LLYC lança banco de vozes sintéticas para combater preconceitos contra a comunidade LGBTQIA+ (com vídeo)
Composto por quatro vozes, o projeto Free the Voices foi desenvolvido em colaboração com o Fonos da Monoceros Labs a partir da recolha de mais de 250 vozes em 12 países. Um estudo da consultora revela que 69% dos consumidores preferem interagir com vozes heterossexuais
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Free the Voices é o nome do primeiro banco de vozes sintéticas crido para combater preconceitos contra a comunidade LGBTQIA+. Desenvolvido pela LLYC em colaboração com o Fonos da Monoceros Labs, foi criado a partir da recolha de mais de 250 vozes de membros da comunidade em 12 países, que foram posteriormente tratadas com recurso a inteligência artificial (IA) generativa. Alertar para a discriminação sofrida devido a estereótipos e preconceitos associados a vozes não-normativas e gerar um futuro digital mais diversificado e inclusivo é uma das principais ambições do projeto.
“As vozes que não se enquadram nas normas sociais prevalecentes enfrentam frequentemente preconceitos e microagressões, levando muitas pessoas a modificar ou a esconder a sua verdadeira voz. Esta situação não só perpetua a invisibilidade e o estigma, como também limita a diversidade vocal que deveria ser celebrada na nossa sociedade”, sublinha David González Natal, o sócio da LLYC que lidera o projeto.
O novo banco, já disponível online, disponibiliza atualmente quatro vozes distintas para utilização livre. “Será criada uma quinta a partir da doação de novas vozes”, explica a consultora em comunicado de imprensa. Para divulgar esta inovação, a LLYC lança “Voz, diversidade e tecnologia na era da IA”, um estudo que analisa a forma como os preconceitos sobre vozes diversas perpetuam a discriminação contra a comunidade LGBTQIA+ e explora a forma como as tecnologias de vozes sintéticas podem contribuir para a reduzir.
De acordo com o documento, 69% dos inquiridos preferem interagir com vozes heterossexuais do que com vozes que definem como homossexuais. “Num mundo cada vez mais digital, as vozes geradas por IA estão a tornar-se mais relevantes devido à grande quantidade de plataformas onde podem ser utilizadas. A maioria, construída com base numa visão cis-heteronormativa, não reflete a diversidade vocal da sociedade. Este recurso foi concebido para sensibilizar para os preconceitos associados às vozes diversas e reduzi-los através de uma maior exposição à diversidade vocal”, esclarece ainda a LLYC.