Bluesky e X lançam-se com vídeos verticais
A novidade surge numa altura em que o Bluesky começa a ter anunciantes interessados e o X perde utilizadores. O objetivo é atrair utilizadores e marcas, aproveitando a incerteza em torno do TikTok. A Meta, por seu lado, investe numa plataforma de edição de vídeos verticais
Luis Batista Gonçalves
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Já é possível ver e partilhar vídeos verticais no Bluesky e no X. Atrair mais utilizadores e anunciantes às duas redes sociais norte-americanas é a principal intenção.
“Nos ‘feeds’ de vídeo personalizados, pode deslizar para cima para cria linha temporal só com publicações de vídeo”, explica a rede social Bluesky na publicação em que anuncia a novidade. A adoção do novo formato surge após Rachael Datz, diretora-geral de redes sociais da VML, ter assumido, em entrevista à Ad Age, que há clientes interessados em publicitar no Bluesky.
Apesar de estar a perder seguidores, com o programa EuroVerify da Euronews avançar com a desativação de cerca de 115 mil contas desde a tomada de posse de Donald Trump, a 20 de janeiro, o X continua com a ambição de aumentar o número de anunciantes, tendo também passado a disponibilizar o formato. “Um novo local imersivo para vídeos está a ser lançado para os utilizadores dos Estados Unidos”, divulgou a conta oficial do X, no dia 19 de janeiro.
“O Bluesky, à semelhança de outras redes sociais, procura conquistar um espaço de partilha de vídeos curtos fora da classe dos gigantes tecnológicos, com o impulso adicional de se basear no protocolo descentralizado em que o Bluesky é executada”, refere uma análise do World Advertising Research Center (WARC).
Apesar do interesse dos anunciantes, o Bluesky continua a não ter publicidade. “Neste momento, é descentralizado e continua comprometido com o financiamento não publicitário, mas a atração do dinheiro publicitário é forte e, se o público permanecer na aplicação em grande número, poderá começar a ocupar uma posição semelhante à do Twitter na década anterior, como um local para atividades sociais divertidas e orgânicas”, vaticina o WARC.
Numa altura em que o futuro do TikTok se mantém incerto, as empresas que detêm redes sociais posicionam-se para ocupar um espaço que pode vir a ficar vazio. Além da migração para o Xiaohongshu, rival do TikTok que os norte-americanos rebatizaram Red Note, os últimos dias ficam também marcados pelo lançamento do Edits, por parte da Meta, uma plataforma de edição de vídeos verticais que rivaliza com a CapCut, propriedade da ByteDance, dona do TikTok.