YouTube cria ferramentas para proteger criadores de conteúdos da IA
A plataforma está a desenvolver duas ferramentas separadas para identificar conteúdos que simulam as vozes de artistas e ‘deepfakes’ de criadores de conteúdo, estando previsto o lançamento de um programa piloto para uma das mesmas para o início do próximo ano
Daniel Monteiro Rahman
Anthropic processada por violação de direitos de autor no treino de IA
Expetativas elevadas estão a fazer com que ‘marketers’ abandonem projetos de IA
OpenAI pondera alterações na estrutura empresarial devido a última ronda de financiamento
Apple e Nvidia querem entrar em nova ronda de financiamento da OpenAI
Geração Z prefere YouTube ao TikTok
Há mais anunciantes a abandonar o X
O YouTube está a desenvolver novas ferramentas para dar aos criadores de conteúdos da plataforma um maior controlo e segurança sobre conteúdos que eventualmente copiam a sua voz ou imagem, utilizando inteligência artificial generativa.
Uma publicação no blogue oficial do YouTube, assinada por Amjad Hanif, vice-presidente de gestão de produtos do YouTube, refere que as novas tecnologias pretendem a salvaguarda dos criadores de conteúdos e dos parceiros, permitindo-lhes “aproveitar o potencial criativo da IA” através da promoção do desenvolvimento responsável da IA.
A primeira ferramenta, descrita como uma “tecnologia de identificação de expressão vocal sintética no Content ID”, vai permitir aos parceiros detetar e gerir automaticamente conteúdo gerado através de IA no YouTube, que simule a sua expressão vocal de cantores. O YouTube salienta que a ferramenta se insere no atual sistema de identificação de direitos de autor Content ID e que está a planear testá-la, no âmbito de um programa piloto no início do próximo ano.
Está também a ser desenvolvida uma segunda ferramenta separada, que tem a capacidade de identificar ‘deepfakes’ de criadores de conteúdos, atores, músicos e atletas, entre outros, para que estes possam controlar os conteúdos gerados por IA que mostrem os seus rostos no YouTube. O sistema, ainda em desenvolvimento ativo, não tem data de lançamento definida.
“À medida que a IA evolui, acreditamos que deverá aumentar a criatividade humana e não substituí-la”, sustenta Amjad Hanif, no blogue oficial do YouTube. “Estamos empenhados em trabalhar com os nossos parceiros para garantir que os avanços futuros amplificam as suas vozes e vamos continuar a desenvolver barreiras de proteção para abordar as preocupações e alcançar os objetivos comuns”, acrescenta.
O vice-presidente de gestão de produtos do YouTube revela que a plataforma também está a criar formas de dar mais possibilidades de escolha aos criadores de conteúdos, relativamente à forma como as empresas de IA estão autorizadas a utilizar os seus conteúdos. Sobre este tema, serão divulgados mais pormenores ainda este ano.