a web deverá identificar quem faz a pesquisa e devolver um resultado personalizado”. “Estamos numa época em que ‘being digital’ significa digitalizar a relação com os consumidores, muito mais do que digitalizar o produto”, destaca a responsável, indicando que “a Web 3.0, ao potenciar decisões baseadas em dados e conhecimento adquirido, irá elevar a digitalização desta relação para um outro patamar”. “A capacidade de reunir e ligar toda esta informação por forma a conseguir construir uma relação e, consequentemente, uma oferta totalmente personalizada para cada cliente é o grande desafio para as marcas num futuro próximo”, aponta.

“A web actual (sintáctica) está para a Web Semântica como o texto está para o hipertexto, é semelhante ao que já conhecemos mas com um potencial muito maior”, refere, por seu turno, Leonor Soczka, digital strategic planner da Wunderman Digital. Nesse sentido, ao nível das novas potencialidades, a profissional refere que, “a um nível mais simples podemos esperar ferramentas de social listening muito mais autónomas e completas do que aquelas que hoje usamos, capazes de fazer interpretações semânticas, e não meramente sintácticas, do que é dito pelos internautas”. “Isto aportará valor ao actual research sobre o que é dito no online e que serve de base para que muitas marcas compreendam a forma como os utilizadores as percepcionem e com elas se relacionem”, frisa. Além disso, enumera, “esta web mais inteligente trará grandes desenvolvimentos em termos de data mining que, a par da utilização do OpenID, permitirá dar um salto na qualificação de bases de dados para potenciar a eficácia do canal digital”. “Em termos de advertising podemos contar com grandes desenvolvimentos na compra de palavras por AdSense, que se tornarão mais e mais relevantes, bem como novas formas de product placement em conteúdos multimédia”, prevê Leonor Soczka.

Mais do mesmo… mas melhor

“Independentemente do conceito que adoptarmos, a Web 3.0 faz parte de um continuum evolutivo natural, e isso dá-lhe todo o sentido de que necessita”, afirma João Fernandes, dando conta de um processo que se faz caminhando e que, no fundo, não é mais do que um upgrade daquilo que conhecemos hoje. Como atestam os vários especialistas ouvidos pelo M&P, a Web 3.0 vem dar novo fôlego e profundidade às capacidades já disponíveis na Web 2.0. Ao nível da comunicação, quais serão então os elementos que poderão ser encaixados numa estratégia digital em Web 3.0 que não possam ser implementados na actual geração de internet? “O único aspecto estrategicamente relevante são os conteúdos, ou melhor, a sua qualidade e diversidade”, aponta o COO da View. “Um sistema deste tipo, capaz de se adaptar a um universo de interesses muito alargado, precisa de responder com um conjunto de conteúdos igualmente alargado”, refere, considerando ser “este um dos motivos porque muitos projectos web falham: trabalha-se muito a forma e muito pouco o conteúdo”.

Já Leonor Soczka exalta o facto de que, “com a potencial difusão de soluções Open Identity, teremos um território a explorar em termos de marketing relacional”. “Hoje os nossos utilizadores são quase todos anónimos, o que obriga as marcas a um tipo de comunicação one-size-fits-all no digital “ e “muitas vezes as marcas estão às escuras”, afirma, assegurando que “o conhecimento dos utilizadores traz um enorme potencial na adequação das mensagens aos diferentes perfis e tornará o digital um canal ainda mais relevante”. Aníbal Nogueira, por seu lado, faz sobressair “as aplicações de inteligência artificial”. “Poderemos vir a incluir acções que permitam obter conhecimento, gerado a partir da análise de relacionamento entre conteúdos, rasto da navegação pessoal e relevância, que os utilizadores imprimem enquanto navegam”, sublinha. “Obter dados sobre tendências, em antecipação aos utilizadores, e mesmo criar aplicações para obter previsões, com base na análise comportamental de uma pessoa ou de grupos de pessoas, são aspectos que deverão estar integrados numa estratégia de comunicação digital na Web 3.0”, antecipa o responsável. Pedro Patrício lembra que “a evolução da web é ditada pela evolução da tecnologia. A geo-referenciação e a sofisticação dos motores de busca vão permitir propor novas soluções aos nossos clientes”, indica. “Este é um ambiente que está em evolução todos os dias, ao contrário dos outros canais tradicionais. Em boa verdade, ninguém sabe como será o futuro da internet daqui a cinco anos”.

Por outro lado, Rodrigo Gralheiro, mais cauteloso, chama a atenção para o facto de que por enquanto a Web 3.0 é apenas um conceito, “não é uma realidade”. “O que para já se sabe, ou melhor, se especula, é que a web 3.0 terá um layer semântico e até de inteligência artificial. Na teoria será uma evolução positiva mas falta perceber como se concretizará”, alerta. “Antes sequer de se conseguir melhorar a adequação da comunicação ao consumidor e torná-la efectivamente personalizada, é preciso que se continuem a desenvolver, a aperfeiçoar as técnicas de processamento, integração e interpretação de dados”, sublinha o responsável da Proximity. Isto porque, diz, “apesar dos avanços constantes nestas áreas, está-se ainda numa fase inicial”. “Só quando dispusermos de ferramentas efectivamente capazes de revelar verdadeiros insights sobre os consumidores é que conseguiremos melhor adequar a comunicação”, refere. Daí que deixe claro que “a Web 3.0 ainda é algo do universo da engenharia”. “Só quando for concretizada e chegar ao consumidor é que poderemos avaliar. Não esqueçamos que estamos a falar de comportamento e por isso há um grau grande de imprevisibilidade”, avisa. “Para já nada indica que haja mais fragmentação, apenas mais e melhor disponibilização de conteúdos. Podemos por isso esperar que o conteúdo, tal como já tem vindo a acontecer, continue a ser rei”, conclui. Posição que Pedro Patrício assina por baixo: “Se o meu conteúdo for bom, se for comunicado de forma correcta, o meu potencial cliente vai querer recebê-lo e beneficiar dele. À partida, estes conteúdos vão ter maior afinidade com a pessoa em questão.”

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Marcas de fabricante fazem crescer retalhistas de sortido curto

“Uma marca consistentemente inovadora e atrativa aumenta mais rapidamente o seu alcance junto dos compradores e conquista a sua preferência”, diz Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca

As marcas de fabricante estão a contribuir para o crescimento do negócio dos retalhistas de sortido curto, avança um estudo da Kantar desenvolvido em parceria com a Centromarca. De acordo com a análise, a estabilização da inflação, a redução das taxas de juro e o aumento da taxa de emprego também estão a impulsionar o consumo fora de casa e os serviços de entrega ao domicílio.

“O consumo fora de casa tem vindo sempre a crescer acima do consumo para casa, nos últimos trimestres. No entanto, a percentagem do gasto que os portugueses dedicam ao consumo dentro de casa perdeu espaço, com uma diminuição de 1,2 pontos percentuais, face ao terceiro trimestre de 2023”, informa a Centromarca em comunicado de imprensa.

Além do tamanho das cestas ter diminuído, a maioria das categorias de produtos de grande consumo também regista um decréscimo em valor, nos primeiros nove meses do ano. No caso das bebidas, a redução atinge os 5%. No das limpezas caseiras, a quebra ronda os 3%. A venda de produtos de alimentação animal caiu 2%.

“No mesmo período, os números mostram também um avanço das marcas de distribuidor sobre as de fabricante, ainda que as segundas mantenham a maior quota de mercado, com 52,5% em valor. Apesar do decréscimo da quota, as marcas de fabricante contribuíram positivamente para o desempenho de alguns retalhistas de sortido curto”, refere o estudo.

Entre julho e setembro, o consumo em casa recuperou ligeiramente, com a dimensão da cesta de compras das famílias portuguesas a crescer, apesar da desaceleração da dinâmica de crescimento que as marcas próprias dos retalhistas registavam até então.

“Num contexto que se mantém desafiante, apesar dos números animadores da economia e dos mais recentes dados do mercado, as marcas continuam a ter de reforçar a relação com os consumidores, atrair novos públicos e reter compradores habituais. Uma marca consistentemente inovadora e atrativa aumenta mais rapidamente o seu alcance junto dos compradores e conquista a sua preferência”, afirma Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, citado no documento.

O estudo da Kantar mostra ainda que 66% das marcas que conquistam novos compradores registam crescimento em volume de vendas. “As marcas que não recrutaram consumidores nos últimos dois anos decresceram 14,5% em valor entre janeiro e setembro de 2024, quando comparado com o período homólogo. Já as que conquistaram novos ‘targets’ em 2023 e 2024 cresceram 14,3% no mesmo período”, refere ainda a análise.

Segundo o estudo, as marcas que angariaram mais clientes viram a fidelidade dos consumidores aumentar 57% e a taxa de repetição de compra subir 54%. “Recrutar consumidores em vários retalhistas pode ser difícil para as marcas, mas a diversificação dos locais de venda revela-se bastante vantajosa e fundamental para atingir o maior número de compradores possível”, defende Marta Santos, diretora de clientes e de análises da Kantar.

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Startup portuguesa ZeroPact quer descarbonizar ecommerce

A startup portuguesa está a lançar uma ferramenta gratuita, que permite às empresas de comércio eletrónico calcular e compensar automaticamente a pegada carbónica dos produtos, aumentando a transparência e a confiança junto dos consumidores

A ZeroPact, startup portuguesa de tecnologia focada na sustentabilidade, está a lançar uma solução alimentada por inteligência artificial que permite às marcas de comércio eletrónico integrar o cálculo e a compensação da pegada carbónica dos seus produtos, permitindo aumentar a transparência e a confiança junto dos consumidores.

A startup fundada por João Morgado, Luís Branco e João Matos ganhou o El Corte Inglés Retail Challenge, concurso de inovação no retalho que teve lugar durante a Web Summit, tendo agora a possibilidade de iniciar um teste piloto com o El Corte Inglés, reforçando a aplicabilidade da tecnologia em grandes marcas e antecipando-se às novas regulamentações do Digital Product Passport (DPP) previstas para 2027.

De acordo com o Barómetro Mastercard 2023 – Perceção da Sustentabilidade em Portugal, os consumidores portugueses estão cada vez mais atentos às práticas ambientais das marcas, sendo que 80% dos portugueses dão importância à política de sustentabilidade dos comerciantes ou fornecedores e que 52% já deixaram de comprar um produto devido à má reputação ambiental de uma marca.

“Estes números mostram a urgência das empresas em adotar práticas transparentes e alinhadas com as expectativas de um consumidor mais consciente”, sustenta João Morgado, CEO da ZeroPact, em comunicado de imprensa.

A análise da Mastercard revela ainda que 87% dos portugueses manifestam interesse em saber a pegada carbónica das suas compras, com esta percentagem a subir para 90% entre as mulheres. No entanto, apenas 15% conhecem a sua própria pegada carbónica, apesar de 74% já estarem familiarizados com o conceito.

“Este cenário evidencia uma grande oportunidade para as empresas liderarem na comunicação de sustentabilidade e oferecerem ferramentas que ajudem os consumidores a tomar decisões mais informadas e sustentáveis”, argumenta João Morgado.

De acordo com o CEO da startup, a ZeroPact tem planos de expansão para toda a Europa, focando-se em mercados europeus estratégicos devido à legislação emergente que, até 2027, obrigará as empresas a adotarem passaportes digitais de produtos e práticas de sustentabilidade mais rigorosas.

A tecnologia da ZeroPact já está disponível em vários sites portugueses, como Otherwise, Jakshoes, DCK, NAE-Vegan, 38 graus, Cool Mood Community, Arisca, Wheat&Rose, Le-mot, Mineral Fashion Store, Bordaleiras, Chulé, Pera Lima, Tribu, Cura, entre outros.

“A aplicação da tecnologia na área de sustentabilidade permite fornecer aos clientes informações claras e precisas sobre a pegada de carbono dos produtos que adquirem. Além disso, pode criar um modelo replicável para o setor como um todo, impulsionando uma transformação mais ampla em direção à sustentabilidade”, enfatiza Vasco Marques Pinto, gestor de relações externas do El Corte Inglés.

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Salvador Martinha protagoniza campanha da Revolut (com vídeo)

A campanha da agência criativa Nossa com o humorista (na foto) é a primeira da Revolut filmada em Portugal e faz parte de uma estratégia de marketing, que a marca tem vindo a desenvolver no mercado nacional

O humorista Salvador Martinha dá a cara na nova campanha digital da Revolut, que promove as funcionalidades do novo sistema de segurança financeira da empresa. A campanha, desenvolvida pela agência criativa Nossa, é a primeira da marca filmada em Portugal e faz parte de uma estratégia de marketing mais vasta, que a Revolut tem vindo a desenvolver no mercado português.

No filme publicitário, presente nas plataformas digitais, Salvador Martinha mostra algumas das funcionalidades do novo sistema de segurança financeira da empresa, com o tom humorístico que o caracteriza. O anúncio salienta a destruição do cartão descartável digital após uso, o bloqueio automático do cartão se houver suspeita de atividade fraudulenta e o apoio da equipa de especialistas em crimes financeiros, que estão disponíveis para ajudar os clientes 24 horas por dia.

“Estamos entusiasmados por trabalhar com o Salvador Martinha nesta nossa campanha digital onde salientamos a segurança dos nossos sistemas financeiros. A sua influência e alcance no mercado português são extraordinários e acreditamos que esta parceria estratégica nos permitirá reforçar a nossa presença em Portugal e chegar a um público mais vasto”, sustenta Ignacio Zunzunegui, diretor de crescimento da Revolut para o sul da Europa.

O objetivo da campanha é reforçar a estratégia de posicionamento da marca que pretende se tornar o banco principal dos portugueses. Para além da campanha com Salvador Martinha, a empresa anuncia também uma ativação no aeroporto do Porto, com máquinas de dispensa de cartões gratuitos antes das viagens de avião, e a parceria com o festival Primavera Sound 2025, em Barcelona e no Porto.

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Concorrência aprova venda da Ritmos & Blues e da Arena Atlântico

A empresa compradora, a Live Nation Entertainment, aceita o compromisso de uma política comercial “aberta, transparente e não discriminatória” na Meo Arena, com a “redução imediata dos preços de acesso” e o seu “congelamento” nos próximos cinco anos

A Autoridade da Concorrência (AdC) deliberou não se opor à operação de concentração, que envolve a aquisição de uma participação de controlo indireto da Ritmos & Blues e da Arena Atlântico (na foto) pela empresa Live Nation Entertainment (LNE). “Esta decisão foi possível, após a LNE propor compromissos para resolver as preocupações jusconcorrenciais identificadas pela AdC na sua investigação”, informa a entidade reguladora em comunicado de imprensa.

As garantias oferecidas pela promotora de espetáculos, que detém uma participação no festival Rolling Loud e promove o festival Rock in Rio Lisboa, através da subsidiária Better World Comunicação, Publicidade e Entretenimento, foram suficientes para a AdC.

“A decisão agora adotada foi precedida de uma investigação aprofundada, depois de termos considerado que a operação de concentração poderia resultar em entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou numa parte substancial deste, resultantes de restrições, totais ou parciais, no acesso à Meo Arena por concorrentes no mercado de promoção de eventos ao vivo e no mercado de serviços de bilhética”, refere o regulador.

A fase de averiguações incluiu um teste de mercado, que contou com a participação dos dez maiores clientes da Meo Arena. As preocupações expressas foram posteriormente apresentadas à empresa norte-americana.

“No que respeita à tese de dificultar o acesso aos artistas, a AdC considerou que, mesmo sem a operação de concentração, a LNE poderia entrar como promotor direto de eventos no mercado nacional e que a possibilidade de o fazer com os artistas e digressões internacionais próprias será um facto normal face ao seu modelo de negócio verticalmente integrado, não constituindo um elemento específico da presente operação de concentração”, refere o documento.

Os compromissos assumidos pela LNE “reforçam também as condições que garantem a adoção de uma política comercial de utilização da Meo Arena aberta, transparente e não discriminatória, o que se traduz, entre outros, na redução imediata dos preços de acesso à Arena e no congelamento dos preços para os próximos cinco anos”, revela a AdC.

A implementação das medidas propostas é avaliada por um mandatário de monitorização e, sob a sua supervisão direta, por um gestor de informação independente, “que será selecionado e contratado pelo novo mandatário de monitorização e que, em última instância, reporta à AdC”, esclarece ainda o comunicado do regulador da concorrência.

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Bar Ogilvy cria anúncio para época de festas na Madeira (com vídeo)

A campanha produzida pela Bro, que aborda as atividades disponíveis na ilha, no Natal e fim de ano, é divulgada em suportes digitais, nas redes sociais da Meta, Google e YouTube

A campanha de Natal e fim de ano Madeira reforça o espírito de pertença e autenticidade com um novo apelo à vivência plena do destino. Dando continuidade à comunicação da iniciativa ‘Vive a Madeira por inteiro’ apresentada em 2023 para o mercado nacional e amplificada para o mercado externo com a designação ‘Experience Madeira for Yourself’, o filme publicitário promove as festividades natalícias do arquipélago.

Com criatividade da Bar Ogilvy e produção da Bro, o anúncio evidencia a oferta turística, cultural e gastronómica da região. Divulgada em suportes digitais, nas redes sociais da Meta, no Google e no YouTube, a campanha, promovida pela Associação de Promoção da Madeira (APM), volta a apresentar o arquipélago como destino de mar, montanha e tradições culturais.

“Reconhecendo que não é possível capturar toda essa experiência num simples anúncio, optámos por uma abordagem disruptiva, transmitindo a mensagem que estar fisicamente na região é a única forma de experienciar verdadeiramente tudo o que o destino tem a oferecer. A proposta é aproveitar ao máximo, vivendo cada momento por inteiro”, explica a APM em comunicado de imprensa.

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JMR Digital traz para Portugal plataforma de automação de marketing

A Deployteq (na foto) permite criar campanhas multimeios a partir de qualquer lugar, sem necessidade de códigos, e é alimentada por inteligência artificial. A apresentação pública da ferramenta é a 10 de dezembro

A agência de marketing digital e automação internacional JMR Digital disponibiliza em Portugal a plataforma de automação de marketing Deployteq. Através de um leque de ferramentas digitais, é possível criar e amplificar campanhas multimeios. Acessível a partir de qualquer lugar sem necessidade de códigos, a tecnologia é integrável noutras plataformas, permitindo uma abordagem de marketing unificada e centralizada.

Tirando partido de um modelo de dados estruturado para refinar estratégias e impulsionar o sucesso das campanhas, a Deployteq é alimentada através de inteligência artificial (IA). Além da gestão de dados sincronizados que possibilita, permite uma maior personalização e segmentação das comunicações. “Através de uma abordagem multicanal, garante um maior alcance através de diversos canais e plataformas, para um maior ‘engagement’ entre marcas e consumidores”, refere o documento de apresentação, a que o M&P teve acesso.

Fundada em 2017 pela portuguesa Joana Meireles e pelo neerlandês Mischa Rinck, a JMR Digital apresenta publicamente a plataforma, a 10 de dezembro, em Lisboa. De acordo com o site da Deployteq, a nova tecnologia já é utilizada por cerca de 4.700 profissionais de marketing, para construir segmentações dinâmicas em campanhas. Com uma taxa de entrega de 99,8%, a plataforma multiplica, em média, o retorno do investimento (ROI) por 2,5.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Luisa García e Tiago Vidal assumem novos cargos na LLYC

A profissional espanhola regressa à primeira linha do negócio, com a nomeação como CEO global de assuntos corporativos. O português, até agora diretor de talentos e tecnologia da agência de comunicação e assuntos corporativos, é o novo diretor de operações globais

Tiago Vidal (na foto, à dir.) é o novo diretor de operações globais da LLYC. Além de continuar a liderar as áreas de talento e tecnologia da agência de comunicação e assuntos corporativos, o anterior diretor de talentos e tecnologia passa a supervisionar o marketing, a comunicação, a governança ambiental, social e corporativa (ESG) e a equipa de integração, procurando maximizar os retornos dos investimentos em crescimento inorgânico.

“A nomeação de Tiago Vidal consolida a nossa estratégia de talento, tecnologias de informação, comunicação e integração numa mesma área, com o objetivo de continuar a impulsionar a nossa estratégia de crescimento e avançar no processo de transformação da empresa”, explica Alejandro Romero, sócio e CEO global da LLYC, citado em comunicado de imprensa.

A promoção do responsável português ocorre na altura em que a espanhola Luisa García (na foto, à esq.) regressa à primeira linha do negócio, com a nomeação como CEO global de assuntos corporativos. No novo cargo, irá focar-se na inovação e na integração da oferta de soluções de ‘corporate affairs’, num portefólio que já conta com uma componente de tecnologia e inteligência artificial (IA) aplicada.

“Esta área de atuação engloba serviços como reputação corporativa e liderança, comunicação financeira e operações corporativas, gestão de crises e riscos, ESG, pessoas, talento e cultura, bem como assuntos públicos, assuntos europeus, ‘advocacy’ e diplomacia corporativa, contribuindo com 60% do total das nossas receitas operacionais”, refere a LLYC no documento.

Luisa García, que acaba de ser considerada uma das mulheres mais influentes de Espanha pelas publicações espanholas Forbes e Yo Dona, continua a exercer o cargo que ocupava no conselho de administração da LLYC, que integra desde 2021.

“É com grande entusiasmo que lidero a melhor equipa de especialistas em comunicação e assuntos públicos em Espanha, Portugal, Bruxelas, América Latina e Estados Unidos. Acompanhados pelos melhores profissionais em criatividade e com toda a potencialidade dos desenvolvimentos da IA da LLYC, o nosso compromisso é ajudar os nossos clientes a tomar decisões conscientes e audazes num contexto cada vez mais desafiante, em que a incerteza veio para ficar”, afirma a nova CEO global de assuntos corporativos.

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‘Outlets’ superam retalho nas vendas de produtos de luxo

“O mercado de bens de luxo perdeu cerca de 50 milhões de consumidores nos últimos dois anos. Isto é um sinal de que as marcas precisam de reajustar as suas propostas de valor”, refere Clara Albuquerque, sócia da Bain & Company

Os ‘outlets’ já superam o retalho tradicional nas vendas de produtos de luxo, afirma um estudo internacional da consultora Bain & Company, realizado em parceria com a associação de marcas de luxo italiana Altagamma.

A base global de clientes de luxo está a encolher, face à contínua incerteza económica, ao aumento de preços e ao declínio na lealdade dos clientes às marcas, particularmente entre as gerações mais jovens, refere a Bain em comunicado de imprensa.

“Numa altura em que as lojas retalhistas de luxo estão a verificar uma queda acentuada do tráfego de visitantes, o canal de ‘outlet’ está a ter um desempenho superior, impulsionado pela busca dos consumidores por compras de valor. O canal está a ganhar popularidade como uma entrada preferida no mercado”, aponta o estudo.

À beira da primeira desaceleração desde a grande recessão de 2009, o mercado de bens pessoais de luxo deverá desvalorizar 2% em comparação com o ano passado. Ainda assim, deverá registar vendas a rondar os €1,5 mil milhões em 2024. “Este mercado permanece relativamente estável face a 2023, com uma taxa de crescimento anual estimada entre -1% e 1%”, revela o documento.

As áreas de crescimento identificadas no segmento do luxo são a hospitalidade e a gastronomia, apesar de a redução da procura por parte da geração Z, a menos leal às marcas, se estar a acentuar. “O mercado de bens de luxo perdeu cerca de 50 milhões de consumidores nos últimos dois anos, por opção ou por terem sido forçados a deixar de consumir estes bens. Isto é um sinal de que as marcas precisam de reajustar as suas propostas de valor”, refere Clara Albuquerque, sócia da Bain & Company, citada em comunicado de imprensa.

De acordo com o estudo, as experiências de luxo continuam a manter-se em alta, à medida que os consumidores transferem os gastos para experiências de viagem e eventos sociais, favorecendo tratamentos pessoais e bem-estar, em detrimento de bens tangíveis. A cosmética e o ‘eyewear’ são as exceções à regra.

“Os produtos de beleza, particularmente as fragrâncias, continuam a ter um bom desempenho, numa altura em que os consumidores gravitam em direção a pequenas indulgências. O mercado ótico também está a viver um momentum positivo, com os consumidores atraídos pela crescente criatividade das marcas e por marcas especializadas de alta qualidade”, salienta o estudo.

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Google Chrome pode ser vendido por 20 mil milhões de dólares

A Google utiliza os dados que obtém através do Chrome para direcionar os utilizadores para anúncios publicitários, que geram a maioria das receitas da empresa

O navegador de internet Chrome, da Google, pode ser vendido por até 20 mil milhões de dólares (€18,9 mil milhões) se Amit Mehta, juiz federal do distrito de Colúmbia, aceitar a proposta do Departamento de Justiça dos Estados Unidos de vender o navegador da Google, noticia a Bloomberg.

A situação surge no seguimento do juiz responsável pelo caso ter determinado, em agosto, que a Google violou as leis da concorrência ao construir um império de pesquisa na internet.

Na eventualidade de a venda se concretizar, a Google pode reeceber “pelo menos entre 15 a 20 mil milhões de dólares (€14,2 a €18,9 mil milhões), dado que tem mais de três mil milhões de utilizadores ativos mensais”, segundo avança Mandeep Singh, analista da Bloomberg Intelligence.

Deter o navegador de internet mais popular do mundo é fundamental para o domínio da publicidade da Google, devido ao facto de a empresa liderada por Sundar Pichai ter a capacidade de ver a atividade dos utilizadores registados e utilizar esses dados para direcioná-los mais eficazmente para anúncios publicitários, que são a principal fonte de rendimento da empresa.

A Google também tem utilizado o Chrome para encaminhar os utilizadores para o ‘chatbot’ Gemini. As autoridades da concorrência norte-americanas, juntamente com os estados norte-americanos que se juntaram ao processo, recomendam também, a 20 de novembro, que o juiz imponha à Google condições para o licenciamento de dados e restrições a nível do uso da inteligência artificial (IA), de acordo com a Bloomberg.

Lee-Anne Mulholland, vice-presidente de assuntos regulatórios da Google, afirma que o Departamento de Justiça “continua a promover uma agenda radical que vai muito além das questões legais do processo”, acrescentando que “o facto de o governo impor a sua posição desta forma vai prejudicar os consumidores, os programadores e a liderança tecnológica americana precisamente no momento em que é mais necessária”.

As propostas apresentadas têm o potencial de transformar o mercado da pesquisa e o setor da IA a nível mundial. O processo é a tentativa mais ambiciosa por parte do Governo norte-americano de regular uma empresa de tecnologia desde que Washington tentou, sem sucesso, dividir a Microsoft de Bill Gates em 1998.

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Bolo-rei da Versailles é a estrela do anúncio natalício do Pingo Doce (com vídeo)

Com criatividade da BBDO Portugal, produção da Blanche Films e planeamento de meios da Initiative, o spot (na foto) foi realizado por Pedro Varela. Além da televisão e da rádio, a campanha é divulgada em digital e nos supermercados Pingo Doce

O bolo-rei da Versailles, que este an0 está à venda no Pingo Doce, é a estrela do anúncio de Natal da cadeia de grande distribuição da Jerónimo Martins.

Com criatividade da BBDO Portugal, produção da Blanche Films e planeamento de meios da Initiative Media, o filme publicitário, realizado por Pedro Varela, mostra um avô numa aldeia a recordar o período em que vivia em Lisboa e celebrava o Natal com um bolo-rei da Versailles. O septuagenário é surpreendido pela neta, que o informa que já não precisa de ir à capital para se voltar a deliciar com o bolo-rei da Versailles.

Além da televisão e da rádio, a campanha está a ser divulgada em digital e nos supermercados do retalhista. O filme terá declinações ao longo das próximas semanas, divulgando a oferta de produtos que o Pingo Doce tem para esta época.

“Esta campanha tem como protagonista o bolo-rei, criado em parceria com a Versailles, mas possui a elasticidade para conseguir abranger outros produtos tradicionais da época, como o bacalhau, o peru ou as iguarias de Natal da nossa marca. Acima de tudo, queremos reforçar que somos o supermercado de proximidade e que as famílias podem confiar em nós para encontrarem tudo o que necessitam para esta altura do ano, com produtos de qualidade e as melhores oportunidades de poupança”, explica Luís Lobato Almeida, diretor de marca do Pingo Doce, citado em comunicado de imprensa.

A edição especial do bolo-rei da Versailles está à venda, em exclusivo, nas lojas Pingo Doce desde dia 17. “Quando surgiu esta ideia de o criarmos em conjunto, fez-nos todo o sentido porque, desta forma, conseguimos levar um pouco da nossa história e da pastelaria tradicional a todo o país, em parceria com uma marca que partilha dos mesmos valores que nós”, refere Sérgio Nunes, sócio-gerente da Versailles.

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