Agência espanhola Human To Human entra em Portugal. Operação local arranca com estudo sobre influencer marketing
Depois de Espanha, chega agora ao mercado português a Human to Human (H2H), agência especializada em marketing de influência, área de negócio que, em Portugal, pode atingir os 25 milhões de euros já em 2023, segundo dados avançados por um estudo desenvolvido em parceria com a Primetag e que assinala o arranque da operação local.
Sandra Xavier
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Depois de Espanha, chega agora ao mercado português a Human to Human (H2H), agência especializada em marketing de influência, área de negócio que, em Portugal, pode atingir os 25 milhões de euros já em 2023, segundo dados avançados por um estudo desenvolvido em parceria com a Primetag e que assinala o arranque da operação local.
“Cada vez as marcas investem mais dinheiro e recursos neste tipo de publicidade. Em apenas um ano, em Portugal, o nível de investimento direto em publicidade com influencers registou um crescimento de 66%, alcançando a barreira dos 20 milhões de euros”, apurou a agência espanhola através daquele que diz ser “o primeiro estudo quantitativo do panorama do influencer marketing em Portugal” e que foi divulgado esta terça-feira no âmbito da apresentação da H2H ao mercado.
Um crescimento considerado “muito rápido, se comparado com a média de crescimento de Espanha, de 22,8%, e de um mercado maduro como os Estados Unidos, de 27,8%”, sendo esperado que, em 2023, “o investimento em influencer marketing em Portugal chegue aos 25 milhões de euros”.
“Temos muita confiança no mercado português, porque começamos agora esta nova etapa, mas já capitalizamos cerca de 5% do investimento total na área, e contamos com a confiança de muitos clientes que também já confiaram na H2H como agência em Portugal. Todos são empresas multinacionais, nas quais o cálculo do ROI é de extrema importância a nível global”, afirma Luis Diaz, diretor geral da agência espanhola, que já trabalhava com clientes em Portugal a partir de Espanha e que agora passa a contar com operação local.
Segundo Luis Díaz, “para o crescimento do influencer marketing em Portugal será essencial a profissionalização do setor. A base desta profissionalização é a transparência em todos os âmbitos: tanto para o consumidor, com um código regulador; como para as marcas. Por exemplo, na H2H damos transparência total dos contratos que assinamos com os influencers aos clientes para que possam estar seguros de que todo o seu investimento está destinado a pagar aos influencers com que querem trabalhar.”
Segundo o estudo apresentado pela agência, “é necessário profissionalizar a disciplina e o setor para as marcas conseguirem um ROI positivo nas suas campanhas, sobretudo porque as empresas ainda não estão a conseguir otimizar todo o valor investido nas campanhas com influencers”. Em 2022, em Portugal, concluiu o estudo, “duas em cada três campanhas com influencers não obtiveram um ROI positivo (68%)”.
Já Manuel Albuquerque, CEO da Primetag, explica que influencer marketing é um mercado extremamente emocional, em que as relações muitas vezes estão acima do que são os benefícios económicos e de ROI das empresas. Claramente hoje em dia, com o crescimento do setor, dizer que ‘eu gosto deste influencer’ já não é suficiente – os dados têm um peso muito maior”.
Juntamente com a Primetag, a H2H definiu e analisou ainda as “5 razões que explicam porque é que as marcas não conseguem um ROI positivo com influencers em Portugal”. Para a elaboração deste estudo, asseguram, trabalhou-se com o número 100% real do total de criadores de conteúdos que existem em Portugal, bem como o total de publicações em diferentes formatos, tanto em Instagram como TikTok.
Entre as principais conclusões sobre as duas plataformas, o estudo mostra que o Instagram precisou de 12 anos para conseguir reunir 15 mil influencers, enquanto o TikTok, em apenas seis anos, alcançou 12 mil (80% dos criadores que estão no Instagram).
No ano de 2022 em Portugal, o IG Story foi o formato estrela da plataforma: nove em cada 10 conteúdos publicados foram neste formato. Conclui-se ainda que o formato reels é o tipo de conteúdo com maior crescimento em 2022. Em média, cada influencer publicou 17 Reels comparativamente a 53 post foto, neste ano.
A pesquisa conclui que o TikTok é uma plataforma em crescimento “exponencial” em Portugal, e que apesar de recente, já conquistou cerca de 30% da população. Já o formato Reels foi o único de vídeo que cresceu na plataforma. A razão que explica a elevada percentagem de crescimento é o facto deste formato ter sido a resposta do Instagram ao forte crescimento do TikTok.
Munida de vários estudos, a H2H entra, assim, em Portugal para se diferenciar. E para isso, Luiz Díaz assegura, ao M&P: “o ADN da H2H é técnico, são dados e estatísticas. Além de termos uma equipa criativa muito boa, o que nos distingue é esta componente analítica, que permite aos nossos clientes trabalhar de uma forma muito mais científica e orientada para os resultados”.
Leia mais detalhes sobre a operação da Human To Human em Portugal e sobre os resultados do estudo, desenvolvido com a Primetag, na edição do M&P desta sexta-feira