Lucros da Cofina disparam 67% no primeiro semestre
A Cofina fechou as contas do primeiro semestre com lucros próximos dos 3,3 milhões de euros, valor que traduz um crescimento ordem dos 67,1% relativamente ao resultado líquido de 1,95 milhões de euros alcançado no período homólogo em 2021.
Pedro Durães
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A Cofina fechou as contas do primeiro semestre com lucros próximos dos 3,3 milhões de euros, valor que traduz um crescimento ordem dos 67,1% relativamente ao resultado líquido de 1,95 milhões de euros alcançado no período homólogo em 2021. Resultados que foram impulsionados sobretudo pelo incremento das receitas publicitárias, onde o grupo que detém o Correio da Manhã e a CMTV encaixou, entre janeiro e junho de 2022, mais 2,5 milhões de euros comparativamente a igual período no ano anterior. Um crescimento de 22,3% para o qual muito contribuiu o desempenho da área de televisão, cujas receitas de publicidade dispararam 40,7% e foram responsáveis por quase dois terços daquele encaixe (+1,6 milhões de euros face ao primeiro semestre de 2021). Alavancadas por este crescimento das receitas de publicidade, que ajudaram a equilibrar a balança perante as perdas na circulação (-7,5%), as receitas operacionais do grupo totalizaram perto de 37,6 milhões de euros nestes primeiros seis meses de 2022, um aumento de 5,9% na comparação com o semestre homólogo.
“Os resultados da Cofina confirmam o excelente desempenho dos nossos títulos e da nossa aposta na CMTV, num contexto muito desafiante, em particular devido à pressão que a inflação coloca em custos essenciais à nossa atividade, nomeadamente na área de imprensa com o custo do papel, da eletricidade e dos combustíveis”, comenta Luís Santana, administrador executivo do grupo de media, salientando que, ao nível da operação da CMTV, foi feito “um forte investimento na cobertura no terreno da guerra na Ucrânia”. O contributo do canal para os resultados agora alcançados pela Cofina é sublinhado por Luís Santana. A CMTV, afirma, tem vindo “a consolidar a preferência dos portugueses e a apresentar crescimentos muito robustos”, motivo por que foi “premiada com o reforço dos nossos anunciantes”.
Analisando os dois segmentos em que o grupo opera, fica evidente a importância do negócio televisivo. Nesta área, onde o grupo não chegou a registar quebras durante a pandemia, as receitas totais passaram dos 8,1 milhões de euros no primeiro semestre de 2021 para 9,7 milhões de euros nestes primeiros seis meses de 2022, o que corresponde a um crescimento na ordem dos 19,7%. Resultados alcançados graças ao incremento de 40,7% alcançado nas receitas publicitárias, que ascenderam de aproximadamente 4 milhões de euros para 5,6 milhões de euros no primeiro semestre deste ano. Números suficientes para compensar uma ligeira quebra nas receitas de fees de presença e outros (-0,6%) e, sobretudo, o aumento dos custos operacionais nesta área de negócio, que passaram dos 6,1 milhões de euros para 7 milhões de euros (+14,1%). Situação que, justifica o grupo no comunicado enviado esta quinta-feira à CMVM, fica a dever-se “não apenas à inflação generalizada de custos, mas também ao acréscimo significativo de custos decorrentes do investimento realizado na cobertura no terreno da guerra na Ucrânia”.
Já a imprensa, área de negócio mais atingida pela pandemia mas também aquela que representa a maior fatia das receitas do grupo, apresenta um crescimento menos expressivo. Fechadas as contas do primeiro semestre, este segmento totaliza receitas na ordem dos 27,9 milhões de euros, valor que representa um aumento de 1,8% relativamente aos 27,4 milhões de euros gerados por esta área no semestre homólogo em 2021. Também aqui há um contributo relevante das receitas publicitárias, que cresceram 12%, dos 7,1 milhões para os 7,9 milhões de euros, a que se soma o incremento de 18,7% das receitas de produtos de marketing alternativo e outros, dos 4,4 milhões para os 5,2 milhões de euros. São estes aumentos que permitem ao grupo registar um saldo positivo nesta área de negócio, compensando, por um lado, a quebra nas receitas de circulação e, por outro, o aumento dos custos operacionais. As primeiras recuaram 7,5%, dos 15,9 milhões de euros para os 14,7 milhões. Já do lado dos custos, que estavam nos 22,8 milhões de euros no primeiro semestre de 2021, regista-se um aumento de 5,3% nestes primeiros seis meses de 2022, para perto da fasquia dos 24 milhões de euros.
Feitas as contas, e de acordo com os números apresentados pela Cofina no relatório enviado à CMVM, as receitas operacionais totais do grupo ascendem aos 37,6 milhões de euros, um crescimento de 5,9% face ao primeiro semestre de 2021. Já do lado dos custos operacionais, que passam dos 28,9 milhões para perto de 31 milhões de euros, o aumento é de 7,1%. Com estes resultados, a Cofina consegue uma ligeira melhoria da sua performance financeira, fechando o primeiro semestre de 2022 com um EBITDA de 6 milhões e 612 mil euros, valor que compara com 6 milhões e 595 mil euros registados em igual período de 2021 (+0,3%). A área de negócio de televisão apresenta uma melhoria mais expressiva do EBITDA, fixado nos 2,7 milhões de euros, uma melhoria de 37,3% face a aproximadamente 2 milhões registados no primeiro semestre do último ano. Já na imprensa, o grupo regista uma evolução negativa de -15,5%, passando de um EBITDA de 4,6 milhões de euros no final do primeiro semestre de 2021 para 3,9 milhões de euros neste primeiro semestre de 2022.
Cumpridos os primeiros seis meses do ano, a Cofina apresenta uma dívida nominal líquida de 31,6 milhões de euros, valor que valor que traduz uma redução na ordem dos 6,5 milhões de euros por comparação com a dívida de 38,1 milhões comunicada à CMVM no semestre homólogo e de 2,3 milhões de euros face à dívida de 33,9 milhões de euros reportada pelo grupo no final do exercício de 2021.