Nuno Santos
Nuno Santos: 11 será o melhor que o futebol tem
Canal 11 nasce em Maio de 2019 e está a ser preparado numa altura em que este mercado mexe como nunca e a pirataria é a maior ameaça à indústria, considera Nuno Santos, director do canal 11
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O 11, o primeiro canal sobre o futebol português, nascerá em maio de 2019. Estamos a prepará-lo num tempo em que tudo muda e em que a pirataria surge como a maior ameaça a esta indústria. Este artigo é sobre o desafio que um ecossistema em transformação coloca.
Há dias, em entrevista ao «Expresso», Hélio Sousa fazia notar que os campeões de Riad, em 1989, eram mais conhecidos do que os campeões da Europa de sub-19, que este ano venceram na Finlândia. Há 30 anos, todos líamos e víamos o mesmo; hoje a fragmentação cresce a cada minuto. E a nossa atenção ressente-se. Ora, não sendo possível parar o vento com as mãos é possível agregar e distribuir melhor.
O meu percurso nos media permitiu-me acompanhar, em diferentes meios e geografias, a mutação dos últimos anos. Com base nisso e nas conversas que vou mantendo, não tenho dúvidas em eleger a pirataria como a principal ameaça a esta indústria. Ao futebol, que recebe muito valor da venda de direitos de transmissão, mas também, claro, aos operadores que os adquirem.
Curiosamente, é um tema sobre o qual se fala pouco. Mas o combate a este flagelo da pirataria é de todos e estou seguro de que a Federação Portuguesa de Futebol, até pelo perfil e histórico de quem a dirige, não deixará de estar na primeira linha deste combate.
Este é o tempo em que, em Portugal, o universo do futebol na televisão está a ser sacudido pela entrada da Eleven Sports, uma plataforma que, mesmo noutros mercados, chega às pessoas de uma forma pouco comum até agora neste género. Um caminho diferente, que provocou alterações profundas nos direitos desportivos e lançou desafios aos adeptos que desejam seguir clubes e competições.
Com total respeito pelas opções de quem opera nesta área, o 11 já definiu o seu caminho: queremos que o canal seja visto pelo maior número possível de portugueses. Queremos contribuir para que o futebol não se torne um produto de elite, caro. E nesse sentido seremos relevantes à entrada e muito mais relevantes num horizonte de três anos.
Por tudo isto, queremos obviamente estar na casa dos portugueses. E para nós esse caminho faz-se dialogando com os operadores que estão no mercado, ainda por cima todos eles com importantes ligações ao futebol. O 11 será visto na sala da sua casa.
Queremos também chegar à diáspora. Nestes tempos, isso consegue-se através das formas tradicionais de distribuição ou comunicando directamente com os interessados. Os portugueses lá fora adoram o futebol, adoram as selecções. O 11 vai estreitar essa relação.
O 11 terá muitos jogos das diferentes selecções de Portugal, porque os adeptos gostam de ver Portugal em campo. Mas teremos também muito espaço para as outras competições de futebol não-profissional, futsal e futebol de praia. Seremos também, sem dúvida, o canal que mais espaço terá para o desporto praticado por mulheres que tem cada vez mais praticantes e mais espectadores.
Sem atacar ninguém, combateremos pela discussão elevada e profunda sobre futebol. Nesse aspecto faremos de forma muito diferente. Seremos, de facto, o canal do futebol português. Do jogador, do treinador e do adepto. No outro dia dizia-me um amigo, com ironia: há anos que vejo chover, mas continuo sem perceber de meteorologia. No futebol parece ser ao contrário e este é o tempo em que ver jogar parece ser suficiente para logo encontrar uma tribuna de opinião. O futebol não pode ser o que qualquer um diz dele: o futebol tem de ser vivido. Para isso as pessoas têm de o ver e ser capazes de o interpretar. Sem cátedra, mas com conhecimento. Bons comentadores, narradores apaixonados, repórteres que contam a vida dos protagonistas e do que está à sua volta. Um canal para servir e inspirar. Criar proximidade. Isto será o 11, feito para todos.
O 11 vai mostrar o melhor que o jogo tem.
Artigo de opinião de Nuno Santos, director do canal 11
Queremos obviamente estar na casa dos portugueses. E para nós esse caminho faz-se dialogando com os operadores que estão no mercado, ainda por cima todos eles com importantes ligações ao futebol. O 11 será visto na sala da sua casa