Susana Albuquerque, presidente do Clube de Criativos de Portugal
Nova direcção do CCP quer chegar a mais públicos
Susana Albuquerque retoma a presidência do Clube de Criativos de Portugal a partir desta quarta-feira, após a Assembleia Geral marcada para as 13h, sucedendo a Pedro Pires, profissional a quem tinha passado a pasta há seis anos para rumar a Espanha.
Pedro Durães
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Susana Albuquerque retoma a presidência do Clube de Criativos de Portugal a partir desta quarta-feira, após a Assembleia Geral marcada para as 13h, sucedendo a Pedro Pires, profissional a quem tinha passado a pasta há seis anos para rumar a Espanha.
Coragem é a palavra escolhida pela lista liderada por Susana Albuquerque para descrever aquilo que a sua equipa precisa para suceder à de Pedro Pires, que dirigiu o Clube de Criativos de Portugal (CCP) ao longo dos últimos seis anos depois de ter recebido a pasta da agora directora criativa da Uzina, que cumpriu apenas um ano de mandato antes de se mudar para Espanha em 2012. A profissional volta agora a assumir a presidência do CCP ao liderar a única lista a votos na eleição que tem lugar pelas 13h desta quarta-feira, dia 26 de Setembro, com uma candidatura orientada por duas linhas estratégicas: “assegurar a continuidade do trabalho que o CCP fez até agora” e “aprofundar a relevância do Clube junto de novos públicos”.
A continuidade é fundamental já que, explica ao M&P Susana Albuquerque, a anterior direcção “deixa um Clube diferente do que existia há seis anos”. “Transformaram o Festival numa Semana Criativa muito interessante para mais gente. Às conferências acrescentaram-se exposições, workshops, um espaço de encontro e de experimentação em áreas ligadas à publicidade como a fotografia, a ilustração e a arte. Mostrou-se mais talento, reflectiu-se mais sobre o que fazemos, ensinou-se mais, criaram-se pretextos para que diferentes gerações se encontrassem ali, fizeram-se coisas muito bonitas e relevantes”, enumera, sublinhando que “cresceu o interesse pelo festival junto de marcas importantes”.
Daí que, questionada sobre onde estarão concentradas as atenções da nova direcção no arranque dos trabalhos e quais serão as primeiras medidas, Susana Albuquerque afirme que “o mais urgente será começar a preparar o Festival de 2019 com antecedência”. “Gostávamos de trazer boas conferências a Lisboa, gostávamos de ter mais envolvimento das marcas e dos clientes, gostávamos que o Festival fosse o lugar para reflectir sobre o momento na nossa profissão”, aponta, lembrando que “hoje em dia é fácil ver tudo online mas um festival é um lugar onde as pessoas se encontram e isso tem valor. É conhecimento através da experiência”.
Neste ponto, a carta de intenções apresentada pela lista encabeçada pela directora criativa da Uzina fala não só em “manter a ambição da semana criativa de Lisboa” mas também em “elevar o critério do Festival do CCP para que ele se mantenha o mais prestigiado festival criativo nacional”. Questionada pelo M&P sobre como se propõem alcançar esse objectivo e se isso passará por introduzir mudanças nesse sentido ao nível da estrutura do festival, Susana Albuquerque lembra que “os trabalhos premiados no CCP representam o melhor trabalho criativo que se faz em Portugal, são um farol criativo para o nosso mercado e uma antecâmara do trabalho que pode ser premiado internacionalmente”. Por esse motivo, explica, “queremos trabalhar com as agências, ateliers e com os directores criativos para que isso seja cada vez mais verdade”, o que, admite, “pode significar alguma revisão de categorias, uma orientação de critérios dos jurados, procurar trazer o trabalho de agências e estúdios mais pequenos”. “O nosso melhor tem que estar lá e ser premiado. Temos que conseguir um palmarés que nos orgulhe. Essa é a guia que irá orientar o nosso trabalho”, resume.
Ligações internacionais
Ao nível do trabalho feito, a responsável destaca ainda a criação de “uma ligação sólida com a Câmara Municipal de Lisboa e com a Junta de Freguesia de São Vicente, que assegura agora uma sede e um espaço livre para o CCP ajudar a programar”, no Mercado de Santa Clara, além de que “fortaleceu-se a ligação com outros mercados, através do ADCE e do D&AD, em eventos tão importantes como o High Potentials e o Creative Express que aconteceu em Lisboa este ano”. Também aqui, quer nas parcerias quer na ligação a outros mercados, a nova direcção quer assegurar continuidade. Mas os objectivos passam também por “aprofundar a relevância do Clube junto de novos públicos”.
De que forma isto pode ser concretizado? “Já começamos a pôr ideias no papel, mas é cedo para falar em como e quando vão ser concretizadas”, responde Susana Albuquerque, referindo que “esta lista junta pessoas com experiências muito diferentes. Acreditamos que é dessa diferença que virá o valor que queremos acrescentar ao que já está a ser feito”. “Gostávamos de provocar mais discussão sobre a importância das ideias no negócio dos clientes. Gostávamos de reunir à volta do Clube novos públicos emergentes, como os freelancers, os estrategas e as boas estruturas que estão a trabalhar fora de Lisboa. Gostávamos de contribuir para a internacionalização da criatividade portuguesa, nomeadamente na área do design, que é mais facilmente exportável”, antecipa, resumindo desta forma o que o mercado pode esperar desta direcção: “Somos sonhadores, mas ao mesmo tempo somos gente prática.”