Emerald Group assume controlo da Forbes em Portugal e nos mercados lusófonos
A licença da marca Forbes para o mercado português e para os mercados lusófonos está agora nas mãos do Emerald Group, holding de investimentos do advogado e empresário N’Gunu Tiny, que em Portugal detinha já, através da subsidiária Emerald Europe, 30% do capital do Polígrafo.
Pedro Durães
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A licença da marca Forbes para o mercado português e para os mercados lusófonos está agora nas mãos do Emerald Group, holding de investimentos do advogado e empresário N’Gunu Tiny, que em Portugal detinha já, através da subsidiária Emerald Europe, 30% do capital do Polígrafo. A Forbes, recorde-se, está presente no mercado português desde 2015, onde era até aqui publicada pela ZAP, empresa angolana que detinha até agora o licenciamento internacional da marca de informação económica para Portugal e Angola.
“A Emerald adquire a licença directamente à revista norte-americana Forbes, passando o grupo a deter ainda os direitos da Forbes para Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique e São Tomé e Príncipe”, esclarece agora o grupo num comunicado a que o M&P teve acesso, onde se sublinha que, através desta aquisição, a Emerald Europe vê “reforçada a sua presença nos media portugueses”. Em perspectiva está igualmente “uma forte aposta no mercado lusófono”. A publicação, antecipa ainda o grupo no mesmo comunicado, “vai reforçar a sua dinâmica digital, site e social media, de modo a ter um maior alcance no seu compromisso de projectar e promover o que de melhor se faz no mundo empresarial lusófono”.
“Acreditamos no potencial da Forbes enquanto título de referência no mundo empresarial para promover a língua portuguesa. É um forte activo socioeconómico e cultural que será, por isso, potenciado pelas novas tecnologias de informação e por um reforço na actual linha editorial do título”, aponta Raúl Bragança Neto, administrador executivo da Emerald Europe.
É nesse sentido que a Forbes Angola dará lugar à Forbes África Lusófona, título que promete trazer “uma nova dinâmica ao mercado dos países africanos de língua portuguesa, com foco na informação económica local, nos fazedores e nas empresas que fazem a diferença no continente, estabelecendo pontes e sinergias para um futuro melhor e mais inspirador”, descreve o grupo. A periodicidade será bimestral, a mesma que terá a Forbes Portugal “dada a actual conjuntura”, estando ainda previstas duas edições por ano da Forbes Life, com as três publicações em banca complementadas por “uma plataforma digital de multiconteúdos”.
Nilza Rodrigues, que assumia a direcção executiva da Forbes Portugal, a par da coordenação das plataformas digitais das edições de Portugal e Angola, na sequência de uma reformulação da estratégia levada a cabo pela ZAP no último ano, terá agora também responsabilidades sobre a Forbes África Lusófona, passando a liderar a redacção partilhada pelas duas edições.
A profissional, que passou por grupos como Impala e Cofina, além do Sapo, tendo desempenhado no mercado angolano, entre 2009 e 2018, cargos de direcção executiva em grupos como a Score Media e Media Rumo, será apoiada nas novas funções por Paul Trustfull. “Com uma experiência de 13 anos na revista norte-americana”, refere o grupo, o profissional assumirá a editoria internacional.