Produção audiovisual portuguesa: maior volume de negócios, mais apoios e coproduções
O Anuário do Setor de Produção Audiovisual em Portugal 2021, promovido pela APIT (Associação de Produtores Independentes de Televisão) ajuda a perceber o impacto do contexto da covid-19 no negócio. […]
Rui Oliveira Marques
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O Anuário do Setor de Produção Audiovisual em Portugal 2021, promovido pela APIT (Associação de Produtores Independentes de Televisão) ajuda a perceber o impacto do contexto da covid-19 no negócio.
Apesar de manter a designação de Anuário, o relatório apresenta dados relativos a 2020 e 2021, sendo que o inquérito aos associados da APIT decorreu no segundo semestre de 2021 remetendo para o desempenho das produtoras durante o ano de 2020. O trabalho foi conduzido por Catarina Duff Burnay e Nelson Ribeiro, do Centro de Estudos de Comunicação e Cultura da Universidade Católica Portuguesa.
O Anuário da APIT dá conta de que as 38 produtoras associadas registaram em 2020 uma ligeira subida no volume de negócios em relação ao ano anterior, passando dos 94,4 milhões de euros para os 98,2 milhões. “Verifica-se uma diminuição expressiva do número de empresas com um volume de negócios abaixo dos 500 mil euros, seguindo-se também uma diminuição no escalão seguinte (entre 500 mil e um milhão de euros). Por sua vez, assinala-se um aumento nos dois escalões centrais (entre um e cinco milhões de euros e entre cinco e 10 milhões de euros)”, refere o documento que indica que o EBITDA (lucros antes de juros impostos, depreciação e amortização) das empresas apresentou, em média, uma oscilação positiva face a 2019.
Em 2020 assistiu-se a uma diversificação de fontes de apoio à produção, mas não necessariamente de financiamento. Face a 2019, o Anuário da APIT destaca o aumento do número de associados a beneficiar do Fundo de Apoio ao Turismo, Cinema e Audiovisual (cash-rebate). São também preponderantes os resultados dos concursos do Instituto do Cinema e Audiovisual e os apoios das autarquias. Em contexto de covid-19 foram importantes as medidas de apoio à manutenção da atividade (lay-off simplificado e apoio ao pagamento de rendas).
A maioria das produtoras esteve envolvida, pelo menos, numa coprodução em 2020. “As participações foram, na sua maioria, minoritárias, mas seguidas de perto por participações maioritárias. Com valores residuais, ficou a situação de paridade, ou seja, em que todos os intervenientes assumem uma participação igual na produção”, refere o documento.
A dependência de um único cliente é determinante para a maioria das produtoras. Em metade das empresas, um único cliente (canal/operador de televisão) vale mais do que 75 por cento da faturação.