Toda a gente gosta da internet
O futuro é multiplataforma e a internet é a sua rainha.
Ana Marcela
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O futuro é multiplataforma e a internet é a sua rainha.
Esta parece ser a conclusão do mais recente estudo realizado pelo Pew Internet & American Life Project e pelo Project for Excellence in Journalism, How internet and cell phone users turned news into a social experience, divulgado no início deste mês. Os números recolhidos pelo estudo, embora apenas referentes ao mercado norte-americano, são elucidativos q.b. A grande maioria dos inquiridos (92 por cento) utiliza diariamente várias plataformas para a obtenção de informação, incluindo estações de televisão locais, nacionais, internet, jornais locais, rádio e jornais nacionais, sendo que 59 por cento obtém notícias através de uma combinação de fontes online e offline. Apenas 38 por cento obtém informação de fontes exclusivamente offline e unicamente 2 por cento recorrem unicamente à internet para a obtenção da sua dose diária de informação.
A combinação de media para a recolha de informação não representa nenhum facto digno de relevo, não fosse a internet ter surgido como o terceiro media a que os inquiridos mais recorrem como fonte, com 61 por cento, à frente da rádio (54 por cento), jornais locais (50 por cento) e jornais nacionais (17 por cento). A internet é suplantada em termos de popularidade como fonte de informação pelas estações de televisão locais (78 por cento) e as redes de televisão nacional ou estações informativas por cabo, como a CNN ou a FoxNews com 73 por cento dos inquiridos a elegerem estes últimos media.
Internet: a terceira fonte de informação mais popular
O estudo também dá indicações sobre a forma como os utilizadores recorrem à internet como fonte de informação. “A maioria dos consumidores utiliza múltiplas plataformas para notícias, mas online a sua faixa de veículos específicos é limitada. A maioria dos consumidores de notícias online (73 por cento) diz que habitualmente recorre a apenas dois a cinco websites para a obtenção de notícias. Apenas 11 por cento dizem que obtém informação em mais de cinco websites e 21 por cento recorre regularmente a apenas um site”, pode-se ler no estudo. O cada vez maior recurso à internet não significa necessariamente lealdade às fontes online, pelo contrário, diz o estudo. Quando questionados sobre se teriam uma fonte de informação online favorita, a maioria dos utilizadores online (65 por cento) disse que não tinha. Entre aqueles que têm fontes preferidas, os sites que se revelam mais populares são de organizações de media como a CNN ou a Fox.
E os utilizadores recorrem ao online para obter que tipo de informação? Ao que parece 81 por cento procura informação sobre o tempo, 73 por cento sobre acontecimentos de índole nacional, 66 por cento sobre saúde e medicina, 64 por cento sobre negócios e economia, 62 por cento sobre acontecimentos de índole internacional e 60 por cento na área da ciência e tecnologia. Quanto ao tipo de áreas que os utilizadores gostariam que obtivessem maior cobertura, 44 por cento elegeram notícias na área de ciência e descobertas científicas, seguido de religião e espiritualidade (41 por cento), saúde e medicina (39 por cento), sobre o governo do seu Estado (39 por cento), tendo informação sobre a sua comunidade local sido referida por 38 por cento dos inquiridos.
O advento das redes sociais
A migração para o online também trouxe implicações sobre a forma como os utilizadores se relacionam com a informação. “O consumo de informação é uma actividade socialmente envolvente e orientada, particularmente online. O público é agora claramente parte do processo noticioso. A participação surge da partilha mais do que através da contribuição para as notícias propriamente ditas”, realça do estudo do Pew e do PEJ. Setenta e cinco por cento dos consumidores de notícias online dizem que obtêm notícias através de forwards por e-mail ou posts em redes sociais e 52 por cento afirmam partilhar links de notícias com outros por essa via. Mais, 51 por cento dos utilizadores de redes sociais que também são consumidores de notícias online referem que num dia típico recebem peças noticiosas através das pessoas que seguem e outros 23 por cento seguem organizações noticiosas ou jornalistas nas redes sociais. Os valores já não são tão expressivos no que toca à contribuição dos utilizadores para a produção de notícias. Apenas 37 por cento dos utilizadores participaram na criação de notícias, comentaram sobre as mesmas ou fizeram a disseminação de notícias através dos media sociais. Estes fizeram pelo menos uma destas actividades: comentar uma notícia (25 por cento), postaram um link numa rede social (17 por cento), fizeram um tag de um conteúdo (11 por cento), criaram o seu próprio conteúdos noticioso original ou peça de opinião (9 por cento) ou tuitaram sobre notícias (3 por cento).
As novas tendências: Customizar, personalizar
O impacto da maior disseminação dos telemóveis também foi avaliado pelo estudo do Pew e do PEJ. Afinal, 80 por cento dos norte-americanos em idade adulta possui um telemóvel e 37 por cento acede online através deste terminal a informação. “O impacto desta nova tecnologia móvel na recolha de notícias é incontestável. Um quarto (26 por cento) de todos os americanos dizem que obtêm hoje algum tipo de notícias através do telemóvel – o que representa 33 por cento dos proprietários de telemóveis”, destaca o estudo. Também a informação sobre o tempo (26 por cento) é mais procurada pelos utilizadores neste terminal. (ver quadro). A informação tornou-se, por conseguinte, ‘portável’, mas também personalizável, com 28 por cento dos utilizadores de internet a customizar a sua homepage para incluir notícias das suas fontes de informação favoritas. 40 por cento referiram, aliás, como uma característica importante do seu website noticioso a possibilidade de costumizar a informação que recebem do mesmo e, por fim, 36 por cento reconhecem como importante a possibilidade de poderem manipular por eles próprios conteúdos como gráficos, mapas ou quizes.