Legisladores norte-americanos exigem respostas da Meta sobre anúncios a drogas ilícitas
Até 6 de setembro, a empresa de Mark Zuckerberg terá de prestar contas sobre os esforços de moderação nos anúncios a substâncias ilegais em redes sociais como Facebook e Instagram, incluindo o número de anúncios identificados e as receitas geradas com esses anúncios
Daniel Monteiro Rahman
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Uma coligação bipartidária de 19 legisladores da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos está a pressionar a Meta para responder a perguntas sobre a prevalência contínua de anúncios a drogas ilícitas nas redes sociais da empresa, como o Facebook e o Instagram, por exemplo.
Numa carta enviada a Mark Zuckerberg, diretor executivo da Meta, a 15 de agosto, os representantes manifestam a preocupação com os relatos de que substâncias ilegais continuam a ser anunciadas para venda nas plataformas da empresa, apesar de investigações anteriores já terem denunciado a facilitação da venda ilegal de drogas pela Meta.
Embora as normas comunitárias da Meta proíbam especificamente a venda de drogas e produtos farmacêuticos, os legisladores afirmam estar “continuamente preocupados com o facto de a Meta não ser capaz de cumprir a sua responsabilidade e com a necessidade de resolver este problema”.
Os legisladores exigem agora que a empresa, sediada na Califórnia, responda a uma série de perguntas, até 6 de setembro, sobre os seus esforços de moderação e mitigação, no que diz respeito a anúncios de drogas ilícitas, incluindo o número de anúncios ilegais que identificou nas suas plataformas e o montante de receitas que a empresa gerou com esses anúncios.
“Não é a primeira vez que esta organização é apanhada a facilitar a venda de drogas nas respetivas plataformas”, escrevem os legisladores, citando relatórios anteriores publicados pelo Tech Transparency Project em 2021, 2022 e 2024, que descobriram que os utilizadores podiam comprar substâncias ilegais nas várias plataformas da Meta com alguma facilidade.
“O que é particularmente lamentável sobre este caso é que não se trata de conteúdo gerado por usuários da ‘dark web’ ou de redes sociais privadas, mas sim anúncios aprovados e monetizados pela Meta”, acrescentam ainda os legisladores, salientando que “muitos desses anúncios contêm referências evidentes a substâncias ilegais nos seus títulos, descrições, fotos e nomes de contas dos anunciantes”.
“Os nossos sistemas foram concebidos para detetar e aplicar proativamente conteúdos que violem as regras, e rejeitamos centenas de milhares de anúncios por infringirem as nossas políticas relativas às drogas”, sustenta Tracy Clayton, gestor de relações institucionais da Meta. “Continuamos a investir recursos e a melhorar a nossa abordagem a este tipo de conteúdos”, acrescenta ainda o responsável.