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O equilíbrio de género e a diversidade ainda estão longe de chegar ao setor das agências criativas, apesar de existir uma maioria de mulheres à frente das maiores marcas nacionais […]

Cristina Dias Neves
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Quanto mais diversas as equipas, melhor o resultado

O equilíbrio de género e a diversidade ainda estão longe de chegar ao setor das agências criativas, apesar de existir uma maioria de mulheres à frente das maiores marcas nacionais […]

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Cristina Dias Neves
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Imagem da campanha “Viva la Vulva” criada pela agência AMV BBDO para o grupo sueco Essity


O equilíbrio de género e a diversidade ainda estão longe de chegar ao setor das agências criativas, apesar de existir uma maioria de mulheres à frente das maiores marcas nacionais

A equidade entre homens e mulheres no mundo profissional continua a ser uma quimera. Estudos sucessivos indicam que, apesar de as mulheres serem já metade da força laboral, os cargos de chefia mantêm-se maioritariamente nas mãos dos homens.

Mais grave, porém, é que nas  mesmas funções, as mulheres ganham menos do que os homens, o que num  mundo em que as exigências são idênticas, é completamente anacrónico. As causas deste desequilíbrio são ancestrais e têm sido amplamente debatidas. As mulheres continuam a ter sob a sua alçada a gestão doméstica e a assumir de forma lógica e natural o papel de cuidadoras, dos filhos, dos pais, dos sobrinhos, enfim, de todos e de tudo o que estiver à volta. E se é verdade que as coisas estão a mudar — as novas gerações já partilham as tarefas domésticas com naturalidade, dando uma outra liberdade às jovens profissionais — não é menos verdade que há hábitos enraizados,  quase geneticamente, que fazem com que as mulheres fiquem para trás no mundo da liderança, onde a autoridade, a exposição e o risco são palavras de ordem.

Alexandra Machás Responsável pelo estudo da Scopen


Mais mulheres a planear, mais homens a liderar

Fomos perceber de que forma esta realidade se espelha no nosso mercado e, para isso, falámos com Alexandra Machás, responsável por um dos estudos mais citados do mercado: o estudo da Scopen, apresentado no final de 2023. Embora o estudo não esteja construído para realçar o panorama da equidade de género em particular, Alexandra Machás salienta as tabelas do Top 20 marketeers mais citados para concluir que nas grandes empresas anunciantes, há um número significativo de mulheres entre os profissionais mais referidos pelo setor. Na área do marketing, por exemplo, são 13 as mulheres que integram o Top 20. Na área da comunicação institucional das empresas são 12. Esta disparidade pode ser justificada por vários motivos. Olhando numa perspetiva positiva, tratam-se de áreas de inovação e criatividade que são as que clara e rapidamente melhor acolhem os ventos de mudança. Porém, se olharmos com crueza para os indicadores das grandes empresas, também podemos inferir que aquelas são, afinal, áreas tradicionalmente reservadas ao papel da mulher, considerando a esfera de competências sociais que requerem, como empatia ou sensibilidade. Nas agências, o panorama parece estar mais de acordo com a norma. Alexandra Machás chama a atenção para o facto de que, apesar de existirem mais mulheres a trabalhar nas agências de comunicação, há uma maioria de homens em cargos de chefia. Ou seja, a proporção de mulheres versus homens em cargos de chefia é inversa. O estudo mostra que em 20 nomes há apenas sete mulheres no Top 20. Nas agências de meios,passa-se exatamente o mesmo: mais mulheres a planear, mas mais homens a liderar, na proporção de sete para 13.

As agências criativas com maior disparidade 

É nas agências criativas que encontramos a maior e mais gritante disparidade. Este parece ser um domínio quase exclusivo de homens. Na lista dos Top 20 profissionais mais admirados, apenas constam duas mulheres. Basta olhar de relance para as chefias das agências para percebermos que raramente há mulheres e quando há, têm homens ao lado.

Esta situação deriva de dois fatores. Por um lado, são os homens que, na sua maioria, detêm os cargos criativos e, por outro lado, são também os criativos que se tornam as figuras de referência nas agências, que, como o nome indica, têm como valor máximo a criatividade.

Mas sendo a criatividade uma área tão vasta, tão aberta a todos, por que razão é que há muitos mais homens que mulheres? Judite Mota, CCO (diretora geral criativa) da VLM, diz a propósito do fenómeno que “as mulheres parece que vão caindo pelas fendas do sistema”, ou seja, nas carreiras criativas apesar de à entrada existirem tantos homens como mulheres, não são muitas as que continuam na carreira. As razões basicamente são as mesmas apontadas no acesso aos cargos de chefia, com destaque para a disponibilidade. Neste caso, podemos ir mais longe e dizer que não se trata apenas de disponibilidade de tempo, mas também de disponibilidade mental. Depois, também, é uma questão de atitude e de postura, que acaba por abonar sempre em favor dos homens, como se tivessem à partida direitos que as mulheres têm sempre que conquistar.

Judite Mota é a diretora geral criativa da VLM

“As mulheres vão caindo pelas fendas do sistema”

Judite Mota dispensa apresentações a quem está no meio publicitário. É atualmente CCO (Chief Creative Officer) e directora-geral da recém constituída VML, agência que surge da fusão entre a Y&R Portugal onde também já era CCO, e a Wunderman Thompson. Diz-nos, logo de entrada, que está muito satisfeita com a nova equipa que constituiu. À sua equipa de origem, onde prevaleciam duplas masculinas, juntou duplas femininas e mistas, estando por isso, atualmente, a trabalhar em plena paridade.

Mas nem sempre é assim, nem sempre foi assim. “As mulheres parecem que vão caindo pelas fendas do sistema”, afirma. As fendas do sistema publicitário e mais especificamente das áreas criativas. Se há tantas entradas femininas como masculinas porque parece que desaparecem à medida que vão evoluindo na carreira? A explicação aponta para a disponibilidade necessária para se trabalhar na área criativa. Judite Mota explica que são normalmente áreas com muita intensidade em termos de trabalho, que é precisa uma grande disponibilidade mental, que, a certa altura da sua vida, as mulheres não acompanham, porque têm aquela dupla função de serem, também, mães e protagonistas da vida doméstica.

As novas gerações são diferentes, a própria forma de trabalhar também é diferente, estamos longe dos exageros dos anos 1990, as novas gerações equilibram melhor a vida profissional com a vida pessoal, sabem melhor o que querem. A mudança, contudo, não é tão rápida quanto poderia ser. Esta nova forma de estar estende-se também às mulheres e com consequências parecidas em termos da dificuldade de fixação de talento feminino nas áreas criativas. Judite Mota explica: ”Estas gerações mais novas percebem mais depressa que se não é ali que está o que os vai fazer felizes, saltam mais depressa, também. E o efeito é o mesmo, a consequência é a mesma. Desaparecem as raparigas das agências, dos jornais, ou de seja o que for, mas por razões diferentes”.

Quando falamos sobre se já sentiu que estava num ambiente sexista, Judite Mota explica que, sendo uma mulher muitas vezes entre muitos homens, “atualmente reagiria de forma diferente a certos comportamentos, certos comentários”. Ou seja, adianta, “a ideia de – és como nós, és um de nós, podemos fazer os comentários que quisermos à tua frente – hoje não seria aceitável. Era uma coisa que nos diziam como um elogio. E não faz sentido absolutamente nenhum”. Prova de que os tempos mudaram mesmo.

Rita Amzalak é directora-geral da Havas Media

Novas gerações são mais sensíveis à paridade

Rita Amzalak, diretora-geral da Havas Media, é otimista por natureza. Acredita profundamente que “evoluímos muito mais num mundo onde convivemos e exploramos as diferenças”. Porque, na verdade, explica: “sabemos que se fizermos sempre o mesmo caminho e da mesma forma, vamos sempre dar ao mesmo caminho. E não é isso que queremos, muito menos neste mundo, neste mundo da publicidade”, explica Rita Amzalak.

Na sua perspetiva, no mundo da publicidade há uma maior equidade de género do que em outros meios. Na Havas Portugal, por exemplo, a presidente é uma mulher e na comissão executiva há tantos homens quanto mulheres. Esta paridade é o espelho de uma equipa que se divide equitativamente ao nível do género.

Segundo a diretora-geral da Havas Media, o grupo está alerta para o tema e tem implementado a nível internacional um programa que visa precisamente fomentar o empoderamento de mulheres, capacitando-as, treinando-as para conseguirem ascender a cargos de liderança. Este programa de treino intensivo é patrocinado pela gestão de topo do grupo, dando, por isso, um sinal a todos que é um tema importante e prioritário no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU que inclui procurar alcançar a igualdade de género e empoderar todas as mulheres e raparigas.

Rita Amzalak está na lista das cinco mulheres mais admiradas nas agências de meios, elaborada pela Scopen. Diz que nunca se sentiu estigmatizada por ser mulher, até porque vem de uma família grande em que o valor das mulheres e da diversidade é respeitado. Mas sabe que o estigma existe e é necessário continuar a combater modelos de género que estão desajustados da realidade. “Nunca convivemos bem com a discriminação, é completamente paradoxal existirem empresas cuja cultura e mentalidade seja penalizar a maternidade, aquilo que gera a vida. O que se tem que criar são medidas de apoio para que as mulheres que têm esse desafio acrescido possam prosperar e aceder a estes cargos, com tudo aquilo que todos nós valorizamos, não é?”, afirma, em jeito de pergunta,  com um sorriso.

As novas gerações, com quem Rita tem muito convívio, são o seu principal argumento no caminho do otimismo. “Têm um acesso à informação, uma sensibilidade para irem eles próprios à procura do seu desenvolvimento pessoal, uma abertura de mundo que nós não tínhamos”, salienta, concluindo: “Estão a trazer-nos desafios positivos que nos ajudam nesta transformação de mentalidades”.

 

Susana Albuquerque é presidente do Clube da Criatividade e diretora geral executiva da Uzina

Clube dá visibilidade às criativas  

Susana Albuquerque é presidente do Clube da  Criatividade e uma referência no mundo da criatividade, mas também uma defensora acérrima do empoderamento das mulheres no mundo profissional e no seu setor de atividade.

Tudo começou durante a covid-19, quando o Clube da Criatividade organizou uma das suas tertúlias em torno do tema da igualdade de género na publicidade. Susana percebeu que o assunto não estava a ser suficientemente debatido no meio e precisava de um empurrão. Surgiu assim o podcast ‘Clube das Criativas’, um ciclo de conversas entre mulheres das áreas da publicidade e criativa.

A conversa inaugural coube à própria Susana Albuquerque, que convidou para interlocutora Judite Mota, CCO da VML, e continuou depois com Judite a convidar a Ana Magalhães, da VML Nova Iorque, e esta a trazer à antena a realizadora Catarina Vasconcelos e por aí adiante. O último podcast, realizado em janeiro de 2024, foi protagonizado por Rita Torres Baptista e Ana Rita Almeida, da BBDO, na qualidade de entrevistada.

Esta iniciativa é apenas uma entre as muitas que podem ser desenvolvidas para dar voz e visibilidade às mulheres na publicidade. Susana Albuquerque considera que esta não é uma causa exclusiva da publicidade, mas da sociedade em geral, onde os cargos de chefia continuam a ser atribuídos em grande maioria aos homens. Na publicidade acresce a disparidade de funções atribuídas às mulheres e aos homens, áreas de contacto e produção e área de criatividade, respetivamente. Uma disparidade que, na análise de Susana Albuquerque, se deve ao papel determinante que a mulher continua a ter na maternidade e na educação dos filhos, mas também na forma ainda tímida com que se apresenta, expõe e coloca em evidência, quando necessário.

As ideias para combater esta realidade fervilham na cabeça de Susana  Albuquerque, para quem quanto mais diversidade existir nas equipas criativas, mais rico será o resultado. Defende, por isso, que é necessário procurar e pôr cada vez mais em evidência mulheres que têm funções de chefia nas áreas criativas, para que possam dar o exemplo e servir de inspiração.

Já na reta final do segundo mandato como presidente do Clube da Criatividade, Susana Albuquerque tem a ambição que o clube possa continuar com mais iniciativas, como por exemplo, a que se fez em Espanha, onde foi criada a “Más mujeres Criativas”, uma associação com mais de 200 mulheres criativas que – com base num estudo aprofundado sobre o panorama da equidade – tem definidas atividades com métricas associadas, para apoiar as mulheres dentro do setor. Uma iniciativa emblemática dá pelo nome de “UnaDeDos” e foi lançada em 2021, traduzindo o compromisso de mais de 40 marcas, agências e instituições. A ideia é que em 2030 possa haver ‘UnaDeDos’ diretoras criativas nas agências de publicidade mais relevantes do mercado espanhol.

 

Rita Vitorino é gestora de contas e gestora de projeto

“A publicidade precisa muito de mulheres”

Tendo passado por várias agências criativas desde a Ogilvy até, mais recentemente, a MTSF Partners, e também pelos media, enquanto fotojornalista, Marta Vitorino distingue-se por ter escolhido, há já uns anos, o seu próprio percurso individual, dentro da publicidade. É gestora de contas e gestora de projeto para várias agências e clientes, mas trabalha em regime de freelance, ou seja, quando quer e como quer. Um sonho para a maior parte das pessoas e para ela também. A publicidade é um mundo que precisa muito de mulheres. “Há muita criatividade na cabeça da maior parte delas. Quando estamos a produzir um trabalho em que temos que entender o que um determinado público quer e pensar na melhor forma de o fazer comunicar, precisamos ter um grupo de trabalho diverso”, justifica Marta Vitorino.

“Mas não se trata apenas de um tema de mulheres, é mais vasto, falamos também de pessoas diferentes em termos de orientação sexual, idade, etnia e por aí em diante. Infelizmente ainda estamos longe disso, mas esse é o caminho”, diz.

“Se queremos estar de olhos postos no futuro, devemos dar espaço a um grupo de trabalho variado e equilibrado”, acrescenta.

Na perspetiva de Marta Vitorino, não há uma liderança feminina e outra masculina, mas a realidade mostra que há muito mais homens em cargos de topo na publicidade, o que se fica a dever à própria condição da mulher na sociedade: “As mulheres têm duas profissões, trabalham fora de casa, mas também mantém o papel principal em termos domésticos, o que as penaliza quando estamos em profissões onde se compete por melhores projetos, os melhores bónus, as melhores condições. Depois há a herança cultural, o machismo que não se reverte numa geração”, salienta a gestora de contas.

“As mulheres tendem a ter papéis mais empáticos e, por isso, nas agências surgem mais como gestoras de contas ou de projeto. Já os homens estão em maioria nas áreas criativas, onde o ego é importante. Isto conduz a que o mundo da publicidade seja dominado, essencialmente, por homens brancos que, de modo geral, tendem a escolher o que lhes é mais próximo e  conhecido”. Embora não queira adiantar casos precisos, Marta Vitorino é das poucas entrevistadas que responde que já se sentiu várias vezes discriminada por ser mulher, mesmo que em pequenas coisas, subtilezas que revelam a cultura dominante. Considera, no entanto, que as gerações mais novas são diferentes, que se valorizam mais e sabem bem o que querem, sobretudo as mulheres da geração Z. Fazem menos concessões.

Às gerações de mulheres mais novas, Marta Vitorino aconselharia, essencialmente, que tenham respeito por si e pelos outros. “Se houver um ambiente de respeito pelo trabalho, pelas dificuldades e pelas conquistas de forma igual, é meio caminho andado para haver uma valorização equilibrada de todas as pessoas”, conclui.

Filipa Appleton, diretora de marca e marketing do Continente


“Caminho da equidade está a ser feito a passos largos”

Filipa Appleton lidera a área de marketing e marca do Continente há seis meses e acaba de lançar uma nova plataforma de comunicação com o headline “Continente é de toda a gente”, onde a atriz Gabriela Barros se metamorfoseia em diferentes personagens, cada uma com o seu estilo e necessidades diferentes, numa alegoria ao que o Continente pretende ser.

Filipa está orgulhosa da campanha e adianta que “este é o início de uma nova comunicação, que irá, no futuro, integrar outros personagens”.  Conta que “não houve intenção deliberada de escolher uma protagonista do sexo feminino, mas certo é que são as mulheres que, em maioria, continuam a tomar as decisões de compra de alimentos e produtos para o lar”.

Na sua visão, o caminho da equidade está a ser feito a passos largos. Também considera que a existência de tantas mulheres à frente da área de marketing e publicidade das marcas é justificada com o facto de se tratarem de áreas de criação e de inovação, que são, por norma, bastante pioneiras dentro das empresas.

“As mulheres da geração Z já são nascidas na era digital, marcada pela globalização, e têm uma atitude, se calhar, mais orientada para a flexibilidade e para a inovação”, salienta, acrescentando que se trata de uma geração mais focada  na procura de “um propósito no trabalho e que valoriza mais a diversidade, a inclusão e a sustentabilidade”.

Filipa Appleton crê que é realmente a diversidade e a troca de experiências entre gerações que cria valor às equipas, destacando aquela que herdou no Continente. “Uma empresa com equipas diversas que se complementam, reconhecem e integram abordagens diferentes, que se enriquecem mutuamente e promovem uma cultura que valoriza esta diversidade de pensamento, esta troca de experiências que nos desafia mutuamente”.

Com uma filha de 19 anos a estudar gestão, Filipa Appleton confessa que nunca pensou dar-lhe orientação profissional específica, mas tem a expetativa de que seja alguém sem preconceitos, que não faça juízos de valor precipitados, que confie nela própria e nas suas competências. Considera que deve ser proativa na procura de oportunidades, aprendizagens e desenvolvimento profissional e pessoal. “Tento ser também isso para ela, para que veja em mim alguém que não se acomoda num sucesso que é efémero ou num reconhecimento que é efémero”, diz, rematando: “O que é importante é ser boa e feliz no que se  faz. Porque sermos felizes no nosso trabalho, sermos felizes, é meio caminho andado para sermos excelentes profissionais.”

Ana Rita Almeida é diretora geral da BBDO Portugal

Os modelos tradicionais estão a ser ultrapassados 

Ana Rita Almeida é diretora-geral da agência criativa BBDO e gere contas tão importantes como Pingo Doce, Novobanco ou McDonald’s. Com um vasto currículo na área do contacto, passou pela Publicis, Lowe Lintas e Leo Burnet, em Portugal e em Amesterdão, até aterrar na BBDO, em 2002. Aqui fez todo o percurso, da base até ao topo da hierarquia, desde diretora de contas, como começou, até diretora-geral, cargo que exerce desde 2012.

Considera que o meio publicitário ainda é um mundo de homens, mas está a mudar rapidamente, havendo cada vez mais mulheres em cargos criativos e também em cargos de chefia. As mulheres tendem a ficar para trás por razões históricas, como os modelos que lhes são tradicionalmente oferecidos enquanto mães e cuidadoras, mas as novas gerações são muito diferentes e encaram a vida profissional com muito pragmatismo. Ana Rita Almeida vê a mudança a acontecer. A sua experiência diz-lhe que os modelos tradicionais antes impostos estão a ser ultrapassados todos os dias pelos jovens, que vivem a vida com outro desprendimento. A gerir uma equipa de 80 pessoas na BBDO, Ana Rita Almeida afirma nunca se ter sentido discriminada por ser mulher, mas também admite que pode não ter reparado. De qualquer forma, não acredita na dicotomia de género homem/mulher em termos de liderança, mas, sim, em perfis mais ou menos adequados para o efeito. Com uma filha de 17 anos e um filho de 14, admite que se tivesse de dar conselhos a Inês, diria que o que importa mesmo é trabalhar, esforçar-se por atingir os objetivos, mas sempre sem perder o pé. Isto é, com bom senso.

Sobre o autorCristina Dias Neves

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Receitas da Havas crescem 1,5% para €2,73 mil milhões

A perda da conta da Pfizer nos Estados Unidos, no início de 2024, é a principal causa do decréscimo de 0,8% das receitas orgânicas, que não contabilizam novas aquisições, e da queda de 6,6% na faturação na América do Norte

As receitas de faturação da Havas aumentam 1,5% em 2024, para €2,73 mil milhões, face aos €2,69 mil milhões registados em 2023, revelam os primeiros resultados anuais da ‘holding’ francesa de agências, desde que se separa da Vivendi. Os lucros da empresa liderada por Yannick Bolloré aumentam 2,7% para €189 milhões, face aos €184 milhões registados no período homólogo.

Em termos de receitas por região, a Havas apresenta uma tendência de aumento na maioria dos mercados, com um crescimento de 1,2% na Europa, 14,7% na América Latina e 1,1% na Ásia-Pacífico e África. No entanto, na América do Norte, a empresa regista um decréscimo de 6,6% face ao ano anterior, devido à perda da conta da Pfizer nos Estados Unidos, no início de 2024.

“Excluindo este cliente, o crescimento orgânico teria sido superior a 2%”, revela Yannick Bolloré, CEO da Havas, citado na Reuters. Esta perda é a principal causa de um decréscimo de 0,8% das receitas orgânicas, que não contabilizam novas aquisições, registado pela ‘holding’, dado que o setor da saúde é o mais rentável, representando 29% das receitas totais.

“A Havas cumpriu integralmente as expetativas para 2024. Estamos empenhados em impulsionar o lucro e aproveitar as oportunidades em áreas de rápido crescimento, como o digital, o retalho, a experiência do cliente, o design e a consultoria estratégica, ao mesmo tempo que aumentamos os nossos investimentos em dados, tecnologia e inteligência artificial (IA) e fortalecemos a nossa rede global de conteúdos”, declara Yannick Bolloré, em comunicado de imprensa.

Quanto às receitas segmentadas por área de negócio, a Havas Media representa 38%, a Havas Creative 40% e a Havas Health 22%. Após a separação da Vivendi, em dezembro de 2024, a ‘holding’ entra na bolsa Euronext Amesterdão, tendo as ações desvalorizado cerca de 27% desde a entrada em bolsa.

Para 2025, a Havas prevê um crescimento de 2% das receitas de faturação, mantendo o foco em dados, tecnologia e IA, ao continuar com a estratégia ‘Converged’, que prevê um investimento de €400 milhões até 2027 nessas áreas, bem como numa estratégia de fusões e aquisições. “Tendo concluído seis aquisições em 2024, continuamos a seguir uma estratégia dinâmica de fusões e aquisições, com três novas aquisições em áreas-chave de crescimento desde o início do ano”, salienta Yannick Bolloré.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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ModaLisboa transmite desfiles nos ecrãs digitais da MOP (com vídeo)

“Vamos aproveitar o posicionamento e o contacto que temos diariamente com toda a população para, por vezes, além da publicidade, comunicarmos conteúdos interessantes”, adianta Vasco Perestrelo, CEO da MOP. Alguns dos múpis têm decorações especiais (na foto)

Os desfiles da 64.ª edição da ModaLisboa, que decorre de 6 a 9 de março, são transmitidos em direto nos écrãs digitais da MOP, nas ruas e nas principais estações de comboio e metropolitano, sendo a primeira vez que os suportes são usados para difundir conteúdos e não para os normais anúncios publicitários.

“Na MOP, sempre procurámos ter uma visão e um posicionamento que não se limite apenas a um canal publicitário. Vamos aproveitar o posicionamento e o contacto que temos diariamente com toda a população para, por vezes, além da publicidade, comunicarmos conteúdos interessantes, que possam oferecer bons momentos às pessoas”, explica Vasco Perestrelo, CEO da MOP, citado em comunicado de imprensa.

Os múpis da MOP nas estações do Cais do Sodré, Restauradores, Avenida, Marquês de Pombal e de São Sebastião exibem, no interior, objetos e roupas que criam bonecos e fornecem informações sobre o evento. O vídeo que mostra os bastidores da montagem das figuras está a ser divulgado nas redes sociais da empresa de publicidade exterior.

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André Folque gere nova área de negócio do GroupM

“A Choreograph representa a convergência estratégica das capacidades do GroupM nas áreas de análise, gestão e ativação de dados, consolidando uma oferta única para todas as agências e clientes do grupo”, explica André Folque (na foto), diretor executivo da empresa

O GroupM está a lançar a Choreograph, empresa de dados e tecnologia do grupo WPP , que tem André Folque como diretor executivo e equipas do grupo multinacional dedicadas a dados, ‘nuvem’, análise, ‘business intelligence’, ‘insights’ e consultoria.

“A Choreograph representa a convergência estratégica das capacidades do GroupM nas áreas de análise, gestão e ativação de dados, consolidando uma oferta única para todas as agências e clientes do grupo. Este passo reforça o compromisso do WPP com a inovação em ‘data’ e inteligência artificial, colocando estes dois elementos no centro das estratégias de crescimento das marcas. Liderar esta transformação é um privilégio e uma oportunidade para impulsionar um impacto significativo no mercado”, refere André Folque, citado em comunicado de imprensa.

O novo diretor executivo da empresa tem uma carreira de cerca de 16 anos no setor, nove dos quais como diretor de digital e sócio-gerente da EssenceMediacom, tendo também passado pela Licor Beirão e Publicis, onde assume a gestão da transformação de negócio. Em 2024, regressa ao grupo WPP para integrar a equipa de liderança da VML, enquanto responsável pelas áreas de experiência do consumidor, dados e tecnologia.

“O WPP tem o privilégio de contar, em Portugal, com mais de 900 colaboradores de 40 nacionalidades, o que nos dá uma capacidade única para servir os nossos clientes. Quer pela diversidade do nosso talento, quer pelas suas capacidades únicas e diferenciadas, que aliam um conhecimento profundo sobre a realidade portuguesa à experiência de servir globalmente, a partir de Portugal, marcas que operam num mercado extremamente competitivo. A Choreograph é o espelho de tudo isto”, argumenta Francisco Teixeira, CEO do grupo WPP em Portugal.

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Duarte Elvas elege a série 'Nós Tivemos Sorte', da Disney+, como o trabalho que mais o marca recentemente FOTO DR
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“Trago uma perspetiva europeia aos projetos”

Duarte Elvas, diretor criativo do estúdio de design e pós-produção Sarofsky, está a desenvolver projetos para a Amazon, o A24 e a Max. Em Chicago, onde vive e trabalha, diz ter mais tempo para pensar e calma para criar, revela ao M&P na rubrica de Portugal Para o Mundo

Além de ter desenvolvido anúncios para as marcas Nike, Apple, Jeep, Absolut e Spotify, Duarte Elvas, diretor criativo do Sarofsky, estúdio de design e pós-produção publicitária e audiovisual, também tem o nome nas fichas técnicas de filmes como ‘Capitão América: O Soldado do Inverno’ e de séries ‘Brooklyn Nine-Nine’, ‘Animal Kingdom’ e ‘Beef’.

Nos Estados Unidos, onde vive e trabalha há 12 anos, a capacidade de trabalho que adquiriu em Portugal tem-se revelado uma mais-valia. Duarte Elvas partilha com o M&P a experiência enquanto profissional expatriado, na rubrica De Portugal Para o Mundo.

Trabalhar fora de Portugal era uma ambição ou houve uma circunstância a determinar a saída?

Trabalhar nos Estados Unidos era uma ambição que tinha desde muito novo. A minha família sempre viajou bastante e apercebi-me cedo que o mundo não é assim tão grande e que queria conhecer mais.

No secundário, tive a oportunidade de ir estudar um ano para os Estados Unidos, não olhei para trás e a minha família sempre me apoiou. Licenciei-me em cinema e televisão, no Savannah College of Art and Design, antes de voltar para Portugal, em 2011. É aí que começa a minha carreira como ‘motion designer’.

Onde é que trabalhou em Portugal?

Trabalhei principalmente para a D&D Audiovisuais, para a Iniziomedia e para a SP Televisão, mas também com outros estúdios em projetos pontuais. A certa altura, senti necessidade de aprender mais e de dar um passo maior na minha carreira. Foi então que, em 2013, decidi voltar aos Estados Unidos para fazer um mestrado em ‘motion design’ e fiquei cá.

Em termos profissionais, quais são as diferenças entre trabalhar em Portugal e nos Estados Unidos?

A maior diferença tem a ver com os orçamentos. Há um investimento maior por parte dos clientes, o que permite o acesso a mais e melhores recursos, tanto a nível de equipamento como de talento. Em Portugal, fazem-se milagres com os orçamentos disponíveis, o que pode ser muito gratificante, por vezes. Contudo, sinto que a maior parte das produções aqui nos Estados Unidos são pensadas com mais tempo e sem requerer tantas horas extraordinárias.

Há menos stresse?

Sim. Noto aqui, no geral, uma boa disposição e uma atitude positiva que fazem com que ir trabalhar se torne um pouco mais fácil, mas isto também pode ter a ver com o estúdio onde trabalho.

O diretor criativo do estúdio de design e pós-produção Sarofsky vai para os Estados Unidos para estudar cinema, televisão e ‘motion design’ FOTO DR

Quais são as mais-valias e os obstáculos que ser português tem no seu trabalho?

Nunca senti que a minha nacionalidade tenha causado qualquer obstáculo a nível profissional. Mas as mais-valias são bastantes. Sinto que trago uma sensibilidade diferente, uma perspetiva europeia, aos projetos. Por ter trabalhado em Portugal, aprecio mais certas coisas que são banais para alguém que só conhece esta forma de trabalhar. Isso torna-me mais resiliente e ajuda-me a relativizar em situações que, por vezes, são complicadas.

Isso tem também a ver com o facto de ter começado a viajar cedo?

Viajar é fundamental para quem trabalha em atividades criativas. Vir de um sítio diferente é, por si só, uma mais-valia. O facto de não conhecer ninguém quando vim morar para Chicago obrigou-me a concentrar-me mais no trabalho e a dedicar-me à minha atividade profissional sem qualquer distração, pelo menos nos primeiros anos.

Quais são as particularidades da sua área de atividade, em termos de desafios e de diferenças, em relação ao mercado português?

O ‘motion design’ é uma indústria que só se tornou ‘mainstream’ há pouco tempo. Tem crescido a um ritmo alucinante e há cada vez mais jovens designers a interessar-se e a explorar este meio. Há talento fenomenal em Portugal e no resto da Europa a criar trabalhos incríveis. O trabalho que fazemos pode ser visto em ‘spots’ publicitários, filmes, séries, documentários, vídeos musicais, instalações e em muitas outras formas de expressão artística, tanto em Portugal como nos Estados Unidos.

Sendo mercados distintos, o trabalho que vos pedem também é muito diferente?

O grande desafio e a grande diferença é a escala e a quantidade de projetos americanos, que são gigantes e numerosos, quando comparados com os do mercado português. Pesa um pouco a responsabilidade de trabalhar num filme ou numa série que vão ser vistos por milhões de pessoas em todo o mundo. Mas, ao mesmo tempo, também é extremamente gratificante vermos o nosso trabalho reconhecido por tanta gente. Parte da razão por que decidi vir para este lado do mundo foi para encontrar oportunidades que me pareciam impossíveis em Portugal, na altura. Hoje, com a possibilidade de trabalho remoto, é possível estar em qualquer parte do mundo com acesso à internet e encontrar as mesmas oportunidades.

Ter ido morar sozinho para Chicago obriga Duarte Elvas, que entra para o estúdio Sarofsky como estagiário, a focar-se no trabalho FOTO DR

Qual é o momento que o mercado norte-americano atravessa na sua área de atividade?

Durante a pandemia, houve um grande ‘boom’ no meio dos ‘motion graphics’. Não podendo haver filmagens, muitas marcas recorreram à tipografia e à animação para contar histórias. Depois da euforia dos últimos anos, perante a incerteza que se sentia no clima económico, houve uma queda na procura e muitos estúdios fecharam. Essa situação levou muitos designers a tentar a sorte como freelancers, o que levou a uma saturação do mercado. Lentamente, a situação está a melhorar.

Mesmo com o crescimento inteligência artificial (IA)?

Sim, a IA está a mudar a forma como trabalhamos. Não tenho uma visão fatalista e penso que vai ter de haver uma adaptação. Aconselho todos os profissionais da minha área a aprender a usar a IA, pois os que a souberem utilizar vão ter uma enorme vantagem sobre os outros. Esta grande revolução não nos deve impedir de nos focarmos na nossa humanidade, no que nos une e diferencia das máquinas. Estas mudanças irão afetar a nossa linguagem visual e criar novos estilos e tendências, o que me parece estimulante.

Que funções desempenha atualmente e que projetos tem em mãos?

Sou líder criativo no estúdio de design e pós-produção. Comecei como estagiário há cerca de 12 anos, depois de ter terminado o mestrado. Fui crescendo profissionalmente e, neste momento, estou a trabalhar em duas longas-metragens, uma para a Amazon e outra que irá estrear no verão, além de estar a colaborar em duas séries, uma para a A24 [estúdio de cinema independente norte-americano fundado por Daniel Katz, David Fenkel e John Hodges] e outra para a Max.

Estou também a desenvolver gráficos para uma conferência. É normal ter vários projetos em simultâneo, mas dependo muito dos produtores, que gerem as entregas e que não deixam que os vários projetos interfiram uns com os outros.

Qual foi a experiência profissional que teve nos Estados Unidos que mais o marcou?

Houve, até hoje, vários trabalhos que me marcaram, todos por razões muito diferentes. A série ‘Brooklyn Nine-Nine’ marcou-me por ser o meu primeiro ‘main title’ a ser emitido nos Estados Unidos e a longa-metragem ‘Capitão América: O Soldado do Inverno’, por ser o primeiro filme da Marvel em que colaborei.

A série ‘Animal Kingdom’ marca a minha primeira vez a realizar para a Sarofsky. Destaco ainda ‘Beef’, pela surpresa que foi ver esta maravilhosa série ganhar vida.

Há um projeto que o tenha marcado mais?

Não consigo eleger só um. Ultimamente, a série ‘Nós Tivemos Sorte’ [disponível em Portugal no Disney+] foi a que mais me marcou. Não só pelo resultado, de que muito me orgulho, mas por todo o processo desde que começámos o conceito, nomeadamente o ‘pitch’ com alguns dos melhores designers e ilustradores do mundo, as amizades que se formaram e a colaboração com os produtores da série e com os descendentes da família retratada.

Tudo isto, aliado à própria história, que é incrível, tornou este projeto numa grande responsabilidade, resultando numa experiência única e inesquecível.

Do que é que tem mais saudades, em relação ao mercado português?

Apesar de preferir trabalhar no mercado norte-americano, sinto muitas saudades das pessoas com quem trabalhei em Portugal. Gostava de ter trazido comigo várias delas. É incrível o nível e a qualidade que conseguimos atingir com tão poucos recursos. A dedicação, a paixão e o esforço da nossa comunidade criativa são inigualáveis.

Pensa regressar?

Penso frequentemente em regressar. Gosto tanto de trabalhar nos Estados Unidos como de viver em Portugal. Quando vou a Portugal, fico perto da praia, nas Azenhas do Mar, um local que para mim é o paraíso. Sonho com o dia em que possa voltar e ficar mais tempo perto das pessoas mais importantes, do mar e da nossa comida, que é deliciosa.

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Maria Oliveira assume direção de marketing da Heineken em Espanha

“Estou entusiasmada por poder dar o meu contributo num mercado como o espanhol e por poder trabalhar com um portefólio de marcas tão amplo e atrativo”, salienta Maria Oliveira (na foto), ex-diretora de marketing da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas

Maria Oliveira acaba de ser anunciada como a nova diretora de marketing da Heineken em Espanha. Cerca de quatro anos depois de ter assumido a direção de marketing da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, a ‘marketer’ portuguesa troca Lisboa por Madrid.

“Estou entusiasmada por poder dar o meu contributo num mercado como o espanhol e por poder trabalhar com um portefólio de marcas tão amplo e atrativo”, revela Maria Oliveira, citada em comunicado de imprensa. A diretora de marketing reporta diretamente a Etienne Strijp, presidente da Heineken Espanha.

Além da Heineken, vai trabalhar marcas como Cruzcampo, Amstel, El Águila, Desperados, El Alcázar, Ladrón de Manzanas, 18/70, Paulaner, Guinness, Lagunitas e Affligem. “Estou convencida que, juntamente com a fantástica equipa com que conto, conseguiremos grandes resultados em matéria de inovação”, refere Maria Oliveira, que ocupa o cargo deixado vago por Lucía López-Rúa, a nova diretora regional de comercio para o continente americano.

Formada em economia pela Universidade Nova de Lisboa, a ‘marketer’ inicia a carreira profissional na Unilever, em 2001, transitando em 2012 para a Sociedade Central de Cervejas e Bebidas. Em 2021, assume a direção de marketing da empresa, sendo responsável pelas estratégias promocionais das marcas Sagres, Bohemia, Heineken, Luso, Castello, Desperados, Affligem, Guinness, Strongbow e Bandida do Pomar.

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A iServices tem os presentes ideias para os pais mais tech

O Dia do Pai é uma oportunidade especial para demonstrar carinho e gratidão por quem sempre esteve presente.

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Encontrar o presente perfeito pode ser um desafio, mas a iServices acredita que a tecnologia pode tornar este momento ainda mais especial. Seja para facilitar o dia a dia, apoiar os seus hobbies ou simplesmente surpreendê-lo com algo inovador, há sugestões que vão fazer toda a diferença.

Para o Pai desportivo

 

Se o pai lá de casa é fã de desporto, o Smartwatch iS é a escolha ideal. Este relógio inteligente permite acompanhar treinos, monitorizar a frequência cardíaca e receber notificações diretamente no pulso. É o aliado para um estilo de vida prático e saudável.

 

 

Para o Pai viajado
Para os pais que estão sempre em idas e vindas, há duas sugestões – o Carregador Magnético Wireless 3 em 1 e o Adaptador Universal de Viagem. O carregador permite alimentar simultaneamente o smartphone, smartwatch e auscultadores, com apenas um cabo e num gadget robusto que, depois de usado, se fecha num pequeno disco. Já o adaptador de viagem universal é compatível com várias tomadas internacionais, portanto um essencial para quem viaja com frequência.

 

Para o Pai que gosta de aventuras

 

Se tem um pai fã de acampar, de andar sempre a passear de um lado para o outro e que não pode ficar sem o seu café – a Máquina de Café Portátil iS. Com um design compacto e bateria, esta máquina permite preparar até 6 cafés quentes ou frios em qualquer lugar. Compatível com café moído e com as principais marcas do mercado, é um essencial para todos os que precisam do seu café para funcionar.

 

Para o Pai apaixonado por gadgets

 

Para quem gosta de acessórios tecnológicos e está sempre à procura da última novidade, o Smart Ring iS. Este anel inteligente monitoriza indicadores de saúde e atividade física, oferecendo tecnologia de ponta num design elegante e confortável que vai estar na ponta do seu dedo.

 

 

Para o Pai distraído

 

A Smart Tag é um presente perfeito para os pais que têm aquela tendência de nunca saber exatamente onde está a carteira, ou as chaves, ou o animal de estimação lá de casa… Este pequeno dispositivo permite localizar facilmente todos estes objetos essenciais.

 

 

Estas são apenas algumas das muitas opções disponíveis na iServices. Visite uma das lojas e descubra o presente ideal para o seu pai, combinando tecnologia, inovação e praticidade num só gesto. Porque um bom presente é aquele que faz a diferença no dia a dia!

 

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Campanha da Moët & Chandon apresenta Pharrell Williams como embaixador da marca (com vídeo)

A campanha da Convoy, agência francesa de estratégia de marca, conteúdos criativos e inovação, inclui digital, imprensa e publicidade exterior, e retrata Pharrell Williams (na foto) como o amigo que leva o champanhe nas festas de aniversário

A colaboração de Pharrel Williams com a Moët & Chandon, para o lançamento da Moët & Chandon Pharrell Williams Limited Edition, é promovida com uma campanha publicitária multimeios, que apresenta o artista como embaixador da marca, ao representá-lo como o amigo que leva o champanhe nas festas de aniversário.

O ponto de partida da parceria nesta edição especial e, consequentemente, da campanha publicitária é a ideia da celebração dos aniversários. Neste contexto, o vídeo de 45 segundos conta a história de Pharrell Williams e dos amigos, que se preparam para ir a uma festa de aniversário, num apartamento no coração de Paris.

FOTO ANTHONY SEKLAOUI

A narrativa apresenta os diferentes perfis de amigos, que habitualmente são parte de uma festa de aniversário: o que chega tarde, o que trata do bolo, o que escolhe as flores e o que leva os balões. Pharrell Williams surge como o amigo que leva o champanhe. “A melhor parte de um aniversário são as pessoas que querem celebrá-lo connosco”, defende Pharrell Williams, citado em comunicado de imprensa, revelando que “quando tinha idade suficiente para brindar com champagne pela primeira vez, a Moët & Chandon era a minha referência. Suponho que é apenas uma tradição, é o ritual.”

A campanha que inclui digital, imprensa e publicidade exterior é da responsabilidade de Juan Costa Paz e Nordine Benotmane, cofundadores e diretor criativo executivo e diretor de design, respetivamente, da Convoy, agência francesa de estratégia de marca, conteúdos criativos e inovação. O realizador Bardia Zeinali, da produtora norte-americana Anonymous Content, assina o vídeo, enquanto o fotógrafo de moda francês Anthony Seklaoui é o responsável pelas fotografias.

FOTO ANTHONY SEKLAOUI

A campanha é parte do lançamento de uma edição especial, com um design que recupera o arco que é usado no gargalo da garrafa em 1889. O arco, que simboliza união, generosidade, alegria e surpresa, é um dos elementos-chave desta coleção, em que o gargalo e a caixa da garrafa estão ‘vestidos’ de dourado, azul meia-noite, vermelho profundo, bem como branco, no caso da variedade Néctar Impérial Rosé. Pharrell Williams faz a personalização, assinando a garrafa e a caixa com letras pontilhadas a branco, semelhantes a pérolas. O habitual selo vermelho da garrafa é transformado num monograma pérola, com as iniciais, PW.

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Ana Guiomar é a nova cara do Intermarché (com vídeo)

A atriz e apresentadora, que protagoniza a nova campanha digital da marca (na foto), vai dar a cara pelo retalhista ao longo do ano. “Estrategicamente, é uma escolha que garante à marca um forte alcance digital”, diz Mário Costa, diretor-geral do Intermarché

Ana Guiomar é a nova embaixadora do Intermarché, protagonizando a campanha digital ‘Juntos Vivemos Felizes Para Sempre’, que o retalhista está a divulgar nas redes sociais. A atriz e apresentadora, que é agenciada pela Glam, também é a estrela dos anúncios da estratégia promocional da marca francesa para 2025.

“Estrategicamente, é uma escolha que garante à marca um forte alcance digital”, reconhece Mário Costa, diretor-geral do Intermarché, citado em comunicado de imprensa. Com a contratação de Ana Guiomar, a empresa pretende reforçar a proximidade dos consumidores com a marca.

“A escolha enquadra-se em diferentes dimensões. Criativamente e emocionalmente, permitiu-nos, nesta fase de lançamento, aguçar a curiosidade dos consumidores em torno desta parceria, que reflete a relação de proximidade, confiança e compromisso que construímos diariamente com os nossos clientes”, salienta Mário Costa.

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Audiências mensais: ‘Pay-TV’ atinge o valor mais elevado desde outubro

Nos canais em aberto, o destaque vai para o período do ‘prime-time’ que a TVI recupera, depois de a SIC ter levado a melhor durante o mês de janeiro. É no segundo ‘prime-time’ que a TVI consegue uma maior diferença face à SIC

A análise de audiências de televisão da agência de meios Initiative, que integra o grupo Mediabrands, revela que em fevereiro o consumo televisivo regista uma diminuição de 1,2 pontos percentuais face ao mês de janeiro.

Contudo, comparando com o mês de fevereiro em 2024, o consumo televisivo aumenta dois pontos percentuais. Entre os canais FTA (RTP1, SIC e TVI), em fevereiro, todos registam uma diminuição do ‘share’.

A TVI, com uma quota de mercado de 15,3% (menos 0,2 pontos percentuais face a janeiro), mantém a liderança seguida da SIC, que com um ‘share’ de 13,7% (menos um ponto percentual face a janeiro) ocupa a segunda posição. É o canal que verifica a maior diminuição depois de, no último mês, com a transmissão da Final Four da Taça da Liga, ter registado bons níveis de audiência.

A RTP1 fica na terceira posição com um ‘share’ de 11% (menos 0,3 pontos percentuais face a janeiro). As tipologias ‘cabo’ e ‘outros’ (visionamento em diferido de alguns canais não auditados e outras utilizações de televisão, como ‘streaming’ ou consolas), são as mais beneficiadas durante o mês de fevereiro, tendo verificado um aumento de 1,5 pontos percentuais e 0,3 pontos percentuais face a janeiro, respetivamente.

 

 

Em fevereiro, o crescimento da ‘pay-TV’ para os 40,9% (mais 1,5 pontos percentuais face a janeiro), o valor mais elevado desde outubro, deve-se sobretudo ao crescimento dos canais de informação (CMTV, CNN Portugal, SIC Notícias e Now).

A CMTV é o canal que regista o maior aumento, reforçando a posição de canal preferido dos portugueses no cabo. A instabilidade política e o funeral de Pinto de Costa contribuem para o crescimento.

No caso da CMTV, da CNN Portugal e do Now, o dia 17 de fevereiro, marcado pelo funeral de Pinto da Costa e por um sismo na região de Lisboa, é o dia do mês com o ‘share’ mais elevado. Para além destes canais, destaque ainda para o Star Movies, que, com mais dois pontos percentuais face a janeiro, sobe ao top 10 dos canais de cabo mais vistos do mês.

 

 

Em fevereiro, o programa mais visto é o jogo de futebol para a Taça de Portugal, entre o SL Benfica e o SC Braga. A partida tem uma audiência média de 1 milhão e 487 mil telespectadores (vs. 1 milhão e 457 mil do Gil Vicente FC x Sporting CP), o que representa um ‘share’ de 28,4% (vs. 28,2% do Gil Vicente FC x Sporting CP).

Na segunda posição surge o ‘Isto É Gozar Com Quem Trabalha’, programa humorístico apresentado por Ricardo Araújo Pereira, com uma audiência média de 985 mil telespectadores, o que equivale a um ‘share’ de 18,2%.

O concurso ‘O Preço Certo’, com uma audiência média de 922 mil telespectadores e um ‘share’ de 20,1%, completa o pódio de programas mais vistos do mês. A gala do 32º aniversário da TVI surge na quarta posição, com uma audiência média de 912 mil telespectadores e um ‘share’ de 24,3%.

 

 

Em relação às audiências por período horário, no mês de fevereiro, a SIC lidera apenas durante o período do almoço com a transmissão do ‘Primeiro Jornal, com 20,4% de ‘share’ (face aos 17,8% da TVI). A RTP1 lidera apenas durante o pré-‘prime’ com a transmissão do programa ‘O Preço Certo’, com um ‘share’ de 15,8% (vs. 14,6% da TVI).

Nos restantes períodos (manhã, tarde, ‘prime-time’ e ‘late night’), a TVI lidera, no entanto, o destaque vai para o período do ‘prime-time’ que a TVI recupera, depois de a SIC ter levado a melhor durante o mês de janeiro. É no segundo ‘prime-time’ que a TVI consegue uma maior diferença face à SIC (16,1% da TVI vs. 14,9% da SIC).

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Prémios Design M&P estão de regresso com a 15ª edição

O júri presidido por Pedro Pires, fundador e diretor criativo da Poets&Painters, irá avaliar os projetos a concurso, distinguindo o que de melhor tem sido feito em design de comunicação e de produto. As inscrições já estão abertas

Os Prémios Design M&P estão de regresso em 2025, com a 15ª edição da iniciativa do jornal Meios&Publicidade, que distingue os melhores trabalhos em design de comunicação e de produto.

Numa altura em que as marcas fabricantes de produtos e as empresas de design se preparam para enfrentar um dos maiores desafios do momento – a adaptação à diretiva europeia relativa ao ecodesign, até 20 de junho -, a sustentabilidade do design de produto é um tema que ganha urgência, apesar de as marcas já estarem a fazer esforços nesta matéria.

Com a tendência reforçada da colocação do consumidor no centro do marketing e da comunicação, a integração no design de tecnologias como inteligência artificial, realidade aumentada, realidade virtual e Internet das Coisas traz a oportunidade de garantir às marcas uma identidade forte e experiências personalizadas.

Nesta lógica, a inclusão, de par com a sustentabilidade, são exigências desafiantes, que obrigam a ter soluções de design abrangentes, acessíveis a todos e ecoeficientes. Ao explorar dados e soluções mais centradas nos consumidores, a inteligência artificial permite desenvolver interfaces interativos e experiências imersivas, bem como cocriar produtos com ‘feedback’ contínuo dos consumidores, essenciais no sucesso da comunicação e da inovação.

Com este pano de fundo para o futuro, o júri dos Prémios Design M&P irá avaliar os projetos a concurso, distinguindo o que de melhor tem sido feito em matéria de design.

Na edição deste ano, o júri é presidido por Pedro Pires, fundador e diretor criativo da Poets&Painters. Na tarefa de avaliação, Pedro Pires irá liderar o grupo de jurados composto por Andreia Almeida (designer de comunicação na Silvadesigners), Carolina Peres (designer sénior da This is Pacifica), Cláudia Espírito Santo (diretora criativa executiva da Label_human brands), Filipa Montalvão (sócia cofundador da White Way), João Fonseca (diretor de design da Tux&Gill), Luís Castro (diretor criativo de design da Born), Luís Ferreira Borges (diretor de arte da Stream and Tough Guy), Marco Grieco (diretor de arte do Expresso), Marko Rosaline (fundador e diretor criativo da Deadinbeirute), Paulo Pereira da Silva (presidente do conselho de administração da Renova) e Rui Guerra (cofundador e diretor de design da Duall Studio).

As inscrições já podem ser feitas aqui. Até à revelação dos vencedores deste ano, reveja os premiados nas edições anteriores dos Prémios Design M&P.

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