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OpenAI pondera alterações na estrutura empresarial devido a última ronda de financiamento

As mudanças pretendem tornar a startup de inteligência artificial mais favorável aos investidores. Uma das opções em análise é a eliminação do limite máximo de lucros para os investidores da OpenAI, que está em negociações para arrecadar novo capital, valorizado em cerca de €90 mil milhões

Daniel Monteiro Rahman
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OpenAI pondera alterações na estrutura empresarial devido a última ronda de financiamento

As mudanças pretendem tornar a startup de inteligência artificial mais favorável aos investidores. Uma das opções em análise é a eliminação do limite máximo de lucros para os investidores da OpenAI, que está em negociações para arrecadar novo capital, valorizado em cerca de €90 mil milhões

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A OpenAI está a discutir a alteração da sua estrutura empresarial, para se tornar mais favorável aos investidores, possivelmente através da eliminação do atual limite máximo de lucros para os investidores, à medida que avança com uma angariação de financiamento e procura manter a liderança face à Google e outros concorrentes, noticia o Financial Times.

A startup já terá falado com os investidores sobre a reestruturação, embora não tenha sido acordada uma estratégia final, e esta será provavelmente a mais atraente para os financiadores, ao procurar simplificar a atual estrutura complexa e sem fins lucrativos da empresa, referem as fontes citadas pelo Financial Times.

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Na atual estrutura empresarial, os investidores da empresa liderada por Sam Altman recebem ações da subsidiária com fins lucrativos da OpenAI, que é gerida pelo seu conselho sem fins lucrativos. O “principal beneficiário do conselho é a humanidade, não os investidores”, sustenta a empresa. Atualmente, os investidores são obrigados a assinar um acordo operacional que declara que “seria prudente encarar qualquer investimento na subsidiária com fins lucrativos da OpenAI no espírito de um donativo” e que a OpenAI “poderá nunca vir a obter lucros”.

Esta estrutura foi concebida para garantir que a empresa se mantivesse alinhada com a missão de beneficiar a humanidade, através de modelos de IA eficientes, sem deixar de reunir os recursos financeiros necessários para o fazer. Ainda não foi tomada uma decisão final sobre a alteração da estrutura da startup, mas uma das opções em análise é a eliminação do limite máximo de lucros para os investidores na subsidiária com fins lucrativos.

A mudança para uma estrutura mais simples com fins lucrativos seria bem recebida pelos parceiros financeiros da startup, de acordo com um investidor da OpenAI. “Todos os investidores têm um limite de lucro, fala-se muito em torná-lo um investimento mais tradicional para que não tenhamos um limite de lucro”, explica a fonte.

As discussões surgem numa altura em que a OpenAI está em negociações para arrecadar novo capital, valorizado em mais de 100 mil milhões de dólares (€90 mil milhões), numa ronda de financiamento liderada pela empresa de capital de risco Thrive Capital. Se for bem sucedido, o investimento fará da OpenAI uma das startups de tecnologia mais valiosas na história de Silicon Valley, ultrapassando a avaliação de 95 mil milhões de dólares obtida pela empresa de pagamentos Stripe, numa captação de fundos privados em 2021.

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Há uma nova rede social onde apenas ‘bots’ de IA respondem às publicações

A SocialAI está disponível apenas no iOS, gratuitamente, e o fundador, Michael Sayman, garante que não tenciona obter fundos adicionais, até encontrar o melhor enquadramento para o produto no mercado

À primeira vista, a SocialAI, que se apresenta como uma rede social de inteligência artificial (IA), assemelha-se ao X. Contudo, há uma diferença assinalável: a interação é somente entre a pessoa e a máquina, que pode responder incessantemente às mensagens e publicações do utilizador. A SocialAI simula a experiência de uma rede social, permitindo a um único utilizador partilhar os seus pensamentos com um número infinito de ‘bots’ alimentados por IA.

O fundador da aplicação, Michael Sayman, citado pelo Tech Crunch, revela que “a SocialAI foi concebida para aprender e adaptar-se ao utilizador ao longo do tempo, com base nos perfis de seguidores e conteúdos com que se envolve”. Michael Sayman, que é um antigo programador do Facebook, fundou a empresa-mãe da SocialAI, Friendly Apps, em 2022, e angariou 3 milhões de dólares (€2,7 mil milhões) numa ronda de capital inicial, antes de ter criado qualquer produto.

Com a SocialAI, o objetivo é “construir um espaço seguro para as pessoas partilharem pensamentos e obterem ‘feedback’ privado”, refere Michael Sayman. Trabalha nesta ideia há muito tempo, mas só recentemente é que a tecnologia de IA, e especificamente os grandes modelos de linguagem que estão na base do ‘boom’ da IA generativa, se aproximou da sua visão de uma rede social privada, onde o utilizador pode trocar ideias com uma comunidade diversificada de IA.

Nenhum comentário publicado na SocialAI resulta em silêncio ou em falta de envolvimento em massa. Os utilizadores fictícios da aplicação dependem de cada palavra do utilizador humano, tirando partido de um entusiasmo pré-programado para incluir comentários escritos com base nas respostas do utilizador. Como o único ser humano na plataforma, o utilizador é, por defeito, a ‘personagem principal’ do seu próprio drama privado online, todas as vezes em que decide ligar-se à rede social.

O utilizador tem de selecionar um mínimo de três ‘tipos e personalidades’ de seguidores para povoar a sua rede, mas não há um limite máximo, podendo optar por incluir todos os oferecidos (32 na fase de lançamento), se realmente quiser uma experiência mais realista. Outro dos aspetos diferenciadores da SocialAI, em relação às redes sociais tradicionais, é que os utilizadores têm de escolher categorias para os ‘tipos e personalidades’ dos seus ‘seguidores’. Podem optar por ‘fãs’, ‘nerds’, ‘intelectuais’, ‘trolls’, ‘liberais’, ‘conservadores’, ‘sarcásticos’ ou ‘brincalhões’, entre uma longa lista de ‘bots’ diferentes.

Por enquanto, o SocialAI está disponível apenas no iOS, gratuitamente, e não permite efetuar compras na aplicação. Michael Sayman garante que não tenciona obter fundos adicionais, até encontrar o melhor enquadramento para o produto no mercado.

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Imovirtual entrega campanha a Wee e Jam Session (com vídeo)

“O resultado é um ‘blend’ de estratégia, criatividade e produção, onde todos contribuíram com ideias e deixámos os nossos egos de lado”, justifica, em declarações ao M&P, Sylvia Motta Bozzo, gestora de marketing do portal imobiliário

Em vez de uma, o Imovirtual recorreu a duas agências criativas para desenvolver a primeira campanha multimeios após a reformulação de marca, que a empresa fez este verão. Além da Wee, que também produziu o filme publicitário, a comunicação foi desenvolvida em parceria com a Jam Session.

“Antes do processo criativo, passámos por um ‘rebranding’ da marca e, por isso, precisávamos de uma estratégia para o novo posicionamento. Uma das agências, a Jam Session, que é romena, ajudou-nos nesta etapa. Por outro lado, temos a Wee que é uma agência criativa com operação local em Portugal e não queríamos perder também essa visão do nosso ADN”, explica ao M&P Sylvia Motta Bozzo, gestora de marketing do portal imobiliário.

‘Lembra-te Porque Começaste’ é o nome da campanha, que está a ser divulgada em televisão, rádio e exterior, em suportes físicos e digitais para maximizar a visibilidade, além das plataformas digitais, com uma forte aposta na rede de ‘display’ da Google, no YouTube e nas redes sociais.

“Posso dizer que foi um dos maiores investimentos que tivemos nos últimos anos. Para além da televisão, da rádio e do OOH [‘out-of-home’], estamos a ampliar a nossa presença no digital em diferentes etapas do funil e em mais canais”, afirma a responsável, sem no entanto indicar os valores de investimento publicitário feitos no planeamento de meios, a cargo da Mindshare.

“Acho que o resultado não poderia ter sido melhor, um ‘blend’ de estratégia, criatividade e produção onde todos contribuíram com ideias e deixámos os nossos egos de lado. Não existiu aqui o lado do cliente ou o da agência X ou Y. Tínhamos todos um único objetivo que era o de promover em grande o novo Imovirtual”, afirma Sylvia Motta Bozzo.

O filme publicitário mostra um jovem adulto a recorrer ao portal imobiliário para encontrar casa e a instalar-se no novo lar. “Não temos como alvo a geração Z. Usamos elementos digitais e um ar fresco e moderno, mas esse não é o nosso ‘target’ principal. No spot de televisão, o ator, inclusive, está na faixa dos 30 anos e está a sair da casa dos pais pela primeira vez, o que é cada vez mais uma tendência”, refere a responsável.

Na nova fase, após o ‘rebranding’, que incluiu a disponibilização de um mapa interativo no portal, alertas em tempo real e uma aplicação renovada, a marca adota um tom moderno e emocional, que o filme publicitário repercute.

“Acho que é uma campanha autêntica, que explora as dores de qualquer indivíduo que está à procura de casa com preços altos, indisponibilidade de imóveis e outros fatores”, afirma Sylvia Motta Bozzo.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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“Só conseguimos criar com excelência se estivermos atentos ao mundo”

Na rubrica Como é Que não Me Lembrei Disto?, Maria Cristina Anahory, cofundadora e parceria criativa da Anahory Monteiro, valoriza o talento nacional e indica a ‘A Estante dos 75.800€’, da Uzina para o Ikea, como a campanha que gostaria de ter feito

Qual é a campanha que gostaria de ter feito?

Portugal é um país cheio de talento, haveria inúmeras respostas para esta pergunta. Mas talvez a campanha que mais me impactou recentemente terá sido ‘A estante dos 75.800€’, da Uzina para o Ikea.

Quais são as razões dessa escolha?

Achei brilhante a concretização, o ‘timing’ de resposta e porque foi totalmente inesperado. Às vezes o desafio não é só ter boas ideias, mas ter a capacidade de as implementar no tempo certo. Acredito que isto tenha sido um ótimo trabalho de equipa entre agência e cliente: a capacidade de propor e a confiança de acreditar. Mas, acima de tudo, pela ousadia e a coragem, que são características com as quais me identifico.

Maria Cristina Anahory, cofundadora e parceira criativa da Anahory Monteiro

O que é que lhe chamou mais a atenção, o texto, a imagem, o protagonista ou outro aspeto da campanha?

A mensagem. Pelo arrojo e criatividade. Fazer ‘product placement’ à conta de uma crise de Governo é, no mínimo, audaz.

Esta campanha inspirou-a a nível criativo? Em quê e de que formas?

Este tipo de campanhas desperta-me sempre a importância de estar atenta a tudo. À informação, aos lugares e às pessoas, não só a título criativo, mas no geral. Só conseguimos criar com excelência se estivermos atentos ao mundo, se tivermos empatia, se soubermos ouvir e observar.

É fundamental captar as nuances e detalhes que muitas vezes passam despercebidos, pois é aí que residem as inspirações mais autênticas. Estar atentos significa também reconhecer e valorizar a diversidade de perspetivas e experiências, o que enriquece qualquer processo criativo.

Qual é a campanha que fez que mais a concretizou profissionalmente?

É uma espécie de projeto de longo prazo que temos desenvolvido pro-bono, para a organização sem fins lucrativos The Non-Conformist Scientist (NCS), fundada pela cientista Ana Cadete, que atualmente se encontra em Boston. É uma plataforma criada por cientistas, para cientistas, que promove o conhecimento científico a nível global, partilha ferramentas de desenvolvimento pessoal e profissional e incentiva as mulheres na ciência a serem líderes.

Isto tudo inspira-me em vários sentidos, tanto pessoal como profissional. Para além de acreditar firmemente na importância de fomentar a diversidade e a inclusão, seja em que campo for, há uma mensagem de perseverança que se nota em cada detalhe deste projeto. A somar a isto tudo, é um orgulho enorme poder fazer parte de um projeto com ambições globais e de grande impacto.

Como é que chegou a esta ideia e avançou para a execução?

Com a coragem e ambição da Ana, que reuniu um conjunto de cientistas espalhadas pelo mundo, dispostas a ajudar. Nós contribuímos com a consultoria de marca e angariação de equipas que, com muito carinho, também abraçaram a causa. É um prazer trabalhar com uma comunidade tão generosa.

O que é que faz quando não tem ideias?

Há sempre alguma coisa guardada na gaveta.

Ficha técnica
–––

Campanha: A estante dos 75.800€
Cliente: Ikea
Agência: Uzina
Diretor-geral: António Roquette
Diretora criativa: Andreia Ribeiro
Diretora criativa executiva: Susana Albuquerque
Diretor de arte: Maurício Santos
Redator: Luís Jorge
Motion designer: Joana Esteves
Arte finalista: Miguel Silvestre

 

Ficha técnica
–––

Projeto: The Non-Conformist Scientist
Agência: Anahory Monteiro
Cliente: The Non-Conformist Scientist
Consultoria e estratégia de marca: Maria Cristina Anahory e Bárbara Monteiro
Designer: Maria Soares
Relações públicas: Emirec
Programação: Jorge Braz

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Plano estratégico do Público exclui reestruturação

“A administração está a analisar quais são as iniciativas possíveis para fazer face à realidade e qual será a melhor estratégia digital para assegurar o futuro”, afirma Cristina Soares, administradora da Sonaecom

O Público está a preparar um plano estratégico para aumentar as receitas. O documento, em fase de elaboração, será apresentado “em outubro ou novembro”, avança Cristina Soares, administradora da Sonaecom, empresa que detém o jornal, em reunião com a comissão de trabalhadores, a 16 de setembro.

A executiva garante, no entanto, que a estratégia em preparação não implica o avanço para uma reestruturação, noticia a Marketeer, citando um comunicado de imprensa da comissão de trabalhadores do Público, enviado à Agência Lusa. “As únicas pessoas a trabalhar com a administração no desenho deste novo plano estratégico são os membros da direção editorial”, refere Cristina Soares.

A intenção é contrariar a atual tendência de quebra nas vendas e na publicidade. “A empresa está a analisar quais são as iniciativas possíveis para fazer face a essa realidade e qual será a melhor estratégia digital para assegurar o futuro do Público”, afirma. As próximas semanas são marcadas pela análise dos cenários que a Sonaecom está a equacionar.

De acordo com notícias publicadas em julho, com base noutro comunicado da comissão de trabalhadores, as receitas das edições em papel sofreram uma queda de €500 mil no primeiro semestre do ano. O número de subscritores digitais também desceu. Além de apresentar o novo plano estratégico, a Sonaecom anunciou ainda a intenção de introduzir um sistema de avaliação de desempenho até ao final do ano.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Google ganha recurso e escapa a multa de €1,5 mil milhões

Em causa está a imposição de restrições anticoncorrenciais a sites de terceiros. “Já vou no quarto caso contra a Google. É curioso que aqueles que conseguiram impor-se no mercado continuem a achar que não devem competir com base nos seus méritos”, argumenta Margrethe Vestager, comissária da União Europeia para a Concorrência

A Google venceu a ação de recurso relativamente à multa imposta pela Comissão Europeia (CE), no valor de €1,5 mil milhões, por práticas anticoncorrenciais. Uma vitória para a empresa de tecnologia norte-americana, que está a ser alvo de um escrutínio crescente por parte dos reguladores de Bruxelas, noticia o Financial Times.

O Tribunal Geral da União Europeia (UE) deu como anulada, a 18 de setembro, a coima aplicada à empresa liderada por Sundar Pichai, no âmbito de um processo judicial, embora aceite “a maior parte das conclusões da Comissão Europeia”, de que a Google tinha utilizado a posição dominante para impedir a entrada de anunciantes concorrentes na internet.

Ao iniciar a ação contra a Google, em 2019, Margrethe Vestager, comissária da União Europeia para a Concorrência, declarou que a Google impôs restrições anticoncorrenciais a páginas web de terceiros durante uma década, entre 2006 e 2016. A comissária tinha justificado a coima de €1,5 mil milhões, argumentado que refletia a “natureza grave e sustentada” da infração. No entanto, o Tribunal Geral da UE, com sede no Luxemburgo, considera que a CE não tinha “tido em conta todas as circunstâncias relevantes na sua avaliação da duração das cláusulas contratuais que considerou abusivas”.

Margrethe Vestager, que abandona o cargo nas próximas semanas, acusa as grandes empresas de tecnologia de não respeitarem as regras da UE. “Não tive um, nem dois, nem três, mas já vou no quarto caso contra a Google. É curioso que aqueles que conseguiram impor-se no mercado continuem a achar que não devem competir com base nos seus méritos”, sustenta em declarações ao Financial Times.

A CE, que poderá vir a recorrer, declara ter tomado nota da decisão e garante que vai “analisar cuidadosamente a deliberação e refletir sobre os próximos passos a tomar”. “Este caso diz respeito a um pequeno grupo de anúncios de pesquisa em texto colocados num número limitado de páginas web de editores. Alterámos os nossos contratos em 2016, para eliminar as respetivas disposições, mesmo antes da decisão da comissão. Estamos satisfeitos por o tribunal ter reconhecido os erros da decisão inicial e ter anulado a coima. Vamos analisar atentamente a decisão na íntegra”, avança um porta-voz da Google.

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Volvo Cars e The Ocean Race reforçam parceria até à próxima década

O patrocínio da marca automóvel sueca à mais conhecida regata à volta do mundo quer agora ir mais longe, trabalhando em conjunto no interesse comum em torno da saúde dos oceanos e do seu impacto nas pessoas e no planeta

A Volvo Cars e a The Ocean Race vão prolongar até à próxima década a parceira que dura há 25 anos. O novo acordo de patrocínio inclui uma missão conjunta rumo a um futuro mais sustentável, com a implementação de mudanças concretas para restaurar e preservar os ecossistemas naturais e a biodiversidade.

Com a parceira com a prova The Ocean Race, a mais conhecida e longa regata à volta do mundo, a Volvo Cars tem desenvolvido uma afinidade natural com os oceanos. Agora quer ir mais longe na parceria, para poder trabalhar em conjunto no interesse comum em torno da saúde dos oceanos e do seu impacto nas pessoas e no planeta.

“O que acreditamos e o que fazemos na Volvo Cars vai para além dos automóveis, e o mesmo se aplica à Ocean Race e à vela, portanto, o que temos aqui é uma evolução natural da nossa parceria. Juntamente com a The Ocean Race, queremos criar uma voz maior para a saúde e para os direitos dos oceanos”, refere Jim Rowan , CEO da Volvo Cars, citado em comunicado de imprensa.

A Volvo Cars e a The Ocean Race vão trabalhar em conjunto, para ajudar a dimensionar os esforços globais para restaurar e proteger ecossistemas marítimos importantes e usar o poder do desporto e das pessoas para inspirar e defender a mudança em prol de um oceano mais saudável. “O desporto pode mudar o mundo e quando corremos à volta do planeta aprendemos a sonhar grande e a perceber que toda a vida na Terra depende do oceano. Partilhamos com a Volvo Cars um grande objetivo e anunciamos com orgulho uma nova fase desta nova parceria. O nosso sonho é um oceano saudável, para benefício de todos”, diz Richard Brisius,  presidente da The Ocean Race

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“Não sinto saudades dos orçamentos portugueses”

Na rubrica De Portugal para o Mundo, João Silva (na foto), sócio-gerente da Digital Connection, partilha as particularidades culturais do Médio Oriente que influenciam o desenvolvimento de campanhas de marketing e a criação de marcas locais, a partir do Dubai, onde trabalha desde 2022

Catarina Nunes

No Dubai desde 2022, como sócio-gerente da Digital Connection, João Silva destaca a forma como os árabes reagem às mensagens publicitárias, design e cores, face aos europeus. “Não devemos utilizar a cor preta, pois é associada à morte; as mensagens devem ser muito imparciais e respeitosas, sem nunca criticar ou brincar com as regras do país; e também não podem ter conotações sexuais”, salienta João Silva, que além de sócio-gerente da Digital Connection dedica-se às novas contas e à estratégia de marketing da agência de marketing digital, que cofundou com Gonçalo Freitas.

Trabalhar fora de Portugal era uma ambição ou qual foi a circunstância que determinou a saída?

Ao longo do meu percurso académico e profissional fui sempre tendo experiências fora de Portugal, como em Madrid, Londres e Croácia. A saída de Portugal para o Dubai teve a ver com dois fatores distintos, por um lado, sair da zona de conforto e penetrar numa cultura muito diferente da portuguesa/europeia. E, por outro, agarrar as oportunidades da economia emergente do Médio Oriente, conseguindo projetos com maior orçamento.

O que é que fazia e onde é que trabalhava antes de ir para o Dubai?

Sou cofundador da Digital Connection, agência de marketing digital fundada em janeiro de 2015. Desde o início da agência que o nosso objetivo foi a internacionalização. Numa primeira fase angariámos clientes fora de Portugal, em países lusófonos, como Angola, Moçambique, Cabo Verde, e também clientes em Espanha, Suíça e Luxemburgo.

Mas a nossa ambição, minha e do meu sócio Gonçalo Freitas, era levar a Digital Connection além-fronteiras. Em 2022, surgiu a oportunidade de explorar o mercado do Médio Oriente e iniciar esta nova jornada no Dubai. Mudei-me em setembro desse ano, sem clientes, apenas com a experiência de gestor da agência no mercado português, muita motivação e garra para conquistar este mercado.

O que é que encontrou quando chegou ao Dubai?

Deparámo-nos com um mercado competitivo, mas ao mesmo tempo com muitas lacunas, muita falta de recursos humanos especializados e com qualidade na área da comunicação e marketing.

Após três meses, que era o nosso período de teste, conseguimos angariar algumas contas, como a Reacton e a Fireward, líderes em sistemas de supressão automática de incêndios, que têm como clientes as maiores companhias de transportes do mundo, como a Emirates ou a TCM Shanghai, que é uma clínica de luxo em Jumeirah, por exemplo, e a Exotica, uma plataforma online de entrega de produtos. Como portugueses no estrangeiro que somos, conseguimos causar uma boa impressão.

Quais são as mais-valias e os obstáculos que o facto de ser português tem no seu trabalho no Dubai?

Só vejo pontos positivos em ser português. Dá o selo de qualidade europeu procurado pelas empresas no Dubai, onde há muita mão de obra pouco qualificada. Tivemos de nos adaptar ao mercado e um dos primeiros investimentos que fizemos foi em recursos humanos conhecedores da dinâmica da indústria.

Contratámos uma ‘business developer’ emirati, uma gestora de projeto e um redator árabes, para estarmos preparados para todos os tipos de desafios. O mercado empresarial no Dubai é muito diferente do português, além de muito competitivo, a tomada de decisão está relacionada muitas vezes com as pessoas que se conhece.

Quais são as particularidades do Dubai, na área em que trabalha, em termos de desafios e diferenças em relação ao mercado português?

Sendo o Dubai um ponto de encontro de tantas culturas, é uma das cidades mais multiculturais em todo o mundo, o desafio é definir bem objetivos e ‘targets’, e conhecer bem quem queremos impactar com as nossas campanhas para gerar resultados. A forma como um árabe reage é muito diferente da forma de reagir de um europeu, a nível de mensagem, design e cores.

Por exemplo, não devemos utilizar a cor preta, pois é associada à morte; as mensagens devem ser muito imparciais e respeitosas, sem nunca criticar ou brincar com as regras do país; e também não podem ter conotações sexuais.

A escolha das imagens, por outro lado, também é muito importante e, se estamos a falar para a comunidade muçulmana, as mulheres devem estar com os ombros e pernas tapadas, mas se estamos a falar para um target mais abrangente mesmo para uma marca no Dubai, podemos explorar imagens ocidentais. Neste sentido, o estudo do mercado e o apoio de pessoas que vivem há muito tempo cá foi a chave para nos adaptarmos.

João Silva e Gonçalo Freitas, sócios-gerentes da Digital Connection

Qual é o momento que o mercado no Dubai atravessa em termos de consumo, comunicação e pontos de venda?

O Dubai, e o Médio Oriente em geral, atravessam um período de crescimento. Vemos que eventos como o Mundial, Jogos Olímpicos e Expo, e as próprias contratações milionárias de futebol, fazem parte da estratégia de crescimento e promoção destes países, não só dos Emirados Árabes Unidos, mas também da Arábia Saudita e do Qatar.

Encontramos inúmeras diferenças no comportamento dos consumidores residentes no Dubai. A estratificação social é muito cristalina e existe uma diferença enorme nos comportamentos, tendo em conta a classe social das pessoas. Para o segmento médio e alto, contudo, o Dubai é uma cidade extremamente conveniente.

Apesar de ter os maiores centros comerciais do mundo, como o Dubai Mall e Mall of Emirates, as ‘apps’ para entregas são espetaculares e em 15 minutos temos o que precisamos em casa pelo preço que encontramos no supermercado.

Qual é a relevância dos pontos de venda físicos?

É muito importante a comunicação ‘in-store’ dos produtos, porque existe uma grande afluência às superfícies comerciais, onde temos de utilizar a criatividade para nos destacarmos enquanto marcas.

Há ainda um forte consumo a partir dos canais digitais, sejam as redes sociais ou os ‘marketplaces’, com plataformas digitais como o Noon, Talabat, ou Careem. Sendo o Dubai uma cidade de expatriados, apenas 11% da população é emirati, é verdadeiramente um mercado multicultural e, dependendo de para quem estamos a comunicar, temos de adaptar a mensagem, o visual e os canais que utilizamos.

Nunca foi tão importante o estudo e definição dos diferentes ‘targets’ que queremos impactar. A cidade promove muito a inovação tecnológica, o uso de criptomoedas e os produtos tecnológicos acabam por ser sempre um bom investimento. Sendo uma cidade muito dinâmica, literalmente todos os dias há eventos, tanto sociais como profissionais, que podemos frequentar e que é outra das formas que as marcas têm para comunicar e alcançar os seus públicos, tanto através da promoção de eventos como dos patrocínios.

Qual é o projeto mais recente que tem entre mãos?

Temos imensos projetos a decorrer simultaneamente em diferentes países, como Dubai, Portugal, Reino Unido, Angola e Arábia Saudita. Orgulho-me em termos desenvolvidos projetos superinteressantes no Dubai, como o lançamento da marca de bebidas Soom Lite, criada por um cientista e que bloqueia a absorção de açúcar, diminuindo o pico glicémico e com inúmeras vantagens para a saúde e estética.

É uma bebida inovadora a nível mundial, para a qual desenvolvemos o projeto de A-Z, desde ‘branding’, internet, media sociais, relações públicas e eventos, que teve um impacto muito positivo na comunidade.

Recentemente, desenvolvemos o novo website da Dubai Holding Group [retalhista representante das marcas da Inditex, entre outras], fizemos as campanhas no Google e de media sociais de uma das marcas com maior notoriedade, a Al Ansari Exchange, que é uma das maiores empresas financeiras do Médio Oriente. Criámos uma marca que está a revolucionar a comunidade latina, a X9, que ajuda a integrar latinos no Dubai, através da criação de eventos.

Qual foi a experiência profissional, negativa e positiva, que teve no Dubai que mais o marcou?

Pela positiva foi sem dúvida o lançamento do Soom Lite, porque foi um projeto onde a equipa trabalhou dia e noite. O evento de lançamento teve uma projeção brutal, não só no Dubai como no Kuwait, na Arábia Saudita e em Abu Dhabi, e recebemos ‘feedback’ muito positivo e encomendas para a internacionalização da empresa.

Pela negativa, já tive algumas deceções, que estão relacionadas com a falta de compromisso e com uma eventual perceção, por parte de potenciais clientes, de que podemos ser descartáveis. Mas nada que nos faça desistir.

Em termos profissionais, do que é que tem mais saudades em relação ao mercado português?

Na verdade, continuo a trabalhar com o mercado português, a Digital Connection contínua robusta em Portugal e é onde está a grande maioria dos nossos recursos humanos. Apesar de a nossa equipa ser formada por diferentes nacionalidades, como da Colômbia, Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Nepal, África do Sul e Brasil, a nossa grande força de recursos humanos é portuguesa.

Do que é que não tem saudades?

Não sinto saudades dos orçamentos portugueses, que são cerca de quatro a cinco vezes mais baixos do que cá, o que inevitavelmente leva a dedicarmos menos tempo aos projetos em Portugal.

Pensa regressar a Portugal?

Nos próximos anos é algo que não está nos meus planos, porque recentemente abrimos um escritório em Riade, na Arábia Saudita, e uma empresa de eventos e de gestão de talentos. Estamos muito envolvidos em eventos de entretenimento, com shows de bailarinos, DJ’s e música ao vivo.

Gerimos diferentes espaços no Dubai, como o Juyi, Players e Virtue [espaços noturnos e de restauração], entre outros, e é uma empresa que queremos consolidar no mercado do Médio Oriente. Vou bastantes vezes a Portugal, sinto falta da família, amigos e da comida.

Sobre o autorCatarina Nunes

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Adagietto assina campanha digital da Portugal Duty Free (com vídeo)

Protagonizada pelos influenciadores digitais Bárbara Corby, António Castro e All Aboard Family (na foto), a comunicação aposta no marketing de influência, privilegiando o Instagram, para dar a conhecer os produtos que a rede de lojas comercializa nos aeroportos nacionais

Os influenciadores digitais Bárbara Corby, António Castro e All Aboard Family são os protagonistas da nova campanha digital da Portugal Duty Free, idealizada e produzida pela Adagietto. A decorrer entre setembro e novembro, contempla o lançamento mensal de um vídeo no perfil de Instagram da marca.

O primeiro, que conta com a participação da All Aboard Family, já está disponível. Seguir-se-á, em outubro, o vídeo de António Castro e, em novembro, chega Bárbara Corby. Os três influenciadores, que partilham regularmente nas suas redes sociais as aventuras que vivem além-fronteiras, revelam o que encontram na Portugal Duty Free.

A ação de marketing de influência é amplificada, após a apresentação dos três vídeos, com a dinamização de passatempos nas redes sociais, uma estratégia que muitas marcas portuguesas também têm vindo a seguir para aumentar o número de interações dos seguidores.

“Esta campanha surge para dar a conhecer aos nossos passageiros, em especial os portugueses, de que forma somos um parceiro de confiança nas suas viagens”, explica Cláudia Carvalho, diretora de marketing da Portugal Duty Free, citada em comunicado de imprensa.

 

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Meta enfrenta coima por práticas anticoncorrenciais na publicidade

Os reguladores alegam que a empresa liderada por Mark Zuckerberg vincula os serviços gratuitos do Facebook Marketplace ao Facebook, numa tentativa de prejudicar os rivais. A decisão da CE poderá ser tomada no mês de outubro

A Meta está a ser alvo de um processo da Comissão Europeia (CE), que pode impor uma coima no valor até 10% das suas receitas anuais globais, que em 2023 ascenderam a quase 135 mil milhões de dólares (€122 mil milhões), segundo o Financial Times. Em causa, estão alegadas práticas anticoncorrenciais por parte da Meta em esforços para dominar o mercado dos anúncios classificados.

“As alegações feitas pela Comissão Europeia não têm fundamento. Continuamos a trabalhar com as entidades reguladoras para demonstrar que a inovação dos nossos produtos é pró-consumidor e pró-competitiva”, sustenta um porta-voz da Meta, citado pelo Financial Times. A Meta poderá recorrer do processo.

Os reguladores da União Europeia (UE) alegam que a empresa liderada por Mark Zuckerberg vincula os serviços gratuitos do Facebook Marketplace ao Facebook, numa tentativa de prejudicar os rivais. A investigação foi aberta em 2019, após acusações de concorrentes do Facebook alegarem que a Meta abusa da posição dominante, ao oferecer serviços gratuitos enquanto lucra com os dados, principalmente de empresas, que recolhe na plataforma.

Posteriormente, em dezembro de 2022, a CE apresentou conclusões iniciais que indiciam que a Meta estava de facto a perturbar a concorrência no mercado dos anúncios classificados online, bem como a utilizar os dados das empresas, acedidos gratuitamente, para depois vender anúncios aos utilizadores. A decisão da CE poderá ser tomada no mês de outubro e marcará uma das últimas investigações supervisionadas por Margrethe Vestager, comissária da União Europeia para a concorrência.

 

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Mariana Corda reforça departamento de marketing da LLYC

A nova consultora sénior de influência e conteúdos já geriu as redes sociais de marcas como Starbucks, EDP, Samsung, Beiersdorf, Danone, easyJet e Burger King em Portugal e Espanha. Passou também pela Uzina, Havas, Deloitte Digital e comOn

A LLYC acaba de reforçar o departamento de marketing com a contratação de Mariana Corda, para o cargo de consultora sénior de influência e conteúdos. A ex-gestora de redes sociais de entidades como a Comissão Europeia e de marcas como a Starbucks, a EDP, a Samsung, a Beiersdorf, a Danone, a easyJet, a Burger King, a Fidelidade, o AXN e a Jerónimo Martins, em Portugal e Espanha, vai supervisionar a equipa de estratégia e criatividade digital da agência.

“Será a peça fundamental para apoiar todo o trabalho que tem sido desenvolvido no digital, principalmente na presença estratégica dos nossos clientes nas redes sociais”, esclarece a LLYC em comunicado. Com um percurso de nove anos na área digital, Mariana Corda colaborou no desenvolvimento de estratégias para as redes sociais na Wunderman, na gestão de redes sociais na Pepper, na Uzina, na Deloitte Digital e na comOn. Foi ainda gestora de contas na Havas.

Para além de um European Advertising Certificate, concedido pela Associação Europeia de Agências de Comunicação (EACA), Mariana Corda possui um mestrado executivo em marketing digital, tirado na Universidade Europeia. A par das novas funções na LLYC, leciona módulos sobre estratégia em redes sociais, conteúdo e projeto, na Escola de Tecnologias Inovação e Criação (ETIC), em Lisboa.

“Ajudar a continuar a percorrer o caminho que a LLYC e os seus clientes têm feito para chegarem a grandes ideias, num mercado em que a criatividade nem sempre é privilegiada, principalmente em ‘social media’, será a minha missão ao juntar-me à equipa de marketing”, afirma Mariana Corda, citada no documento. A nova colaboradora da agência reporta a Celia Fernández-Sesma, diretora de clientes de influência e conteúdos da LLYC.

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