Já há um índice que mede níveis de inclusão na publicidade
As empresas XR Extreme Reach e The Female Quotient uniram esforços para desenvolver uma metodologia que, com recurso à IA, cria métricas (na foto) que permitem aos anunciantes perceberem se estão a ser inclusivos nas campanhas que apresentam
Luis Batista Gonçalves
Há um novo índice de representatividade que permite medir os níveis de inclusão na publicidade e na generalidade dos conteúdos produzidos globalmente. Desenvolvido pelas empresas XR Extreme Reach e The Female Quotient, o RX tem por base uma metodologia que, com recurso à inteligência artificial (IA), cria métricas quantitativas que permitem aos anunciantes perceberem se estão a ser inclusivos nas campanhas que apresentam.
A partir de modelos de IA avançados, gerados com base numa escala representativa de 140 países, a ferramenta analisa em tempo real a idade, o género, o tipo de corpo e o tom de pele dos protagonistas dos anúncios, gerando um valor que pode ir de 0,1 a 100. Quanto mais baixo for, menos inclusiva é a campanha ou o conteúdo.
“O RX permite aos anunciantes e aos produtores de conteúdos quantificar a inclusão, acompanhar o desempenho e tomar decisões baseadas em dados concretos. À medida que os mercados globais continuam a evoluir no sentido de uma maior inclusão, mantém-se o desafio de medir e alcançar uma representação autêntica no conteúdo publicitário”, explica a XR Extreme Reach, numa apresentação do projeto.
Os índices de representatividade, que não são divulgados publicamente pelas empresas que desenvolveram a metodologia, são apenas disponibilizados às organizações que contratam o serviço. Segundo o site da XR Extreme Reach, a Coca-Cola e a Apple foram das primeiras marcas a recorrer à metodologia. Em fase de desenvolvimento está uma nova funcionalidade que, a partir de 2025, permitirá averiguar se as pessoas analisadas ocupam posições de autoridade.