Threads já ultrapassou 10 milhões de utilizadores. UE ainda sem data
Threads, o novo rival do Twitter, acaba de ser lançado em 100 países, incluindo Estados Unidos da América e Reino Unido. Os países da União Europeia (UE) ficam, para já, […]
Luis Batista Gonçalves
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Threads, o novo rival do Twitter, acaba de ser lançado em 100 países, incluindo Estados Unidos da América e Reino Unido. Os países da União Europeia (UE) ficam, para já, de fora. Só depois de estar garantido o cumprimento da legislação europeia, como o Regulamento Geral de Proteção de Dados e o Regulamento dos Serviços Digitais, em vigor desde maio, é que a nova rede social do grupo Meta passará a estar disponível em Portugal.
Criado originalmente em 2019, para fazer concorrência ao Snapchat, um projeto viria a ser entretanto abandonado pela empresa que detém o Facebook, Instagram e WhatsApp, o nome seria depois aproveitado para a rede social que a empresa de Mark Zuckerberg anunciou estar a desenvolver em março.
“Threads é [um espaço] onde as comunidades se reúnem para discutir tudo, dos tópicos do seu interesse de hoje até o que será tendência amanhã”, informa a Meta na descrição da aplicação, com ligação direta ao Instagram, que nas primeiras sete horas ultrapassou os 10 milhões de utilizadores.
Se todos os utilizadores com contas ativas no Instagram importarem as suas contas para o Threads, o que podem fazer mantendo o nome de utilizador, a nova rede social chegará rapidamente aos dois mil milhões de perfis assim que passar a estar disponível em todo o mundo.
Segundo a imprensa internacional, ainda não está, no entanto, definida qualquer data para a disponibilização do novo serviço na UE mas, à semelhança do que sucede na centena de países que já o está a usar, serão recolhidos e usados dados pessoais dos utilizadores, incluindo contactos e localização. Na UE, a Meta foi impedida de propor serviços publicitários no WhatsApp que usassem informação recolhida no Instagram e no Facebook.
Além de poderem escrever publicações que podem chegar aos 500 caracteres e de lhes adicionarem uma fotografia ou carrocéis de fotografias, os utilizadores podem partilhar publicações das contas de outros perfis que sigam ou dos utilizadores que o algoritmo lhes sugira e interagir com pessoas, marcas e organizações através de gostos e comentários.
Nas últimas horas, no entanto, começaram também a surgir as primeiras queixas. Como o Threads está diretamente ligado ao Instagram, se um utilizador que descarregue a aplicação decidir eliminar a conta por alguma razão, apaga automaticamente os perfis nas duas aplicações. Segundo a política de privacidade do Threads, é possível desativar o perfil na aplicação sempre que se quiser. Mas fica sem os dois se avançar.
Além do Threads, existem hoje no mercado redes sociais com funcionalidades semelhantes. É o caso do Bluesky, do Spill e do Mastodon. A mais popular é, no entanto, o Twitter, usada diariamente por 200 milhões de pessoas em todo o mundo. Na passada semana, Elon Musk, detentor do aplicativo, anunciou a intenção de limitar a 1.000 o número de mensagens lidas num único dia pelos que usam o Twitter gratuitamente.
Segundo o empresário sul-africano, a medida visa limitar o uso dos dados da rede social por terceiros para evitar que empresas que desenvolvem modelos de inteligência artificial (IA) acedam a informação pessoal dos utilizadores da plataforma e a usem indiscriminadamente.