Anunciantes já têm planos de contingência para enfrentar proibição do TikTok nos EUA
Com mais de mil milhões de utilizadores em todo o mundo, a rede social da ByteDance é parte integrante das estratégias de marketing de inúmeras marcas. No entanto, segundo o Financial Times, os anunciantes estão a incluir cláusulas de rescisão que os protejam nos contratos que estão a assinar
Daniel Monteiro Rahman
Bolo-rei da Versailles é a estrela do anúncio natalício do Pingo Doce (com vídeo)
Novobanco patrocina revista dos 40 anos da Blitz
Um terço dos portugueses está a gastar mais em compras online
José Guerreiro reforça departamento criativo da Lisbon Project
Perplexity já permite fazer compras
Cristina Ferreira trava execução de sentença de primeira instância da SIC
BA&N faz parceria com consultora SEC Newgate
António Zambujo é o embaixador dos vinhos da Vidigueira
ERA recorre ao humor para atrair gerações Y e Z (com vídeo)
“Cream é não provar” as novas Amarguinhas Creme
As agências que trabalham com os maiores anunciantes do TikTok estão a preparar planos de contingência, para fazerem face à proibição da rede social nos Estados Unidos, prevista para janeiro de 2025. As medidas adotadas têm em conta cláusulas de rescisão nos contratos de investimento em publicidade que permitam cancelar o investimento, caso a plataforma chinesa da ByteDance venha a ser proibida no país, e redirecionar o investimento para outras plataformas.
O diretor de uma agência publicitária, citado pelo Financial Times, avança que a ameaça de proibição está a causar apreensão entre alguns anunciantes e até a ter um efeito inibidor nos investimentos de algumas marcas, mas apela à moderação. “É preciso manter uma certa distância”, refere o responsável, relembrando que “não existe falta de espaços para promover”. “O que acontece é que é no TikTok que muitos deles estão a investir mais neste momento”, refere a mesma fonte não-identificada.
Outro responsável de uma agência publicitária refere que a possível proibição está a condicionar os planos de investimento dos clientes, defendendo que as outras redes sociais vão certamente beneficiar com a eventual redistribuição de anúncios. “As audiências vão ter de ir para algum lado e o nosso investimento vai acompanhá-las”, afirma a fonte anónima.
Mesmo que os Estados Unidos não tomem nenhuma medida para banir a plataforma digital chinesa, os efeitos da publicidade negativa já afetaram negativamente a reputação do TikTok perante alguns anunciantes, o que terá repercussões ao longo dos próximos meses, refere um diretor de publicidade, questionado pelo Financial Times. “Há mais marcas a considerar o impacto negativo dos investimentos e o retorno que obtêm nesta rede social”, acrescenta.
O TikTok, que conta com mais de mil milhões de utilizadores em todo o mundo, é uma parte integrante das estratégias de marketing de diversas marcas, devido à sua popularidade entre as audiências mais jovens, menos propensas à publicidade tradicional.