“Os festivais que trazem mais retorno à EDP são aqueles a que damos o nosso nome”
Com a temporada dos festivais de Verão a meio, fomos ouvir Ana Sofia Vinhas, directora de marca do grupo EDP, sobre a estratégia da empresa no território da música
Rui Oliveira Marques
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Com a temporada dos festivais de Verão a meio, fomos ouvir Ana Sofia Vinhas, directora de marca do grupo EDP, sobre a estratégia da empresa no território da música. “Os promotores têm feito um bom trabalho em gerir as marcas presentes” nos festivais, aponta a responsável, que destaca ainda as várias iniciativas que a EDP tem desenvolvido tanto dentro como fora do recinto dos festivais.
Meios & Publicidade (M&P): A EDP é, provavelmente, a marca que patrocina o maior número de festivais de música. Como é que avaliam o retorno do investimento da marca em cada evento?
Ana Sofia Vinhas (ASV): A EDP é uma marca que está presente na música ao longo de todo o ano. O maior retorno que podemos obter com a presença nestes eventos é precisamente a percepção que o público tem da marca e a associação imediata ao evento em que se insere. Fazemos estudos no terreno que nos confirmam os bons resultados – relativos à notoriedade da marca, e ao valor acrescentado que aportamos. A EDP, começou em 2007, a sua estratégia na área da música marcando presença nos festivais de verão em Portugal apoiar os mais emblemáticos como o NOS Alive, o Super Bock Super Rock e o Meo Sudoeste. Com uma forte estratégia de aproximação da marca a actuais e futuros clientes, a EDP criou uma série de activações capazes de gerar goodwill junto dos adeptos de festivais. Este ano, as activações foram concretizadas através de um conceito criativo que nos permitiu ir mais longe (powered by imagination) e surpreender o nosso público-alvo. Este retorno positivo é uma constante nos eventos que a EDP patrocina e tem subido ano após ano. Em 2014, para além do apoio a diversos festivais de música, decidimos apostar num evento próprio que apoia e divulga a música que se faz em Portugal. Demos palco a bandas emergentes através da criação de um concurso de bandas, o EDP Live Bands, onde não só a banda vencedora tem oportunidade de actuar num dos maiores festivais em Portugal, o NOS Alive, como também no Mad Cool Festival em Madrid. Para além destes prémios, a EDP tenta dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelas bandas, premiando o vencedor com a gravação de um CD com a Sony Music. O concurso teve tanto sucesso, que decidimos exportar este formato para dois países onde a EDP está presente, o Brasil e Espanha.
M&P: Qual o festival que traz mais retorno à marca?
ASV: Os festivais que trazem mais retorno à EDP são naturalmente aqueles a que damos nosso nome (name sponsoring), pela associação directa da marca ao festival, que é reflectida nos meios e nas notícias que são veiculadas ao longo do ano, antes, durante e após o evento. São exemplos o EDP Cool Jazz, o EDP Beach Party e o EDP Vilar de Mouros. Num patamar ainda muito forte de retorno encontram-se os festivais em que EDP dá nome a um dos palcos ou espaços dentro do recinto: Palco EDP no Super Bock Super Rock e Meo Sudoeste, Rua EDP no NOS Alive, e EDP Rock Street no Rock in Rio.
M&P: Considera que os promotores dos festivais estão a saber gerir o interesse das marcas nos festivais ou há festivais que têm marcas a mais?
ASV: Não é uma tarefa fácil pois cada vez mais, as marcas querem estar associadas a bons eventos, sejam eles de música, desporto ou cultura em geral mas na minha opinião os promotores têm feito um bom trabalho em gerir as marcas presentes. Sentimos que os promotores têm uma preocupação com as marcas porque, quando nos procuram, já nos apresentam uma solução de presença ou activação que encaixa perfeitamente na nossa estratégia, como foi por exemplo o caso da criação da Rua EDP no NOS Alive.
M&P: Este ano há alguma activação da marca em festivais que destaque pela inovação ou impacto?
ASV: Quando planeamos as activações para o ano, o nosso objectivo é sempre impactar o público de forma positiva e de uma forma que faça a ligação à nossa estratégia de negócio. Tentamos adaptar a presença da EDP a cada um dos festivais e isso reflecte-se nas activações que a marca tem no recinto. Nos festivais em que a EDP tem uma maior presença, oferecemos três meses de energia em cada dia desse festival. No total, vamos oferecer 33 meses de energia no Rock in Rio, NOS Alive e Meo Sudoeste. Para tal, vamos por à prova as capacidades vocais dos participantes, numa das nossas grandes activações deste ano, EDP – o Palco é Teu Adicionalmente, no Rock in Rio, criámos uma zona exclusiva para grávidas numa das bancadas do stand onde puderam assistir aos concertos confortavelmente com as suas famílias, recebendo ainda um kit exclusivo. Lançámos no NOS Alive uma acção de reflorestação, que inovou por ter sido feita com um conceito powered by imagination: uma verdadeira acção de guerrilha, que, de forma criativa e inovadora fez com que o público fosse ter connosco para se inscrever na acção – num total de quase duas mil árvores plantadas.
M&P: Estão a avaliar o apoio a mais festivais de música? Há margem para que apoiem mais festivais?
ASV: Temos vindo, ano após ano, a elevar a fasquia no nosso modo de actuação e estratégia na área da musica. Queremos sempre fazer mais e melhor e ilustramos a nossa presença nestes eventos com criatividade, inovação e com muita ambição. Acreditamos que a área de patrocínios não é estanque. Quando surgir um novo evento que esteja alinhado com a nossa marca (valores/visão), será sempre alvo da mais cuidadosa análise do nosso lado. Actualmente a carteira de patrocínios que temos está perfeitamente alinhada com os nossos valores e objectivos na área da música e é nesses que estamos focados.
Quando surgir um novo evento que esteja alinhado com a nossa marca (valores/visão), será sempre alvo da mais cuidadosa análise do nosso lado. Actualmente a carteira de patrocínios que temos está perfeitamente alinhada com os nossos valores e objectivos na área da música e é nesses que estamos focados.