Maioria dos portugueses gostava de reduzir tempo em frente aos ecrãs
Apesar de a maioria da população portuguesa estar atualmente ligada online através de smartphones ou computadores portáteis, metade gostava de reduzir o tempo de exposição aos ecrãs. De acordo com […]
Sandra Xavier
Bolo-rei da Versailles é a estrela do anúncio natalício do Pingo Doce (com vídeo)
Novo Banco patrocina revista dos 40 anos da Blitz
Um terço dos portugueses está a gastar mais em compras online
José Guerreiro reforça departamento criativo da Lisbon Project
Perplexity já permite fazer compras
Cristina Ferreira trava execução de sentença de primeira instância da SIC
BA&N faz parceria com consultora SEC Newgate
António Zambujo é o embaixador dos vinhos da Vidigueira
ERA recorre ao humor para atrair gerações Y e Z (com vídeo)
“Cream é não provar” as novas Amarguinhas Creme
Apesar de a maioria da população portuguesa estar atualmente ligada online através de smartphones ou computadores portáteis, metade gostava de reduzir o tempo de exposição aos ecrãs.
De acordo com o estudo anual Deloitte Digital Consumer Trends 2022, que analisa os hábitos de utilização de produtos e serviços digitais pelos consumidores, a taxa de penetração de telemóveis de última geração nos consumidores entre os 18 e os 65 anos é de 94% em Portugal, dos quais 87% têm também acesso a um computador portátil.
Apesar da utilização generalizada de dispositivos tecnológicos, metade dos consumidores nacionais afirma que gostaria de passar menos tempo a olhar para os ecrãs. Uma vontade que se faz sentir de forma mais acentuada nos consumidores entre os 18 e os 44 anos.
No entanto, apesar dessa vontade, o estudo conclui que a maioria dos portugueses fica acordada até mais tarde do que o planeado por estar em frente a um dispositivo (52%) e que utiliza o seu smartphone assim que acorda (63%) – ambas as tendências são mais notadas entre os portugueses com idades entre os 18 e os 24 anos.
O Digital Consumer Trends revela ainda que 78% dos portugueses utilizam diariamente as redes sociais e serviços de mensagens e que 80% dos entrevistados têm, pelo menos, um dispositivo ligado à internet em casa.
Para Francisco Cal, associate partner da Deloitte, “estamos a atingir um plateau na utilização dos dispositivos: depois do crescimento acentuado no período da pandemia, a adoção de novos dispositivos abrandou. Poderíamos argumentar que isso se deve ao facto da maioria dos portugueses já terem telemóveis ou acesso a portáteis, mas a verdade é que a sua utilização caiu; a reforçar esta tendência a existência de uma vontade crescente de desligar os dispositivos e passar menos tempo em frente a um ecrã, sobretudo nas gerações mais novas. Não confundir, no entanto, estes dados com o impacto cada vez maior da tecnologia e do mundo virtual nas nossas vidas, e do potencial existente em inovações como o Metaverso ou os NTF”.
Relativamente ao 5G, disponível em Portugal desde o ano passado, uma minoria dos consumidores (16%) utiliza a tecnologia com regularidade, mas, entre estes, 34% admitem não conseguir distinguir o 5G da anterior rede 4G. Ainda assim, 66% dos portugueses que não ainda não tira partido do 5G de forma regular acredita que teriam melhor conectividade de rede se mudassem de 4G para 5G, mas apenas 30% dos utilizadores de smartphones dizem que mudariam de operadora com base na cobertura 5G.
No streaming de vídeo, a Netflix é o serviço que mais atrai os portugueses (53%), à frente do Amazon Prime Video e do Disney+. No geral, 64% têm acesso a pelo menos uma subscrição de video on demand (SVOD), no entanto, 12% dos consumidores cancelaram um serviço de streaming de vídeo nos últimos 12 meses, devido, principalmente, à subida de preços.
Quanto ao metaverso, 32% portugueses sabe, pelo menos, uma coisa sobre o tema, mas 33% nunca ouviu falar desta dimensão.
Para o estudo, a Deloitte entrevistou 36 mil consumidores, 1.000 dos quais portugueses, provenientes de 21 países em quatro continentes.