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“Os marketers precisam de aprender a vender para gémeos digitais”

O marketing e a neurociência vão ficar muito mais próximos, refere Daniel Hulme, diretor global de IA do grupo WPP, em entrevista ao M&P, salientando a importância da computação neuromórfica que permite construir ‘cérebros de audiências’

Catarina Nunes
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“Os marketers precisam de aprender a vender para gémeos digitais”

O marketing e a neurociência vão ficar muito mais próximos, refere Daniel Hulme, diretor global de IA do grupo WPP, em entrevista ao M&P, salientando a importância da computação neuromórfica que permite construir ‘cérebros de audiências’

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Daniel Hulme é especialista em processos de adaptação das empresas e das marcas à inteligência artificial, enquanto diretor global de IA (‘chief AI officer’) do grupo WPP. O cargo surge na sequência da venda ao WPP, em 2021, da empresa que fundou em 2008, a Satalia, que se dedica à pesquisa e implementação de sistemas de inteligência artificial (IA).

Na Satalia, que terá sido vendida por 75 milhões de libras (€88,75 milhões, ao câmbio atual), segundo a imprensa internacional na época, Daniel Hulme mantém o cargo de CEO, em paralelo com o arranque de uma nova empresa, dentro do WPP, que está a dar os primeiros passos na área da consciência da máquina (‘machine consciousness’).

Em entrevista ao M&P, fala sobre os desafios e as oportunidades da IA, e aponta os caminhos a seguir e a evitar.

Já esteve em Portugal anteriormente. Qual é a sua perceção do mercado publicitário nacional?

Estive aqui de férias e para dar palestras. Portugal tem uma ‘vibe’ muito boa e muito talento. Vim cá pouco tempo antes de vender a minha empresa, a Satalia [pesquisa e implementação de sistemas de IA], à WPP em 2021.

Como diretor de IA do grupo WPP, penso mais globalmente sobre como o mercado se vai transformar nos próximos anos. A IA está a permitir mais e melhores conteúdos, e é capaz de os apresentar às pessoas certas no momento certo. Está a acelerar a transformação digital da nossa indústria, mas também está a ser disruptiva.

O que é que destaca no WPP em Portugal?

Sou um grande fã do talento português e o WPP expandiu a equipa nacional. Em alguns países, estamos a investir, particularmente nas universidades, em diferentes tipos de IA, não apenas em ‘machine learning’, IA generativa e preditiva. O Brasil, por exemplo, sempre foi muito consistente e forte na otimização e aqui em Portugal não é diferente.

O que encontro aqui são pessoas que são polivalentes e realmente boas no que fazem, que entendem diferentes tipos de algoritmos, mas também têm a disciplina e a capacidade para aplicar a tecnologia. Ter esta amplitude de conhecimentos é muito positivo. Noutras partes do mundo, o foco é em tipos específicos de tecnologia, mas Portugal é muito polivalente.

Aplicar algoritmos no marketing

Como é que começou a sua empresa?

Há 17 anos, a partir do meu doutoramento na University College London (UCL), focado em diferentes tipos de IA, na modelagem de cérebros de abelhas, para tentar entender o desempenho neural de diferentes algoritmos.

Percebi que existem algoritmos que são desenvolvidos no mundo académico que nunca chegam à indústria, havendo uma enorme oportunidade de trazer a pesquisa académica para a indústria.

A génese da Satalia foi trazer os principais algoritmos académicos para causar impacto na indústria. O que tenho feito nos últimos 17 anos é entender quais são os tipos de IA para resolver problemas em todas as cadeias de abastecimento, seja no retalho como no marketing, para melhorar a eficiência e a eficácia.

Com o WPP, a Satalia está a aplicar algoritmos de IA para trabalhar marketing de ponta a ponta. Mas, como o grupo trabalha a maioria das marcas mundiais, também levamos para essas empresas IA que vai além do marketing.

Qual é o seu papel no WPP?

Sou o CEO da Satalia, que continua a existir dentro do grupo, e é uma ‘deep mind’ do WPP. Somos quase 300 especialistas em IA profunda em todo o mundo. A IA não precisa de milhares de programadores, só precisa de ter um bom conhecimento profundo.

Sou também o ‘chief AI officer’ do WPP, em que supervisiono horizontalmente toda a organização, no sentido de integrar a IA para melhorar a produtividade e a cadeia de abastecimento.

Estou também a começar uma empresa com investimento do WPP, para tentar resolver a ‘machine consciousness’ com uma pesquisa profunda. Acreditamos que a consciência da máquina será muito importante na próxima década.

Porquê?

É preciso responder a algumas grandes questões sobre se devemos construir máquinas conscientes e, se construirmos, como é que isso afeta a indústria e nos ajuda a entender a perceção dos consumidores.

O negócio de media, marketing e comunicação é entender e influenciar perceções, que é uma posição muito poderosa que tem de ser tratada de forma responsável e segura. Esta é uma das grandes questões que vamos enfrentar nas próximas décadas.

Qual é a sua posição nessa matéria?

Acredito que existem, basicamente, três categorias de risco associadas à IA. A primeira é a introdução dessas tecnologias na produção de forma segura, responsável e ética, que chamo de microrriscos.

O segundo são os riscos maliciosos, prevenir que maus agentes de mercado criem patógenos e desinformação, um papel que deve ser desempenhado principalmente pelos governos.

A terceira categoria são os macrorriscos, acontecimentos que vamos enfrentar como espécie, nos próximos dez a 20 anos, aos quais temos de responder. Por exemplo, o que acontece com o impacto da IA nos empregos ou se construirmos uma super inteligência? E se criarmos um mundo de pós-verdade? E se resolvermos a morte?

Já tem respostas para essas questões?

Acho que sim. Há cerca de quatro ou cinco anos fiz uma palestra TEDx, em que argumentei que existem seis singularidades, em que a singularidade significa o ponto no tempo em que já não se consegue ver mais além.

É uma denominação que foi adotada pela comunidade de IA para se referir à singularidade tecnológica, o ponto no tempo em que construímos uma super inteligência.

Na palestra utilizei a estrutura PESTEL, que se refere à análise política, económica, tecnológica, ambiental e legislativa. A singularidade política, por exemplo, é se criamos um mundo de pós-verdade ou se criamos um mundo onde podemos autenticar conteúdos.

A importância da autenticação de conteúdos

Existe alguma singularidade no marketing e na comunicação?

Sim, o marketing e a comunicação tocam várias dessas singularidades. Ser capaz de autenticar conteúdos é muito importante, para determinar o quão arriscado e problemático é um conteúdo, seja um ‘tweet’ ou um anúncio.

Para entender como isto vai inflamar uma comunidade ou quebrar as leis, precisamos de pensar em como usar a IA para identificar esses riscos e autenticar esse conteúdo.

A nossa indústria vai desempenhar um papel importante na mitigação dos riscos em torno do mundo da pós-verdade. Também há aquilo que chamo de ‘estados e capitalismo de vigilância’, em que a ideia é que estas tecnologias são muito boas a entender e a persuadir as pessoas.

Esta é uma posição muito poderosa e temos de ser muito cuidadosos. O marketing tem refletido sobre isto desde sempre, a IA está apenas a acelerar a necessidade de enfrentar algumas dessas questões.

Estudou e trabalhou sempre nesta área em outras empresas?

Graduei-me em IA e, depois, fiz o mestrado e o doutoramento, sempre nesta área, em paralelo com o trabalho de consultor em tecnologias da informação. Na verdade, estou na área da IA há 25 anos.

Veio a Portugal como orador da conferência do WPP, ‘Portugal, um país preparado para a IA?’. Qual foi a mensagem que deixou à audiência?

A mensagem principal foi sobre a necessidade de educar as lideranças e os decisores para serem capazes de usar a IA de forma benéfica para as suas organizações, para que as tecnologias e os talentos certos sejam aplicados de forma pragmática, na resolução dos problemas das organizações.

Muitas vezes, as empresas entusiasmam-se com as novas tecnologias e fazem maus investimentos, quando não nos podemos dar a esse luxo.

Quais são as sugestões que trouxe?

Apresentei uma estrutura de trabalho para pensar como trazer a IA para as organizações, de forma segura e responsável, e falei sobre os macrorriscos e como podemos unir as pessoas e a tecnologia, aumentando o potencial humano.

Para garantir que conduzimos a humanidade para um futuro positivo, refleti sobre a responsabilidade de todos os indivíduos, empresas, governos e também os consumidores, uma vez que como indivíduos somos consumidores.

Acredito no ser humano e na criatividade, que é uma das razões pelas quais me juntei ao WPP, que é um grupo que tem o propósito de usar o poder da criatividade para um futuro melhor.

Acredito, genuinamente, que se libertarmos as pessoas para usarem a criatividade, elas irão usá-la de forma a tornar o mundo melhor. Um futuro melhor é um mundo onde as pessoas são economicamente livres para contribuir para a humanidade como quiserem.

Liberdade para criar

Qual é o lado negativo da IA na criatividade e planeamento de meios?

Não sei se há um lado negativo da IA substituir a estrutura de tarefas mundanas e repetitivas, dando às pessoas mais liberdade para criar e testar mais rapidamente novas ideias junto de audiências sintéticas, identificando os melhores momentos para expor esses conteúdos à audiência pretendida.

O que a IA vai fazer é aumentar a qualidade e a quantidade de anúncios. As pessoas vão começar realmente a gostar de anúncios, da mesma forma que gostam dos anúncios do Super Bowl, por exemplo.

Qual é então a pergunta que deve ser feita em relação à IA?

Quando se usa IA, a pergunta que deve ser feita não é o que acontece se correr mal, porque isto já sabemos: construímos salvaguardas de prevenção para que isso não aconteça. Temos é de nos perguntar o que acontece se correr muito bem.

Na indústria de marketing, usar IA na produção e definição de objetivos de anúncios que gerem retorno do investimento, implica um preconceito humano inconsciente, que é o facto de gostarmos de interagir com pessoas que soam e se parecem connosco.

O que temos de nos perguntar é quais são os desafios potenciais se a IA correr muito bem, para garantimos que a publicidade é diversa e não impõe preconceitos.

A Google anunciou um aumento de 48% das emissões de carbono devido à IA. Isto não é negativo?

Esse é um tópico muito quente. As grandes empresas de tecnologias estão a avaliar como é que conseguem mitigar esse impacto energético. É preciso pensar duas coisas: qual é a energia economizada em outras partes da cadeia de abastecimento?

Porque se estão a ser usados algoritmos mais inteligentes e melhores, isso reduz o custo de produção de bens e serviços noutros lados. Alguém tem de fazer esta pesquisa e ter isto em conta.

O segundo aspeto é que, de facto, os grandes modelos de linguagem trazem um consumo energético intensivo, mas alguma da tecnologia emergente que tem surgido no mundo académico – modelada pelo funcionamento dos cérebros humanos – operam apenas com a energia de uma lâmpada, com soluções muito mais eficientes do ponto de vista energético.

As empresas poupam, mas para o consumidor final qual é o benefício do marketing com IA?

Há um artigo da Harvard Business Review, de 2016, chamado ‘Pirâmide de valor do consumidor’, que mapeou 40 coisas que os consumidores valorizam na Pirâmide de Necessidades de Maslow.

Valorizam mais acesso a bens de forma mais rápida, melhor e mais barata, mas também valorizam o que os faz sentir nostálgicos e conectados, o que os educa e lhes traz valor, e o que os faz sentir que contribuem positivamente para a humanidade.

Há estes valores mais elevados que valorizamos e que a IA é capaz de desbloquear e identificar, criando conteúdos que ressoem com eles, mas também dar às pessoas acesso a bens e serviços que enriquecem as suas vidas.

Bens e serviços que não tínhamos há 10 ou 20 anos e éramos felizes. Ou não éramos?

Sim, alguns sim. Há muitas pessoas que vivem com um dólar por dia, que vivem na pobreza. Se pudermos fazer com que essas pessoas tenham acesso a mais bens e serviços para enriquecer as suas vidas, é uma coisa boa. Gostaria de ver a IA a tornar esses bens mais económicos, elevando-as dessas restrições económicas.

Um estudo recente da LG Digital Solutions indica que apenas 38% dos consumidores considera que o uso de IA na publicidade agrega valor às marcas. O que é que isto significa?

Não conheço o estudo. A pergunta que faço é se eles são especialistas. Pode-se obter uma visão populista, pode-se fazer ‘crowdsource’ para obter uma resposta, mas a realidade é algo diferente.

Faria ‘crowdsource’ de aulas de balé para os seus filhos? Provavelmente não. Iria procurar um especialista. A pergunta que faria é se essa é a verdadeira visão dos consumidores ou se é apenas a perceção que têm. É verdade que, por vezes, a perceção equivale à realidade, mas precisamos de testar essa hipótese.

É urgente a IA ser regulamentada?

Qualquer avanço tecnológico que tenha um impacto material na vida das pessoas, em qualquer setor, tem sido fortemente regulado, e a IA pode e vai ter esse impacto. O que significa que não precisa apenas de ser regulada, precisa ser regulada de forma sensata. É uma tecnologia incrivelmente poderosa e, se for usada da maneira certa, pode elevar a humanidade a outro nível.

O que fazemos no WPP é autorregulação, em que as pessoas com as quais trabalho preocupam-se profundamente em garantir que estão a usar essas tecnologias da maneira certa. Não quer dizer que a autorregulação é a resposta, é preciso haver regulamentação global sobre o impacto holístico da IA.

No WPP, procuramos garantir que não estamos a aproveitar grandes modelos de linguagem, dos quais não entendemos a proveniência dos dados, e que não violamos direitos de autor, sendo muito cuidadosos ao criar anúncios que podem recorrer a pessoas falsas, por exemplo. O que vejo em geral na nossa indústria é uma atitude positiva em relação ao uso cuidadoso de IA.

Quais são os maiores erros que as marcas estão a cometer com o uso de IA?

Não são apenas as marcas, todos nós estamos entusiasmados com as tecnologias emergentes e muitas vezes há investimentos errados, na suposição de que as tecnologias podem resolver todos os problemas.

Há três coisas que diferenciam uma empresa no mundo da IA, uma delas são os dados, que sejam diferentes e melhores do que os dos concorrentes.

A segunda é ter acesso a conhecimentos profundos de IA, como conhecimentos ‘deep mind’, para permitir a construção de inovações diferenciadas dos concorrentes.

E a terceira é que a liderança entenda o poder transformativo dessas tecnologias e seja pragmática na sua aplicação na empresa. O erro que as marcas cometem é não perceberem que os dados são importantes e pensarem que podem contratar o seu próprio talento de IA e retê-lo.

Que tipo de IA é a mais decisiva na indústria da criatividade e do planeamento de meios?

Os grandes modelos de linguagem permitem criar conteúdos e entender como o público perceciona os conteúdos, mas não são bons a fazer previsões, por exemplo, a prever cliques, gostos e vendas, nem a fazer planeamento de meios.

Há mais opções de planeamento do que átomos

É possível prever gostos e partilhas?

Sim, mas existem tecnologias que permitem uma melhor previsão do que os grandes modelos de linguagem, que não usaria para construir algoritmos preditivos.

Quando se trata de planeamento de meios, se tenho, por exemplo, cinco conteúdos para alocar em cinco canais, existem 120 soluções possíveis. Se tiver 15 conteúdos alocados em 15 canais, há um trilião de soluções possíveis. Se tiver 60 conteúdos para alocar em 60 canais, há mais soluções do que os átomos que existem no universo.

O que resolve este problema não são os grandes modelos de linguagem, nem ‘machine learning’, é a otimização, em que Portugal é muito forte, e que no passado costumava ser denominada como pesquisa operacional.

Otimização não é um modelo de IA?

Olhar para a IA através de definições de tecnologias não é conveniente. Construí uma carreira inteira em torno da definição de IA, que tem um significado popular que acho fraco, que é fazer com que os computadores façam coisas que os humanos fazem.

Há uma melhor definição de IA que vem do conceito de inteligência, que é um comportamento adaptativo direcionado a objetivos. Isto são sistemas que tomam decisões, aprendem se essas decisões são boas ou más, adaptam-se e da próxima vez tomam melhores decisões.

O que fazemos no WPP é olhar para a IA através de aplicações, e não estou a falar de apps para telemóveis. Há seis categorias de atrito que existem em todos os negócios e cadeias de abastecimento de qualquer setor, que podem ser mapeados para uma dessas seis aplicações.

A tomada de decisões complexas é uma das aplicações, que provavelmente usa algoritmos de otimização.

Além do que já se sabe, como é que as marcas podem tirar proveito da IA?

É muito importante saber para onde estamos a ir. Há muitas críticas em relação às ‘alucinações’ dos grandes modelos de linguagem, que são um pouco como um licenciado, que durante o ano seguinte irá formar-se para ter o mestrado e ser capaz de raciocinar, e assim sucessivamente até chegar a professor.

Temos de nos interrogar, partindo do princípio de que essa capacidade vai evoluir nos próximos cinco anos, como é possível usar essa inteligência para acelerar a transformação digital e fazer uma disrupção na indústria.

Algumas indústrias são imunes à disrupção, mas a nossa indústria vai ser e está a ser completamente rompida. Não estamos a usar essas tecnologias apenas para revolucionar a nossa indústria nem para acelerar a transformação digital.

Estamos a usá-las para romper connosco próprios. As marcas devem pensar na trajetória da IA e como isso pode ser capitalizado na empresa.

Os seus clientes estão cientes da necessidade de integração de IA nas campanhas, ou sentem-se divididos por causa dos riscos?

Os clientes querem ter conteúdos que os diferenciem dos seus concorrentes. É irrelevante se a origem dos conteúdos é a IA ou um ser humano.

Mas acredito que o conteúdo mais criativo é, e será durante algum tempo, gerado por seres humanos. O que me entusiasma, em particular no WPP, é dar às pessoas acesso a ferramentas que lhes permitam explorar o cenário criativo e ultrapassar as fronteiras da criatividade.

É super emocionante ver as coisas loucas que as pessoas vão inventar nos próximos 10 anos.

Como chefe do departamento de IA, sente que o WPP investe o suficiente nessa área?

O WPP comprometeu-se com um investimento em IA de 250 milhões de libras (€295,5 milhões) por ano, mas começou a investir nas fundações da IA em 2018, ainda antes da aquisição da Satalia, em 2021.

É o montante certo para acelerar a nossa transformação e sermos disruptivos, dada a dimensão da nossa organização e a natureza do mercado em mudança. Vamos ver como as coisas evoluem.

Quais são as prioridades na alocação do orçamento de IA?

Desenvolvemos um conjunto de equipas como a de investigação e desenvolvimento profundos, para romper os limites das tecnologias, e a que faz desenvolvimento de soluções de produtos com IA, com a WPP Open, que é a plataforma de marketing de ponta a ponta que é usada por cerca de 20 mil pessoas dentro do grupo e WPP e também por clientes, como a Coca-Cola, em que a IA é implantada em toda a organização.

Construímos uma solução de IA empresarial que é capacitada para IA e estamos a prototipar o que denominamos como ‘cérebros’, que é a camada de inteligência da WPP Open.

Temos pessoas a trabalhar diretamente com clientes, a implantar IA em toda a organização e temos praticamente todas as empresas de tecnologia a usar o WPP para materializar as tecnologias nas suas grandes conferências, como a Microsoft, a Google e a Nvidia, com ‘showcases’ do WPP.

Como é que a integração de gémeos digitais com IA generativa se aplica na publicidade?

A Satalia está a construir gémeos digitais há mais de 10 anos e existem três tipos diferentes. Um é um gémeo digital de um ativo, como um telefone ou um carro.

O segundo é o gémeo digital de toda uma cadeia de abastecimento, que, caso haja uma campanha de marketing que aumente em 10% a procura de produtos, permite projetar questões como, por exemplo, se os fornecedores têm capacidade para dar resposta, se há espaço nos armazéns ou se há pessoas suficientes para fazer o atendimento nas lojas.

Um gémeo digital permite simular isto, que a maioria das organizações não consegue projetar em toda a cadeia de abastecimento. O terceiro gémeo digital são as pessoas, em que é possível ter um assistente de IA no telemóvel, com o qual se interage e que vai aprendendo sobre a própria pessoa e que, em certos aspetos, se torna o seu gémeo digital.

O interessante é que esses gémeos digitais serão criados para a vida pessoal como para a vida profissional e serão usados para tomar decisões. Os marketers não precisam apenas de aprender a vender para as pessoas. Precisam de aprender a vender para gémeos digitais.

 

Computação neuromórfica é o próximo paradigma

Há algum aspeto da IA que não esteja a ser utilizado por anunciantes nem agências de meios?

Há o conceito de computação neuromórfica, que é IA modelada de forma muito mais aproximada ao funcionamento dos cérebros biológicos, que vai ser um novo paradigma.

O que vai acontecer nos próximos cinco anos é que o marketing e a neurociência vão ficar muito mais próximos. A nossa capacidade de compreender a perceção e de poder influenciar as pessoas de forma segura, responsável e transparente vai tornar-se muito importante.

Estar próximo da pesquisa em neurociência é fundamental, o que será possível através da computação neuromórfica, que é IA orientada para o funcionamento do cérebro.

É uma evolução do neuromarketing, que já existe desde os anos 1990?

Sim, com a compreensão das pessoas, da psicologia comportamental e de todas as coisas que nos ajudam a entender quem somos como ser humano.

Que aplicações é que a computação neuromórfica pode ter no marketing e na publicidade?

A computação neuromórfica permite construir ‘cérebros de audiências’, que representam a forma como as pessoas percecionam os conteúdos.

Poderemos construir cérebros que recriam o que as pessoas pensam e sentem em relação a determinada coisa, o que permitirá criar um conteúdo melhor.

Mas também prever com mais precisão como é que esse conteúdo levará a cliques, gostos, vendas e resultados. A computação neuromórfica pode desbloquear a capacidade de entender mais profundamente a perceção das audiências.

Com a IA, as ferramentas de pesquisa ficarão obsoletas e desaparecerão?

Não estou em posição para falar sobre isso. A questão será se o tipo e modelo tradicional de pesquisa existirá daqui a cinco ou 10 anos, porque as pessoas vão fazer perguntas nas ferramentas de IA.

A Google é uma empresa muito inteligente e tenho certeza de que com o Gemini terá mecanismos para permitir que as pessoas acessem a informações, que sejam monetizáveis.

Vejo um futuro em que as pessoas se envolvem com grandes modelos de linguagem, criando conteúdos, em que haverá bens e serviços a serem oferecidos nesses conteúdos.

Os motores de busca ainda fazem sentido no futuro onde a IA vai dominar?

Um motor de busca tenta ser o mecanismo mais eficaz para obter acesso a informações. Se há um novo canal para isso, que são os grandes modelos de linguagem, tenho a certeza de que o Google vai entender como aproveitar essa tecnologia.

O fim dos anúncios nos motores de pesquisa?

O que vai acontecer à publicidade de pesquisa, que é uma fonte de receita para os motores de busca e um suporte publicitário relevante para os anunciantes?

Estaremos sempre à procura de bens e serviços e, ou vamos falar com grandes modelos de linguagem, ou os nossos gémeos digitais vão interagir com eles, havendo uma oportunidade de colocar à nossa frente bens e serviços que nos enriquecem. É apenas um tipo diferente de mecanismo para nos expor às marcas.

Com as pessoas a migrar para o ChatGPT, Gemini e outras ferramentas de IA, o valor da publicidade nos motores de busca diminuirá?
Ainda é muito cedo, os grandes modelos de linguagem só existem há alguns anos.

Estamos para ver como isso vai desafiar os motores de pesquisa. Vejo um futuro em que nos envolvemos com os conteúdos com menos atritos. Mas isso tem de ser pago e é provável que os conteúdos tenham publicidade incorporada.

O ChatGPT e o Gemini são o próximo Google, enquanto novo media para publicidade digital?

Penso que sim, da mesma forma que quando falamos com a Alexa, por exemplo, também é um novo media. Essas organizações vão ser inteligentes e garantir que esses conteúdos têm produtos e serviços. Não sei se já há empresas ou marcas que estejam a utilizar grandes modelos de linguagem como suporte publicitário.

Talvez o Perplexity esteja a fazer isso, não tenho a certeza, e pode haver mais algumas organizações que estejam a começar a incorporar publicidade nos seus grandes modelos de linguagem.

Alternativas para os ‘cookies’

Quais são os desafios que o fim dos ‘cookies’ de terceiros traz? Há um papel para a IA nesta transição?

Para os nomes, endereços e datas de nascimento, por exemplo, há ‘proxies’ que compreendem o comportamento humano.

Mas a forma como alguém perceciona algo não depende da data de nascimento, mas se a pessoa está apaixonada ou com fome, do tempo e da hora do dia, e se a sua equipa de futebol ganhou ou perdeu no jogo no fim de semana.

Entender os dados que são necessários, que representam a perceção de uma audiência, é que é a grande questão, não são os nomes, endereços e os ‘cookies’. Dominar os dados necessários para entender o comportamento humano ainda é uma arte.

Como é possível saber essa informação?

Pode usar-se os ‘proxies’. Sabemos qual é o dia de pagamento para a maioria das pessoas, sabemos o tempo e os acontecimentos que se passam no mundo.

Com menos dados, como é que se chega a essas pessoas?

Através de canais como a pesquisa do Google, a Amazon, o TikTok, os ‘outdoors’ e os anúncios do Super Bowl. Há muitos e muitos canais por aí.

Sem cookies de terceiros é mais difícil?

Não acho. Existem alternativas num mundo sem ‘cookies’ de terceiros, como esta ideia de usar IA para entender o público sem precisar de entender indivíduos específicos.

As avaliações de produtos da Amazon, por exemplo, contêm uma enorme quantidade de informações sobre como o público percebe os produtos, que permite criar melhores anúncios.

Acha que no futuro vai perder o seu posto de trabalho para a IA?

Não sei, espero que sim. [risos] O meu trabalho é facilmente substituído por um gravador. Se me gravar a falar sobre IA durante uma hora, isso é 90% do meu trabalho.

Terei de pensar nas tecnologias que estão a surgir no meio académico, a rapidez com que serão adotadas pela indústria, como vão resolver certos problemas em toda a cadeia de abastecimento, etc.

Mas há trabalho para alguém que pensa sobre essas tecnologias emergentes, mas provavelmente não é o meu trabalho. O facto, por exemplo, de a IA jogar xadrez melhor do que um humano não impede as pessoas de continuarem a jogar.

Na verdade, há hoje mais pessoas a jogar xadrez do que nunca. Só porque a IA pode fazer algo não significa que o vai fazer efetivamente.

Mas, se isso acontecer, o que vai fazer a seguir?

Exatamente o que faço agora. Estou muito feliz numa indústria que está na iminência de usar essas tecnologias para a transformar, numa empresa que adoro, que me dá liberdade para explorar a consciência da máquina e outras questões importantes.

Quero tornar isto acessível às pessoas. Se aplicarmos a IA da maneira certa, podemos permitir que as pessoas façam aquilo que amam.

*com Daniel Monteiro Rahman

Sobre o autorCatarina Nunes

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Goldenergy recorre ao humor para comunicar proximidade (com vídeo)

Idealizado pelo departamento criativo da empresa energética e desenvolvido por Jaime Pantoja e Miguel Nicolás O’Shea, o filme publicitário tem produção da Bonzi. António Aleixo assina a realização e João Bernardo Souza a direção de fotografia

A Goldenergy volta, a partir de 16 de setembro, a apostar numa campanha multimeios humorística para reforçar a mensagem de que é uma marca próxima dos consumidores. Concebido pelo departamento criativo da empresa energética e desenvolvido por Jaime Pantoja e Miguel Nicolás O’Shea, o filme publicitário tem produção da Bonzi, com direção de produção de Patricia Hibon. António Aleixo assina a realização.

João Bernardo Souza assume a direção de fotografia, Miguel Lima a direção de som e Marta do Vale a direção de arte. As fotografias da campanha, protagonizada pelos atores Nuno Damasceno, João Cobanco e Diogo Fialho, são de Ricardo Cruz.

A pós-produção conta com edição digital de António Aleixo, graduação de cor de Marco Amaral, animação de André Bandeira e efeitos 3D do End Point Studio. A sonoplastia ficou a cargo da Estrela de Alcântara. Além da televisão, da Rádio Comercial e das redes sociais da Meta, Instagram e Facebook, a campanha também está a ser divulgada no YouTube, no TikTok e nas plataformas de comunicação da Goldenergy.

Na nova campanha, a empresa recorre novamente a um anúncio divertido, transmitindo a ideia de que o melhor que tem para oferecer é a componente humana do seu atendimento. “Através do sentido de humor, da criatividade e do surrealismo queremos passar a mensagem que a essência da marca é a proximidade e o atendimento humanizado, em que quem faz a diferença são as pessoas”, explica Miguel Checa, CEO da Goldenergy, citado em comunicado de imprensa.

O ‘spot’ decorre no cenário de uma sala de estar, que poderia ser na casa de qualquer português, em que um homem com os dois braços engessados está sentado à frente da televisão. Revelando a sua mobilidade reduzida, assiste a um anúncio da Goldenergy e decide ligar para contratar os serviços da marca. Depara-se com uma situação stressante, em que a frustração se apodera quando a tecnologia, à qual recorreu para o auxiliar, não está a cooperar nem a responder ao seu pedido para ligar para a empresa portuguesa de eletricidade 100% verde.

“O humor presente pretende brincar com a dificuldade em se dizer ou perceber o nome da marca, mantendo o registo dos ‘spots’ anteriores. A incapacidade de entendimento da sua ajuda virtual faz parecer com que efetuar uma chamada seja uma verdadeira peripécia, levando-o ao limite. Mas, a situação acaba por ser resolvida de forma repentina e surpreendente quando um colaborador de atendimento da Goldenergy assume o controle da situação”, explica a marca em comunicado de imprensa.

 

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Wallpaper edita livros sobre relógios da Rolex

O ‘Oyster Perpetual Submariner – The Watch that Unlocked the Deep’ estreia uma série de livros que vão explorar os modelos mais icónicos da Rolex, começando pelo primeiro relógio de mergulho com estanquidade garantida até 100 metros de profundidade

Em colaboração com a revista Wallpaper, a relojoeira suíça Rolex acaba de publicar a primeira história autorizada do relógio Oyster Perpetual Submariner. O ‘Oyster Perpetual Submariner – The Watch that Unlocked the Deep’ estreia uma série de livros que vão explorar os modelos mais icónicos da Rolex, começando pelo primeiro relógio de mergulho com estanquidade garantida até 100 metros de profundidade.

Nesta obra, escrita pelo autor e especialista em relógios Nicholas Foulkesa, a Wallpaper combina fotografias novas com as que refletem os 71 anos de história deste modelo. Ao longo de 252 páginas, o livro explora a inovação técnica necessária para criar este relógio, ao mesmo tempo que conta as histórias das aventuras dos pioneiros que testaram os protótipos, incluindo testemunhos de Rolex Testimonees, como a oceanógrafa Sylvia Earle, o fotógrafo David Doubilet e o aquanauta Dr. Joe MacInnis.

As cópias em capa dura vão estar disponíveis online a partir de 1 de outubro e nos retalhistas da ACC Art Books. Um número limitado de exemplares encadernados em seda vai estar à venda em exclusivo através da Wallpaper Store, para pré-encomenda entre 16 e 19 de setembro e para compra a partir de 20 de setembro.

 

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Bernardo Caupers assume direção de marketing na Bimbo Canadá

O antigo diretor da Bimbo Portugal troca Mem Martins por Ontário. “A nível profissional, a expetativa é de aprender muito, de ajudar os outros a crescer e de tentar transformar o negócio com tudo o que tenho aprendido nos últimos anos”, explica ao M&P

Bernardo Caupers é o novo diretor de marketing da área de ‘pantry, buns & rolls and private label’ da Bimbo Canadá, trocando a direção de marketing da Bimbo Portugal, sediada em Mem Martins, pelos escritórios da filial canadiana, localizados em Etobicoke, em Ontário. Potenciar as vendas das marcas que a empresa comercializa é uma das ambições que leva na bagagem.

“A nível profissional, a expetativa é de aprender muito, de ajudar os outros a crescer e de tentar transformar o negócio com tudo o que tenho aprendido nos últimos anos”, explica ao M&P o ‘marketer’, que emigrou para o continente americano com a mulher e os três filhos.

A realidade que encontra é muito diferente da que deixa. “O negócio e a operação são muito grandes, o mercado é bastante mais complexo do que o português, com uma forte segmentação por províncias. Existe a necessidade de ter uma abordagem de negócio diferente para cidades como Ontário e Quebeque e não apenas pensar em ‘mixes’ diferentes ou alterar o posicionamento de cada marca”, defende o responsável.

Bernardo Caupers, habituado a definir estratégias para um país com 10 milhões de habitantes, tem agora o desafio de comunicar para um universo que se aproxima dos 40 milhões. “O próprio consumidor é bastante diferente de província para província”, sublinha o diretor de marketing português, que também terá como missão “pensar em marcas diferentes e negociar com clientes diferentes”.

Licenciado em gestão pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) e com um mestrado em marketing tirado na University of Leicester, o ‘marketer’ iniciou a carreira profissional na Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, em 2009. Em 2012, assume a gestão de marca da Longa Vida, na Lactalis Nestlé Portugal.

Em 2015, é contratado pelo Grupo Nabeiro, como gestor de produto da Delta Cafés. Em 2016, torna-se diretor de marketing da Reckitt, regressando ao grupo empresarial fundado por Rui Nabeiro como diretor de marketing da Delta Cafés. Em abril de 2022, muda-se para a Bimbo Portugal, onde permanece até setembro de 2024.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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YouTube cria ferramentas para proteger criadores de conteúdos da IA

A plataforma está a desenvolver duas ferramentas separadas para identificar conteúdos que simulam as vozes de artistas e ‘deepfakes’ de criadores de conteúdo, estando previsto o lançamento de um programa piloto para uma das mesmas para o início do próximo ano

O YouTube está a desenvolver novas ferramentas para dar aos criadores de conteúdos da plataforma um maior controlo e segurança sobre conteúdos que eventualmente copiam a sua voz ou imagem, utilizando inteligência artificial generativa.

Uma publicação no blogue oficial do YouTube, assinada por Amjad Hanif, vice-presidente de gestão de produtos do YouTube, refere que as novas tecnologias pretendem a salvaguarda dos criadores de conteúdos e dos parceiros, permitindo-lhes “aproveitar o potencial criativo da IA” através da promoção do desenvolvimento responsável da IA.

A primeira ferramenta, descrita como uma “tecnologia de identificação de expressão vocal sintética no Content ID”, vai permitir aos parceiros detetar e gerir automaticamente conteúdo gerado através de IA no YouTube, que simule a sua expressão vocal de cantores. O YouTube salienta que a ferramenta se insere no atual sistema de identificação de direitos de autor Content ID e que está a planear testá-la, no âmbito de um programa piloto no início do próximo ano.

Está também a ser desenvolvida uma segunda ferramenta separada, que tem a capacidade de identificar ‘deepfakes’ de criadores de conteúdos, atores, músicos e atletas, entre outros, para que estes possam controlar os conteúdos gerados por IA que mostrem os seus rostos no YouTube. O sistema, ainda em desenvolvimento ativo, não tem data de lançamento definida.

“À medida que a IA evolui, acreditamos que deverá aumentar a criatividade humana e não substituí-la”, sustenta Amjad Hanif, no blogue oficial do YouTube. “Estamos empenhados em trabalhar com os nossos parceiros para garantir que os avanços futuros amplificam as suas vozes e vamos continuar a desenvolver barreiras de proteção para abordar as preocupações e alcançar os objetivos comuns”, acrescenta.

O vice-presidente de gestão de produtos do YouTube revela que a plataforma também está a criar formas de dar mais possibilidades de escolha aos criadores de conteúdos, relativamente à forma como as empresas de IA estão autorizadas a utilizar os seus conteúdos. Sobre este tema, serão divulgados mais pormenores ainda este ano.

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Estão abertas as inscrições para a Portfolio Night Lisboa 2024

A Portfolio Night Lisboa tem 30 lugares disponíveis e acontece a 24 de outubro, no Mercado de Santa Clara, em Lisboa. O evento é dirigido a estudantes e jovens profissionais, mas também a pessoas de todas as idades, de qualquer área da criatividade

A Portfolio Night, evento global organizado pelo The One Club for Creativity e, em Portugal, juntamente com o Clube da Criatividade de Portugal (CCP), está de regresso a Lisboa e já estão abertas as inscrições para a apresentação de portefólios. O evento é dirigido a estudantes e jovens profissionais, mas também a pessoas de todas as idades, de qualquer área da criatividade como redação, direção de arte, design, tipografia, ilustração, entre outras, que queiram ouvir opiniões sobre o seu trabalho, em conversas informais de 15 minutos.

Os participantes apresentam os seus portefólios a 30 diretores criativos, que os avaliam, comentam e elegem o vencedor da noite, para representar Portugal no evento global Portfolio Night ‘All Stars’. O ‘All Star’ vencedor da noite vai juntar-se aos vencedores de outras cidades concorrentes, integrando um dos grupos de três a quatro outros ‘All Stars’ numa competição online, que consiste em trabalhar um briefing real de uma marca. O grupo vencedor vai viajar até Nova Iorque para uma semana de eventos, workshops, networking e recrutamento.

“Ter 30 diretores criativos de referência juntos, ao mesmo tempo e no mesmo espaço, é uma oportunidade imperdível para quem quer mostrar e melhorar a sua pasta. Trabalhar com gente de todo o mundo para uma marca global é uma experiência inesquecível. É por causa de eventos destes que o Clube existe e faz falta”, salienta a direção do CCP, em comunicado de imprensa.

Há 30 lugares disponíveis para a Portfolio Night Lisboa, que terá lugar a 24 de outubro às 18h, no Mercado de Santa Clara, em Lisboa. O valor da inscrição é de 30 dólares (€27), com jantar ‘finger food’ e bebidas incluídas. O evento é coorganizado pela Junta de Freguesia de São Vicente e tem o apoio do patrocinador principal (Cerveja Sagres) e do patrocinador de media (Briefing).

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Design português conquista sete prémios no Red Dot Award

A edição de 2024 do Red Dot Award: Brands & Communication Design distinguiu a estética e a funcionalidade de sete produtos idealizados em Portugal, como os caixilhos Hystyle (na foto). A criatividade foi a componente mais valorizada pelo júri

O design de produto desenvolvido por ou para empresas nacionais conquistou sete prémios na edição de 2024 do concurso internacional Red Dot Award: Brands & Communication Design, na categoria Winner. Na categoria Best of the Best, que corresponde aos Grandes Prémios, não houve vencedores portugueses.

A máquina de café Rise Delta Q with Starck, criada pelo designer e arquiteto francês Philippe Starck para a Delta Cafés, é um dos produtos distinguidos. Desenvolvida pelo Diverge, centro de inovação do Grupo Nabeiro, partiu de uma ideia de Rui Miguel Nabeiro, Cláudia Figueira, João Branco, Jesus Medina, Marco Martins, Tiago Mendes e Paula Castelo.

 

 

Entre os vencedores encontram-se também os caixilhos minimalistas Hystile, para portas e janelas. Desenhados por Bruno Brás, para a Hyline HBSI, sediada em Esposende, os materiais de construção foram destacados pelo júri do Red Dot Award pelo design, versatilidade e qualidade dos acabamentos.

 

 

O telecomando Olo, criado pelo designer Nino Marta para a Tech4Home, empresa tecnológica de São João da Madeira, também teve direito a um Red Dot Award: Brands & Communication Design. Produzido a partir de materiais reciclados, integra uma bateria solar. A facilidade de utilização foi outro dos aspetos valorizados pelo júri.

 

 

A Tech4Home viu também reconhecido o desenho do Kotto, um telecomando idealizado pelo designer Tiago Sousa. Funcional e intuitivo, o dispositivo, que não inclui uma bateria, é carregado através de uma célula de alimentação solar.

 

Desenvolvido internamente pela Microcrete, empresa sediada em Nogueira da Regedoura, o revestimento MSabi é inspirado na pedra usada para construir castelos, mosteiros e conventos em tempos idos. Disponível em vários formatos, é antiderrapante e à prova de água. Tem ainda a vantagem de ter uma condutividade térmica acima da média.

 

 

A mesa Wishbone, criada pelo estúdio de design Busk+Hertzog, sediado em Lisboa, para a empresa dinamarquesa Frost é outro dos produtos vencedores. Fabricada em aço inoxidável, está disponível nas versões Brushed Gold, Brushed Copper, Brushed Black, Brushed Stainless, Matt Black e Matt White. Além do design, o júri salientou a versatilidade.

 

Idealizadas internamente pela equipa criativa da Bruma, com sede em Vila Nova De Famalicão, as torneiras Genesi, outro dos produtos portugueses premiados, apresentam um design minimalista. Os materiais usados na produção, latão e cerâmica, conferem-lhe um toque suave, uma característica que os jurados valorizaram.

 

 

A edição de 2024 do Red Dot Award: Brands & Communication Design distinguiu ainda produtos e marcas internacionais. A lista inclui lançamentos de marcas como a Apple, a Lenovo, a Hyundai, a Nikon, a JBL, a Ray-Ban, a Cupra, a Philips, a LG, a Xiaomi, a Sony, a Instax, a Cisco, a Volvo, a Samsung, a Kia, a TCL, a Skoda e a Acer.

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Google oculta dados dos anunciantes com nova solução para publicidade

O Confidential Matching permite às marcas operarem num ambiente digital que garante a ocultação dos dados primários e confidenciais dos seus clientes, de concorrentes ou de outras plataformas tecnológicas

A Google está a adicionar encriptação às suas principais plataformas publicitárias, com o objetivo de dar aos anunciantes mais segurança com as informações dos seus clientes, noticia a Ad Age.

O novo produto Confidential Matching permite aos anunciantes operarem num ambiente digital, que garante a ocultação dos dados primários e confidenciais dos seus clientes, de concorrentes ou de outras plataformas tecnológicas. Esta funcionalidade é implementada numa momento em que o tratamento de dados está sob escrutínio das entidades reguladoras, em particular na Europa e nos Estados Unidos.

O Confidential Matching traz para as plataformas de anúncios da Google a versão adaptada da tecnologia de encriptação, que já é utilizada em outras áreas do negócio da empresa liderada por Sundar Pichai. O Confidential Matching será aplicado aos dados do programa de correspondência de clientes da Google, em que as marcas partilham listas de clientes para encontrar públicos-alvo para as suas campanhas publicitárias.

A Google garante que este sistema de encriptação permite que as marcas auditem se os seus dados foram utilizados de forma adequada, denominando esta verificação de Recibos.

As marcas partilham frequentemente listas de endereços de e-mail e outros dados de consumidores com determinadas plataformas, como as da Google, para otimizar as suas campanhas publicitárias e medir a precisão com que atingiram os respetivos públicos-alvo. No entanto, os profissionais de marketing tornaram-se mais exigentes quanto à partilha desses dados e o mundo da publicidade na internet está a evoluir para cumprir novas normas regulamentares.

“A ideia é que, quando introduzimos os nossos dados, possamos processá-los e correspondê-los sem que ninguém tenha mais acesso à informação”, explica Kamal Janardhan, diretor sénior de produto da Google, citado pela Ad Age. “Pensemos nisto como se eu trouxesse um conjunto de dados para um sistema e quisesse combiná-lo confidencialmente com outro conjunto de dados, que efetivamente a Google tem, e pudesse fazê-lo num ambiente de operação fiável, de tal forma que ninguém, nem mesmo a Google, tivesse acesso a essa informação”, acrescenta.

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Fora do Escritório com Pedro Lourenço, fundador do Portal da Queixa e CEO e da Consumers Trust

Assume que não consegue traçar uma linha que separe o trabalho da vida pessoal, pelo que acaba sempre por aproveitar os períodos de descanso para executar tarefas pendentes e para ir preparando as reuniões que agenda para o regresso

Adepto do teletrabalho, Pedro Lourenço, fundador do Portal da Queixa e CEO e cofundador da Consumers Trust, está habituado a andar de telemóvel e de computador atrás. Em férias não é diferente, embora procure arranjar tempo para ir para um kartódromo (na foto), libertar a tensão que vai acumulando ao longo do ano. Nos períodos em que se consegue abstrair da realidade laboral, procura distanciar-se dos problemas do quotidiano para ter uma visão mais alargada do panorama de consumo nacional.

O que é que não faz durante as férias, que faça habitualmente quando está a trabalhar?

Em jeito de ‘disclaimer’, tenho de alertar os leitores, para que não pratiquem lá em casa aquilo que eu faço fora do escritório, pois é altamente antagónico às prescrições médicas e ao conteúdo inspiracional que os gurus dos recursos humanos partilham no LinkedIn. Honestamente, não tenho uma linha que separe o trabalho da vida pessoal. Já é uma condição intrínseca à minha forma de vida, talvez por ser empreendedor e fundador de uma plataforma digital.

Trabalho 24 horas por dia com a CEO do Portal da Queixa, que é a minha esposa. Adotámos o regime de teletrabalho para toda a empresa. Até inserimos o escritório no projeto de construção da nossa nova casa e, pior, por vezes vamos de férias para destinos onde vamos ter reuniões de trabalho no âmbito da nossa internacionalização para conjugar o útil com o agradável.

Estou certo de que muitos empreendedores se reveem nesta minha descrição. Claro que, sempre que é possível, não levo o ‘laptop’ do pecado comigo, mas, se formos a ver, nos dias de hoje, o ‘smartphone’ também já serve para quase tudo, não é?

Estar de férias significa desligar ou inspirar-se para novas ideias a aplicar no trabalho? 

Estar de férias significa, acima de tudo, diversão e família. Esses são os elementos fundamentais para o bem-estar e o equilíbrio da minha saúde mental. Sem o amor e o orgulho que tenho na minha família, não teria a inspiração para continuar a ter novas ideias e manter a motivação permanente.

Por isso, aproveito muito os momentos de férias em família e, por vezes, com amigos, para refletir e conversar sobre certos assuntos, sem o peso da pressão diária. A leveza do ambiente de descontração e do espírito de férias tem o poder único de permitir alcançar um distanciamento maior da nossa realidade habitual e ter uma visão mais alargada.

Curiosamente, são os momentos em que eu e a Sónia [Lage Lourenço, CEO do Portal da Queixa], enquanto administradores, tomamos as decisões que têm maior impacto a longo prazo. E não existe nada melhor do que descarregar a adrenalina acumulada durante o ano numa corrida de ‘kart’ ou de ‘jet ski’.

Quais são os jornais, programas de televisão, podcasts, sites ou outros meios de comunicação que segue durante as férias?

Naturalmente, o digital domina o meio da minha leitura diária. Como nasci no final da geração de 1970, passei por toda a transformação digital, da qual consegui aproveitar o melhor para, hoje, ser um dos precursores no incentivo à utilização de plataformas digitais. São uma excelente forma de executar as tarefas que anteriormente se faziam pelos meios analógicos.

Portanto, é raro ter tempo para ver televisão, a não ser quando sou o convidado do programa ou da informação. Mas sigo a agenda noticiosa através dos sites dos principais órgãos de comunicação social, nomeadamente o Expresso, Público, o JN, o Jornal Económico, o Negócios e o SAPO.

Procuro ouvir com frequência podcasts nacionais, como o O CEO é o Limite da Cátia Mateus, o Geração 70 do Bernardo Ferrão e o Expresso da Manhã do Paulo Baldaia. Por norma, não publico nas redes sociais, a não ser conteúdo profissional no LinkedIn, mas obviamente que as utilizo para obter informação e para acompanhar as tendências de mercado. Nas férias, tenho também uma admiração especial pelo algoritmo do TikTok.

Quais são as marcas que o acompanham nas férias?

Do ponto de vista tecnológico, não dispenso a panóplia de ‘gadgets’ da Samsung, desde o telefone e do ‘smartwatch’ até ao tablet. Também não prescindo dos obrigatórios ‘headphones’ da Sennheiser para o meu principal passatempo, que é ouvir música. No que há mobilidade respeita, sou acompanhado pela Mustang se for de carro e da TAP se for de avião.

Recorro ao meu ‘watchloop’ do MB Way para pagar tudo ‘cashless’, pois não uso carteira e os bolsos, normalmente, pertencem à Tommy Hilfiger, marca de moda da qual sou fã. Como posso ser convidado em cima da hora, para uma entrevista em televisão, levo sempre, junto aos calções de praia, um fato da Ermenegildo Zegna, que pode ser igualmente útil para um jantar mais formal.

Se a entrevista se realizar através do Skype, fico-me só pelo casaco e mantenho os calções. Na minha pegada aromática, é comum cheirar um perfume da Boss, que é igualmente um complemento que habitualmente me acompanha, mesmo de férias.

Qual é a primeira coisa que faz quando regressa ao escritório?

A primeira é pensar que, nas próximas férias, vou ser uma pessoa normal e desligar por completo, porque regresso logo com reuniões agendadas para as semanas seguintes. Contudo, em termos mais práticos, a primeira tarefa é obter uma visão macro de todos os processos e episódios mais importantes que ocorreram enquanto estive fora.

É um processo simples, mas essencial, para definir a importância e prioridades. A partir daí, é ir a fundo em cada processo que necessite da minha intervenção direta e falar com as direções das várias equipas, para discutir as questões que estão nas prioridades da lista de tarefas de regresso ao trabalho. Mas o essencial é saborear o sentimento de que tudo continua de pé e a avançar a bom ritmo, porque nos fomos rodeando de pessoas extraordinárias.

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Pondera assume comunicação da LICO Cosmetics

A agência de comunicação liderada por Teresa Ancêde é a responsável pela assessoria de imprensa e marketing de influência da LICO Cosmetics, que está a entrar no mercado nacional. O objetivo é fortalecer a presença da marca espanhola de cosmética e reforçar a sua imagem em Portugal

A Pondera é a agência de comunicação responsável pela assessoria de imprensa e marketing de influência da LICO Cosmetics, que está a entrar no mercado nacional, com o objetivo de fortalecer a presença da marca espanhola de cosmética e reforçar a sua imagem em Portugal.

A marca LICO Cosmetics é o acrónimo de Laboratorio de Ingeniería Cosmética, que tem como foco os cuidados de pele e posiciona-se pela inovação e eficácia, com formulações e gamas de produtos para diferentes propósitos. “Assumir a assessoria da LICO Cosmetics em Portugal é um orgulho. É uma marca inovadora, pensada por uma mulher extraordinária, que junta o melhor dos melhores princípios ativos espalhados pelo mundo, com uma sabedoria dermatológica muito acima da média. Para a Pondera é extraordinário ajudarmos a LICO nestes primeiros passos em território nacional”. refere Teresa Ancêde, diretora-geral da Pondera, citada em comunicado de imprensa.

“Tudo começou com um único objetivo: formular o tratamento perfeito para cada necessidade da pele. As nossas fórmulas combinam os melhores ativos cosméticos e queremos, acima de tudo, ser reconhecidas como uma marca que estará sempre presente nas rotinas de cuidados de pele dos portugueses. Contamos com o ‘expertise’ da Pondera para nos ajudar a consolidar a LICO Cosmetics em Portugal, marca que tanto me orgulha”, refere Estefanía Ferrer, CEO e fundadora da marca.

Com uma forte presença em Espanha e reconhecida em publicações como Mujer Hoy e Elle, a LICO Cosmetics tem vindo a investir em tecnologias avançadas, combinando investigação de ponta com o uso de ingredientes naturais, para criar produtos que oferecem soluções antienvelhecimento, de proteção solar e tratamentos específicos.

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Docapesca destaca qualidade do peixe português em campanha da BBZ (com vídeo)

Com criatividade de Paulo Faria e Gonçalo Gomes, o filme publicitário foi produzido pela Lightbox e conta com a participação de Fátima Lopes e do ex-futebolista Fábio Coentrão (na foto). O planeamento de meios foi feito em parceria com a DCE Loving Brands

A Docapesca recorreu à agência criativa BBZ para desenvolver a segunda fase da campanha ‘Peixe Fresco Português, Nada Melhor’, promovida em parceria com o Ministério da Agricultura e Pescas. Com criatividade de Paulo Faria e Gonçalo Gomes, redação de Paulo Faria e Nuno Gonçalo e produção da Lightbox, o filme publicitário foi realizado por Luís Ismael e tem direção de fotografia de Francisco Vidinha, apurou o M&P.

Teresa Figueiredo e Rita Laranjeira assinam a produção do ‘spot’, que elogia a qualidade do pescado nacional. A sonoplastia ficou a cargo de João Bastos. O anúncio televisivo, que conta com a participação da apresentadora de televisão, oradora e escritora Fátima Lopes e do ex-jogador de futebol Fábio Coentrão, é um desfile de iguarias confecionadas com pescado nacional, servidas em ambiente familiar.

O chef António Alexandre e vários trabalhadores do setor piscatório, incluindo o mestre José Alberto Dinis, também aparecem no filme. Ao longo das próximas semanas, a campanha é divulgada nos canais de televisão generalistas, na rádio, na imprensa, na rede nacional de caixas Multibanco, em publicidade exterior e nas redes sociais da Docapesca.

O planeamento de meios foi desenvolvido em parceria com a DCE Loving Brands. “Com esta campanha, pretendemos salientar a importância do pescado para a economia nacional, valorizar o trabalho dos nossos pescadores e promover um consumo ainda mais diversificado, dando a conhecer espécies menos comuns, contribuindo assim para a sustentabilidade dos recursos”, explica a Docapesca em comunicado de imprensa.

A apresentação da iniciativa teve lugar a 10 de setembro, no Mercado do Livramento, em Setúbal. “Devemos estar na linha da frente na promoção do pescado nacional, essencial para uma dieta saudável, sublinhando as valências do setor das pescas, o papel que representa numa sociedade desenvolvida e a importância crucial que ocupa em termos de alimentação”, referiu Cláudia Monteiro de Aguiar, secretária de Estado das Pescas, durante a apresentação.

 

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