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1991 – 2024. O que é que se passou na Global Media?

Está aberta uma nova era. A assembleia geral realizada a 19 de fevereiro, por convocatória dos acionistas minoritários José Pedro Soeiro e Kevin Ho, dá novo fôlego às publicações do […]

Cristina Dias Neves
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1991 – 2024. O que é que se passou na Global Media?

Está aberta uma nova era. A assembleia geral realizada a 19 de fevereiro, por convocatória dos acionistas minoritários José Pedro Soeiro e Kevin Ho, dá novo fôlego às publicações do […]

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Está aberta uma nova era. A assembleia geral realizada a 19 de fevereiro, por convocatória dos acionistas minoritários José Pedro Soeiro e Kevin Ho, dá novo fôlego às publicações do Global Media Group. É nomeada uma nova administração após a demissão dos administradores executivos indicados pelo acionista maioritário World Opportunity Fund e aberta a porta para a reorganização dos títulos.

A TSF, o Jornal de Notícias (JN) e O Jogo, bem como as publicações JN História, Notícias Magazine, Evasões e Volta ao Mundo ficam apalavradas para um novo grupo de investidores, constituído por Diogo Freitas, da OfficeFood Brands, empresa sediada em Ponte de Lima que se dedica à fabricação e distribuição alimentar, e mais três entidades: o Grupo Parsoc e o Grupo Ilíria, que têm em comum o estarem no negócio da distribuição de tabaco, e a empresa Mesosystems, que atua na área da cosmética. Os históricos Diário de Notícias (DN) e Açoriano Oriental mantêm-se sob gestão direta do Global Media Group (GMG), cujos sócios são Marco Galinha, José Pedro Soeiro, Kevin Ho e António Mendes Ferreira.

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De saída está o mais recente acionista, o polémico World Opportunity Fund (WOF). Os termos e os valores em que esta saída acontece não são ainda conhecidos, mas certo é que também nunca foram divulgados os termos e os valores da sua entrada.

Entretanto, Domingos de Andrade, antigo diretor do Jornal de Notícias foi indicado para diretor-geral dos títulos que passam para as mãos do grupo de empresários do Norte, liderado pela OfficeFood Brands. Também a Global Media escolheu um novo presidente executivo, Vitor Coutinho, um antigo padre que foi vice-reitor do Santuário de Fátima. Entraram também novos elementos para a administração: Diogo Queiroz de Andrade, que estava no Observador, e Rui Rodrigues, um gestor comercial da área dos media que é atualmente sócio da Spectacolor, a empresa que explora a publicidade das caixas Multibanco.

O Meios & Publicidade apurou que o objetivo é a Global Media manter uma quota de 30% na nova sociedade constituída pelo grupo de novos acionistas do JN. A ideia é conseguir explorar as sinergias que existem entre as publicações do grupo. Assim, se tudo correr de feição para a nova administração do GMG, já justificaria dar um novo nome à empresa.

O grupo que Joaquim Oliveira comprou por 300 milhões de euros à Portugal Telecom (PT) pouco ou nada tem a ver com o que é agora. Se a quota de 40% que Marco Galinha adquiriu em 2020 for valorizada pelo montante que consta que tenha despendido na sua aquisição (cerca de 10 milhões de euros, dos quais 6 milhões em injeções de capital fresco), poderá querer dizer que, em setembro de 2020, o grupo valeria uns 25 milhões de euros, apenas 8% do que era 15 anos antes.

Tendo em consideração tudo o que se tem vindo a passar no universo dos media nestes últimos anos, não se estranha que tenha acontecido uma grande desvalorização, mas justifica-se uma perda tão significativa de valor? Embora o grupo não tenha já no seu portfólio dois valiosos edifícios históricos, as sedes do Jornal de Notícias no Porto e do Diário de Notícias em Lisboa, avaliadas em 2015 em 40 milhões de euros, ainda possui uma quota bastante significativa na agência de notícias Lusa, bem como na distribuidora Vasp.

Afinal de contas, o que se passou? Como foi possível que uma empresa detentora de títulos tão fortes e prestigiados no panorama português tenha chegado a esta situação? E já depois de ter sido sangrada por três camadas de despedimentos coletivos, um ainda na Controlinveste, outro, na era dos capitais da lusofonia e, por fim, um terceiro, no consulado de Marco Galinha.

A génese do grupo Lusomundo / PT Multimedia

Não querendo recuar a meados do século XIX, quando, em 1864, o Diário de Notícias foi criado, assinalamos a data e damos um salto do tamanho de um século para lembrar como é que este título histórico foi parar à esfera da Portugal Telecom.

Quando no final da década de 1990, o Governo lançou o programa de (re)privatizações em Portugal, o tenente-coronel Luís Silva, patrão da Lusomundo e detentor de uma fortuna considerável por conta dos direitos de transmissão das principais majors norte-americanas, viu a possibilidade de adquirir alguns títulos nacionalizados no 25 de Abril, como uma oportunidade para diversificar o negócio. Assim, em 1991 comprou os jornais Diário de Notícias e Jornal de Notícias, lançando a génese do atual grupo de media.

Apesar de, na altura, haver alguma perda de brilho dos históricos títulos, fruto sobretudo da animada concorrência que emergia — O Independente, fundado em 1988, teve os anos de ouro ao longo da década de 1990 e o diário Público chegou às bancas em março de 1990 — a verdade é que o Diário de Notícias continuava a ser o jornal de referência de Lisboa e das suas elites, lugar que assumiu totalmente após a extinção do O Século e. posteriormente, do Diário de Lisboa. Na eterna cidade invicta, o Jornal de Notícias mantinha a sua senda de jornal popular, chegando várias vezes a atingir o primeiro lugar do ranking dos mais vendidos em Portugal.

Mas a era da Lusomundo Media chegou ao fim. Em 2000, o coronel Luís Silva decidiu vender os negócios e os títulos à PT Multimédia, que, recorde-se, herdou os ativos da extinta TV Cabo, que resultou, mais tarde, após imposição da Autoridade da Concorrência, numa nova operadora, a ZON, atualmente NOS. O racional que estava por detrás deste negócio era reunir os conteúdos da Lusomundo Media à infraestrutura que a PT Multimédia tinha montado para, desta forma, criar uma oferta de valor aos subscritores do cabo. Para uma empresa que tinha como objetivo criar valor acrescentado aos seus subscritores através dos conteúdos, a Lusomundo Media era de facto apetecível.

O princípio fazia sentido. Aliás, parte do plano foi concretizado. Ainda hoje, a NOS que, recorde-se, surgiu da PT Multimédia, detém uma quota de mais de 60% do mercado nos cinemas, para não falar das comunicações e media, onde detém uma quota de 30% a 40 %, dependendo do serviço prestado.

Relativamente aos jornais e outros meios de comunicação, que, entretanto, se juntaram ao grupo, cedo a PT percebeu que gerir jornais era uma dor de cabeça. Não havia vocação interna para assumir um negócio tão característico como o dos media e, por outro lado, a ideia de que a gestão poderia ter alguma influência nos conteúdos depressa foi descartada. Seja como for, foi uma época com uma certa estabilidade em que o diretor, Mário Bettencourt Resendes, representava o Diário de Notícias (entre 1993 e 2004) junto das altas instâncias lisboetas, e Frederico Martins Mendes assegurava bem o Jornal de Notícias, no Porto.

Entrada da Controlinveste

Estamos em 2005. A Portugal Telecom, liderada por Miguel Horta e Costa, vende o negócio de media, por 300 milhões de euros, a Joaquim de Oliveira, dono da Olivedesportos, empresa concessionária da publicidade nos jogos de futebol da Primeira Liga. Joaquim de Oliveira, tal como o seu irmão António Oliveira, treinador de futebol, é um conhecido empresário do norte de Portugal, detentor de uma fortuna oriunda da negociação de direitos de transmissão futebolísticos. Ainda hoje, Joaquim Oliveira detém interesses na Sport TV. Na altura, o negócio foi bastante comentado. Não se percebia porque estava um empresário do futebol interessado no negócio da comunicação social, até porque já se anteviam problemas no setor. E sabia-se que o empresário do futebol tinha contraído uma dívida importante para adquirir títulos muito fortes, mas que nem à PT, à época ainda com golden share do Estado, servia. Além disso, o título com mais impacto na capital já mostrava sinais de forte instabilidade, o diretor do Diário de Notícias tinha saído pouco antes, tendo sido difícil encontrar alguém para o lugar. Entre 2004 e 2007, ocuparam o posto nada menos do que seis diretores, dois dos quais interinos, à média de seis meses no posto. O Jornal de Notícias não teve a vida tão difícil. Leite Pereira manteve-se no posto entre 2005 e 2011. Aliás é de justiça referir que o Jornal de Notícias é, até hoje, a joia da coroa comercial grupo.

Mal ou bem, o certo é que no DN, a direção só voltou a estabilizar quando João Marcelino ocupou o lugar, entre 2007 e 2014. Estabilizou, mas não o suficiente para recuperar o brilho do passado. Na era de Marcelino, talvez à imagem dos jornais de onde vinha, o Correio da Manhã e anteriormente o Record, o Diário de Notícias optou por uma abordagem mais rápida e simples da atualidade, procurando novos leitores num segmento menos tradicional. Não perdeu leitores, mas também não os recuperou.

De lembrar que 2009 foi um ano de recessão para toda a imprensa, tal como 2012, pelo que a recuperação do jornal esteve sempre adiada. Os negócios da Olivedesportos também não correram de feição, com o aparecimento de outros players no mercado. Nesses anos, o grupo Controlinveste endividou-se cada vez mais.

O Período Lusófono Eixo Angola – Macau

No final de 2013, a chegada de novos rostos ao grupo editorial reveste-se de pompa e circunstância. Acredita-se num recomeço. No capital da Controlinveste entram novos sócios, aliviando Joaquim de Oliveira que, entretanto, via a fortuna a começar a esvair-se no pagamento de dívidas. O angolano António Mosquito, homem ligado à petrolífera angolana Sonangol, com interesses vários em Portugal, com destaque para uma participação na construtora Soares da Costa, novo protagonista a entrar em cena, passa, então, a controlar 27,5% do grupo, a mesma porção de capital mantém Joaquim de Oliveira. Como acionista estreia-se também Luís Montez, o conhecido empresário da rádio e dos espetáculos, que assume 15% do capital, bem como os bancos BES e BCP, cada um com 15%, por conta da dívida de Oliveira.

Para gerir a empresa são contratados Victor Ribeiro, gestor saído do grupo Amorim, e José Carlos Lourenço, vindo do grupo Impresa onde exercia funções de administrador executivo para a área comercial. A presidência da empresa é entregue ao conhecido advogado Daniel Proença de Carvalho. E é esta equipa de luxo que anuncia uma forte reestruturação do grupo, a começar pelo nome que passa a chamar-se Global Media Group, uma alusão às suas ambições internacionais. A estratégia anunciada passava por uma internacionalização da marca no espaço lusófono, otimizando o negócio sobre a língua portuguesa.

Com este desígnio em mente, é realizada uma reestruturação bastante significativa dos principais títulos, que inclui a entrada de novos diretores: André Macedo para o Diário de Notícias e Afonso Camões para o Jornal de Notícias. Segue-se o redimensionamento e um novo layout dos jornais, o lançamento de uma nova grelha na TSF e o reforço das equipas de marketing e digital do grupo. Tudo isso enquanto se efetiva um processo de despedimento coletivo que leva à saída de mais de 200 pessoas e a um emagrecimento geral da estrutura operacional.

Em entrevista ao Meios & Publicidade, José Carlos Lourenço explica, nessa altura, que, após a reestruturação do grupo, tenciona ter as contas equilibradas em 2015. Mal ou bem, o certo é que o Global Media Group, que tinha um EBITDA [lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações] negativo de 8 milhões em 2014, conseguiu gerar um EBITDA positivo de 186 mil euros.

Pode dizer-se que 2016 foi de consolidação da estratégia do grupo. Foram várias as iniciativas postas em marca, como o lançamento de uma área de branded content e a aposta em grande no digital. Viveu-se um clima de muito dinamismo na área dos eventos com parcerias com grandes anunciantes, como o Continente e o Millenium BCP, pela mão do conhecido diretor comercial Luís Ferreira e a sua equipa, que atualmente está na Medialivre, antiga Cofina.

Em março desse ano, anunciou-se a venda da emblemática sede do Diário de Notícias, na Avenida da Liberdade e a sua transferência no final do ano para novos escritórios nas Torres de Lisboa. O valor oficial da venda não é divulgado, mas os meios de comunicação social avançam o valor de 20 milhões. O ano de 2016 termina com um EBITDA de 2,4 milhões de euros,. Mas, apesar do encaixe com a venda do edifício, a empresa continua com prejuízos superiores a quatro milhões e uma dívida aos bancos de 35 milhões de euros.

Novos acionistas

Em março de 2017, talvez pela necessidade de capital decorrente da perda de poder de compra dos angolanos na sequência da quebra do preço do petróleo, é a vez de entrarem novos acionistas no grupo. Desta vez, vindos do Extremo-Oriente. O grupo macaense KNJ Global Holdings, que atua na construção civil e está ligado ao empresário Kevin Ho, identificado na imprensa local como sobrinho de Edmund Ho, conhecido político macaense, que foi chefe do executivo de Macau entre 1999 e 2009, é o novo acionista. Chega através de uma injeção de 15 milhões de euros, ficando com uma quota de 30%.

“A Global Media Group informa que os seus accionistas chegaram a acordo com o empresário de Macau Kevin Ho, nos termos do qual este empresário aportará ao capital da empresa holding do Grupo o montante de 15 milhões de euros, passando o novo investidor a deter 30% do capital social da sociedade. O capital investido no grupo vai ser utilizado, fundamentalmente, em projetos destinados a reforçar a liderança do consórcio no digital e à sua internacionalização especialmente nas geografias onde se fala português e junto das nossas comunidades no estrangeiro”, adianta a empresa.

Em simultâneo, as participações que eram de António Mosquito e de Luís Montez são transferidas para José Pedro Soeiro, empresário e gestor angolano com participação em empresas portuguesas, angolanas e do Reino Unido. Nesta fase, dá-se nova alteração da estrutura acionista através de um aumento de capital, findo o qual fica assim a composição: KNJ, com 30%, J P Soeiro, com 30%, Oliveira, com 20%, e BCP e BES com 10% cada. A comissão executiva é reconduzida, mas entra um novo administrador executivo em representação de Kevin Ho. Paulo Rego, ex-jornalista da LUSA e fundador do jornal bilingue plataforma Macau, é o novo vice-presidente da comissão. Em comunicado, afirma: “Por um lado, a GMG descobriu recentemente a estabilidade económica, por meio da reestruturação financeira bem-sucedida, permitindo que a GMG se concentre no crescimento futuro. Por outro lado, uma migração digital forte, combinada com uma nova ambição em todos os mercados portugueses também contribui para o interesse da operação”.

A KNJ é uma empresa privada de investimentos com sede em Macau, afirma, justificando: “Nós procuramos o lucro e este negócio não é diferente. Esta injeção de capital será utilizada para aumentar o valor de participação. Mas também somos pessoas de Macau e sentimo-nos felizes em contribuir, ajudando a Região Administrativa Especial de Macau a ser conhecida, em todo o mundo, como uma plataforma entre a China e os Países de Língua Portuguesa”. Criava-se, assim, um círculo virtuoso de língua portuguesa agora a valer 55 milhões de euros.

Tempos conturbados

O ano de 2018 é particularmente dinâmico. Além da saída José Carlos Lourenço para a ZAP, operadora da ZON em Angola, logo em abril, avançam investimentos por iniciativa dos sócios chineses, nomeadamente nas áreas de gaming e gambling, como o lançamento de uma plataforma de jogos e apostas online ou o lançamento do projeto de vídeo V, nenhum dos quais com retorno a curto prazo. É também tomada a decisão de tornar o Diário de Notícias um jornal semanal, reforçado com novos suplementos e jornalistas. A CFO, Maria Teresa da Graça sai em setembro, sendo substituída por Guilherme Pinheiro. O alerta da tesouraria é dado no Natal de 2018, quando a empresa se atrasa no pagamento do subsídio aos colaboradores.

Começa outra vez a ouvir falar-se em reestruturação e na entrada para breve de um novo acionista. Ao que parece o círculo virtuoso lusófono não vingou. Se, em 2017, os prejuízos ainda se mantêm nos 4,5 milhões de euros, em 2018 duplicam para 9 milhões. A dívida continua elevada, na casa dos 60 milhões de euros. No final do ano, Paulo Rego, que, para além dos novos negócios tinha assumido a área de operações, em substituição de José Carlos Lourenço, deixa o grupo. Poucos meses mais tarde, já em 2019, antes do final do seu mandato que tinha sido renovado em 2017, é a vez do CEO Victor Ribeiro se ir embora.

De acordo com o semanário Expresso, o Global Media Group estaria à espera de financiamento bancário para avançar com novos despedimentos. A injeção de capital serviria ainda para financiar a mudança da redação do portuense JN do histórico edifício da baixa da cidade invicta, vendido recentemente, para se instalar numa antiga garagem. Segundo a revista Sábado, o imóvel foi vendido a uma sociedade detida por gerentes da KNJ, do empresário macaense Kevin Ho, para aí construir um hotel de luxo.

Finalmente, no último trimestre de 2019, os accionistas KNJ e José Pedro Soeiro adquirem a quota dos bancos no grupo. Não se sabe oficialmente o valor do negócio, mas, segundo o jornal Eco, estes conseguem um desconto superior a 80%. Mais uma vez, é alterada a estrutura acionista, agora com os chineses e José Pedro Soeiro, cada um com cerca de 40% e Oliveira com cerca de 20%.

O Período Galinha

Primeiro, são apenas rumores, depois confirma-se. Em 2020, dá-se a entrada de um novo sócio no grupo. Marco Galinha, um empresário de Alcobaça com interesses em várias áreas das quais se destaca a distribuição e a logística, compra uma participação de 40%, pelo valor de 4 milhões de euros e faz uma injeção de 6 milhões de euros. Galinha é um conhecido self-made man, que fez crescer a pulso o seu grupo Bel e passa a ser conhecido do público português pela sua participação no programa de televisão “Shark tank” ao lado de outros empresários, como Mário Ferreira.

O grupo sofre nova reestruturação, que implica o já antecipado despedimento coletivo de 81 colaboradores, dos quais 17 jornalistas.

São nomeados novos diretores para as principais publicações: Rosália Amorim para o Diário de Notícias e Inês Cardoso para o Jornal de Notícias. Domingos Andrade lidera a TSF, acumulando o cargo com as funções de diretor editorial do grupo.

A redação foi reforçada com a entrada de vários jornalistas: Alexandra Tavares-Teles, Bruno Horta, Isabel Laranjo e Manuel Catarino integram o grupo. A revista Evasões abandona o formato em papel e transforma-se num caderno destacável do DN e do JN. O mesmo acontece com a Notícias Magazine, que acaba no formato de revista e passa a ser suplemento do JN. Pedro Lucas, até então diretor das revistas Men’s Health e Women’s Health Portugal, passa a assumir a coordenação da revista Volta ao Mundo, acumulando a coordenação de todas as revistas do GMG. Ainda no final do ano, o DN é relançado e volta a ter edição diária em papel.

Em fevereiro de 2021, é a vez de ser apresentada uma nova administração com Marco Galinha à frente. Domingos de Andrade e Guilherme Pinheiro ficam como administradores executivos. O elenco de vogais sem funções executivas integra António Manuel Frade Saraiva, João Pedro Alves Ventura Silva Rodrigues, José Pedro Carvalho Reis Soeiro, Kevin King Lun Ho, Philip Manuel Eusébio Yip, Rui Fernando Baptista Moura, Maria Inês Cardoso e Rosália Maria Amorim.

Apesar de todas as mudanças, não se pode dizer que o grupo estivesse finalmente em paz, pois mantinham-se as fortes restrições financeiras e os cortes de despesas. Recorde-se que, a acrescer a todas as restrições existentes, estamos em plena crise pandémica da covid-19. A partir de 15 de maio, o grupo informa que vai aderir ao regime de apoio à retoma progressiva, o que implica a redução do horário de trabalho e cortes efetivos nos ordenados acima de 2 mil euros brutos, bem como outras limitações e benefícios fiscais.

Rapidamente, surge um primeiro sinal de que as coisas podem não estar a correr bem. As diretoras Rosália Amorim e Inês Cardoso demitem-se da administração em solidariedade com os respetivos conselhos de redação, no mês de junho de 2021. Estes insurgem-se contra medidas tomadas por Marco Galinha, como prescindir que todos os cronistas politicamente expostos recebessem pelos artigos de opinião, bem como pelo facto de a administração ter acedido às passwords das páginas de redes sociais dos títulos sem conhecimento prévio da direção.

A cavalgar este descontentamento, inicia-se uma guerra, que ainda hoje subsiste com o Bloco de Esquerda e Mariana Mortágua, que inicia com a acusação feita ao empresário de querer silenciar a líder do BE ao prescindir das suas crónicas remuneradas no JN e continua com acusações do órgão de comunicação oficial do partido, o Esquerda.net, a Galinha, insinuando que as suas ligações familiares à Rússia – Marco Galinha é casado com a filha de um empresário russo radicado em Portugal – não são inocentes.

No entanto, no final do ano, segundo Galinha, o esforço feito parece ter sido recompensado. De acordo com um comunicado do grupo, a administração afirma que o EBITDA voltou a estar positivo em 2021, comparado com um EBITDA negativo de 5 milhões em 2020. Informa que o grupo cresceu em vendas 9% e teve 35 milhões de lucros operacionais.

O ano de 2022 parece regressar com boas notícias no campo das audiências. Logo em janeiro, o grupo volta a ser auditado pelo ranking de audiência digital netAudience da Marktest e consegue números muito positivos. Regressa com entrada direta para a liderança, somando 4 milhões e 427 mil pessoas alcançadas pelas suas plataformas digitais. O Jornal de Notícias fica em primeiro lugar, à frente do Correio da Manhã, na categoria generalistas; o Dinheiro Vivo em segundo lugar, a seguir ao Jornal de Negócios na categoria económicos e a TSF entra também para primeiro do ranking das rádios.

Externa e internamente, a conjuntura complica-se: 2022 é também o ano do início da guerra da Rússia na Ucrânia, do aumento do preço do petróleo, bem como da escalada da inflação. Por isso, a pressão não esmorece. A contestação continua quando é anunciado um programa de rescisões por mútuo acordo. Desta vez, é a comissão sindical que expressa a sua indignação sugerindo que o grupo já está nos limites em termos de recursos humanos. Mesmo o aumento dos salários mais baixos do grupo, não esmorece a contestação. Todas as decisões editoriais tomadas por Galinha e a sua equipa, num ambiente de restrição são sempre altamente contestadas pelos órgãos representativos dos jornalistas e trabalhadores. É o caso da contratação da jornalista Alexandra Borges para o cargo de diretora de grande reportagem, com equipa própria. A decisão de reforçar as participações na distribuidora Vasp também parece não ser pacífica, sugerindo que Marco Galinha tencionava favorecer o seu grupo Bel com a única rede de distribuição de meios de comunicação social nacional. Por fim, o facto de o empresário ser casado com uma russa e viver numa continua troca de acusações públicas e agressivas com Mariana Mortágua – acusações essas que chegaram mesmo aos tribunais – num ambiente de guerra e crispação, não contribuem para a paz social, nem para a paz mediática.

Neste corrupio, 2023 traz mais um sócio para o grupo: António Mendes Ferreira, dono da United Resins, uma indústria exportadora da Figueira da Foz que fica com 10% do capital. Poucos meses depois, é a vez de Marco Galinha liderar uma operação de reestruturação do capital, que é reduzido em 20 milhões de euros, para fazer face a prejuízos acumulados de anos anteriores. Dessa forma, o empresário aumenta a sua participação em mais 1,5 milhões de euros. É agora acionista maioritário da empresa, com 50,2%.

Nos dias quentes do verão do ano passado, começa a soar no mercado que estará para surgir novo investidor, um fundo desconhecido que dá pelo nome de World Opportuny Fund. Segundo o Jornal Económico, o WOP compra 37% da empresa Páginas Civilizadas, o que lhe dá acesso ao controlo do GMG. O valor da venda não foi divulgado. No mês seguinte, o GMG e o Grupo Bel, de Marco Galinha, anunciam a intenção de vender a participação que detêm na agência Lusa. O Estado português é o comprador natural. Em setembro do ano passado, é anunciada uma nova comissão executiva, constituída pelo jornalista João Paulo Fafe, ex-diretor do jornal Tal & Qual, Diogo Agostinho e Filipe Nascimento. A partir daí, a história ainda do GMG está fresca na memória de todos.

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A ferramenta garante o acesso a 3,5 milhões de criadores e fornece dados sobre 90% dos influenciadores globais com mais de um milhão de seguidores nas redes sociais e sobre as mais de 300 marcas com que trabalham, uma vantagem competitiva que o grupo pretende explorar.

“O marketing de influência está a revolucionar a indústria da publicidade, dando às marcas uma oportunidade única para aprofundarem relações com os clientes. Até 2025, espera-se que os gastos com as redes sociais €171,3 mil milhões, ultrapassando pela primeira vez os gastos globais com publicidade linear na televisão, sendo o marketing de influência o segmento de crescimento mais rápido”, justifica o Publicis Groupe, que detém a Epsilon, dona da plataforma de marketing Epsilon PeopleCloud, em comunicado de imprensa.

A concretização do negócio está dependente da aprovação dos reguladores e permite a criação de uma rede de produtores de conteúdos premium, com abordagens de planeamento diferenciadoras para maximizar resultados. “Pretendemos aliar as nossas capacidades a tecnologias complementares para propormos influenciadores, criação de conteúdo, amplificação e medição, para definirmos juntos a próxima era do marketing de influenciadores”, refere o fundador e CEO Ryan Detert da Influential, que se mantém à frente da empresa.

O negócio deverá estar concluído até ao fim de agosto. “Esta aquisição não significa apenas que vamos assumir a liderança do marketing de influência. Também nos reposiciona no centro do novo ecossistema de media global. Ao combinar e analisar os dados da Epsilon, que nos permitem monitorizar 2,3 mil milhões de pessoas em todo o mundo, conseguimos que os nossos clientes percebam melhor os seus consumidores e implementem estratégias que os aproximem mais deles”, afirma Arthur Sadoun, CEO do Publicis Groupe.

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Essencialmente, acordar às 6h da manhã. Quando estou a trabalhar gosto de acordar cedo, para passar os olhos pela imprensa e dar uma revisão nos pontos todos que tenho em agenda para esse dia. Em modo férias acordo às 8h, com mais tempo e uma rotina mais lenta e fluida.

Férias significa desligar ou inspirar-se para novas ideias a aplicar no trabalho?

Trabalhando na área da comunicação, é muito complexo desligar totalmente nas férias. Isto porque mesmo estando fora e em modo de descanso, a mente de um marketeer ou consultor de comunicação está treinada para avaliar suportes de comunicação e ações de ponto de venda, que possam ser interessantes.

Tudo ao nosso redor pode servir como fonte de inspiração. Por um exemplo, em todas as minhas viagens, visito sempre farmácias, perfumarias e espaços comerciais. Vejo posicionamentos de marcas, suportes de comunicação, exploro ações de comunicação, fotografo, registo em vídeo e tenho inclusive uma pasta partilhada com a equipa da Quiosque, onde registo todos os bons exemplos que podem ser usados para o início de uma discussão. Por isso diria que estar de férias é sempre uma fonte enorme de inspiração.

Quais são os jornais, programas, podcasts, sites, plataformas digitais ou outros meios de comunicação que segue durante as férias? 

Diria que quase todos. O Meios & Publicidade, sempre, e tenho assinaturas digitais de todos os meios portugueses e alguns internacionais. Mesmo nas férias tenho o hábito, e faço-o com mais calma, de ler jornais diários – Público, DN, Correio da Manhã (porque sou a favor da pluralidade), e revistas e jornais semanais, como a Visão, Sábado e Expresso.

Vejo com regularidade os meios online mais de ‘lifestyle’, como o site da Máxima, MAGG, NIT, Saber Viver, Activa e LuxWoman. Nesta seleção, nada escapa, nem as revistas cor-de-rosa, como a Caras, TV Mais e Lux.

Consumo muita imprensa internacional, GQ Espanha e Alemanha, Marie Claire, Vogue portuguesa, francesa e inglesa. Gosto imenso de ler e valorizo a pluralidade de informação. No aeroporto, agarro o maior número de revistas e jornais que conseguir e levo-os comigo em viagem.

Há sempre uma história ou algo interessante dentro de uma revista ou de um jornal e, às vezes, nem são as notícias, mas sim as páginas de publicidade, que com a sua criatividade e inovação, fazem sonhar e despertar alguns dos nossos sentidos.

Ver páginas de publicidade em media é sinónimo de um país e de uma sociedade evoluída, com uma economia que se desenvolve e cresce. Quando o contrário acontece, é sinal de que estamos todos a ficar mais pobres, seja por falta de leitores, seja por falta de investimento.

Como estou mais desligado do telefone, não tenho o hábito de ouvir podcasts em modo de férias. No que diz respeito a programas televisivos, apenas acompanho a informação, normalmente fora de horas, em canais como a SIC Notícias, CNN e NOW, e vou fazendo zapping entre estes três.

Quais são as marcas que o acompanham nas férias?

São muitas. Tenho a mesma mala de viagem há anos (Samsonite), que foi um presente de Natal da Ana Garcia Martins [A Pipoca Mais Doce]. Dentro desta mala levo sempre uma série de looks de roupa, que normalmente coordeno por dia e por ocasião.

Há marcas de roupa que me acompanham regularmente, umas mais ‘mainstream’, como Ralph Lauren (com t-shirts e calções básicos) ou a The Dudes, uma marca alemã de roupa mais descontraída e de ‘streetwear’. Não dispenso sandálias UGG (mesmo no verão) e, nestas férias, estão também comigo umas sandálias da marca japonesa Suicoke, numa parceria com a Missoni.

Mochila North Face e garrafas e ‘tumbler’ da Stanley (um pouco influenciado pela tendência de ‘social media’), saco de praia em rede Longchamp, prático e diferente, e um cobertor portátil da marca Rains – super útil nos Açores, por exemplo, quando queremos parar e dormir uma sesta no meio da natureza.

Para além disso, ao longo dos anos a trabalhar na área da comunicação, tenho tido a sorte de experimentar muitos produtos em férias. É nessa altura que, por norma, faço um ‘test drive a todos os lançamentos que fiz até à data.

Nestas férias levo o Glow da Cantabria Labs, um protetor solar com SPF 50 com efeito de brilho e bronze, que junta o melhor dos dois mundos, protetor solar em stick da Lierac, cuidados de rosto Drunk Elephant e ‘after-sun’ de rosto e corpo da Lierac.

Levo pipocas Popz para microondas – porque estarei nos Açores com amigos, onde é frequente fazermos sessões de cinema ao ar livre; levo um dos meus perfumes favoritos – Bad Boy da Carolina Herrera em tamanho de 50 ml e Bois de Orange de 30 ml, da Roger Gallet, creme de pés Akileine e um spray para pernas cansadas da Akileine, bruma hidratante de rosto da NovExpert, uma marca exclusiva da Perfumes & Companhia.

Este ano em específico, levo uma série de produtos capilares e de rosto, que apenas serão lançados em setembro e outubro, que vou aproveitar para testar, e anotar os seus pontos fortes e menos bons (caso existam), para estar completamente preparado para os lançamentos. Por esta altura, testo sempre todos os produtos que apresento à imprensa e influenciadores, um ou dois meses antes dos lançamentos.

Qual é a primeira coisa que faz quando regressa ao escritório?

Normalmente, faço uma reunião de equipa para me inteirar dos temas ‘on going’ e para partilhar com a equipa as lembranças que normalmente trago das minhas viagens. Regresso sempre em modo ‘slow motion’ e vou recuperando o ritmo com um passo equilibrado.

Sobre o autorCatarina Nunes

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O que é o marketing de conteúdos em 2024?

O marketing de conteúdo não visa diretamente a venda do produto ou serviço.

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Mantém, como base do marketing, atrair clientes, mesmo não fazendo promoção direta à marca. Ou seja, o marketing de conteúdos é um método que cria conteúdo relevante, em textos, blogs, vídeos e publicações nas redes sociais, sem apelar à compra/venda direta.

Vejamos como exemplo os casinos novos Portugal. Uma forma de atrair novos clientes e elevar a notoriedade da marca é conseguida através de parceiros afiliados e de gestores de redes, que geram conteúdos. O foco não está diretamente associado à angariação de novos clientes, mas, em primeiro lugar, a captação de potenciais clientes, por via de conteúdos interessantes, que chamam a atenção.

O que é o marketing de conteúdo?

Para responder à questão o que é marketing de conteúdo, comecemos por verificar quais os principais objetivos deste tipo de marketing:

  1. Gerar mais tráfego
  2. Gerar mais leads
  3. Aumentar a notoriedade da marca
  4. Baixar o custo de aquisição

Portanto, ao contrário da publicidade, que visa, em última análise, a venda do produto, o marketing de conteúdo visa os potenciais clientes. É uma ferramenta usada para gerar mais tráfego no site/redes e, por conseguinte, levar à criação de uma base de potenciais clientes.

O conteúdo do site – ou das redes – se construído de acordo com uma série de premissas irá aumentar a notoriedade da marca. Tudo isto, com um custo menor, se comparado com outros tipos de marketing ou com a publicidade direta.

Joe Pulizzi, fundador do Content Marketing Institute, define o marketing de conteúdo como «uma abordagem estratégica de marketing focada em criar e distribuir conteúdo valioso, relevante e consistente para atrair e reter um público-alvo claramente definido — e em última análise, conduzi-los a ações rentáveis como consumidores.»

Como marketing de conteúdo exemplos podemos listar alguns tipos, como:

  • Blogues
  • Redes Sociais
  • Email Marketing
  • Sites
  • Vídeos
  • Podcasts
  • Aplicações

Ou seja, as diferentes formas de produção de conteúdos relevantes, que impactam positivamente o público alvo, através de conteúdos educacionais, tutorias, de entretenimento ou outros.

A evolução do marketing – breve abordagem

O marketing começou por ter como pilares essenciais quatro elementos base, num conceito criado por Philip Kotler, que defendia que um marketing bem sucedido devia ter em conta:

  1. Price (Preço)
  2. Place (Mercado)
  3. Product (Produto)
  4. Promotion (Promoção)

Considerado um dos grandes teóricos da evolução do marketing nos séculos XX e XXI, Philip Kotler tem uma afirmação interessante sobre a sua visão de marketing. Nas suas palavras «Marketing autêntico não é a arte de vender o que você faz, mas saber o que fazer. É a arte de identificar e compreender as necessidades dos consumidores e criar soluções que tragam satisfação aos consumidores, lucros aos produtores e benefícios aos acionistas.»

Passamos dos 4Ps do Marketing, para os 7P e falamos atualmente nos 8P do marketing:

  1. Produto: o que se vende;
  2. Preço: por quanto se vende;
  3. Praça: onde se vende;
  4. Promoção: como se promove a venda;
  5. Pessoas: quem produz e quem compra;
  6. Processos: como se produz;
  7. Posicionamento: percepção que se tem da empresa;
  8. Performance: resultado final do que se faz.

A definição de marketing tem evoluído, em função dos meios tecnológicos, da sociedade e das marcas. Note-se como muitas marcas reconhecidas no mercado há décadas, estudam e acompanham estas tendências, com campanhas de marketing cada vez mais evoluídas e adaptadas aos novos públicos.

Marketing de conteúdo – os intervenientes

Longe vão os dias em que criar uma campanha de marketing passava por uma equipa (ou uma pessoa) responsável por promover um produto ou serviço, com campanhas agressivas, para gerar lucro imediato, com vendas elevadas.

Não se trata apenas de aumentar as vendas ou gerar picos de receita. O marketing de conteúdo tem como função fidelizar os clientes e potenciais clientes, fazer com que o público se identifique com a marca e, ainda, que se torne um embaixador da marca.

Uma boa estratégia de marketing de conteúdo tem que contar com um conjunto de profissionais, especializados nas mais diversas áreas. As profissões associadas ao marketing de conteúdo são:

  • escritor ou produtor de conteúdo
  • responsável criativo
  • gestor de redes sociais
  • especialista em SEO
  • designer

Entre outras figuras, como embaixadores da marca e influencers, que acabam tendo um papel fundamental sobre a divulgação do produto e/ou serviço junto do público.

É interessante notar que as empresas estão cada vez mais sensíveis à necessidade de apresentar um marketing de conteúdo envolvente, eficaz e profissional. Por isso, o número de cursos e formações especializados em marketing continuam a aumentar e as saídas profissionais são cada vez mais abrangentes e alargadas.

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Sara Sampaio produz e realiza nova campanha da Phunk

A manequim portuense também desenvolveu o conceito criativo e escolheu as equipas que desenvolveram os anúncios publicitários que promovem a novidade de verão da marca de águas gaseificadas com álcool, um balde que as mantém frescas

Sara Sampaio estreia-se como realizadora na nova campanha multimeios da Phunk, que divulga a novidade da marca de bebidas para este verão, o balde Phunk, com capacidade para seis latas. A modelo, atriz e empresária, que é diretora de inovação da insígnia desde 2022, também idealizou o produto e a criatividade da comunicação promocional, incluindo o guião e a escolha das equipas que cocriaram os materiais publicitários.

A campanha, que tem como inspiração a paixão da manequim pela praia, conta a história de um verão de amigos na praia, com o tom divertido que caraceriza a Phunk. “Foi um vídeo feito com amigos sem muita produção, ‘effortless’ e bastante fácil, como pretendia”, afirma Sara Sampaio, que é uma das investidoras da primeira marca portuguesa de águas aromáticas gaseificadas com álcool, disponíveis em sete versões.

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Garnier fornece proteção solar nas praias em parceria com a Meo

Os dispensadores, acionáveis através de um pedal, estão posicionados em 23 praias nacionais, de forma a assegurar acesso fácil e seguro ao protetor, porque a exposição solar, ao contrário das Bolas de Berlim, se faz sempre “Com creme”

A Meo e a Garnier voltam a juntar-se para a quinta edição da campanha que promove a proteção solar durante o verão, que é sinónimo de sol, praia e Bolas de Berlim. A marca de telecomunicações e a de cuidados solares uniram-se para relembrar que a exposição solar, ao contrário das Bolas de Berlim, se faz sempre “Com creme”.

A partir de 27 de julho, 23 praias de norte a sul do país e nas ilhas vão ter dispensadores de protetor solar Leite de Textura Leve Sensitive Advanced FPS 50+, da Garnier. O creme hipoalergénico permite uma proteção com maior resistência e a aplicabilidade em vários tipos de pele, além de estar comprometido com o respeito pelos oceanos, incentivando um menor consumo de embalagens de plástico descartáveis para os visitantes das praias..

Para a Garnier, “esta é uma ação de sensibilização importante. Ambre Solaire é uma marca especialista em proteção solar e tem como missão educar as famílias portuguesas em relação aos perigos da exposição solar. Com este tipo de parceria é possível chegarmos a mais pessoas, na hora certa e no lugar certo, tornando acessível a proteção solar para todos. Esta iniciativa em conjunto com o MEO é essencial nesta altura do ano”, refere a marca em comunicado de imprensa.

Os dispensadores, acionáveis através de um pedal, estão posicionados de forma a assegurar que todos têm acesso fácil e seguro ao produto, para garantir uma proteção acessível. Carolina Deslandes, embaixadora de causas da Meo, tem sido a voz e o rosto desta iniciativa desde o início, inspirando e sensibilizando os portugueses para a importância da proteção solar.

“Proteção é a nossa praia”, sublinha Luíza Galindo, diretora de marca e comunicação da Meo, acrescentando que a marca “faz questão de estar ao lado dos portugueses nos momentos mais importantes das suas vidas. As férias de verão são, sem dúvida, um desses momentos. E, no que toca aos riscos da exposição solar, a Meo quer posicionar-se além da campanha de sensibilização e ter uma atitude proativa disponibilizando proteção de forma gratuita e defendendo, com isso, a saúde e o bem-estar de todos”.

Nesta ação estão em causa os riscos de uma exposição solar desprotegida e os impactos ambientais tanto da proliferação de embalagens de plástico de uso individual como do desperdício de creme. O objetivo, além de sensibilizar os portugueses para a necessidade de manter uma relação saudável com o sol, é transformar um bem de consumo individual num serviço acessível a todos.

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Fora do Escritório com Mariana Lorena, diretora da Hearts & Science

Como trabalha na área, mantém contacto com os diferentes meios de comunicação, adaptado aos horários e rotinas das férias. Se a viagem for de avião, presta atenção à publicidade nos aeroportos e aos formatos de alto impacto no OOH das cidades que visita

Catarina Nunes

Nas ilhas Baleares, Formentera (na foto) é um destino especial para Mariana Lorena, diretora da Hearts & Science. “Já tenho visitado várias vezes em diferentes fases da minha vida e em diferentes estilos de viagens: em família, com amigos, com filhos ou só com a minha mãe, para descansar. Fora do meses com mais confusão (julho e agosto), é um sitio paradisíaco muito próximo e com ótimas praias, restaurantes e lojas”, justifica a diretora da agência de meios do Omnicom Media Group.

O que é que não faz durante as férias, que faça habitualmente quando está a trabalhar?

Ir ao ginásio. Férias são férias!

Estar de férias significa desligar ou inspirar-se para novas ideias a aplicar no trabalho?

Depende das alturas, mas geralmente significa as duas coisas. Para quem gosta verdadeiramente daquilo que faz é impossível desligar completamente.

Quais são os jornais, programas de televisão, podcasts, sites, plataformas digitais ou outros meios de comunicação que segue durante as férias?

Talvez por trabalhar na área, mesmo de férias, o contacto com os diferentes meios mantém-se. Em horários e com rotinas diferentes, isso é o mais certo, mas todos se mantêm próximos e presentes. Há que continuar a acompanhar as principias noticias quer em televisão (mesmo que em diferido) quer no digital. A rádio e outras plataformas de áudio acompanham as deslocações de carro. Já se as viagens forem de avião há algo a que presto sempre muita atenção: a publicidade presente nos diferentes aeroportos e os formatos de alto impacto no OOH das cidades que visito. E nada melhor que levar muita leitura para a praia. Aí entram os jornais e revistas. Férias são também sinónimo de pôr em dia o visionamento de séries e filmes nos canais por cabo, em plataformas de ‘streaming’ ou então no cinema.

Quais são as marcas que a acompanham nas férias?

Podia referir várias, mas destaco as de protetores solares e de equipamento/material de surf, que prefiro não referir para não ferir suscetibilidades.

Qual é a primeira coisa que faz quando regressa ao escritório?

Pôr a caixa de emails em ordem. É a melhor forma de garantir que volto a estar 100% por dentro de todos os temas.

 

Sobre o autorCatarina Nunes

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Havaianas patrocina Comité Olímpico Brasileiro e calça atletas em Paris

A marca de chinelos faz parte do uniforme oficial da delegação brasileira, calça os funcionários da Casa Brasil em Paris e desenvolve ações de marketing, no Parc La Villette

A Havaianas acaba de anunciar que é o patrocinador oficial do Comité Olímpico Brasileiro e da equipa brasileira que vai competir nos Jogos Olímpicos. Como parte do patrocínio, a equipa vai usar os icónicos chinelos da Havaianas na cerimónia de abertura, que acontece a 26 de julho.

Enquanto um dos patrocinadores do Comité Olímpico do Brasil, a Havaianas estará presente no espaço Casa Brasil, em Paris, além de fazer parte do uniforme oficial da delegação brasileira, de fornecer o calçado dos funcionários da Casa Brasil e de desenvolver ações de marketing no principal ponto de encontro dos espetadores.

“A Casa Brasil é uma representação vibrante do nosso país em Paris durante os Jogos Olímpicos. Esta presença reforça o nosso compromisso em celebrar os nossos atletas e oferecer experiências incríveis que refletem o melhor do nosso Brasil”, afirma Maria Fernanda Albuquerque, vice-presidente global de marketing da Havaianas, citada em comunicado de imprensa.

A Havaianas vai estar presente na Casa Brasil de 26 de julho a 11 de agosto, no Parc La Villette, no norte de Paris. Esta iniciativa faz parte da campanha integrada de Havaianas para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, uma das maiores ações de marketing da marca este ano.

 

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