Farmacêuticas em Portugal estão a investir mais em podcasts e marketing de influência
O ‘II Observatório Pharma de Redes Sociais 2024: Análise das Top 10 Farmacêuticas com Maior Volume de Faturação em Portugal’ revela que a aposta no TikTok e no Threads ainda é reduzida, com as empresas a privilegiarem o LinkedIn, o Facebook e o Instagram
Luis Batista Gonçalves
Bolo-rei da Versailles é a estrela do anúncio natalício do Pingo Doce (com vídeo)
Novobanco patrocina revista dos 40 anos da Blitz
Um terço dos portugueses está a gastar mais em compras online
José Guerreiro reforça departamento criativo da Lisbon Project
Perplexity já permite fazer compras
Cristina Ferreira trava execução de sentença de primeira instância da SIC
BA&N faz parceria com consultora SEC Newgate
António Zambujo é o embaixador dos vinhos da Vidigueira
ERA recorre ao humor para atrair gerações Y e Z (com vídeo)
“Cream é não provar” as novas Amarguinhas Creme
As farmacêuticas portuguesas estão a investir mais em podcasts e em marketing de influência para comunicar as marcas que produzem, avança o ‘II Observatório Pharma de Redes Sociais 2024: Análise das Top 10 Farmacêuticas com Maior Volume de Faturação em Portugal’, que não adianta valores de investimento.
De acordo com o estudo do ROI Up Group, através da agência internacional MarTech, com sede em Lisboa, as empresas procuram manter-se perto dos targets B2C e B2B, comunicando com consumidores, pacientes, cuidadores informais, profissionais de saúde, organismos oficiais, seguradoras e representantes do setor, através de podcasts e marketing de influência.
“A nível local e global predomina o conteúdo corporativo, seguindo-se o produto. Sendo que, a nível local, a aposta em canais relacionados com o território da doença, da saúde e do bem-estar, em termos de ‘awareness’, é maior do que a nível global, onde a estratégia é muito mais focada em marca”, sublinha Mafalda Guedes Miguel, diretora do ROI Up Group Portugal, citada em comunicado de imprensa.
Em Portugal, as marcas privilegiam sobretudo o LinkedIn, o Facebook, o Instagram, o YouTube e o Spotify. O investimento no TikTok e no Threads ainda é reduzido. “A aposta no X continua a ser praticamente inexistente”, revela a análise, que realça o recurso aos podcasts como forma de aproximar as farmacêuticas dos consumidores.
“A Bial lançou o Top of Mind, a Sanofi deu continuidade ao Vidas e a Johnson &Johnson Innovative Medicine prosseguiu com o Desconstruir o Mieloma Múltiplo. Já a Fresenius Kabi dá nome a quatro episódios, chamados ‘Nutrição Clínica by Fresenius Kabi’, desenvolvidos em parceria com o Podcast da Farmácia, da Netfarma”, refere o comunicado de imprensa.
Para promover a marca Stilnoite, a Sanofi criou uma lista de músicas no Spotify, uma estratégia que a Johnson &Johnson Innovative Medicine também adotou para divulgar o elixir oral Listerine. Ao contrário do que sucede noutros mercados, em Portugal as empresas farmacêuticas estão mais despertas para as potencialidades dos formatos de áudio.
“A nível global, as marcas não parecem apostar em podcasts, nem no Spotify, sendo que são muito mais fortes no que toca à presença em novos canais sociais, como o TikTok e o Threads, para comunicar produto e marca. A nível local, só registámos a abertura de um canal de Threads para o produto Supradyn da Bayer e a continuidade do canal de TikTok para Bepanthene”, refere a análise.
Apesar de o ‘paid social’ ainda ser uma aposta tímida para a maioria das farmacêuticas nacionais, o mesmo não se pode dizer das estratégias de marketing de influência, que têm vindo a ser delineadas pelos departamentos de marketing de Pfizer, Bial, Novartis, Hovione, Hikma, Johnson &Johnson Innovative Medicine, Fresenius Kabi (ex-Labesfal), Sanofi, Bayer e Roche, as dez empresas contempladas no estudo.
“O setor é bastante regulado e tem regras específicas, mas as marcas têm feito o seu caminho no sentido de proteger os consumidores e assegurar que toda a informação seja clara através de uma estratégia nas suas redes sociais que inclui também colaborações com influenciadores digitais”, assegura Mafalda Guedes Miguel.