TIN convoca assembleia de credores para apresentar plano de recuperação
“É inimaginável conceber a comunicação social em Portugal sem a presença fundamental das nossas revistas, que cumprem o dever constitucional de informar com rigor, qualidade e pluralidade”, justifica a editora num email enviado aos trabalhadores, a que o M&P teve acesso

Luis Batista Gonçalves
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A Trust in News (TIN) vai convocar uma assembleia de credores para apresentar o plano de insolvência, com vista à recuperação da empresa. A informação foi transmitida aos trabalhadores na tarde de 12 de novembro, após uma reunião com os diretores das 16 publicações da editora, numa comunicação por email, a que o M&P teve acesso.
“Na sequência da reprovação do PER [Processo Especial de Revitalização], a TIN vai comunicar formalmente ao AJP [administrador judicial provisório], que nada tem a opor ao parecer de insolvência que venha a sugerir, na convicção de que a empresa continua a operar, e manifestando, desde já, a sua intenção de apresentar um plano de insolvência, requerendo-se, desde logo, a convocação de uma assembleia de credores para apresentação e fundamentação do plano de recuperação da empresa”, refere o documento.
O empresário Luís Delgado, proprietário da editora de títulos como Visão, Exame, Caras, TV Mais e Prima, ainda acredita na viabilidade da empresa, a braços com uma dívida de €32,9 milhões e uma faturação anual inferior a €8 milhões. “A TIN sempre acreditou que o caminho da sua reestruturação e viabilização seria o mais consistente e positivo para todos os credores, e para todos os nossos colaboradores”, afirma a empresa.
Apesar de prever fechar 2024 com um prejuízo de €1,4 milhões, a editora continua a laborar, apesar de continuar a perder colaboradores. Mariana Correia de Barros, que em maio foi convidada a substituir Natalina de Almeida como diretora da revista Ativa, pediu a demissão nas últimas semanas. Será substituída internamente.
“Lamentavelmente, e malogrados todos os nossos esforços no sentido de manter e estabilizar a nossa atividade, cuja reestruturação está em curso e a produzir efeitos positivos, chegamos ao momento onde somos forçados a assumir o próximo passo”, refere o email enviado aos trabalhadores, que não avança uma data para a realização da assembleia de credores.
“É inimaginável conceber a comunicação social em Portugal sem a presença fundamental das nossas revistas, que cumprem o seu dever constitucional de informar com rigor, qualidade e pluralidade. Entendemos, por isso, que uma insolvência cega e que determine a simples dissolução e liquidação da TIN irá deixar a comunicação social nacional mais pobre, e desprotegerá todos os colaboradores e credores, incluindo o próprio Estado”, refere o documento.