Fim das cookies de terceiros. 6 estratégias que os profissionais do marketing não podem descurar
Anunciado pela Google em 2020, o fim dos cookies de terceiros só foi posto em prática no início de 2024. Nesta fase de transição, a eliminação progressiva da informação recolhida […]

Luis Batista Gonçalves
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Anunciado pela Google em 2020, o fim dos cookies de terceiros só foi posto em prática no início de 2024. Nesta fase de transição, a eliminação progressiva da informação recolhida através das pesquisas para salvaguardar a privacidade dos consumidores implica uma mudança de paradigma na forma como as empresas recolhem, gerem e utilizam esses dados para otimizar as suas estratégias de marketing.
“A transição para a era cookieless apresenta desafios significativos, mas também oportunidades para as empresas que estão dispostas a adaptar-se e a evoluir. Uma abordagem holística que combine a análise avançada, a experiência do cliente e práticas de privacidade sólidas é crítica para ativar eficazmente os dados neste novo contexto e criar relações fortes e de confiança com os clientes”, defende a Jakala, uma empresa italiana especializada em marketing tecnológico.
De acordo com a companhia, são seis as estratégias que os profissionais do marketing não podem descurar nesta fase transitória para otimizar as estratégias promocionais que desenvolvem e põem em prática, iniciativas que também pretendem, em muitos casos, melhorar a experiência dos consumidores:
1. Maior foco nos dados primários
Interiorizar a mudança de paradigma é fundamental. “Sem cookies de terceiros, os dados primários tornam-se mais valiosos do que nunca. As empresas devem concentrar-se na recolha e gestão de dados diretamente dos seus clientes através de interações nas seus ativos digitais e canais de comunicação. Isto implica a utilização tática de formas criativas de captar dados, como a criação de contas, formulários de contacto e registo das preferências”, aconselha a empresa.
2. Adoção de tecnologias de identificação alternativas
À medida que as cookies vão perdendo relevância, surgem alternativas que as marcas devem saber aproveitar. “É essencial explorar novas soluções de identificação que permitam continuar a rastrear e segmentar eficazmente. É o caso de soluções como a impressão digital, a identificação baseada no e-mail e as tecnologias de identificação sem cookies que utilizam dados agregados e anónimos para manter a privacidade do utilizador”, indica a Jakala.
3. Personalização baseada no contexto
É outra das recomendações. “Em vez de se basearem apenas em dados de navegação individuais, as empresas podem adotar uma abordagem à personalização focada no contexto, o que implica analisar o comportamento e as preferências dos utilizadores com base na interação, como a localização, o dispositivo utilizado ou a fase do ciclo de vida do cliente. Ao compreenderem o contexto, as empresas podem proporcionar experiências mais relevantes e personalizadas sem comprometer a privacidade do utilizador”, garante.
4. Análise preditiva e modelação de dados
Estas soluções desempenham um papel crucial na ativação eficaz dos dados na era cookieless. “Ao utilizar técnicas de análise preditiva e de modelação de dados, podemos identificar padrões comportamentais, prever preferências futuras e segmentar os utilizadores e clientes com maior precisão, sem depender de cookies de terceiros, o que permite uma personalização mais eficaz e uma melhoria contínua da experiência de cliente”, assegura a empresa italiana.
5. Reforço da IA e da automatização
Nunca se falou tanto em inteligência artificial (IA) e automatização como hoje. “A sua utilização não pode ser subestimada porque estas soluções permitem às empresas processar grandes volumes de dados de forma eficiente, identificar padrões de comportamento e preferências dos utilizadores e automatizar processos de personalização e segmentação sem depender exclusivamente de cookies de terceiros, o que as habilita melhorar a precisão das análises, otimizar a experiência de cliente e garantir a conformidade com a regulamentação de privacidade de dados”, afiança.
6. Garantia de transparência e consentimento
A confiança dos clientes é fundamental e nunca deverá ser posta em causa. “As empresas devem dar prioridade à transparência na recolha e na utilização de dados e obter o consentimento claro e explícito antes de recolherem qualquer informação pessoal, o que implica disponibilizar opções claras e fáceis de compreender sobre a forma como os dados são utilizados e permitir que os utilizadores controlem as suas preferências de privacidade”, sublinha ainda a companhia tecnológica italiana.