Marketing e publicidade estão mais inclusivos em Portugal. Lá fora não
A indústria do marketing e da publicidade está mais inclusiva em Portugal, ao contrário do que sucede no resto do mundo, onde não se registam globalmente avanços. Esta é uma […]
Luis Batista Gonçalves
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A indústria do marketing e da publicidade está mais inclusiva em Portugal, ao contrário do que sucede no resto do mundo, onde não se registam globalmente avanços. Esta é uma das principais conclusões da segunda edição do Global DEI Census, um estudo encomendado pela World Federation of Advertisers (WFA) que avalia o estado da diversidade, da equidade e da inclusão no setor do marketing em 91 países.
Portugal regista atualmente um índice de inclusão de 66%, 3% acima da média global. Em 2021, não ia além dos 62%. Apesar da melhoria ligeira, continua, todavia, a ser longo o caminho a percorrer. “É urgente colocar estes temas na ordem do dia”, defende Ricardo Torres Assunção, secretário-geral da APAN (Associação Portuguesa de Anunciantes).
“O envolvimento neste estudo permite-nos uma perceção da realidade nacional. Queremos liderar pelo exemplo, tornando a nossa indústria um lugar mais diverso, inclusivo e seguro para que outros setores da sociedade possam também colocar estas temáticas no topo das suas prioridades”, refere ainda o dirigente.
Disparidades salariais em Portugal mantêm-se
Em termos de sensação de pertença, outro dos fatores analisados, o valor apurado no Global DEI Census foi de 69%, mais um ponto que em 2021. Ao nível da ausência de discriminação, também avaliada, não houve alterações, mantendo-se nos 69%. No que se refere à presença de comportamentos negativos subiu, no entanto, um ponto percentual, alcançando atualmente os 19%.
“No que diz respeito às diferenças de género, regista-se uma disparidade salarial considerável em Portugal neste setor. Nos níveis de gestão executiva e administração, as mulheres recebem em média menos 29% do que os homens e ao nível de outros colaboradores seniores recebem em média menos 11%”, refere ainda a APAN em comunicado.
“Nos cargos de menor responsabilidade, a um nível mais júnior, as mulheres recebem em média mais 23% do que os homens”, avança ainda o relatório global da iniciativa, que em Portugal é apoiada por todas as associações que integram esta indústria, APAN, APAP, APAME, APIMPRESA, AMD, APEITE, APODEMO, IAB, CCP, APECOM, APPM, ARP, APPF, APEPE, PPM e APCE.
Segundo esta análise internacional, os principais fatores de discriminação em Portugal no setor continuam a ser a idade e a situação familiar. 35% dos inquiridos acredita que, na empresa onde trabalha, a idade pode ser um obstáculo a uma progressão futura. Essa percentagem aumenta tanto nos grupos etários mais jovens (41% para os 18-24 anos) como nos mais velhos (50% para os 65+).