75% da indústria publicitária quer afastar-se dos ‘cookies’, apesar do volte-face da Google
O inquérito da ID5, junto de anunciantes, editores e gestores de plataformas de tecnologia publicitária, revela que 76% dos inquiridos já adotaram uma alternativa de obtenção de dados sem ‘cookies’ e 15% planeiam adotar uma solução semelhante
Daniel Monteiro Rahman
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75% da indústria publicitária reafirma decisão de afastamento dos ‘cookies’, apesar de a Google ter decidido manter os ‘cookies’ de terceiros, indica o relatório ‘State of Digital Identity Report 2024’, da ID5. Este fornecedor de dados para publicidade digital analisa a forma como o setor está a reagir, não só à decisão da Google de continuar com os ‘cookies’ de terceiros, como à aposta da empresa em progredir na adoção de tecnologias de obtenção de dados dos consumidores.
O relatório, que tem por base 202 entrevistas a anunciantes, editores e gestores de plataformas de tecnologia publicitária, revela que 76% dos inquiridos já adotaram uma alternativa de obtenção de dados que não inclui ‘cookies’ e outros 15% planeiam adotar uma solução semelhante. Das soluções alternativas disponíveis no mercado, as identificações universais revelam-se as mais utilizadas, com 85% dos inquiridos a afirmarem que as utilizam para resolver o problema do tráfego sem ‘cookies’.
A análise também revela que a indústria da publicidade está a virar a atenção para outros canais, como a ‘connected TV’, o áudio, os telemóveis e os videojogos. “Os últimos quatro anos deram à indústria a margem de manobra necessária para abandonar sistemas obsoletos, como os ‘cookies’ de terceiros”, enfatiza Mathieu Roche, CEO e cofundador da ID5, citado em comunicado de imprensa.
“O que descobrimos em 2024 é que o mercado está pronto para dar o salto, encerrando a fase dos ‘cookies’, e que está preparado para expandir as lições de rastreamento que aprendeu com a internet para outros canais, como a ‘connected TV’, o áudio, os dispositivos móveis e os videojogos”, acrescenta Mathieu Roche.
Quando questionados sobre qual dos canais, além da internet, precisa de mais suporte na frente da rastreabilidade de dados, 53% dos entrevistados identificam a ‘connected TV’ como a principal prioridade, seguida pelos dispositivos móveis com 26%. Na edição de 2023 do mesmo relatório, 66% dos inquiridos referiram que a ‘connected TV’ não dava aos utilizadores transparência ou controlo sobre os seus dados. Em 2024, esta percentagem aumenta para quase 80% dos inquiridos.