“Este reposicionamento prepara A Padaria Portuguesa para os próximos 10 anos”
A Padaria Portuguesa, depois de mudar a sua oferta e de renovar as lojas, lançou uma campanha de reposicionamento assente na pergunta “Sabe o que anda a comer?”, representando um investimento de 500 mil euros.
Rui Oliveira Marques
José Guerreiro reforça departamento criativo da Lisbon Project
Perplexity já permite fazer compras
Cristina Ferreira trava execução de sentença de primeira instância da SIC
BA&N faz parceria com consultora SEC Newgate
António Zambujo é o embaixador dos vinhos da Vidigueira
ERA recorre ao humor para atrair gerações Y e Z (com vídeo)
“Cream é não provar” as novas Amarguinhas Creme
McDonald’s escolhe Wandson Lisboa para campanha de Natal (com vídeos)
Natal da Coca-Cola divide opiniões (com vídeos)
Faturação da Disney sobe 6% para €21,36 mil milhões
A Padaria Portuguesa, depois de mudar a sua oferta e de renovar as lojas, lançou uma campanha de reposicionamento assente na pergunta “Sabe o que anda a comer?”, representando um investimento de 500 mil euros. O objetivo é desafiar os consumidores a pensarem no que comem fora de casa. As lojas passaram por alterações na decoração, conduzidas pelo arquiteto João Pombeiro e pelo XXXI Studio. A diretora de marketing d’A Padaria Portuguesa, Rita Neto, explica o que está em causa.
Meios & Publicidade (M&P): Que alterações detetaram no consumidor de forma a avançarem com este reposicionamento?
Rita Neto (RN): A Padaria Portuguesa nasceu há 11 anos e neste período o mercado, os consumidores e a cidade de Lisboa mudaram. Hoje em dia o consumidor é mais atento, mais preocupado e as suas escolhas dependem de vários fatores. Há muito tempo que nos pedem pães sem glúten, mais opções vegetarianas, leite sem lactose, opções de bebida vegetal, entre outras coisas – não bastava responder apenas a estes pedidos, era preciso fazer uma transformação profunda na maneira de pensar e agir, que fosse transversal a toda a empresa, de modo a que o resultado final fosse o que está hoje nas ruas de Lisboa.
M&P: A própria perceção dos consumidores d’A Padaria Portuguesa mudou ao longo dos anos? Os consumidores já não encaravam a marca da mesma forma?
RN: Com 11 anos de mercado, A Padaria já não tinha a mesma frescura e efeito de novidade de quando surgiu, e isso é normal. Foram abrindo vários conceitos de alimentação, para as várias alturas do dia, espaços únicos com uma oferta mais atual e um ambiente mais moderno. E os consumidores diversificaram as suas escolhas.
M&P: Por que escolheram a dupla Mafalda & Francisco para trabalhar convosco?
RN: Lançámos um concurso a duas agências e a Mafalda Quintela e o Francisco Chatimski apresentaram o conceito que fazia sentido para comunicar este novo posicionamento da marca – um conceito que questiona, apresenta e informa o consumidor, que lança o desafio e põe na cabeça dos portugueses a pergunta “Sabe o que anda a comer?” e lhes dá informação concreta das matérias-primas, origens, processos de que são feitos os nossos produtos, com o sub-headline de campanha “Dos outros não sabemos. Aqui, vai gostar de saber.” A campanha foi estruturada de uma forma muito lógica e apresenta três fases.
M&P: Que fases são essas?
RN: Começou com uma ação de marketing de guerrilha que colocou na rua pessoas a comerem de olhos vendados, vestidas com uma t-shirt com aquela pergunta e isso ativou logo o desafio. Depois, apresentámos o disclaimer da ação com uma campanha multimeios, focada em quatro produtos core: o café orgânico, o pão para falar das farinhas de moleiro, a salada para falar no projeto de economia circular de que fazemos parte com a Nãm Mushroom Farm e também os ovos mexidos para falar de matérias-primas biológicas e nacionais. A terceira fase foi um estudo de mercado, realizado em parceria com a Netsonda, que veio confirmar o que suspeitávamos: 75 por cento dos portugueses sabem pouco sobre o que andam a comer, o que quer dizer que sabem pouco sobre os produtos que comem fora de casa, como ingredientes, origens, processos de fabrico, impacto ambiental, entre outros.
Leia a entrevista completa na próxima edição em papel do M&P