Inquérito Nacional: O perfil de quem acede à internet em Portugal
A percentagem de portugueses que utilizam a internet (71 por cento) fica aquém da média alcançada pelos países da UE-27 (87 por cento), referem as conclusões do Inquérito Às Práticas […]
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A percentagem de portugueses que utilizam a internet (71 por cento) fica aquém da média alcançada pelos países da UE-27 (87 por cento), referem as conclusões do Inquérito Às Práticas Culturais dos Portugueses 2020, realizado pelo Instituto de Ciências Sociais, a pedido da Fundação Calouste Gulbenkian.
“Sendo a população portuguesa uma das mais envelhecidas da UE-27 e sabendo-se que o uso da Internet ronda os 100 por cento entre os inquiridos dos 15 aos 34 anos, a menor utilização da internet por parte da população portuguesa acaba por refletir a sua estrutura demográfica. Tenha-se em conta que apenas cerca de um em cada quatro dos inquiridos com 65 ou mais anos de idade usa a internet. A infoexclusão está também correlacionada com as qualificações académicas e o poder económico”, referem as conclusões do estudo.
Em média, os inquiridos passam mais tempo na internet para trabalho ou estudo (18 horas por semana) do que por lazer (10 horas semanais). No entanto, a percentagem dos que se ligam diariamente à internet por lazer (82 por cento) é o dobro em relação aos que a ela acedem para trabalho/estudo (41 por cento). Se a média de horas semanais de acesso à internet para trabalho ou estudo é semelhante entre homens (19h) e mulheres (18h) já não o é no que respeita ao lazer, pois enquanto os homens passam, em média, 12 horas por semana na Internet em atividades de lazer, as mulheres não ultrapassam as 9 horas.
Pelo menos uma vez por semana, 35 por cento dos inquiridos ouviram música a partir da Internet, 33 por cento leram sites de notícias, 27 por cento procuraram informações precisas (o significado de palavras, factos históricos, etc.), 16 por cento fizeram buscas na Wikipédia e outras enciclopédias online e 15 por cento procuraram informação sobre livros, música, cinema e espetáculos.
As conclusões do estudo destacam que, em contexto pandémico, os inquiridos intensificaram o uso da internet no domínio cultural, sobretudo os jovens dos 15 aos 24 anos: 40 por cento passaram a ver mais filmes e séries; 21 por cento a ler mais livros, jornais e revistas online; e 16 por cento a ver mais espetáculos de música.
Entre as faixas etárias mais jovens o uso da web é praticamente absoluto (100 por cento nos inquiridos dos 15 aos 24 anos). Entre os que têm 65 e mais anos, os dados reafirmam, para Portugal, uma infoexclusão generalizada, visto que apenas 26 por cento dos seniores se conectam à internet.
Quanto ao grau de instrução, o uso da internet verifica-se entre 98 por cento dos que têm ensino superior, 96 por cento dos que possuem educação secundária, 87 por cento dos que terminaram o 3.º ciclo e 67 por cento entre os que têm instrução até ao 3.º ciclo. A percentagem de utilizadores reduz-se a 31 por cento no grupo dos que contam com rendimentos líquidos familiares até 500 euros e aumenta à medida que cresce o volume dos recursos financeiros.
O inquérito teve por base duas mil entrevistas.