Bareme Imprensa: Audiência dos generalistas continua a encolher
Ao contrário da última vaga de 2018, não há sinais positivos para os generalistas nos primeiros dados do Bareme Imprensa em 2019 já que todos os títulos sofrem quebras de audiência, quer face à vaga anterior quer em comparação com a vaga homóloga.
Pedro Durães
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Ao contrário da última vaga de 2018, não há sinais positivos para os generalistas nos primeiros dados do Bareme Imprensa em 2019 já que todos os títulos sofrem quebras de audiência, quer face à vaga anterior quer em comparação com a vaga homóloga. O Correio da Manhã mantém-se na liderança ao registar uma audiência média de 10,7% nesta primeira vaga de 2019, relativa ao período de análise entre os dias 1 de Março e 31 de Maio. Valor que representa, contudo, uma descida comparativamente aos 10,9% que o diário da Cofina alcançava na vaga anterior. Trata-se de quebra de seis décimas face à audiência média de 11,3% que apresentava no período homólogo em 2018.
O segundo lugar é ocupado pelo Jornal de Notícias, que, após ter sido o único título a registar subidas na vaga anterior, não escapa agora à tendência de erosão da audiência que continua a fustigar a imprensa generalista em Portugal. O título detido pelo Global Media Group fixa-se agora nos 9,5%, traduzindo uma descida face aos 9,7% da vaga anterior e aos 10% de audiência média conseguidos na primeira vaga do último ano.
Na luta pelo título de terceiro jornal generalista mais lido em Portugal continuam Expresso e Público, agora separados por apenas uma décima. O semanário da Impresa desce dos 4,9% registados em ambas as vagas de 2018 para uma audiência média de 4,8% nesta primeira vaga de 2019. Já o diário da Sonaecom, que é o único a manter a audiência média registada na vaga anterior, desce também uma décima face à vaga homóloga, passando dos 4,8% para os 4,7%.
O top 5 dos generalistas fica completo com o Diário de Notícias, agora com apenas uma edição semanal ao sábado, com 2,9%. O título do Global Media Group desce assim cinco décimas comparativamente à vaga homóloga (quando era ainda publicado diariamente) e três décimas face à vaga anterior (altura em que assumia já a periodicidade semanal em banca). Seguem-se o semanário Sol, cujos 1% de audiência média traduzem uma descida face aos 1,3% da vaga anterior e aos 1,2% da vaga homóloga em 2018. Já o jornal I, igualmente editado pela Newsplex, fica pelos 0,9%, menos uma décima comparativamente à vaga homóloga e uma décima em relação à última vaga.
Entre as newsmagazines, a Visão mantém a liderança, com 3,5% contra 2,7% da Sábado. As duas publicações registam quebras na audiência, quer em termos homólogos quer relativamente à segunda vaga de 2018. A revista da Trust in News desce cinco décimas face aos 4% registados na última vaga e de quatro décimas em relação aos 3,9% da vaga homóloga. Já a revista detida pela Cofina vê a sua audiência descer três décimas em comparação com a última vaga de 2018 e duas décimas em relação aos 2,9% da vaga homóloga.
O Jornal de Negócios divide agora a liderança no segmento da informação económica ao descer dos 2% da vaga anterior para os 1,8% (registava 1,9% na vaga homóloga) já que a Exame mantém os 1,8% que havia alcançado na última vaga de 2018 depois de ter descido uma décima em comparação com a primeira vaga do mesmo ano. Já o semanário detido pela Megafin, que havia assumido a liderança do segmento na primeira vaga de 2018, volta a registar uma audiência média de 1,7% (a mesma da vaga anterior) que traduz uma quebra de quatro décimas em termos homólogos.
No segmento desportivo, A Bola mantém posição como o título mais lido do país, com a audiência média de 8,2% a representar uma subida em relação aos 7,7% da vaga homóloga e aos 7,8% da vaga anterior. Seguem-se o Record com 7,8% (tinha 7,5% na última vaga e 7,4% na vaga homóloga) e O Jogo com 6% (5,9% na vaga anterior e 5,6% na vaga homóloga).