Lucros da News Corp caem 75%. Receitas digitais já ultrapassam as tradicionais
Os lucros da News Corporation, grupo empresarial internacional que detém os títulos The Times, The Wall Street Journal, The Sun, Herald Sun, The Daily Telegraph e New York Post, o […]
Luis Batista Gonçalves
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Os lucros da News Corporation, grupo empresarial internacional que detém os títulos The Times, The Wall Street Journal, The Sun, Herald Sun, The Daily Telegraph e New York Post, o canal de televisão australiano Sky News a editora HarperCollins, desceram dos 697,4 milhões de euros para os 171,1 no primeiro semestre do ano, uma redução de 75% em comparação com o período homólogo do ano anterior.
Apesar da quebra (muito) acentuada, os produtos digitais da News Corp representaram, pela primeira vez, mais de 50% da faturação. Maiores custos de produção de notícias e de cobertura e transmissão de provas desportivas são duas das causas apontadas para a diminuição dos lucros. A quebra na venda de livros e a inflação global são outras das causas apontadas.
Na divisão britânica da firma, a News UK, as edições impressas do The Sun e do The Times perderam muitos dos seus anunciantes, mas, em contrapartida, os sites das duas publicações noticiosas conseguiram angariar contratos publicitários relevantes. Nos próximos anos, esta tendência deverá manter-se.
A aposta na inteligência artificial generativa
Os maus resultados não afetaram, no entanto, o otimismo de Robert Thomson. O chief executive da News Corporation está convicto de que o recurso a sistemas inteligência artificial generativa vai permitir criar textos, imagens e registos fonográficos com investimentos menores, o que terá reflexos já nos próximos resultados financeiros do grupo.
“Estamos na era da inteligência artificial generativa, que acreditamos apresentar uma oportunidade notável para criar novos fluxos de receita, ao mesmo tempo que nos permitirá também reduzir custos em todas as áreas de negócio”, acredita o executivo.
“Já estamos em negociações para estabelecer valores para as nossas ofertas de conteúdos exclusivos que, à semelhança do que sucederá com a propriedade intelectual, desempenharão um papel crucial no futuro da inteligência artificial”, garante Robert Thomson.