60% dos diretores de marketing planeiam investir €9,2 milhões em IA, por ano, até 2027
Estudo internacional da BCG revela que quase 80% dos CMO afirmam que a IA generativa está a melhorar a automação, a velocidade e a produtividade nas organizações que integram, mas 18% continuam a rejeitá-la, mais 6% do que em comparação com 2023

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O estudo internacional ‘How CMOs Are Shaping Their GenAI Future’, da Boston Consulting Group (BCG), avança que três em cada cinco diretores de marketing (60%) planeiam investir dez milhões de dólares, cerca de €9,2 milhões, em inteligência artificial (IA) generativa, por ano, até 2027.
Numa altura em que 78% dos CMO estão otimistas quanto ao impacto da utilização desta tecnologia nas organizações, o que representa um aumento de quatro pontos percentuais face a 2023, cerca de 80% dos diretores de marketing afirma que a IA generativa está a melhorar a automação, a velocidade e a produtividade nas organizações que integram.
De acordo com o estudo da consultora, a possibilidade de implementação da padronização em escala, a instauração de funções criativas mais estratégicas para a promoção do negócio e o ganho de vantagens competitivas são os principais benefícios da adoção da IA generativa em escala na área do marketing.
Mais de metade dos 200 diretores de marketing europeus, norte-americanos e asiáticos que responderam ao inquérito que serve de base ao estudo da BCG apontam para “um crescimento de, pelo menos, 5% da receita nos seus projetos comerciais baseados em IA generativa”, refere a análise.
A criação de conteúdos (36%) é a prioridade mais invocada para o uso da tecnologia, seguida da monitorização de redes sociais (32%), da escrita de textos (31%) e da segmentação, personalização e análise preditiva (27%). “Os diretores de marketing estão a usá-la para conseguir obter feedback mais específico, assente em dados sobre variações nos segmentos de clientes e diferenças em relação à concorrência, permitindo-lhes ganhar vantagens competitivas nos seus mercados”, refere o estudo.
Apesar do entusiasmo da maioria dos inquiridos, 18% rejeitam o recurso à IA generativa, o que corresponde a um aumento de 6% em relação ao ano passado. A qualidade do trabalho obtido é uma das causas apontadas, uma fraqueza que os utilizadores mais regulares da tecnologia também reconhecem.
“Em termos de qualidade dos conteúdos, ainda há necessidade de aperfeiçoar as ferramentas de IA generativa implementadas, visto que 70% dos diretores inquiridos estão preocupados com o seu impacto na criatividade e no posicionamento das marcas e, por isso, cerca de metade afirmam estar a contratar talento com competências específicas de IA generativa para reforçar a criatividade humana, à medida que vão sendo adotadas ferramentas tecnológicas mais sofisticadas”, avança o estudo.