ITV faz parceria com YouTube para maximizar alcance
Os anunciantes vão poder segmentar as campanhas por programas, géneros, dados demográficos dos espetadores e o tipo de dispositivo através do qual é feito o acesso. Clipes, conteúdos de fãs e Shorts em torno dos seus programas mais populares são alguns dos formatos

Daniel Monteiro Rahman
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A rede de televisão britânica ITV tem uma nova parceria com o Youtube, para disponibilizar séries completas dos seus canais na plataforma de vídeo da Google. Maximizar o alcance e as oportunidades de visualização dos conteúdos, ao transitar para o digital, é o objetivo.
Com esta iniciativa, os anunciantes da ITV vão poder segmentar as campanhas por programas, géneros, dados demográficos dos espetadores e o tipo de dispositivo através do qual é feito o acesso, por exemplo. A ITV vai desenvolver ainda clipes, conteúdos de fãs e Shorts em torno dos seus programas mais populares, sobretudo concebidos para o público do YouTube.
A parceria surge no seguimento das dificuldades que os canais tradicionais de televisão aberta têm enfrentado, com o avanço das plataformas digitais. Para além do entretenimento, a ITV terá canais de YouTube separados para as notícias e o desporto, avança o Financial Times.
As redes de televisão tradicionais estão a ter de distribuir conteúdos de forma mais alargada, uma vez que o público-alvo não visita forçosamente os meios em que se inserem. Dados obtidos pela Ampere Analysis, empresa britânica de estudos de mercado, indicam que 50% dos espetadores da Netflix não veem regularmente as emissões da ITV. O mesmo acontece com os espetadores do YouTube, dos quais 54% não veem regularmente as transmissões da ITV.
A ITV segue o caminho já percorrido pela concorrente britânica Channel 4, que tem aumentado o volume de conteúdos que publica no YouTube para atrair um público mais jovem, que apenas consome media online. As visualizações da rede televisiva nesta plataforma aumentaram 43% em relação a 2023, de acordo com o Financial Times.
Ao explorarem as audiências que não estão a chegar aos meios em que estão presentes, as emissoras conseguem obter uma parte das receitas publicitárias do digital que, de outra forma, não receberiam. Embora os canais de televisão aberta continuem a ser importantes, o digital é apontado cada vez mais como o futuro, com as audiências a optarem cada vez mais por ver programas através do ‘streaming’ ou utilizando o YouTube, mesmo em aparelhos de televisão, através da ‘connected TV’.