Opinião: Uma bola de neve chamada curiosidade
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Aviso à navegação, semanalmente, irei partilhar os pensamentos e inspirações que toldam a visão, e as decisões, de um jovem gestor de marketing português.
Cresci a ouvir a minha avó Maria dizer, “a curiosidade matou o gato”. Ainda hoje penso, sorte a minha não ser gato! Curiosidade é aquela particularidade difícil de explicar e trabalhar nos outros enquanto líder. Ou bem que temos vontade de perguntar, aprender, descobrir, espreitar, ou não temos nada disso. Acredito que o mundo é dos curiosos e isto tornou-se ainda mais verdade para mim quando conheci Ray Wu, através da sua palestra na TEDx.
A curiosidade é a pedra angular do crescimento, da inovação e da autodescoberta. É o ímpeto da curiosidade que acende o nosso desejo de explorar o mundo que nos rodeia, desvendar os seus mistérios e ultrapassar os limites. Ray Wu de forma convincente, apesar da sua tenra idade, capta magistralmente a essência da curiosidade ao enfatizar o seu profundo impacto na formação nas nossas vidas e o impacto que podemos ter no mundo. As suas histórias e sonhos ilustram o papel da curiosidade na promoção de uma mentalidade de aprendizagem ao longo da vida, dando a oportunidade à adaptação de cada um e à expansão dos nossos horizontes.
Além do crescimento individual, a curiosidade torna-se fundamental para o avanço da sociedade. Serve como catalisador para descobertas científicas inovadoras, desenvolvimentos tecnológicos e expressões artísticas que moldam a sociedade e as experiências coletivas. O impacto da curiosidade vai muito além da aquisição de conhecimento e da capacidade para inovar; é a base da empatia e da compreensão. Permite que nos relacionemos com diversas perspetivas, abre portas a apreciarmos a riqueza das experiências humanas e promove a tolerância e a mente aberta. Ao atenuar barreiras, a curiosidade abre à coexistência harmoniosa, e possibilita que trilhemos um caminho no qual a meta é uma sociedade mais justa e equitativa. No entanto, a forma como olhamos para a tecnologia pode ofuscar, pois o seu uso é gera distrações e gratificação instantânea.
A tecnologia deve ser um meio para atingir um fim e não o fim em si. Muitas vezes sucumbimos à compreensão superficial, consumimos informações passivamente em vez de nos envolvermos ativamente através da critica e do contraditório. A tecnologia dá-nos conforto, a tal ponto, que por vezes chega a anestesiar a nossa capacidade de raciocínio. Esta tendência impede o crescimento intelectual e limita a capacidade de compreendermos a complexidade do que nos rodeia.
Para nutrir a curiosidade, devemos cultivar conscientemente uma mentalidade construtiva, abraçando desafios e contratempos como oportunidades de aprendizagem e crescimento. Devemos procurar novas experiências, de forma ativa, envolver-nos em diferentes disciplinas e participarmos em debates com substância. As organizações também têm a responsabilidade de promover uma cultura de curiosidade, basta para isso incentivar as suas pessoas a questionar, a desafiarem normas e explorarem outras visões. Ao criar um ambiente seguro e favorável à experimentação e ao erro, as organizações alcançam um potencial coletivo que vai impulsionar o progresso.
Tal como o Ray Wu fez, desafio cada leitor a aprender, procurar, ou iniciar uma nova atividade ou tema, durante esta semana. Não faz sentido que seja uma obrigação, mas se não acontecer, temos a confirmação que não é uma pessoa curiosa.
Artigo de opinião de João Calado, head of marketing na SGS Portugal