Receita global de publicidade do Facebook chega aos €95,3 mil milhões em 2024
Apesar de ter uma audiência total de 2,2 mil milhões de utilizadores em todo o mundo, a rede social da Meta tem vindo a perder relevância. Em 2013, o Facebook (na foto) tinha uma quota de mercado de 88,9%. Em 2025, não deve ir além dos 38,2%, estima o estudo do WARC
Luis Batista Gonçalves
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Impulsionada pela utilização crescente da inteligência artificial (IA) e por uma estratégia comercial que procura atrair utilizadores da geração Z, a receita global de publicidade do Facebook ronda os 100,1 mil milhões de dólares em 2024 (cerca de €95,3 mil milhões), avança um estudo do World Advertising Research Center (WARC).
De acordo com a análise, 20 mil milhões de dólares (cerca de €19,06 mil milhões) foram investidos por retalhistas, com muitas marcas asiáticas a aproveitar a plataforma para publicitar produtos e serviços nos mercados ocidentais.
Apesar de ter uma audiência total de 2,2 mil milhões de utilizadores em todo o mundo, a rede social da Meta tem vindo a perder relevância. Em 2013, o Facebook tinha uma quota de mercado de 88,9%. Em 2025, não deverá ultrapassar os 38,2%, perdendo 50,7% de quota de mercado em 12 anos.
“Pioneiro das redes sociais, o Facebook resistiu às mudanças nas marés da publicidade digital global durante mais de duas décadas. Ainda a reinar, com receitas publicitárias que deverão ultrapassar os 100 mil milhões de dólares este ano e uma audiência publicitária global de 2,2 mil milhões, o Facebook é a plataforma de redes sociais com mais utilizadores e a mais lucrativa do mundo”, refere o estudo da WARC.
Receitas publicitárias acima de 100 mil milhões de dólares, em 2026
De acordo com as previsões do WARC, em 2026, a receita global de publicidade do Facebook deverá atingir os 112,8 mil milhões de dólares (cerca de €107,4 mil milhões), “tornando-se na segunda plataforma digital – depois da Google, em 2020 – a ultrapassar a barreira dos 100 mil milhões de dólares em receitas publicitárias globais”, refere o estudo.
Para atrair novos consumidores e manter o interesse dos anunciantes, o Facebook está a implementar uma estratégia que prioriza os criadores de conteúdos, as comunidades e os formatos de vídeo mais longos, procurando afastar-se das notícias e dos conteúdos politizados.
“As nossas análises mostram que as ferramentas de IA, como o Advantage+ Shopping Campaign (ASC), geram uma melhoria de 12% no ROAS [retorno dos gastos em publicidade] em dois anos. Mais de um terço (38%) dos gastos da Meta estudados pela Fospha vão para o Advantage+, refletindo uma mudança estratégica de marcas, que priorizam a facilidade de gestão e maiores ganhos de desempenho com a automatização de IA”, avança ainda o estudo.