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O pior ano de sempre

Com uma quota de 6,5 por cento do investimento, a preços de tabela, o exterior é o terceiro suporte de comunicação. Apesar de 2009 ser recordado como o pior ano […]

Maria João Lima
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O pior ano de sempre

Com uma quota de 6,5 por cento do investimento, a preços de tabela, o exterior é o terceiro suporte de comunicação. Apesar de 2009 ser recordado como o pior ano […]

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Com uma quota de 6,5 por cento do investimento, a preços de tabela, o exterior é o terceiro suporte de comunicação. Apesar de 2009 ser recordado como o pior ano de sempre, os operadores não baixam os braços e apresentam novidades

A crise bateu forte no meio exterior e este terá sido talvez o pior ano de sempre. Quem o diz é Alexandre Amorim, director-geral da Urbout, que trabalha como grandes formatos, pendões e projecções outdoor. Segundo este profissional, não vale a pena negar. “A grande maioria das marcas, fruto da actual situação, desinvestiu muito na comunicação e esse desinvestimento teve um forte reflexo nos maus resultados de 2009”, comenta. E explica que isso se sentiu principalmente no que diz respeito aos grandes formatos já que estes, pela sua natureza, são meios complementares e que apelam à notoriedade das marcas. É que, segundo comenta, em 2009 a notoriedade não foi um requisito levado em consideração pela grande maioria dos anunciantes.

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Alexandra Fialho, directora de marketing da JCDecaux, lembra que o mercado da publicidade em Portugal decresceu no ano de 2009 cerca de 17 por cento (dados de Jan-Nov 2009). “No entanto, consideramos que o mercado está já a entrar em fase de recuperação e que 2010 irá ser certamente um ano bem diferente de 2009”, comenta a responsável da empresa que está presente em Portugal há 38 anos e tem na sua oferta mobiliário urbano com abrigos / mupis (2m2) e seniores (8m2), grande formato com redes de painéis 8×3, backlights e formatos gigantes, lonas e empenas, presença nos aeroportos e projectos especiais (decoração e eventos em centros comerciais e acções especiais de rua).

“Mentíamos se afirmássemos que não notamos a crise”, admite Jorge Miguel, director da Publirent, que no ano passado apresentou algumas soluções criativas e de grande impacto, mas não as conseguiu colocar em prática, pelos valores que eram necessários. Ainda assim, este profissional diz que, com a crise, conseguiram uma afirmação no mercado pela qualidade quer dos produtos, quer das soluções. E em momentos de crise não se deve desinvestir. “Devemos mostrar que estamos cá, de boa saúde e prontos para servir os clientes. Esta filosofia aplica-se a todas as áreas de mercado”, refere. Na opinião de Jorge Miguel há que conquistar a confiança dos clientes, sendo transparentes. “Não tendo receio em afirmar que este ou aquele pedido do cliente não vão ter o efeito desejado”, explica. Este profissional acrescenta que outro factor crítico é a qualidade dos materiais aplicados a cada trabalho. “Temos de ter a perfeita consciência que existem bons e maus materiais, e se queremos ser conhecidos como uma empresa que é de qualidade, só nos resta aplicar esses materiais, mesmo tendo o cliente a dizer que tem mais barato”, argumenta.

E acrescenta que devem fazer o cliente entender que estão a falar de materiais com qualidades diferentes. E explica: “Hoje perdemos um negócio, mas ganhamos credibilidade no futuro. Vamos ser conhecidos como empresa séria e não pela empresa de vão de escada.”

A Publiup, empresa com 10 anos de actividade em grandes formatos, também não ficou imune à crise e sente que há mais clientes a querer comunicar, apesar de “quererem fazer as mesmas campanhas dos anos anteriores com menos investimento”, lamenta Sónia Castelo dos Santos, da direcção comercial. Este ano fizeram a aposta no clean media. “A sua aplicação é muito rápida e eficaz: projecta-se água sobre um stencil e obtém-se uma marca de imediato no chão. Fizemo-lo nas ruas de Lisboa em parceria com o lançamento do filme 2012 da Warner”, comenta Sónia Castelo dos Santos.

Já a Cemusa admite que a crise serviu para reajustar a oferta e a estratégia comercial. “Não faz sentido comprar pior, quando se trabalha melhor. No último ano alguns operadores do mercado aguardavam até aos últimos dias para esperar e aproveitar os custos oportunidade proporcionados pelo meio”, lamenta. E acrescenta que comprando assim, continuamente mais barato, quem planeava e negociava com timings mais ajustados às características do meio obtinha, invariavelmente, custos mais altos.

“Esta é uma situação que penso que nos deve preocupar a todos e não só aos meios, mas também às agências e mesmo ao anunciante que apesar de comprar mais barato está apenas a contribuir para o desequilíbrio do mercado, o que a médio prazo se reflectirá na qualidade do mesmo”, explica Pedro Machado.

Olhando para o ano transacto, Pedro Machado lembra que a Cemusa fez o redesenho dos circuitos de maneira a que estes sejam mais adaptados às necessidades do mercado, mais competitivos, reforçando a liderança na Grande Lisboa e no Grande Porto. Segundo este profissional, aumentaram o número de faces na cidade de Lisboa, o que lhes permite representar cerca de 60 por cento das faces versus a concorrência. No Porto aumentaram o número de faces atingindo cerca de 30 por cento de share quando comparado com a principal concorrência.

A MOP tem tentado dar alternativas para as marcas estarem presentes nas suas redes de transportes públicos. Por exemplo, nos dias 12 e 16 de Outubro nas estações de metro de Lisboa e Porto foram feitas acções de degustação da manteiga Mimosa. Segundo Vasco Perestrelo, CEO da empresa, ficou provada a eficácia e a resposta positiva do público neste tipo de ambiente que é o dos transportes públicos, já que logo no primeiro dia foi necessário reforçar o pão e a manteiga. A Mimosa, para além da distribuição do pão com manteiga, elucidou os clientes acerca dos aspectos benéficos deste lacticínio ao distribuir folhetos de informação. A campanha de Natal da Worten contou com a decoração de vários espaços no Metro de Lisboa e painéis 8X3. No final do ano, nas estações de metro do Marquês de Pombal e do Cais do Sodré, foi possível ver sancas e colunas com o mote da campanha. Na Calçada de Carriche a Worten colocou o Pai Natal a descansar numa rede entre dois painéis 8X3.

Na área do sampling a MOP teve uma acção com a Vodafone para informar os utentes sobre o lançamento de um cartão específico com um tarifário mais barato para emigrantes.

Os folhetos foram distribuídos no Metro de Lisboa e Porto, CP e Transtejo.

Fora dos metros a MOP lançou a 22 de Dezembro o desafio a vários anunciantes para experimentarem uma das suas criatividades num painel da nova rede A Plus e ver as vantagens do novo sistema. O objectivo era dar a conhecer a sua última novidade em redes 8X3 com o sistema Graph´it, um novo material patenteado (lona com velcro incorporado), com maior qualidade de impressão relativamente ao sistema tradicional.

Também a C2M aposta em colocar no mercado espaços que tenham uma qualidade de comunicação tão elevada que se tornem incontornáveis no planeamento das campanhas. Além disso, garante Filipe Vaz, sócio da empresa, fazem questão de apresentar ideias criativas e inovadoras que façam a diferença. “Sabemos que nos dias que correm cada cêntimo conta e a sua utilização é, mais do que nunca, verdadeiramente ponderada”, comenta. E entre os trabalhos do último ano salienta, em termos de inovação e criatividade, a campanha de escadas rolantes que desenvolveram para a Nespresso em que numa única noite conseguiram decorar mais de 1500m2 em vinil, repartido por centros comerciais em todo o país. Lembra ainda a campanha multi-plataforma da Centrum em que decoraram escadas rolantes, instalaram puffs, criaram lounges e decoraram autocarros nos aeroportos. Outra é a campanha para a série CSI-Miami do canal AXN onde, entre outros espaços, simularam uma cena de crime num edifício de Lisboa. A instalação para a Nespresso de mega-lonas in-door com 30m2 cada, suspensas no tecto do Dolce Vita Tejo, ou a recriação em formato 8×3 das caixas de cartão da IKEA são outros exemplos desta empresa.

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O que fazer perante a crise?

“Resistiu melhor quem soube ser inovador e apresentar às marcas projectos de comunicação verdadeiramente desafiantes e novos espaços de comunicação”, disse Filipe Vaz, da C2M Outdoor. 2009 foi o ano de afirmação da C2M junto do mercado publicitário. A empresa colocou no mercado a activação publicitária dos centros comerciais Dolce Vita Tejo e Mar Shopping. “Paralelamente iniciámos a exploração publicitária do interior de todos os aviões da frota da TAP, incluindo vídeo de bordo, assim como business lounges da TAP e Groundforce e autocarros de transporte de passageiros em todos os aeroportos nacionais”, refere o responsável. A oferta da empresa abrangeu ainda posições de grande formato em Lisboa e Porto.

Perante a grande crise que está a afectar o mercado publicitário, Alexandre Amorim traça dois cenários possíveis para a Urbout. O primeiro é o de reajustar a oferta e partir para outros meios. Um cenário que parece “arriscado” já que passavam a ser provavelmente mais um player entre outros tantos. O segundo cenário, que será a linha de orientação para 2010 desta empresa, “passa por manter uma oferta na qualidade no que diz respeito aos espaços, continuar a promover a inclusão de novas tecnologias nas produções e, por outro lado, tentar ajustar os valores a realidade económica actual”.

Estamos a viver uma nova fase no panorama geral da publicidade, a oferta de meios multiplica-se sob a capa da inovação, o que torna mais complicadas as opções dos planeadores, explana. Mas Alexandre Amorim adverte: “Nas alturas de crise tomam-se muitas vezes opções por critérios puramente economicistas o que nem sempre dá o resultado pretendido”.

No último ano a Clearspot desenvolveu e apresentou uma rede de grande impacto baseada no grande formato (telas) e médio formato (backlight halo 12×3) inseridos em circuitos temáticos vs target e indexados às novas e actualizadas centralidades urbanas. Além disso, desenvolveram instrumentos de apoio à decisão que foram colocados ao dispor dos anunciantes e parceiros. E estas novidades foram a resposta à crise que a empresa sentiu em termos de desenvolvimento e retorno de esforços, não em termos de facturação. Mas foi essa mesma crise, diz João Varela, que “reforçou a necessidade permanente de, auscultando o mercado e as tendências urbanas, construir de forma sólida uma rede que assegure valor acrescentado ao nível da comunicação”. Neste contexto a Clearspot fez uma aposta na componente de inovação ao nível técnico, de que são exemplo as telas com sistema de fixação frameless 2D na qual não se visualizam as tradicionais cintas e cabos de aço, permitindo um upgrade estético.

A responsável da JCDecaux comenta que sabem que os clientes da empresa valorizam a capacidade de inovar. “Os clientes estão à espera que seja a JCDecaux a introduzir no mercado novidades que marquem a diferença de forma muito clara”, assume, dizendo que o principal desafio da empresa é proporcionar espaços onde as marcas se diferenciam totalmente e consigam comunicar com o seu target de forma inovadora.

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Ainda assim, um Porto Seguro

Pedro Machado, da Cemusa, aponta como uma lacuna a ultrapassar, a falta de dados de audiência. No entanto, diz, “todos acreditamos que quando as mesmas surgirem irão credibilizar o próprio meio mas também permitir um crescimento em termos de share versus os outros meios e provavelmente a sua utilização de uma forma mais isolada”.

Apesar de ainda sofrer da falta de estudos de audiências, Alexandre Amorim considera que a publicidade exterior continua a ser uma aposta segura para os anunciantes, na medida em que é um meio que comunica para grandes massas e permite um grande número de contactos. Acresce o facto de, pelas suas características, utilizar mensagens simples e assertivas (acessíveis a todos) e centrar 90 por cento do layout no produto. O responsável da Urbout lembra ainda que se falarmos dos grandes formatos acrescenta-se ainda a estas valias uma dimensão (a tal notoriedade) que, garante, “dificilmente se consegue através de outros meios, pelo menos na relação preço/beneficio”.

Pedro Machado, director comercial da Cemusa, defende que da mesma forma que a publicidade exterior foi dos primeiros meios de comunicação, será dos últimos a desaparecer. Isto porque, refere, tem características únicas e que a diferencia dos restantes, como por exemplo o facto de, ao contrario de todos os outros meios, não necessitar de atitude de selecção por parte do consumidor. “Impomo-nos”, admite. Segundo este profissional, desde que haja predisposição para a mensagem, ela terá o seu natural impacto.

Alexandra Fialho identifica como principal vantagem da publicidade exterior o facto de estar fisicamente onde estão as pessoas. “Este meio, tem a enorme capacidade de fixar e diferenciar toda a comunicação dinâmica que seja efectuada”, acrescenta. Mas, segundo esta profissional, a comunicação exterior, de excelência, exige que o conceito da comunicação pretendida pelo cliente seja claramente definido e compreensível. Ou seja, diz, “é necessário que haja uma boa criatividade associada!” Pedro Machado corrobora que a criatividade deverá ser alvo da maior preocupação. “Uma vez que nos impomos ao consumidor, não deveremos desperdiçar a hipótese de comunicar bem logo no primeiro contacto. A criatividade é fundamental.”

Alexandra Fialho acredita que o crescimento do mercado exterior assenta na confiança dos anunciantes, através de provas dadas, que ano após ano investem cada vez mais nesses produtos. E acrescenta que na JCDecaux, “temos diversos clientes que utilizam as redes da JCDecaux como suporte exclusivo de comunicação”.

Filipe Vaz lembra ainda que a publicidade exterior é o único meio onde as marcas podem fazer mass market sem risco de dispersão e, em alguns casos, comunicar directamente em point of sale, no momento em que o consumidor toma a decisão de compra. “Temos clientes que nos confirmam que aumentam exponencialmente as suas vendas, por exemplo em centros comerciais onde fizeram publicidade nos nossos espaços, quando comparando com outros centros comerciais onde vendem o mesmo produto mas não fizeram publicidade”, comenta.

No grande e médio formato (se devidamente localizado e dimensionado) assegura-se visibilidade, elevado impacto, comunicação onde as pessoas estão e onde existem menos restrições à publicidade, diz João Varela. E a prova de tudo isto são alguns dos trabalhos da Clearspot: telas do Canal Odisseia em Vila Nova de Gaia na qual associaram os alpinistas a montarem a tela com baratas à costas reforçando a própria criatividade da tela, a tela do MEO no backlight halo 12×3 no centro do Funchal e as telas do TNSJ e do ICAP no principal acesso ao Norte Shopping.

Jorge Miguel, da Publirent, lembra que a publicidade neste meio deverá ser feita de forma ordeira e sem atropelos. “As pessoas que circulam nas nossas estradas, dentro e fora das cidades, paradas no trânsito, nas suas deslocações quer de trabalho quer de lazer, são grandes consumidores de informação”, refere. Mas há que ter cuidado para não haver poluição visual, que já se começa a sentir. Um outro factor importante, diz Jorge Miguel, é a quantidade de informação que colocam nos locais.

“Assisti a alguns painéis 8×3 com tanta informação que era impossível alguém perceber o que lá estava”, recorda.

E aqui o erro pode ser repartido pelo cliente e pelo criativo. “O cliente por falta de conhecimento, mas o criativo por falta de argumentação válida para com o cliente, levando-o a perceber que está a cometer um erro”, acusa.

Quando comparada a publicidade exterior com a publicidade televisiva, Jorge Miguel não tem pejos em garantir que a que tem maior impacto é a publicidade exterior. “A publicidade exterior está em determinado local 24 horas por dia durante um determinado período de tempo, a publicidade televisiva, passa em determinadas circunstâncias e por períodos de tempo muito curtos”, argumenta. E continua: “A absorção de informação é muito menor na publicidade televisiva.”

Práticas menos claras

Jorge Miguel, director da Publirent, põe a nu uma realidade que, segundo diz, existe neste mercado.

“Sabemos de empresas que se ‘esquecem’ de pedir licenças, que colocam publicidade em locais que, para além de não ser permitido, ainda colocam em risco quem por lá passa”, acusa. Quando perdem um negócio para essas entidades, “em nada ficamos chateados pois sabemos e alertamos os clientes da irregularidade que estão a cometer, não directamente mas indirectamente”, comenta.

Também João Varela da Clearspot faz referência a esta situação: “As redes ilegais para além de danificarem a imagem dos anunciantes, colocam em risco a vida das pessoas que circulam nas estradas.” Este profissional congratula-se por existirem cada vez mais anunciantes a terem a consciência da responsabilidade que têm ao financiarem via contratação estas redes ilegais.

“Felizmente também a sociedade e seus meios de comunicação estão a dar mais atenção ao fenómeno, sendo que as autoridades estão lentamente a tomar consciência de que não têm de estar à espera de uma tragédia ’em directo’ nas estradas para intervirem de forma eficaz”, remata.
– Exclusividade do exterior

M&P: Em que situações poderá fazer sentido que o meio exterior seja usado em exclusivo e não como suporte a campanhas multimeios?

Alexandre Amorim, Urbout: “A publicidade exterior é muitas vezes a escolha única entre os meios em campanhas de abertura de lojas, eventos culturais, desportivos. No fundo quando se pretende uma campanha demarcada numa determinada zona geográfica. Um dos meios de que dispomos (pendões) são muitas vezes a escolha única em campanhas com essas características.”

Pedro Machado, Cemusa: “O exterior, para além de um excelente complemento a qualquer meio com outras características, pode ser exclusivo ou mesmo o meio principal quando abordamos o mercado com o objectivo da ‘chapada de marca’, mostrar produto e promoções.”

Alexandra Fialho, JCDecaux: “A publicidade exterior é o único meio que tem uma perfeita adequação aos hábitos de vida dos consumidores que se revela como um enorme ponto forte. Os consumidores passam cada vez mais tempo na rua! ”

Filipe Vaz, C2M Outdoor: “Depende muito do produto ou serviço que se anuncia e do enquadramento e objectivos da campanha. Não sou fundamentalista da publicidade exterior nem retiro mérito aos outros meios. Ainda assim faz sentido apostar fortemente na publicidade exterior quando as marcas querem fazer uma comunicação de massas, quando querem interagir pessoalmente com o consumidor ou quando querem segmentar geograficamente. Mas mesmo quando querem segmentar, por exemplo, por classes ou faixas etárias, conseguimos apresentar soluções de comunicação eficaz em publicidade exterior. Veja-se a diversidade de soluções de comunicação e targets que podemos ter num centro comercial em Oeiras, ou numa lona no centro de Lisboa ou no voo da TAP para o Rio de Janeiro ou nos autocarros em qualquer aeroporto nacional.”

João Varela, Clearspot: “A todos os considerem importante comunicar 24h/7, mas também a todos os anunciantes que têm de contar com restrições como, por exemplo, horários.”

Jorge Miguel, Publirent: “A publicidade exterior faz parte de um conjunto de meios disponíveis para comunicar, não podemos dizer que se apostarmos só em publicidade exterior vamos ter mais sucesso que um concorrente que utiliza vários meios de comunicação, sendo que um deles é comunicação exterior. Tudo depende do objectivo final, do mercado alvo, e sobretudo, do produto ou serviço a comunicar.”

Sónia Castelo dos Santos, Publiup: “Sempre que uma marca identifique e defina facilmente o seu alvo. A publicidade exterior acompanha as pessoas no seu dia-a-dia, no caos do trânsito, nos semáforos encarnados que não abrem, nos trajectos diários casa-trabalho, levar os miúdos à escola, ou seja, não há possibilidade de zapping e o efeito repetição é garantido.”

– O que se passa indoor?

“O ano de 2008 não foi um ano simpático para o sector da publicidade. Começou mal, muito mal, fruto de muitas indecisões e com uma grande retracção”, lembra Miguel Xara Brasil, New Impact, empresa de meios indoor. Porém refere que essa circunstância os obrigou a agir, a mudar e a procurar novas soluções a vários níveis. E a aposta desta empresa centrou-se na activação de marca. Entre os trabalhos desenvolvidos Miguel Xara Brasil destaca a acção do B da Compal que foi direccionada para um público universitário. “Foi implementada nas universidades, onde foram utilizados os painéis da New Impact com cartazes lenticulares (sensação de movimento) e várias equipas de promotores a proporcionar a experimentação do produto”, descreve.

E o mesmo profissional apresenta argumentos de peso para a opção das duas redes: “O nosso posicionamento permite-nos, perante a tipologia de espaço, não só direccionar e segmentar a comunicação, como também quantificá-la com muito rigor.” Este profissional acrescenta ainda que os suportes garantem uma taxa de retenção elevadíssima e os locais (ginásios, bares, discotecas, universidades) possibilitam a colocação de peças decorativas “que são verdadeiras mais-valias à dinamização de acções de activação da marca”.

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Bar Ogilvy promove época de festas na Madeira (com vídeo)

A campanha produzida pela Bro, que aborda as atividades disponíveis na ilha, no Natal e fim de ano, é divulgada em suportes digitais, nas redes sociais da Meta, Google e YouTube

Meios & Publicidade

A campanha de Natal e fim de ano Madeira reforça o espírito de pertença e autenticidade com um novo apelo à vivência plena do destino. Dando continuidade à comunicação da iniciativa ‘Vive a Madeira por inteiro’ apresentada em 2023 para o mercado nacional e amplificada para o mercado externo com a designação ‘Experience Madeira for Yourself’, o filme publicitário promove as festividades natalícias do arquipélago.

Com criatividade da Bar Ogilvy e produção da Bro, o anúncio evidencia a oferta turística, cultural e gastronómica da região. Divulgada em suportes digitais, nas redes sociais da Meta, no Google e no YouTube, a campanha, promovida pela Associação de Promoção da Madeira (APM), volta a apresentar o arquipélago como destino de mar, montanha e tradições culturais.

“Reconhecendo que não é possível capturar toda essa experiência num simples anúncio, optámos por uma abordagem disruptiva, transmitindo a mensagem que estar fisicamente na região é a única forma de experienciar verdadeiramente tudo o que o destino tem a oferecer. A proposta é aproveitar ao máximo, vivendo cada momento por inteiro”, explica a APM em comunicado de imprensa.

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JMR Digital traz para Portugal plataforma de automação de marketing

A Deployteq (na foto) permite criar campanhas multimeios a partir de qualquer lugar, sem necessidade de códigos, e é alimentada por inteligência artificial. A apresentação pública da ferramenta é a 10 de dezembro

Luis Batista Gonçalves

A agência de marketing digital e automação internacional JMR Digital disponibiliza em Portugal a plataforma de automação de marketing Deployteq. Através de um leque de ferramentas digitais, é possível criar e amplificar campanhas multimeios. Acessível a partir de qualquer lugar sem necessidade de códigos, a tecnologia é integrável noutras plataformas, permitindo uma abordagem de marketing unificada e centralizada.

Tirando partido de um modelo de dados estruturado para refinar estratégias e impulsionar o sucesso das campanhas, a Deployteq é alimentada através de inteligência artificial (IA). Além da gestão de dados sincronizados que possibilita, permite uma maior personalização e segmentação das comunicações. “Através de uma abordagem multicanal, garante um maior alcance através de diversos canais e plataformas, para um maior ‘engagement’ entre marcas e consumidores”, refere o documento de apresentação, a que o M&P teve acesso.

Fundada em 2017 pela portuguesa Joana Meireles e pelo neerlandês Mischa Rinck, a JMR Digital apresenta publicamente a plataforma, a 10 de dezembro, em Lisboa. De acordo com o site da Deployteq, a nova tecnologia já é utilizada por cerca de 4.700 profissionais de marketing, para construir segmentações dinâmicas em campanhas. Com uma taxa de entrega de 99,8%, a plataforma multiplica, em média, o retorno do investimento (ROI) por 2,5.

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Luisa García e Tiago Vidal assumem novos cargos na LLYC

A profissional espanhola regressa à primeira linha do negócio, com a nomeação como CEO global de assuntos corporativos. O português, até agora diretor de talentos e tecnologia da agência de comunicação e assuntos corporativos, é o novo diretor de operações globais

Tiago Vidal (na foto, à dir.) é o novo diretor de operações globais da LLYC. Além de continuar a liderar as áreas de talento e tecnologia da agência de comunicação e assuntos corporativos, o anterior diretor de talentos e tecnologia passa a supervisionar o marketing, a comunicação, a governança ambiental, social e corporativa (ESG) e a equipa de integração, procurando maximizar os retornos dos investimentos em crescimento inorgânico.

“A nomeação de Tiago Vidal consolida a nossa estratégia de talento, tecnologias de informação, comunicação e integração numa mesma área, com o objetivo de continuar a impulsionar a nossa estratégia de crescimento e avançar no processo de transformação da empresa”, explica Alejandro Romero, sócio e CEO global da LLYC, citado em comunicado de imprensa.

A promoção do responsável português ocorre na altura em que a espanhola Luisa García (na foto, à esq.) regressa à primeira linha do negócio, com a nomeação como CEO global de assuntos corporativos. No novo cargo, irá focar-se na inovação e na integração da oferta de soluções de ‘corporate affairs’, num portefólio que já conta com uma componente de tecnologia e inteligência artificial (IA) aplicada.

“Esta área de atuação engloba serviços como reputação corporativa e liderança, comunicação financeira e operações corporativas, gestão de crises e riscos, ESG, pessoas, talento e cultura, bem como assuntos públicos, assuntos europeus, ‘advocacy’ e diplomacia corporativa, contribuindo com 60% do total das nossas receitas operacionais”, refere a LLYC no documento.

Luisa García, que acaba de ser considerada uma das mulheres mais influentes de Espanha pelas publicações espanholas Forbes e Yo Dona, continua a exercer o cargo que ocupava no conselho de administração da LLYC, que integra desde 2021.

“É com grande entusiasmo que lidero a melhor equipa de especialistas em comunicação e assuntos públicos em Espanha, Portugal, Bruxelas, América Latina e Estados Unidos. Acompanhados pelos melhores profissionais em criatividade e com toda a potencialidade dos desenvolvimentos da IA da LLYC, o nosso compromisso é ajudar os nossos clientes a tomar decisões conscientes e audazes num contexto cada vez mais desafiante, em que a incerteza veio para ficar”, afirma a nova CEO global de assuntos corporativos.

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‘Outlets’ superam retalho nas vendas de produtos de luxo

“O mercado de bens de luxo perdeu cerca de 50 milhões de consumidores nos últimos dois anos. Isto é um sinal de que as marcas precisam de reajustar as suas propostas de valor”, refere Clara Albuquerque, sócia da Bain & Company

Os ‘outlets’ já superam o retalho tradicional nas vendas de produtos de luxo, afirma um estudo internacional da consultora Bain & Company, realizado em parceria com a associação de marcas de luxo italiana Altagamma.

A base global de clientes de luxo está a encolher, face à contínua incerteza económica, ao aumento de preços e ao declínio na lealdade dos clientes às marcas, particularmente entre as gerações mais jovens, refere a Bain em comunicado de imprensa.

“Numa altura em que as lojas retalhistas de luxo estão a verificar uma queda acentuada do tráfego de visitantes, o canal de ‘outlet’ está a ter um desempenho superior, impulsionado pela busca dos consumidores por compras de valor. O canal está a ganhar popularidade como uma entrada preferida no mercado”, aponta o estudo.

À beira da primeira desaceleração desde a grande recessão de 2009, o mercado de bens pessoais de luxo deverá desvalorizar 2% em comparação com o ano passado. Ainda assim, deverá registar vendas a rondar os €1,5 mil milhões em 2024. “Este mercado permanece relativamente estável face a 2023, com uma taxa de crescimento anual estimada entre -1% e 1%”, revela o documento.

As áreas de crescimento identificadas no segmento do luxo são a hospitalidade e a gastronomia, apesar de a redução da procura por parte da geração Z, a menos leal às marcas, se estar a acentuar. “O mercado de bens de luxo perdeu cerca de 50 milhões de consumidores nos últimos dois anos, por opção ou por terem sido forçados a deixar de consumir estes bens. Isto é um sinal de que as marcas precisam de reajustar as suas propostas de valor”, refere Clara Albuquerque, sócia da Bain & Company, citada em comunicado de imprensa.

De acordo com o estudo, as experiências de luxo continuam a manter-se em alta, à medida que os consumidores transferem os gastos para experiências de viagem e eventos sociais, favorecendo tratamentos pessoais e bem-estar, em detrimento de bens tangíveis. A cosmética e o ‘eyewear’ são as exceções à regra.

“Os produtos de beleza, particularmente as fragrâncias, continuam a ter um bom desempenho, numa altura em que os consumidores gravitam em direção a pequenas indulgências. O mercado ótico também está a viver um momentum positivo, com os consumidores atraídos pela crescente criatividade das marcas e por marcas especializadas de alta qualidade”, salienta o estudo.

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Google Chrome pode ser vendido por 20 mil milhões de dólares

A Google utiliza os dados que obtém através do Chrome para direcionar os utilizadores para anúncios publicitários, que geram a maioria das receitas da empresa

O navegador de internet Chrome, da Google, pode ser vendido por até 20 mil milhões de dólares (€18,9 mil milhões) se Amit Mehta, juiz federal do distrito de Colúmbia, aceitar a proposta do Departamento de Justiça dos Estados Unidos de vender o navegador da Google, noticia a Bloomberg.

A situação surge no seguimento do juiz responsável pelo caso ter determinado, em agosto, que a Google violou as leis da concorrência ao construir um império de pesquisa na internet.

Na eventualidade de a venda se concretizar, a Google pode reeceber “pelo menos entre 15 a 20 mil milhões de dólares (€14,2 a €18,9 mil milhões), dado que tem mais de três mil milhões de utilizadores ativos mensais”, segundo avança Mandeep Singh, analista da Bloomberg Intelligence.

Deter o navegador de internet mais popular do mundo é fundamental para o domínio da publicidade da Google, devido ao facto de a empresa liderada por Sundar Pichai ter a capacidade de ver a atividade dos utilizadores registados e utilizar esses dados para direcioná-los mais eficazmente para anúncios publicitários, que são a principal fonte de rendimento da empresa.

A Google também tem utilizado o Chrome para encaminhar os utilizadores para o ‘chatbot’ Gemini. As autoridades da concorrência norte-americanas, juntamente com os estados norte-americanos que se juntaram ao processo, recomendam também, a 20 de novembro, que o juiz imponha à Google condições para o licenciamento de dados e restrições a nível do uso da inteligência artificial (IA), de acordo com a Bloomberg.

Lee-Anne Mulholland, vice-presidente de assuntos regulatórios da Google, afirma que o Departamento de Justiça “continua a promover uma agenda radical que vai muito além das questões legais do processo”, acrescentando que “o facto de o governo impor a sua posição desta forma vai prejudicar os consumidores, os programadores e a liderança tecnológica americana precisamente no momento em que é mais necessária”.

As propostas apresentadas têm o potencial de transformar o mercado da pesquisa e o setor da IA a nível mundial. O processo é a tentativa mais ambiciosa por parte do Governo norte-americano de regular uma empresa de tecnologia desde que Washington tentou, sem sucesso, dividir a Microsoft de Bill Gates em 1998.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

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Bolo-rei da Versailles é a estrela do anúncio natalício do Pingo Doce (com vídeo)

Com criatividade da BBDO Portugal, produção da Blanche Films e planeamento de meios da Initiative, o spot (na foto) foi realizado por Pedro Varela. Além da televisão e da rádio, a campanha é divulgada em digital e nos supermercados Pingo Doce

O bolo-rei da Versailles, que este an0 está à venda no Pingo Doce, é a estrela do anúncio de Natal da cadeia de grande distribuição da Jerónimo Martins.

Com criatividade da BBDO Portugal, produção da Blanche Films e planeamento de meios da Initiative Media, o filme publicitário, realizado por Pedro Varela, mostra um avô numa aldeia a recordar o período em que vivia em Lisboa e celebrava o Natal com um bolo-rei da Versailles. O septuagenário é surpreendido pela neta, que o informa que já não precisa de ir à capital para se voltar a deliciar com o bolo-rei da Versailles.

Além da televisão e da rádio, a campanha está a ser divulgada em digital e nos supermercados do retalhista. O filme terá declinações ao longo das próximas semanas, divulgando a oferta de produtos que o Pingo Doce tem para esta época.

“Esta campanha tem como protagonista o bolo-rei, criado em parceria com a Versailles, mas possui a elasticidade para conseguir abranger outros produtos tradicionais da época, como o bacalhau, o peru ou as iguarias de Natal da nossa marca. Acima de tudo, queremos reforçar que somos o supermercado de proximidade e que as famílias podem confiar em nós para encontrarem tudo o que necessitam para esta altura do ano, com produtos de qualidade e as melhores oportunidades de poupança”, explica Luís Lobato Almeida, diretor de marca do Pingo Doce, citado em comunicado de imprensa.

A edição especial do bolo-rei da Versailles está à venda, em exclusivo, nas lojas Pingo Doce desde dia 17. “Quando surgiu esta ideia de o criarmos em conjunto, fez-nos todo o sentido porque, desta forma, conseguimos levar um pouco da nossa história e da pastelaria tradicional a todo o país, em parceria com uma marca que partilha dos mesmos valores que nós”, refere Sérgio Nunes, sócio-gerente da Versailles.

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Novo Banco patrocina revista dos 40 anos da Blitz

A revista comemorativa em papel chega às bancas a 29 de novembro. O banco patrocina ainda o disco eleito como o melhor da música portuguesa dos últimos 40 anos, o ‘Viagens’ de Pedro Abrunhosa

O Novo Banco está a patrocinar a edição especial da Blitz nos 40 anos da revista portuguesa sobre música, reforçando a aposta e o posicionamento do banco no setor da música.

No âmbito da parceria, o Novo Banco patrocina o disco que foi eleito como o melhor da música portuguesa dos últimos 40 anos, o ‘Viagens’. O disco de Pedro Abrunhosa, de 1994, é destacado na edição comemorativa, marcando também presença na grande festa da Blitz, a 12 de dezembro, no Meo Arena, em Lisboa.

Para além de recuperar grandes momentos do jornal que em 2006 assume o formato de revista mensal, e do site ao longo destas quatro décadas, a edição especial delineada por Miguel Cadete, diretor da Blitz, coloca em destaque os 40 melhores discos de música portuguesa, publicados entre 1984 e 2023.

Fundado em novembro de 1984 pelos jornalistas Manuel Falcão (primeiro diretor), Rui Monteiro, Cândida Teresa (diretora gráfica até ao final de 1999) e por João Afonso de Almeida (até 1985), o Blitz foi o primeiro jornal nacional dedicado à atualidade musical. A revista de colecionador chega às bancas a 29 de novembro, em formato de papel.

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Um terço dos portugueses está a gastar mais em compras online

Tendência deverá manter-se, sobretudo “devido à aposta das marcas nas vendas através das redes sociais, que se alinha com os hábitos e preferências de consumo da população”, diz Tiago Kullberg, diretor-geral e sócio da BCG Portugal

Um terço dos portugueses (33%) gastou mais em compras online em 2024 face a 2023, e destes, um em cada três admite ter gasto bastante mais, de acordo com o estudo ‘Consumer Sentiment Survey 2024’, da Boston Consulting Group (BCG).

A análise, que examina os hábitos dos consumidores portugueses em relação ao comércio eletrónico, revela uma diferença de 11% entre aqueles que gastaram mais e aqueles que gastaram menos (22%).

O estudo, que tem por base uma amostra de mil portugueses acima dos 18 anos, representativa da população nacional em Portugal continental, indica que 94% dos inquiridos fazem compras online e destacam a facilidade em comparar produtos e o acesso a melhores preços e descontos.

Estas são apontadas como as principais razões para optar por esta via em detrimento do comércio tradicional, por 60% e 50% dos inquiridos, respetivamente, seguidas da maior conveniência (46%) e maior variedade de produtos (38%) que esta opção acarreta.

“A maioria dos portugueses já faz compras online e esta tendência deverá manter-se, sobretudo devido à aposta das marcas nas vendas através das redes sociais, que se alinha com os hábitos e preferências de consumo da população”, enfatiza Tiago Kullberg, diretor-geral e parceiro da BCG Portugal.

De acordo com a análise da BCG, as categorias favoritas dos portugueses no comércio eletrónico são viagens, roupa e acessórios, e tecnologia. Em contrapartida, decoração e mobiliário, brinquedos e jogos e bens de luxo são as menos privilegiadas pelos inquiridos para compras através da internet.

Além de comprarem mais online, a maioria dos portugueses (54%), com destaque para os adultos entre os 18 e os 34 anos (73%), passam, em média, mais de uma hora por dia nas redes sociais, valor que não se alterou face ao ano passado. Destes, 40% planeiam diminuir o seu tempo nas redes, percentagem que se mantém em relação às expectativas manifestadas em 2023 e que não se concretizaram este ano.

Segundo dados obtidos pela DataReportal, avançados no estudo da BGC, o Youtube (73%), o Facebook (58%) e o Instagram (57%) são as redes sociais mais utilizadas pelos portugueses, sendo o Instagram e o LinkedIn (48%), aquelas que apresentam um maior crescimento em 2024, com mais 6 pontos percentuais, respetivamente, face a 2023.

O estudo reporta ainda que em 2024, a maioria (82%) dos portugueses utilizou o MB Way, sendo esta proporção a que mais cresceu entre os serviços financeiros digitais face a 2023 (+5%). A percentagem de utilização deste sistema de pagamento é de 94% nos jovens adultos entre os 18 e os 34 anos. 88% dos inquiridos revelam usar a aplicação móvel do banco (+3% face a 2023), 79% recorrem ao website do banco (-2% face a 2023) e 29% utilizam uma carteira digital.

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José Guerreiro reforça departamento criativo da Lisbon Project

O diretor de arte (na foto) coordena a supervisão criativa da parte visual dos projetos da agência de comunicação e marketing, nas áreas de ‘branding’ e digital, e da conceção de ambientes para ações de ativação de marca, em parceria com Filomena Bonecas

A Lisbon Project está a reforçar o departamento criativo com a contratação de José Guerreiro como supervisor criativo. Em parceria com Filomena Bonecas, o diretor de arte coordena a componente visual dos projetos da agência de comunicação e marketing, nas áreas de ‘branding’ e digital,  e da conceção de ambientes para ações de ativação de marca.

“É desafiante acompanhar a evolução de cada projeto e apresentar novas soluções, mais eficientes, que permitam responder melhor às necessidades de cada cliente”, declara José Guerreiro, citado em comunicado de imprensa.

José Guerreiro inicia a carreira como designer em 2016, na produtora Live Act, antes de passar por agências como Wolt e EuroM, já como diretor de arte. Na Lisbon Project coordena agora uma equipa de cinco pessoas, que trabalham marcas como Alfa Romeo, Bentley, Citroën, DS Automobiles, Kronos Homes, Lamborghini, Peugeot, Vinhos do Alentejo e Zoo de Lisboa.

“O perfil do novo supervisor criativo vem adicionar profundidade à componente estratégica da agência, devido à enorme cultura visual e capacidade que o José Guerreiro tem de transmitir e materializar conceitos diferenciadores”, salienta Filipa Oliveira, diretora executiva da Lisbon Project, citada no documento.

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Perplexity já permite fazer compras

Ao procurar um produto através do Perplexity AI, os membros Pro nos Estados Unidos têm agora a opção ‘Buy with Pro’, que permite encomendar. Os restantes utilizadores terão acesso a outras funcionalidades de compras através de IA

O Perplexity AI, motor de pesquisa com base em inteligência artificial (IA), está a lançar uma nova funcionalidade que permite aos subscritores do plano Pro comprarem um produto diretamente na plataforma, noticia o The Verge.

Ao procurar um produto através do Perplexity AI, os membros Pro nos Estados Unidos têm agora a opção ‘Buy with Pro’ que permite encomendar automaticamente o produto em causa, utilizando as informações de envio e faturação registadas.

De acordo com o Perplexity, todos os produtos adquiridos através da funcionalidade ‘Buy with Pro’ têm portes de envio gratuitos. Para os produtos que não suportam a nova funcionalidade, a Perplexity redireciona os utilizadores para a página web do comerciante para concluir a compra.

Quando questionada pelo The Verge sobre se o Perplexity recebe alguma comissão das vendas efetuadas através do ‘Buy with Pro’, Sara Platnick, porta-voz do Perplexity afirma que “de momento, não recebemos”, acrescentando ainda que “não há qualquer elemento comercial” na funcionalidade.

Os utilizadores que não assinam o plano Pro vão poder, no entanto, ter acesso a outras funcionalidades de compras através de IA, incluindo novos painéis de produtos recomendados que aparecem ao lado das pesquisas relacionadas com produtos.

Para os utilizadores nos Estados Unidos, estes painéis mostram uma imagem do produto e do preço, juntamente com descrições escritas através de IA das principais caraterísticas e avaliações de um produto.

 

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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