Jorge Faustino, Fullsix Portugal
Marketing de conteúdo: 7 erros a evitar
Numa altura do ano em que a maior parte dos artigos de opinião aborda tendências e o que se deve fazer no novo ano (também eu o fiz no meu último artigo de opinião), considero ser tão ou mais importante escrever sobre aquilo que não deve ser feito.
Meios & Publicidade
JMR Digital traz para Portugal plataforma de automação de marketing
Luisa García e Tiago Vidal assumem novos cargos na LLYC
‘Outlets’ superam retalho nas vendas de produtos de luxo
Google Chrome pode ser vendido por 20 mil milhões de dólares
Bolo-rei da Versailles é a estrela do anúncio natalício do Pingo Doce (com vídeo)
Novo Banco patrocina revista dos 40 anos da Blitz
Um terço dos portugueses está a gastar mais em compras online
José Guerreiro reforça departamento criativo da Lisbon Project
Perplexity já permite fazer compras
Cristina Ferreira trava execução de sentença de primeira instância da SIC
Numa altura do ano em que a maior parte dos artigos de opinião aborda tendências e o que se deve fazer no novo ano (também eu o fiz no meu último artigo de opinião), considero ser tão ou mais importante escrever sobre aquilo que não deve ser feito.
#1: Não ter uma estratégia de marketing de conteúdo
O marketing de conteúdo deixou de ser uma tendência para ser uma inevitabilidade nas estratégias de marketing da maior parte das marcas. Não existir uma estratégia de marketing de conteúdo e a mesma não estar reflectida nos orçamentos de marketing, são erros que podem sair muito caros às marcas. O conteúdo, independentemente do formato (vídeo, texto, imagem…), é o melhor instrumento que uma marca tem para conseguir captar a atenção e conversar com a sua base de consumidores, contando a sua história e mostrando como é que pode fazer a diferença, melhorando as suas vidas.
Os objectivos, o tipo e formato dos conteúdos, a periodicidade/calendarização, as temáticas, o investimento na amplificação e as plataformas/canais onde os conteúdos vão estar, são pilares fundamentais de uma estratégia de marketing de conteúdos.
#2: Desistir ou não ser fiel à estratégia
Desistir de uma estratégia de conteúdos, ou achar que esta foi mal delineada e que necessita revisão, apenas porque não se vêem resultados de curto prazo, é o segundo erro básico e, infelizmente, comum. O sucesso do marketing de conteúdo, quando uma estratégia foi bem construída, faz-se normalmente notar a médio e longo prazo. A regularidade e consistência dos conteúdos, a par da qualidade/relevância dos mesmos, são factor provado de sucesso.
#3: Não definir objectivos
Não definir objectivos é condenar, à partida, o sucesso de qualquer projecto. E, não sendo fácil definir objectivos quando falamos de marketing de conteúdos, é fundamental fazê-lo para que se possam avaliar os resultados da estratégia implementada. Métricas e KPIs (objectivos quantitativos) são fundamentais nesta avaliação. A definição de objectivos realistas e o alinhamento destes com o resto dos objectivos de marketing e de negócio são outros dois factores críticos e indispensáveis neste processo.
#4: Ignorar os interesses da audiência
A quantidade de conteúdos de qualidade disponíveis no “mercado” é gigantesca. Produzir bom conteúdo já não é suficiente. O foco da produção de conteúdos tem de estar também, e principalmente, no interesse que estes possam suscitar ao público/audiência/consumidor que queremos conquistar. Inspirar, entreter, informar, ensinar ou educar, premiar e ajudar são os papeis que o conteúdo pode e deve ter junto da audiência. Na intersecção daquilo que a marca quer dizer e aquilo que a audiência tem interesse em consumir, está a chave do sucesso do conteúdo de uma marca.
#5: Focar demasiado em vendas
Acreditar que todos os desafios comerciais vão ser resolvidos através de marketing de conteúdo é, para além de ilusório, um dos atalhos mais rápidos para o segundo erro que neste artigo apresento. Os consumidores são (somos) cada vez mais atentos, perspicazes e exigentes. O conteúdo pode e deve apoiar vendas se for pensado para impactar o consumidor quando este, na sua consumer journey, já se encontra na fase de compra ou em momento avançado da fase de selecção. Nas restantes etapas da consumer journey o conteúdo não pode nem deve ter como foco ou objectivo primário a ligação, mais ou menos directa e óbvia, a vendas. Fazê-lo é estar a esquecer a audiência e os seus interesses. É, portanto, estar a perder essa audiência.
6#: Apenas produzir conteúdos focados na descoberta
No seguimento do ponto anterior, ou em oposição a ele, há que evitar o erro de apenas focar a produção de conteúdos na fase de descoberta na consumer journey. Definir uma keyword relevante para o seu serviço/produto, produzir um conteúdo que a contenha repetidamente, subir nos respectivos rankings de pesquisa do Google e ser descoberto pelo consumidor é, efectivamente, uma das estratégias e funções do conteúdo. No entanto, da consideração à selecção, passando depois pelo pós-venda e advocacia, os conteúdos, se produzidos adaptados a cada uma destas etapas e de forma relevante para o consumidor, são factor de sucesso na estratégia de conteúdos e, consequentemente, nas de marketing e de negócio.
#7: Não ter uma estratégia de amplificação dos conteúdos
Um dos maiores e mais comuns erros que uma marca pode cometer é investir na produção de conteúdos e, depois, esquecer-se de investir, ou optar por não o fazer, na amplificação dos mesmos. A ideia de que apenas a “qualidade” do conteúdo, SEO ou a viralidade farão tudo é um erro crasso e, mais uma vez, o caminho para o falhanço de uma estratégia de marketing de conteúdo.