Criatividade & estratégia de marca no pós covid-19
“A vulnerabilidade tem sido o maior desafio, pois é essa mesma vulnerabilidade que alimenta a confiança”. *Por Carlos Monteiro, head of strategy da White Way

Carla Borges Ferreira
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Carlos Monteiro, head of strategy da White Way
Não há criatividade sem estratégia nem estratégia sem criatividade. No dinâmico universo das agências da indústria criativa, nem sempre houve unanimidade sobre a relevância da estratégia ou até mesmo da sua existência enquanto móbil dos resultados ou dos objectivos de comunicação. Obviamente que depende da área, desde consultores à publicidade, passando pela performance, digital e activação, são vários os papeis – Chapéus- que uma estratega (in)veste para poder cumprir e realizar eficazmente o seu papel, no mundo criativo.
O momento que vivemos e que partilhamos, torna evidente e demonstrável, que quando a ideia, o bem, produto, serviço ou marca, é no seu core e essência bom, vende-se por ele próprio, independentemente das circunstâncias. Mas podemos fazer com que se torne mais necessário que outros, a formula é simples. Não precisamos de recorrer a John Ford, Steve Jobs ou Elon Musk, mas a uma frase de origem Darwinista e evolucionista, – Adapt or die- .
Sobre adaptação e proximidade: O que mudou entre pré-covid e pós-covid?
As pessoas e as suas diferentes maneiras de estar e de viver o mundo, o quotidiano, desejos e vontades, sempre esteve na origem e raiz do nosso trabalho. Sempre foi essencial saber ouvir, saber estar e saber como complementar e preencher uma necessidade. Zappos, Dyson, Uber, Casper, Naming (s) e negócios que foram criados assentes em necessidades e ideias, que se adaptaram aos nossos dias e pessoas. Cada uma delas, com evoluções, mensagens e crescimentos de diferentes fases. O que mostra uma capacidade de criar e construir de forma mais sustentada na real oferta de valor. Casper foi o primeiro negócio mundial com sucesso, a vender colchões online apenas com um modelo. Fazia sentido pré-covid e ainda mais pós-covid. Numa frase, podemos dizer que estes tempos aceleraram a atenção e perspicácia do ecossistema no seu todo
Quais os desafios e as aprendizagens?
A vulnerabilidade tem sido o maior desafio, pois é essa mesma vulnerabilidade que alimenta a confiança. O ingrediente fundamental para qualquer relação, seja ela da equipa com quem trabalhamos, seja com o cliente que conta connosco para poder crescer. Ser honesto e claro sempre. Foi de caras a melhor aprendizagem que tirei, ao longo da minha vida pessoal e profissional.
Estratégia : onde está e para onde vai?
Depende sempre do foco e propósito da agência. Conheço várias onde impera e conheço várias onde o seu papel é mutante e acessório. Sempre acreditei num papel complementar e essencial, para dinamização de um negócio, produto e marca. Mais que um naming, ou assinatura de marca, mais que planeamento, mais que conteúdo, ou guidelines de como estar, viver e experienciar uma marca, bem, produto ou serviço, o que conta é para que serve e de que forma irá ser útil para quem contactar com o que estamos a criar.
*Por Carlos Monteiro, head of strategy da White Way