Agências cobram pouco, dizem os estrategas de marketing
44% dos profissionais inquiridos defendem a cobrança de um valor fixo por projeto, aponta um estudo do WARC. Apesar de ainda serem pouco comuns, as taxas indexadas ao desempenho das estratégias já representam cerca de 2% do mercado global
Luis Batista Gonçalves
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Metade dos estrategas de marketing (48%) consideram que as agências cobram pouco pelos serviços que desenvolvem, revela o estudo ‘Future of Strategy’, elaborado pelo World Advertising Research Center (WARC). Apesar de 41% das agências globais cobrarem valores definidos em função das horas de trabalho alocadas aos projetos, só 24% dos 1.148 estrategas inquiridos é que consideram este modelo de cobrança o ideal.
De acordo com o estudo, 44% dos profissionais defendem a cobrança de um valor fixo por projeto, um modelo que já é adotado por 40% das agências. Apesar de ainda serem pouco comuns, as taxas indexadas ao desempenho das estratégias já representam cerca de 2% do mercado global. Este é, no entanto, considerado o melhor modelo para 14% dos inquiridos.
A análise global revela ainda que mais de metade dos estrategas de marketing (59%) têm vindo a integrar a inteligência artificial (IA) nos processos criativos que desenvolvem no quotidiano, com 74% a usá-la para procurar inspirações e 74% a utilizá-la para evitarem tarefas repetitivas.
“As limitações mais significativas à utilização da IA mantêm-se, em 2024, as mesmas de 2023, com os resultados distorcidos (71%), a falta de criatividade e de originalidade (63%) e as considerações éticas/legais (48%) a serem as mais apontadas”, refere o estudo, que avança ainda que 67% dos estrategas mundiais considera que as organizações onde trabalham investem pouco na sua formação profissional.