Vikram (Maxus)
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“As empresas continuam a ver o marketing como um custo”

A queda do investimento, a criatividade nas agências de meios e o domínio do Google e do Facebook no digital segundo o responsável mundial da Maxus, do grupo WPP

Rui Oliveira Marques
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“As empresas continuam a ver o marketing como um custo”

A queda do investimento, a criatividade nas agências de meios e o domínio do Google e do Facebook no digital segundo o responsável mundial da Maxus, do grupo WPP

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Vikram Sakhuja (Maxus)

No final da semana passada, cerca de 90 quadros internacionais da network Maxus estiveram reunidos em Cascais. Um pretexto para ouvir Vikram Sakhuja, CEO global da Maxus, sobre os planos desta agência de meios do grupo WPP que está presente em 55 países.

Meios & Publicidade (M&P): Portugal está mergulhado numa crise gigante que continua a ter como consequência a quebra no investimento publicitário. O que pode neste momento fazer uma agência de meios para ajudar os seus clientes?

Vikram Sakhuja (VS): Deve fazer com que a media trabalhem melhor. Este é um negócio de eficiência e eficácia. Quando as coisas estão complicadas temos de aumentar a eficiência, ter a certeza de que os preços ficam ainda mais baixos. Mas também temos de ter um foco na eficácia. Como é que o marketing pode ajudar a fazer crescer o meu negócio? Se a economia contrai dois por cento, os investimento em comunicação caem 15 a 25 por cento. Nas empresas, o marketing continua a ser visto como um custo e não como um investimento. Como não conseguem cortar outros custos, acham que é mais fácil cortar na publicidade. As agências de meios estão na melhor posição para aconselhar sobre a melhor forma de investir em publicidade.

M&P: Mas as agências de meios têm a força suficiente para serem ouvidas pelos clientes?

VS: Espero bem que sim. Eu também já estive do lado do cliente e sei que nestes momentos o CEO ou o director financeiro dizem que é preciso cortar. Uma agência de meios tem de ajudar o director de marketing a fazer crescer o negócio e a demonstrar que caminhos podem ser seguidos. O marketing é metade ciência e metade arte. Temos de perceber a marca, o consumidor, a concorrência e temos de ser eficientes. É verdade que quando o mercado está bem, as coisas são mais fáceis. Quando as coisas estão mal temos dois caminhos: ou cortamos a torto e a direito ou então temos de perceber como podemos trabalhar mais para conseguir obter resultados.

M&P: Quando olha para os mercados pelos quais é responsável, o desempenho das agências é equilibrado ou há regiões, como por exemplo a Europa, que lhe provocam dores de cabeça?

VS: Se olhar para as regiões do mundo vê que as nossas receitas estão distribuídas de uma forma equilibrada entre as Américas – e aqui a América Latina ainda tem um peso pequeno –, a Europa e a Ásia. Cada um representa um terço do nosso negócio. O crescimento também vem destes mercados de uma forma equilibrada. Na Europa, que está a passar um momento mais desafiante, a Alemanha e o Reino Unido estão a correr bem. Mesmo tendo em conta as circunstâncias, Espanha que está num momento complicado da sua economia, está a responder bem.

M&P: É curioso que a operação na América Latina ainda seja pequena, já que os grandes grupos estão a apostar em força na região.

VS: Enquanto rede global, a Maxus tem apenas cinco anos. Mas estamos no México e na Argentina. Estes dois mercados estão a correr muito bem. Neste momento temos 70 escritórios em 55 países.

M&P: Qual é o papel da Maxus no GroupM?

VS: Estamos com a Mindshare, Mediacom e MEC. Somos a quarta rede global do grupo. Somos mais pequenos mas somos quem está a crescer mais. O estudo da RECMA, que mede o desempenho das agências de meios, refere que somos quem mais cresceu nos últimos três anos. Nós somos uma agência que ganhou forma na era digital. Somos mais ágeis do que os outros. Como somos mais jovens, lutamos mais pelas nossas marcas. Acredito que somos mais integrados que as outras agências. Durante o processo de planeamento, há muita gente que fala de media integrada, mas depois apresenta planos de TV, de imprensa, de internet, de social media, de search, de outdoor. Juntam tudo e dizem que é um plano integrado. Mas isso não é verdade, a isso chama-se marketing media. Integrado é quando se leva todo o pensamento estratégico sobre a marca para as opções disponíveis. O digital não é um meio, é transversal a tudo o que fazemos. A televisão, rádio, outdoor e até a forma como consumimos imprensa são digitais. Fazemos este trabalho melhor que as outras agências. Nós também temos uma abordagem diferente. Gosto de pensar que somos um conjunto de agências locais e não como uma multinacional que tem sede em Londres ou Nova Iorque.

M&P: Aliás, quando tomou posse disse que não havia razões para que as agências fossem dirigidas a partir de Londres e Nova Iorque. No seu caso, dirige a Maxus a partir de Bombaim.

VS: Disse isso porque a nossa equipa global tem pessoas que estão em Londres, nos Estados Unidos, em Singapura e na Índia. Temos de ter a capacidade de trabalhar sem fronteiras.

M&P: Apesar da tónica que coloca na capacidade digital, a Maxus não está condenada a ser uma pequena agência do grupo WPP?

VS: Não é uma questão de tamanho mas de desafio. A Apple já não é uma empresa pequena mas continua a ter essa vontade de desafiar o mercado. Já não somos pequenos, somos uma agência de média dimensão. Segundo a RECMA, no ano passado estávamos perto dos sete mil milhões em billings. Se continuarmos a crescer ao mesmo ritmo, em breve estaremos no top 7 ou 8 das maiores agências. Mesmo sendo maiores, espero que tenhamos as mesmas características de quando éramos mais pequenos. Mas, sabe, acho que temos a dimensão correcta. Temos de ter cuidado para não estar a criar estruturas que depois têm de ser cortadas quando o mercado abranda.

M&P: Como descreve a operação da Maxus em Portugal?

VS: É uma operação pequena e muito bem integrada no GroupM. O António [Duarte, managing director] trabalha de muito perto com o José Pedro [Dias Pinheiro, CEO do GroupM]. Há uma oportunidade para crescer e precisamos de mais new business. É uma organização estável que tem merecido a confiança dos clientes.

M&P: A Maxus já é uma agência suficientemente forte para disputar os grandes concursos internacionais?

VS: Sim, mas temos de trabalhar melhor a nossa imagem. Há mercados onde a Maxus não tem a notoriedade que merece. Quando obtemos o feedback dos auditores de media ou dos clientes, temos uma classificação muito mais elevada do que as outras agências. Somos melhores, mas os grandes clientes ainda não têm bem a certeza sobre quem somos e o que fazemos.

M&P: Esteve no último festival de Cannes? Como viu o desempenho das agências de meios?

VS: Estive. Tivemos um bom desempenho. Ganhámos um ouro nos Young Lions e uma prata nos Media Lions. Cannes é a celebração da criatividade e não tanto da eficácia. Sobre os Media Lions, continuo a ver que as ideias vêm das agências de publicidade mas o dinheiro continua nas agências de meios. Isso quer dizer que as agências de publicidade são melhores a contar histórias, no storytelling. O próprio júri não tem tempo para analisar cada case. É através de um vídeo que tem de resumir de uma forma simples o trabalho. Depois, em Cannes, as histórias humanas e emocionais funcionam melhor.

M&P: É importante que nas agências de meios haja pessoas só dedicadas à criatividade?

VS: Depende do que chamar criatividade. As pessoas do planeamento são muito criativas. Um processo de planeamento implica olhar para a categoria do produto, para o consumidor, para o desafio do cliente, para os insights que depois são aplicados na media. Também temos de ter presente que por vezes a criatividade de uma agência de publicidade limita-se a um spot de 30 segundos. Nós precisamos de conceitos mais transversais. O próprio perfil das agências de meios mudou muito. Dantes fazíamos apenas planeamento e compra de meios. Agora temos de fazer bons planos de comunicação, temos de dar vida às ideias. Por exemplo, em Camberra tínhamos de promover o turismo local. Podíamos ter feito uma campanha de meios normal e umas brochuras, mas fizemos um catálogo humano. Pegámos em 500 pessoas e levamos a Camberra para partilharem nas redes sociais, de uma forma natural, a sua experiências na cidade. Fizemos isto porque sabemos qual o potencial do word of mouth. Outro exemplo. Queríamos lançar a UPS na China. A empresa ia levar peças do Exército de Terracota [Guerreiros de Xian] para fora da China. Com a UPS, dissemos que tínhamos sido escolhidos para proteger um dos maiores tesouros da China. Como demos vida a esta ideia? Fizemos uma plataforma de comunicação deste conceito apenas nos aeroportos.

M&P: Como vê o papel do Google e do Facebook? Não parece que estão a dominar o panorama da media digital mundial?

VS: São plataformas muito grandes e importantes para a construção das marcas. Temos boas relações com o Facebook e com o Twitter, do ponto de vista do grupo. Temos parcerias que nos permitem ter acesso a dados privilegiados, o que no caso do Facebook permite trabalhar melhor o targeting.

M&P: Não estão a tirar margem a outros projectos digitais?

VS: Enquanto agência de meios olhamos para o Facebook e Google como media owners. Como com qualquer media owner, queremos ter boas relações com eles. Acredito que é uma relação win-win. Com o Google, por exemplo, pode haver clientes que argumentam que se podem trabalhar directamente com eles e têm acesso aos resultados finais mas o Google trabalha muito bem com as agências. Bem sei que o meu patrão Martin Sorrell [CEO do grupo WPP] costuma dizer publicamente que o Google é um “frenemy”, um amigo e um inimigo em simultâneo. Pela minha experiência, há uns anos usaria essa mesma expressão para definir o Google. Actualmente acho que estamos a fazer um caminho lado-a-lado. O Google, Facebook, Yahoo e Microsoft têm a preocupação de ter relações próximas com as agências de uma forma que não existia antes. A melhor forma de o fazermos é através da partilha de dados/informação. Assim podemos fazer um melhor targeting. Estas empresas vão continuar a ter um papel muito importante.

M&P: Mas é um protagonismo que parece que está a deixar de lado as empresas de media tradicionais, que também querem captar receitas das marcas no digital.

VS: Estamos numa mudança de paradigma. Passámos da notoriedade das marcas para o engagement. A notoriedade construía-se através da interrupção. Havia momentos em que as pessoas estavam a ver televisão ou a ler jornais e a publicidade era algo que interrompia. No engagement temos de pensar como é que as pessoas vão ver os nossos conteúdos. Agora passamos do engagment para a influência. A influência tem a ver com tornar as pessoas embaixadoras da nossa marca. Este processo é como uma viagem. Há marcas que estão em diferentes momentos desta viagem. O panorama dos media também nos dá opções diferentes. Há media que nos ajuda a construir notoriedade e aí até podemos nem precisar de digital porque, mesmo assim, a minha mensagem passa. Se pensamos na influência, podemos até nem precisar do Google. Depende muito da estratégia da marca. O Google e o Facebook também têm noção disso. Sabem que não podem resolver 100 por cento dos problemas do mercado. O Google dá-nos o Adwords, que é uma ferramenta poderosa mas que não se aplica a todos os nossos desafios. Se estou a vender um champô não me vai ajudar. Pensemos no case dos Real Beauty Sketches da Dove, que ganhou muitos prémios em Cannes e que tem um insight fabuloso: as outras pessoas acham-nos mais bonitos do que aquilo que nos achamos sobre nós próprios. Isto é engagement e aqui posso usar o Facebook. Enquanto agência de meios temos de perceber quais as forças de cada uma destas plataformas e saber usá-las. É que dizer que o Facebook tem 800 milhões de pessoas não significa que consiga usar bem esse potencial.

M&P: Reuniu os responsáveis mundiais da Maxus em Cascais. Quais são as principais ideias que transmitiu às suas equipas?

VS: A mensagem principal é a do crescimento. A Maxus vai ser a agência que mais vai crescer no grupo WPP. O crescimento que tivemos nos últimos três anos vai ter de se manter nos próximos três. Este é o nosso desafio. Esperamos também conseguir mostrar a nossa diferenciação: somos profundamente integrados e temos uma sustentação tecnológica. Compreendo que em alguns mercados sejamos mais pequenos mas temos de ser capazes de estar ligados numa network que nos dá força. Por exemplo, em Portugal o António Duarte [managing director da Maxus Portugal] trabalha com oito ou 10 pessoas. Mas há duas mil pessoas na Maxus global que o podem ajudar. Depois temos a ligação ao GroupM que também nos fortalece. Estes encontros servem para que as pessoas percebam que não estão sozinhas nesta tarefa e que temos pessoas muito boas que têm de trabalhar em rede.

Entrevista publicada na última edição do M&P em papel

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Tox’Inn muda para Bloomer e adota nova assinatura

A agência de marketing passa a estar mais focada nas experiências, através de ativações de marca e da criação de eventos que despertem emoções. “Renascemos a cada desafio, mas as nossas raízes são inabaláveis”, assegura Joana Grácio, CEO da Bloomer

A Tox’Inn muda a designação para Bloomer e adota uma nova assinatura, aproveitando o ‘rebranding’ para se reposicionar. O novo slogan, ‘Always adding a little extra’, reforça a forma de trabalhar da agência de marketing. Duas décadas depois da criação, a agência do Porto procura agora acompanhar as tendências de mercado.

“Chegámos à conclusão que estávamos a florescer e isso precisava passar de dentro para fora. Assim, podemos garantir que continuamos a pensar fora da caixa, a encontrar soluções onde outros veem desafios, sempre com o mesmo empenho e atenção ao detalhe”, explica Joana Grácio, CEO da Bloomer, citada em comunicado de imprensa.

A Content for Breakfast, equipa independente de criativos, constituída por Joana Nogueira Soares e José Miguel Inácio, assina a nova imagem da agência, que passa a estar mais focada nas experiências, através de ativações de marca e da criação de eventos que despertem emoções.

“Recusamos o conformismo, nunca seremos apenas mais um. Procuramos incessantemente a novidade, as novas ferramentas e a adaptação a uma realidade em constante mutação. Renascemos a cada desafio, mas as nossas raízes são inabaláveis”, assegura Joana Grácio.

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Bauer Media Group adquire Clear Channel por €577,8 milhões

“Esta aquisição irá impulsionar a nossa estratégia de crescimento e acelerar a nossa transformação digital”, revela Yvonne Bauer, presidente do conselho de administração do grupo de media

O Bauer Media Group, que em Portugal detém a Rádio Comercial, a M80, a Cidade FM, a Smooth FM e a Batida FM, acaba de anunciar a conclusão do processo de aquisição do operador de publicidade exterior Clear Channel Europe-North por 625 milhões de dólares (€577,8 milhões), depois de assegurar o cumprimento das condições regulamentares exigidas.

A integração da empresa permite ao grupo internacional reforçar o núcleo de negócios ligados aos media e abrir novas oportunidades digitais. Através da marca Bauer Media Outdoor, adiciona a publicidade exterior ao portefólio do grupo, complementando a oferta estratégica das divisões de áudio e ‘publishing’.

“Num ano em que celebramos o nosso 150º aniversário, é com entusiasmo que damos início a este novo capítulo e damos as boas-vindas à talentosa equipa da Clear Channel Europe. Esta aquisição irá impulsionar a nossa estratégia de crescimento e acelerar a nossa transformação digital”, esclarece Yvonne Bauer, presidente do conselho de administração do Bauer Media Group, citada em comunicado de imprensa.

Com a integração da Bauer Media Outdoor, o grupo passa permitir que os anunciantes alcancem até 350 milhões de pontos de contacto com os consumidores da Clear Channel Europe-North, que confirma publicamente o valor do negócio, em 16 mercados europeus.

“Somos ambiciosos quanto ao crescimento do negócio através da inovação sustentável e de um maior alcance e criatividade. Embora, no imediato, manteremos a normalidade operacional, estamos ansiosos por trabalhar com os nossos novos colegas e também por ouvir atentamente os nossos clientes e parceiros, para oferecer soluções publicitárias e de infraestrutura de excelência no futuro”, avança Justin Cochrane, CEO da Bauer Media Outdoor, citado no documento.

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Ronald Acuña Jr. promove roupa interior da Nike

O jogador venezuelano de basebol Ronald Acuña Jr. (na foto), tem 1,6 milhões de seguidores no Instagram e é o primeiro desportista da Major League Baseball contratado para divulgar a nova roupa interior da Nike

O jogador de basebol Ronald Acuña Jr. protagoniza a nova campanha da Nike. O desportista venezuelano, que joga nos Atlanta Braves, é o primeiro desportista da Major League Baseball (MLB), liga de basebol profissional norte-americana, a ser contratado para divulgar a nova linha de roupa interior da Nike.

Com 1,6 milhões de seguidores no Instagram, 981,6 mil no TikTok e 130 mil no Facebook, Ronald Acuña Jr. já esta a divulgar nas redes sociais as primeiras imagens oficiais da campanha, que está a ser amplificada com a divulgação de um vídeo que mostra os novos modelos de roupa interior da Nike.

Para além das redes sociais do atleta e da Nike, a campanha está a ser divulgada na Rimas Sports, empresa que agencia desportistas como o jogador cubano de basebol Lazaro Montes, a piloto colombiana Tatiana Calderon, o jogador dominicano de basebol Fernando Tatis Jr. e o jogador argentino de basebol Francisco Alvarez.

Em maio de 2024, Ronald Acuña Jr. já tinha colaborado com a Nike no desenvolvimento de uma coleção de roupa desportiva. A marca mantém parcerias com outros atletas, como o futebolista português Rúben Dias, o basquetebolista francês Rudy Gobert ou o jogador de futebol americano Kyler Murray.

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Meta vai vender espaço publicitário a agências de meios para posterior revenda

“É provável que a aposta da Meta neste setor esteja relacionada com as perspetivas económicas nos Estados Unidos, que se agravam, com o objetivo de assegurar um fluxo de receitas constante”, argumenta Karsten Weide, diretor da W Media Research, citado no Digiday

A Meta está a entrar no setor controverso de ‘principal-based buying’, a compra de espaços publicitários por uma agência de meios para posterior revenda a clientes a preços superiores, noticia o Digiday.

A empresa liderada por Mark Zuckerberg está em negociações com as ‘holdings’ de agências de meios sobre uma solução em que as agências compram o inventário publicitário da Meta para posterior revenda aos clientes a um preço mais elevado, segundo executivos publicitários, citados no Digiday.

À primeira vista, a iniciativa parece pouco habitual, visto que a Meta há muito que não depende das ‘holdings’ para lucrar com a publicidade. Neste caso, segundo o DigiDay, não se trata de dependência, é uma questão de vantagem. “Eles [Meta] estão a apresentar esta solução às maiores ‘holdings’ de agências”, revela um dos executivos, sob anonimato.

Para Brian Leder, fundador da agência norte-americana de meios Ramp97, a entrada da Meta nesta área tem um objetivo claro: “a Meta quer proteger uma parte crescente das receitas publicitárias e garantir que as grandes marcas continuam a fazer investimentos significativos em todas as plataformas, ao mesmo tempo que aproveitam as agências, que agora atuam como uma equipa de vendas alargada, para impulsionar os gastos publicitários nas plataformas da empresa”, declara, citado no Digiday.

Karsten Weide, diretor da empresa de estudos de mercado W Media Research, salienta, por seu lado, que é provável que a aposta da Meta neste setor esteja relacionada com as perspectivas económicas nos Estados Unidos, que se agravam, com o objetivo de assegurar um fluxo de receitas constante. “Temos de esperar uma recessão económica em 2026 devido à introdução das tarifas”, antecipa.

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Trump diz que TikTok será vendido nos Estados Unidos antes de 5 de abril

“Temos vários potenciais compradores. Há um enorme interesse no TikTok”, diz o presidente dos Estados Unidos. A empresa de capitais privados Blackstone pondera juntar-se aos atuais acionistas não chineses da ByteDance para adquirir a operação norte-americana do TikTok

Donald Trump assume que o acordo com a ByteDance, dona do TikTok, para a venda da operação norte-americana da rede social será concretizado antes do prazo limite de 5 de abril. “Temos vários potenciais compradores. Há um enorme interesse no TikTok”, diz o presidente dos Estados Unidos aos jornalistas a bordo do Air Force One, acrescentando que gostaria que a aplicação continuasse a existir.

A 28 de março, a Reuters noticia que a empresa de capitais privados Blackstone está a considerar adquirir uma pequena participação na operação do TikTok nos Estados Unidos. A Blackstone pondera juntar-se aos atuais acionistas não chineses da ByteDance, nomeadamente a Susquehanna International Group e a General Atlantic, para adquirir a operação norte-americana do TikTok.

O grupo de empresas de investimento surge como o principal candidato nas negociações para a compra da plataforma nos Estados Unidos. Anteriormente, alguns destes investidores terão negociado um acordo para adquirir a rede social em conjunto com a Oracle, que tem laços contratuais com o TikTok nos Estados Unidos.

O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, terá referido que prevê a realização de um acordo até à data limite de 5 de abril que “satisfaça as preocupações de segurança nacional e permita a existência de uma empresa norte-americana distinta com base no TikTok”.
Caso não se chegue a um acordo antes da data limite imposta por lei, Donald Trump afirma estar disposto a prolongar novamente o prazo, declarando que “não há motivo para alarme”.

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Teresa Abecasis Burnay na presidência da Auto Regulação Publicitária

A nomeação de Teresa Abecasis Burnay (na foto) representa uma nova visão estratégica, mas também um marco histórico, por ser a primeira mulher a liderar a direção da ARP

A Auto Regulação Publicitária (ARP) nomeia Teresa Abecasis Burnay como presidente da direção, sucedendo a Nuno Pinto de Magalhães, que lidera a associação na última década, em representação da Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN).

“É um privilégio ser nomeada para esta função, que considero de serviço crucial à nossa indústria. Espero conseguir honrar o extraordinário legado que o Nuno nos deixa, depois de uma década de grandes conquistas, que deixam a ARP em ótimas condições para seguir com a sua missão”, refere Teresa Abecasis Burnay, citada em comunicado de imprensa.

A nova presidente da direção da ARP é formada em economia pela Universidade Nova de Lisboa e faz um percurso de cerca de 20 anos na Unilever, onde lidera três das cinco unidades de negócio da empresa em Portugal, acumulando ainda as funções de diretora de media e diretora-geral executiva do Grupo Aliança. É também vice-presidente da APAN, presidente da Associação Industrial de Detergentes e membro da Direção da Comissão de Análise de Estudos de Meios (CAEM).

A nomeação de Teresa Abecasis Burnay representa uma nova visão estratégica, mas também um marco histórico, por ser a primeira mulher a liderar a direção da ARP. “A Teresa Burnay é uma ótima opção para presidir à ARP, a primeira mulher a exercê-lo. Tem a formação, a experiência e os ‘soft skills’ adequados para dar continuidade a esta caminhada da Auto Regulação Publicitária e assegurar os desafios que se colocam”, sustenta Nuno Pinto de Magalhães, citado em comunicado de imprensa.

“Com esta nova liderança, a ARP reafirma o seu compromisso com a integridade da comunicação comercial em Portugal, reforçando o papel da autorregulação como pilar essencial da confiança entre marcas, consumidores e sociedade”, refere o comunicado de imprensa.

A Auto Regulação Publicitária (ARP) é um organismo privado, sem fins lucrativos e de adesão voluntária, que promove a autorregulação no setor da comunicação comercial e a defesa da liberdade de expressão comercial, da leal concorrência, dos direitos dos consumidores e de normas de ética, atuando de forma complementar à lei.

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Nuno Markl divulga plano de saúde visual da MultiOpticas

Idealizada por Alessandro Dondero, diretor criativo do Creative Hub EssilorLuxottica, a campanha tem produção da Casper e da Havas Play e confirma a continuidade de Nuno Markl (na foto) como embaixador da marca

O humorista e radialista Nuno Markl mantém-se como embaixador nacional da MultiOpticas em 2025, protagonizando ‘Plano de Saúde Visual’, campanha publicitária que dá a conhecer o plano de saúde visual + MultiOpticas. Concebido por Alessandro Dondero, diretor criativo do Creative Hub EssilorLuxottica, o filme publicitário tem Yuri Alfieri como diretor de arte sénior, Nicolò Banfi como diretor de arte e Francesca Sponchia como produtora criativa.

Produzido pela Casper e pela Havas Play, o anúncio, que está a ser divulgado em televisão e digital, tem realização de Bruno Ferreira, produção executiva de Nuno Lobo e direção de fotografia de Manuel Pinho Braga, com gestão e parceria criativa de Ana Roma Torres.
A comunicação do novo plano de saúde está a ser amplificada com um anúncio na rádio, estando também previsto um reforço comunicacional em digital, redes sociais e suportes de publicidade exterior, a partir de junho, soube o M&P.

“A MultiOpticas continua a consolidar o compromisso de cuidar da visão dos portugueses. Esta campanha de 360 graus com o Nuno Markl, que se mantém como nosso embaixador, serve para explicar as vantagens do novo serviço que estamos a lançar e também a importância de valorizar a saúde ocular. O +MultiOpticas vem dar resposta a uma necessidade que existia no mercado”, explica Sandra Silva, diretora de marketing de retalho ibérica da EssilorLuxottica, citada em comunicado de imprensa.

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Pombos-correio no marketing? Essa é a proposta da E-goi

Com vantagens como taxa de entrega de 100%, impressão biodegradável e uma frota exclusiva de pombos, a proposta promete revolucionar a comunicação digital.

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Em plena era da inovação tecnológica, a E-goi, plataforma de marketing omnicanal, surpreende hoje com o lançamento da tecnologia “Pidgital“, o primeiro sistema de mensagens inteligentes via pombos-correio do mundo. Uma proposta que combina nostalgia, tecnologia e sustentabilidade.

Entre as vantagens do serviço, a E-goi destaca:

  • Taxa de entrega de 100% (exceto se o pombo se perder)
  • Impressão biodegradável
  • Frota exclusiva de pombos “alimentados com os melhores grãos”
  • Tracking 360º com registos de abertura e leitura
  • Envio otimizado por IA com o algoritmo “Sending Optimisation”
  • Geolocalização em tempo real das rotas dos pombos
  • Testes A/B com dois pombos para análise comparativa
  • Retargeting com um segundo pombo reforçando a comunicação

Fiel à sua reputação de alta entregabilidade, a E-goi garante que o serviço conta com as autenticações clássicas do email marketing: DKIM (para evitar adulterações), SPF (para identificar falsificações) e BIMI (para identificação imediata do remetente).

Saiba mais sobre o Pidigital aqui.

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AutoSport e AutoMais vendidos a José Caetano

Os títulos da MMG Media, de Pedro Corrêa Mendes, passam para as mãos da editora do diretor do E-Auto. O regresso do AutoSport ao formato em papel, ainda este ano, e a conquista de leitores lusófonos são alguns dos objetivos

Catarina Nunes

Os títulos AutoSport e AutoMais, detidos pela MMG Media de Pedro Corrêa Mendes, passam a partir de 1 de abril a ser controlados pela JC Edições e Publicações, propriedade de José Caetano, diretor do E-Auto, por um montante não divulgado.

A notícia é avançada por email ao M&P por José Caetano, que refere que “esta terça-feira, 1 de abril, o AutoSport, título que tem quase 50 anos de histórias, inicia uma etapa, concretizada a mudança de controlo editorial e comercial da MMG Media Unipessoal Lda, de Pedro Corrêa Mendes, para a JC Edições e Publicações Unipessoal Lda, de José Caetano, que partilha o comando do projeto novo com Nuno Mousinho Esteves”.

José Caetano e Nuno Mousinho Esteves assumem igualmente a liderança do título AutoMais, até agora também detido pela MMG Media, que acompanha a mudança de mãos do AutoSport. “Esta operação não impacta o funcionamento do E-Auto, pelo contrário, reforça-o, com o potencial de partilhas de conteúdos e sinergias agora à disposição da equipa nova, que mantém a sua atividade normal. As equipas redatoriais, no imediato, mantêm-se, mas o objetivo é reforçá-las rapidamente”, explica José Caetano.

Juntos, “José Caetano e Nuno Mousinho Esteves assumem o desafio de honrar o legado de uma marca tão prestigiada, com uma ambição clara: fazer regressar o AutoSport ao formato em papel ainda este ano, enquanto consolidam e expandem a presença do título no espaço digital, não só em Portugal, mas também junto de todos os apaixonados por motores no universo lusófono, incluindo Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Timor-Leste e comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo”, refere o novo proprietário do AutoSport e do AutoMais.

José Caetano tem 30 anos de carreira no jornalismo, que inicia no Correio da Manhã, em 1994, tendo passado pelo jornal desportivo A Bola, onde assume o cargo de chefe de redação, e pela revista Auto Foco, que dirige durante 12 anos. Mais recentemente, cria a editora JC Edições e Publicações Unipessoal Lda e inicia o projeto E-Auto, disponível em formato de revista mensal e na internet.

Nuno Mousinho Esteves, por seu lado, é especialista em marketing desportivo e encontra-se ligado aos desportos motorizados desde 1989, com um percurso como piloto em Fórmulas, Turismos e GT, além de uma carreira internacional em algumas áreas do desporto e da comunicação.

Fundado em 1977 por José Vieira, originalmente em papel e no formato de jornal, o AutoSport é um dos títulos mais emblemáticos do desporto motorizado e do setor automóvel em Portugal. Atualmente, funciona no formato online no site autosport.pt, acompanhando a atualidade dos desportos motorizados nacionais e internacionais, e do setor automóvel.

Sobre o autorCatarina Nunes

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Audiências semanais: TVI está de regresso à liderança

Na semana de 24 a 30 de março, o consumo global de televisão decresce e regista o valor mais baixo do ano, até agora, caindo cerca de trinta e um minutos por dia, para cinco horas e 14 minutos

Na semana passada, o consumo global de televisão decresce de forma significativa e regista o valor mais baixo do ano, até agora, caindo cerca de trinta e um minutos por dia, e ficando agora pelas cinco horas e 14 minutos diárias.

A TVI está de regresso à liderança da semana, sendo um dos canais que reforça o ‘share’, tal como acontece com a SIC, os canais por cabo e o ‘outros’; a RTP1 é o único canal em quebra esta semana. Assim, a RTP1 desce até aos 11,1% de quota semanal, ao contrário do que se verifica com a SIC, que reforça ligeiramente a quota e tem agora 14,5% de ‘share’ semanal, e com a TVI, que também cresce e tem agora 14,9% de quota de audiência.

A oferta no cabo e o ‘outros’ reforçam ambos, com a televisão por cabo a chegar aos 39,8% de ‘share’, e o ‘outros’ (que inclui o visionamento em ‘time shift’, ‘streaming’ e vídeo/jogos) a atingir 18,7% de quota semanal.

Na listagem dos mais vistos mais vistos no cabo, o pódio mais uma vez não tem alteração de ocupantes, continuando a ser composto pela CMTV, CNN Portugal e SIC Notícias, e nas posições que se seguem até ao sexto lugar também não há mudança de posições: Star Channel, Globo, Hollywood mantém os mesmos lugares na tabela.

Ao longo do restante top 10 da semana há algumas trocas de lugares, mas mais uma vez não há entrada de novos canais na tabela, e encontramos assim nas posições que restam os canais Star Movies, SIC Mulher, News Now e Star Life.

Esta semana, o programa de humor da SIC, de Ricardo Araújo Pereira e equipa, ‘Isto é Gozar Com Quem Trabalha’, está de volta ao primeiro lugar do ranking da programação global, onde é seguido pelo concurso da RTP1 ‘O Preço Certo (R)’ e por ‘Isto é Gozar Com Quem Trabalha – A Entrevista/Jorge Pinto’, da SIC.

Nas posições restantes estão os informativos ‘Jornal da Noite’, da SIC, e ‘Telejornal’, da RTP1. O Campeonato está de volta depois da pausa para jogos das seleções, e o programa desportivo da CMTV ‘Duelo Final/Estrela Amadora X Sporting’ está também de regresso ao topo da tabela, onde é seguido por ‘Golos: Segunda Parte/Estrela Amadora X Sporting’ e ‘Golos: Primeira Parte/Gil Vicente X Benfica’. Nas posições que se seguem encontram-se o ‘Grande Jornal – Noite’ e ainda o ‘Investigação CM/Esquecido’, tudo conteúdos da CMTV.

 

by Data Insights, Havas Media Network

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